sábado, 30 de junho de 2012

Quer aprender a liderar?

Ricardo Voltollini
A esta altura, você já dever ter lido em revistas de negócio uma daquelas típicas matérias contendo receitas infalíveis de como ser um profissional mais bem-sucedido ou um líder melhor no ano que se inicia.

Mesmo que superficiais, elas sempre ajudam no mínimo a agendar uma reflexão tantas vezes adiada na correria do dia a dia. Mas, para além das dicas técnicas e comportamentos recomendados que certamente você já anotou em sua agenda de 2012, gostaria de acrescentar, a título de nova reflexão, um recado menos óbvio: o exercício da solidariedade fortalece a musculatura do seu potencial de liderança.

Acabo de voltar de Barcelona, onde tomei contato com um estudo muito interessante feito por Nicola Pless e Thomas Maak, professores da Esade Business School, uma das mais importantes escolas de negócios do mundo. Pless e Maak entrevistaram 70 executivos dos EUA, América Central, Europa e Sudeste asiático, todos eles integrantes de um programa de desenvolvimento de liderança da Pricewaterhouse Coopers, chamado Ulysses.

Os participantes são estimulados a trabalhar durante dois meses em projetos na Namíbia, Quênia, Camarões, Zâmbia, Madagascar e Gana e não há lucro em jogo. No lugar de construir negócios, eles são desafiados a colocar conhecimento e talento a serviço de causas como a redução da pobreza, saúde e preservação ambiental. Sem os times remunerados e as estruturas montadas com que costumam contar nas companhias, eles têm de agir com apoio de ONGs, empreendedores sociais e organizações internacionais.

A principal conclusão geral dos pesquisadores

O contato direto com situações de pobreza transforma profundamente o estilo de gestão dos líderes e melhora substancialmente suas habilidades de liderança, de tal modo que eles retornam à empresa muito melhores. Os resultados chamam a atenção.

Para 95% dos integrantes, participar de um programa como esse implica enorme ganho de conhecimento a respeito de temas socioambientais e de saúde. Nove em cada dez (91%) deles afirmam ter saído da experiência mais conscientes da grande responsabilidade de executivos de empresas frente aos dilemas socioambientais do mundo; e 85% entendem que se tornaram líderes mais flexíveis, empáticos e sociáveis na medida em que melhoraram suas habilidades interpessoais e de comunicação.

E mais: 82% dos executivos entrevistados admitem que viver os desafios de um País em desenvolvimento os tornou líderes mais sensíveis para a importância das relações e das amizades. Ainda na mesma linha de raciocínio aquisitivo, surpreende o fato de que mais da metade (54%) diz ter reduzido preconceitos e aprendido a evitar julgamentos sobre pessoas. Eis aí uma competência emocional importante.

Segundo a professora Nicola Pless, o estudo indica que, no retorno à empresa, todos os participantes se mostram socialmente mais responsáveis, respeitosos e tolerantes. Além disso, também desenvolveram determinadas atitudes de liderança, com nova postura ética, valores mais fortes e uma mentalidade global.

Experiências de trabalho em equipe em países pobres impactam direta e profundamente o autodesenvolvimento.

“Os líderes envolvidos tornam-se mais conscientes de suas limitações pessoais e suas necessidades de desenvolvimento. Aprendem a ser humildes, encontram um propósito de vida mais profundo, ficam mais conscientes da importância das relações e sentem maior necessidade de equilibrar trabalho com vida pessoal.”

As conclusões desse estudo espanhol confirmam uma convicção antiga. No meu livro “Conversas com Líderes Sustentáveis: o que aprender com quem fez ou está fazendo a mudança para a sustentabilidade” (SENAC-SP, 2011) ressalto que líderes empresariais têm muito a aprender com outros líderes que enfrentaram, com sucesso, desafios nos campos social e ambiental.

O que se vê hoje

Não por acaso, tenho observado dois fenômenos curiosos e até certo ponto surpreendentes. Com a inserção do conceito de sustentabilidade na gestão dos negócios, cada vez mais as empresas começam a recrutar para seus quadros os profissionais que estavam a serviço de seus institutos e fundações, porque enxergam neles competências de liderança como as descritas no estudo da Esade Business School, crescentemente mais valorizadas.

Cada vez mais, líderes de negócios importantes começam a enviar seus jovens executivos à linha de frente do relacionamento com comunidades, para que eles aprendam a conviver com opiniões contrárias, a lidar com conflitos, a ouvir os pontos de vista dos públicos impactados pelos negócios e a se colocar no lugar dessas pessoas.

Se você ainda não pensou nisso, é hora de pensar.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mais da metade das inovações falha no PDV

Janaina Langsdorff
Em cada dez itens e conceitos testados pela indústria brasileira, mais da metade chegará às gôndolas com grandes possibilidades de fracasso. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Bases, área da Nielsen que estuda o provável desempenho de uma inovação. A análise leva em conta 12 parâmetros, cada um classificado dentro de quatro escalas (excelente, pronto, arriscado e fracasso), conforme o potencial de sucesso do produto e o seu grau de preparo para ser lançado ao mercado.

As chances de êxito são garantidas somente para aqueles que tiverem atingido os graus “pronto” ou “excelente” em todos os fatores avaliados. Mas o rigor da metodologia não para por aí. Bastam apenas dois apontamentos na zona do “fracasso” para considerar o produto “tão fraco quanto o seu ponto mais fraco”, compara Chris Adrien, diretor da Bases. Os profissionais da Nielsen já examinaram 130 mil iniciativas em 60 países desde 1977.

No Brasil, a área reprovou 54% dos 430 conceitos testados nas áreas de alimentação, limpeza, higiene pessoal e medicamentos OTC (isentos de prescrição médica) nos últimos quatro anos. Esse mesmo índice se repete também no estudo de 600 itens efetivamente lançados globalmente. 

“Cruzamos a teoria brasileira com a prática observada em outros países para extrair os 12 fatores de sucesso”, explica Juliana Acquarone, da Bases Brasil.

Os escorregões acontecem principalmente em dois quesitos: no poder de atração do produto e no desejo de compra. Globalmente ou localmente, segundo a Bases, o que importa é diferenciar a marca no ponto de venda e oferecer itens capazes de solucionar problemas rotineiros. “A responsabilidade do produto é ser relevante”, sublinha Eduardo Bonelli, gerente de marcas da japonesa Ajinomoto, dona da marca Miojo em parceria com a Nissin. 

Embalagens mais adequadas à entrega do benefício prometido ou até uma nova cor já são suficientes para romper as referências da categoria, a que apresenta melhores índices de aprovação no estudo da Nielsen. “Mas os produtos hoje são muito parecidos”, constata Juliana.

Performance mais satisfatória foi encontrada na indústria alimentícia

Performance mais satisfatória foi encontrada na indústria alimentícia
Crédito: Nielsen Bases




quinta-feira, 28 de junho de 2012

Micro e pequenas empresas reúnem mais da metade de empregos formais no Brasil

Gustavo Paul
Mais da metade dos empregos formais no Brasil se encontra nas micro e pequenas empresas. De acordo com o terceiro Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa (MPE), que será lançado nesta terça-feira pelo Sebrae e o Dieese, dos 24,9 milhões de empregados formais, 52,3% (13 milhões de pessoas) trabalhavam nesse tipo de estabelecimento. O número de empregos formais no setor cresceu 36% desde 2002, quando somavam 9,5 milhões, até 2008.

As MPEs responderam por 73,7% dos empregos formais do comércio, 48,7% na construção, 42,9% em serviços e 42,5% das vagas com carteira da indústria. A maior parte das empresas está no interior. Do total de empregos formais gerados por MPEs, 35,1% encontravam-se nas capitais e 64,9%, fora delas.

Empresas de pequeno porte resistiram mais à crise

O Anuário cruza dados sobre emprego e renda no país da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese e do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, utilizando números de 2008 (os últimos disponíveis).

As empresas de pequeno porte resistiram mais à crise do que as grandes. Pelos dados do anuário, em 2008, as micro e pequenas empresas geraram 1.035.297 novos empregos líquidos, ou seja, contabilizando as admissões menos as demissões. Já as médias e grandes geraram somente 219.377 novos empregos líquidos formais em 2008, ano em que a crise financeira internacional atingiu seu ponto máximo.

O anuário mostra que a maior parte das microempresas é tocada pelos proprietários. Das 5,486 milhões de microempresas, 3,703 milhões não têm empregados (67,4%). No Rio, este percentual chega a 60,9%. Das 368 mil microempresas fluminenses, 224 mil não tinham empregados. O levantamento aponta ainda que 61,3% dos empreendedores não têm sócios. O Rio conta com 659 mil pequenas empresas.

Entre as MPEs, os setores que mais geraram postos de trabalhos líquidos foram: comércio (348 mil), serviços (317 mil), construção civil (202 mil) e indústria (169 mil).

Em 2008, as MPEs foram responsáveis por 39,4% da massa de salários paga aos empregados formais na economia. A remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 928. Este valor é 25% menor do que o valor médio pago pelas médias e grandes empresas, que chegava a R$ 1.235.

Remuneração é melhor na região Sudeste

Mas essa remuneração varia de acordo com a região. A renda média mensal dos empregos formais das MPEs no Sudeste foi de R$ 1.022, no Sul chegou a R$ 923, no Centro-Oeste R$ 845, no Norte a R$ 769 e no Nordeste a R$ 682.
Por setores, a remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 1.046 na indústria, R$ 981 na construção, R$ 942 no setor de serviços e R$ 841 no comércio. Por porte, nas microempresas a remuneração média mensal foi de R$ 797 e nas pequenas empresas foi de R$ 1.044.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasil é mais criativo do que inovador

Daniela Paiva
Um dos mentores do BRICLab, fórum criado na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, para discutir a trajetória e o impacto dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), Marcos Troyjo participou do seminário "Brazil Innovation: A Revolution for the 21st Century" (Inovação no Brasil: A Revolução para o Século 21).

O evento foi promovido pelo "Economist Group", responsável pela publicação britânica "Economist". O paulista Troyio conversou com a Folha antes de desembarcar no Rio, que sediou o encontro na última quinta-feira.

Folha - A primeira turma acabou de completar o curso "The Rise of Brics" (a ascensão dos Brics), do BRICLab. Como foi?
Marcos Troyjo - O Bric é uma marca que chama muito a atenção, mas temos evitado tratar isso apenas como uma unidade coesa. Também analisamos esses países individualmente e comparamos uns com os outros.

Qual o panorama que você apresenta do Brasil?
Se é verdade que o país cresceu de uma maneira significativa nos últimos seis anos, também é verdade que está com o teto muito baixo para investimento em pesquisa, ocupa parcela pequena no comércio internacional e tem depositado um número reduzido de patentes na OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual). O Brasil é mais criativo do que inovador.

Essa não é uma característica comum aos Brics?
Eles foram capazes de se adaptar criativamente à economia global nos últimos 15, 20 anos, enquanto outros países não conseguiram. Os ciclos chineses e brasileiros são exemplos laboratoriais de como lidar com o que vem de fora. Os chineses construíram um modelo de nação comerciante, e os brasileiros, o que chamo de substituição de importações 2.0.

Como isso se dá?
Nosso modelo é ser um bom menino macroeconômico e manter uma taxa de juros relativamente apreciada, de modo que a economia seja uma bomba de sucção de liquidez financeira internacional. Para o capital que chega, fecha-se o país com barreiras comerciais elevadas para que as empresas tenham de montar suas operações aqui. Hoje, temos o que chamo de âncora do pré-sal. O crescimento brasileiro está atrelado à expectativa da comunidade internacional com o petróleo e os biocombustíveis.

Quais são os grandes desafios?
O Brasil tem dificuldade de identificar onde está o seu interesse nacional. As pessoas confundem ações como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com um projeto de prosperidade. Construir aeroportos e ferrovias não é o século 21. Isso é a virada do século 19 para o 20. Essas medidas são bem-vindas, mas o futuro é nanotecnologia, robótica, novos materiais, bioengenharia, biotecnologia.

Como alcançar esse futuro?
Chegar a 2025 com 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) investido em ciência e tecnologia, poupança interna de 28%, pelo menos 50% do dispêndio em inovação vindo do setor privado.

Acha que o Brasil pode não dar certo?
Há o risco da subperformance. Ainda que não tenhamos um plano estratégico, os bons exemplos estão se multiplicando -são as nanorevoluções nas indústrias de cosméticos, moda, design, combustível e petróleo.



terça-feira, 26 de junho de 2012

É melhor vender à vista ou a prazo?

Priscila Zuini
Dar um desconto ou conceder um prazo maior para quitação de uma compra pode, em alguns casos, ser o ponto decisivo entre fechar uma venda ou perdê-la. No entanto, sempre que se mexe no preço ou no prazo a área financeira da empresa é impactada.

Conceder desconto em uma compra à vista pode ser uma opção interessante para aumentar o caixa da empresa. No caso de uma loja, por exemplo, que compra produtos de seus fornecedores e paga após um determinado prazo, vender à vista possibilitará utilizar o dinheiro da venda de um produto para pagar seu próprio custo.

Ou seja, não haverá necessidade de utilizar seu capital para o pagamento de mercadorias. É como se o fornecedor estivesse financiando as vendas do lojista. No entanto, vale analisar o percentual de desconto que está sendo oferecido, pois isso gerará menor margem de ganho ao empresário.

Conceder prazos maiores para pagamento, por outro lado, pode ser uma ótima opção para atrair clientes para as compras. Atualmente é muito comum os consumidores se atentarem mais ao preço da parcela que irão pagar do que ao número de parcelas, ou mesmo ao valor total do financiamento. Mas aqui também devemos avaliar sob a ótica do empresário. Ele precisa ter capital de giro para suportar prazos maiores de recebimento pelas vendas.

A resposta a este dilema do empresário depende de alguns fatores. Um deles é a necessidade da empresa no momento. Se a necessidade for aumentar o número de vendas ou clientes, talvez a melhor opção seja mexer no prazo, desde que haja reservas financeiras para suportar as novas condições comerciais. Se a necessidade for de dinheiro no caixa, melhor trabalhar a venda à vista.



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Brasil teve maior crescimento de milionários, aponta estudo

Folha.com
O Brasil foi o país com o maior aumento percentual no número de milionários em 2011, de acordo com estudo da consultoria Capgemini em parceria com a RBC Wealth Management.
Enquanto em 2010 o Brasil tinha 155,4 mil milionários, no ano passado o número era de 165 mil -- um crescimento de 6,2%.

A pesquisa lista as doze nações com o maior número de pessoas com patrimônio de ao menos US$ 1 milhão (excetuando a sua principal residência).

Os dados mantêm o país na 11ª posição do ranking, atrás da Itália e à frente da Coreia do Sul, que tomou o lugar da Índia.

DESACELERAÇÃO MUNDIAL

Em 2011, o crescimento do número de milionários no mundo foi de 0,8%, saltando de 10,9 milhões para 11 milhões.

A trajetória, no entanto, é de desaceleração. Em 2009 e 2010, os aumentos foram 17,1% e 8,3%, respectivamente.

Após um período de crescimento iniciado em 2008, o patrimônio total do grupo registrou queda no ano passado: 1,7%. A única região do mundo em que os milionários aumentaram seu patrimônio total foi o Oriente Médio, com crescimento de 0,7%.

"Esse declínio geral reflete o impacto desproporcional das perdas nas faixas de patrimônio mais elevado, onde é mais provável que os investidores apliquem em ativos menos líquidos e mais arriscados", diz o estudo.

VEJA OS PAÍSES QUE MAIS AUMENTARAM O NÚMERO DE MILIONÁRIOS EM 2011

PAÍSCRESCIMENTO (em %)MILIONÁRIOS EM 2010 (em milhares)MILIONÁRIOS EM 2011 (em milhares)
Brasil6,2155,4165
China5,2534,5562,4
Japão4,817391822
Suiça3,7243252
Alemanha3923,9951,2
França2,02396404
Rússia2133,7136,4

PAÍSQUEDA (em %)MILIONÁRIOS EM 2010 (em milhares)MILIONÁRIOS EM 2011 (em milhares)
Austrália-6,9192,9179,5
Reino Unido-2,9454,3441,3
Coreia do Sul-2147144
EUA-1,23.1043.068
Itália-1,2170168
Canadá-0,9282,3279,9

Fonte: Relatório Mundial de Riqueza 2012, da Capgemini e da RBC Wealth Management




domingo, 24 de junho de 2012

Sete maneiras fáceis de irritar seu cliente

Camila Lam
Para o empreendedor ou para o dono de uma pequena empresa, as vendas são importantes indicadores do sucesso do negócio. Portanto, o papel do vendedor acaba sendo decisivo para que o seu consumidor saia satisfeito e tenha uma boa impressão de sua empresa. “O vendedor é o ponto de encontro entre o cliente e a empresa”, afirma Carlos Cruz, diretor do IBVendas.

Para Diego Maia, presidente do Grupo CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas), muitos empreendedores acabam se preocupando mais com o produto do que com a maneira que a venda será efetuada. “É preciso orientações básicas para o atendimento para minimizar as perdas com vendas”, afirma.

Com a ajuda de Cruz, Maia e Marcos Hashimoto, professor de empreendedorismo da ESPM, Exame.com listou sete atitudes de vendedores que fazem com que o consumidor pense duas vezes antes de fechar uma compra e devem ser evitadas na sua empresa.

1. Começar a falar antes de o cliente perguntar

Quem fala demais acaba perdendo negócios. “O cliente está em busca de uma solução para o seu problema e os vendedores acabam tentando convencê-lo a comprar aquilo que eles querem vender”, afirma Cruz.

Para os especialistas, é preciso entender que uma venda perdida resulta em uma perda de vários potenciais clientes. Quando o consumidor não se sente bem atendido, ele acaba associando aquela experiência com a empresa e pode preferir a concorrência. 

2. Demonstrar pressa em fechar a compra

Correr para fazer o cliente pagar a conta e vê-lo como um cifrão pode trazer desvantagens a longo prazo. “Quando o vendedor começa a agir pensando na comissão que ele ganhará com aquela venda e vê o cliente apenas como cifrão, ele não se concentra na satisfação do consumidor”, afirma Maia.

Cruz explica que o cliente tem o momento para fechar a compra e a ansiedade do vendedor acaba atrapalhando na decisão. “Isso irrita. Às vezes, o comprador não tem autonomia da compra e precisa de um tempo para pensar”, afirma. 

3. Não saber responder perguntas

Hashimoto afirma que um dos principais erros de um empreendedor ou de um vendedor é o de não conhecer o seu mercado. Para ele, quando o consumidor tem dúvidas a falta de informações, seja de um produto ou serviço, acaba irritando facilmente. “Se ele não conhece os detalhes do produto, ele é apenas um ‘fechador’de compras”, afirma Maia. Segundo ele, o bom vendedor é capaz de vender tudo, mas é preciso pesquisar sobre o que ele está oferecendo ao cliente.

4. Tentar empurrar outros produtos

Para Maia, não é fácil aumentar o lucro com vendas adicionais, pois é preciso que o cliente saia de sua empresa com a sensação de que adquiriu um produto e fez realmente uma boa compra. Quando a venda não interessa e o vendedor insiste em oferecer, ele acaba ficando com uma impressão ruim.

5. Prometer mais do que pode cumprir

“Ou receber algo que não pediu”, acrescenta Hashimoto. As duas situações não são bem vistas pelos clientes, pois fica evidente que o vendedor não entendeu o que você pediu e insistiu em fechar a compra.

“O certo é o vendedor dedicar mais tempo para investigar o que o cliente realmente quer”, opina Cruz. 

6. Ser muito insistente

Alguns vendedores têm o péssimo hábito de insistir o tempo todo e não percebem quando é hora de parar. “A insistência é uma coisa negativa para qualquer negócio”, afirma Hashimoto. Maia explica que o vendedor insistente revela uma falha do empreendedor, pois representa um problema no treinamento dos funcionários. 

“Ser persistente é diferente de ser insistente. Você precisa antes entender a empresa e o seu cliente”, ensina Cruz.

7. Ser indiferente na pós-venda

Se o cliente não estiver satisfeito após adquirir o produto ou serviço e o vendedor demonstrar indiferença no atendimento, as chances de voltar a comprar no seu negócio podem diminuir. “O momento da pós-venda é na verdade um sinônimo de pré-venda da próxima venda”, explica Cruz.

Para Hashimoto, mesmo em pequenas empresas é importante ter um bom suporte para uma falha na venda, para que o cliente possa buscar auxílio e, mesmo assim, sair satisfeito.

AVALIE ESSE TEXTO