ALONSO, Viviana. Radiografia das consumidoras – Especialista em comportamento do consumidor,
Paco Underhill analisa, em entrevista exclusiva, as particularidades do perfil
feminino: quando elas compram e por quê. HSM Management, ano 14, volume 1,
nº 84, janeiro/fevereiro de 2011, pp. 74-77.
DALPICOLO, Silvia. A arte de trabalhar em casa – Essa prática tem se tornado uma modalidade
vantajosa tanto para novos empreendedores quanto para colaboradores de
empresas. Será que o home Office se tornará uma tendência? Gestão &
Negócios, nº 29, pp. 30-32.
ABASTECIMENTO. Nicho promissor – O Brasil está posicionado entre os dez países do mundo onde mais se
consome azeite, com vendas de aproximadamente 32.000 toneladas por ano. Abastecimento,
ano 4, nº 25, janeiro/fevereiro de 2011, pp. 26-28.
CHIARA, Márcia De. Contra inflação, cliente troca de marca –
Pesquisa do Data Popular mostra que
classe C substitui supérfluos, como, refrigerante e iogurte, e classe A busca
alternativas nos básicos. O Estado de S. Paulo, 06 de março de 2011,
Caderno Economia, p. B6.
MENEZES, Jamille. Páscoa rentável – Aposte na comunicação visual e na criatividade a fim de atrair os
clientes para as compras no período que antecede a data festiva. Abastecimento,
ano 4, nº 25, janeiro/fevereiro de 2011, pp. 62-63.
O Consultor é o profissional que diagnostica e formula soluções para problemas empresariais, que podem ter origem em qualquer área da empresa, seja ela de caráter eminentemente técnico ou operacional e administrativo. Estando a par de modelos consagrados de análise e de gestão e em consonância com as prioridades estabelecidas pelo mercado, o Consultor pode ajudar estas empresas a se posicionarem adequadamente frente à concorrência.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Anote aí 46: Feminino; Home Office; Nicho; Marca; Páscoa
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terça-feira, 12 de abril de 2011
O que você sabe (mesmo) sobre seu público online?
Diego
Senise
É impressionante como há marcas que investem em ações online sem ter uma ideia clara do objetivo de comunicação que estão perseguindo. Pior que isso, não têm ideia do público com quem estão falando. É este o ponto em que gostaria de me aprofundar neste texto.
É impressionante como há marcas que investem em ações online sem ter uma ideia clara do objetivo de comunicação que estão perseguindo. Pior que isso, não têm ideia do público com quem estão falando. É este o ponto em que gostaria de me aprofundar neste texto.
Investimos
para levar milhões de pessoas para o site mas, na maioria dos casos, não
temos ideia de quem são estas pessoas. Talvez apenas 10% dos visitantes
realmente estejam em processo de compra. Talvez 30% das pessoas que seguem sua
marca no Twitter nunca tenham comprado seus produtos. Já parou para pensar
nisso?
Cavucar
informações menos superficiais sobre as pessoas muda muita coisa. Muda a
estratégia de mídia. Muda a apresentação do conteúdo.
Muda a maneira de encarar o papel estratégico de cada plataforma.
Quando
não se tem estas perguntas em mente, nos contentamos somente com os dados de
pesquisa de mídia para saber algo sobre nosso público. Qual porcentagem do
público acessa redes sociais? Quantos gostam de games online? Etc. Etc.
O problema de nos limitarmos às análises de pesquisa
de mídia é que os interesses e comportamentos genéricos da população dizem
muito pouco sobre a relação das pessoas com as marcas. Menos ainda sobre suas
necessidades (serviços, informações, experiências) ou sobre a relação que
gostariam de ter com alguma marca.
Aí entra o papel do planejador: levantar a voz
(educada, mas enfaticamente) dizendo que, se estas perguntas não forem feitas,
o investimento na comunicação online será mais arriscado. Falo sobre fazer
pesquisas. Estudos AdHoc. Desenhados e aplicados pela própria equipe de
planejamento.
Quando falo nisso, algumas pessoas já sacam seus
argumentos do coldre para justificar por que não fazê-las:
Custa
caro: não dá pra ficar pagando pesquisa para qualquer
“perguntinha” que gera dúvida em nossas cabeças.
Dá
trabalho: já temos que planejar e executar a campanha.
Públicos, objetivos e metas vêm escritos no briefing do cliente. Não é nosso
papel repensá-los.
É
demorado: na internet, tudo é muito dinâmico. Não temos
tempo para investir em algo que, daqui a pouco tempo, já terá se transformado.
Ninguém
responde: vou chegar a um resultado pouco representativo,
pois afinal ninguém entra na internet para ficar respondendo a questionários.
Tem
coisas que não dá para perguntar: as pessoas não sabem dizer o que querem nem o que
as divertiria. Essas coisas surgem do feeling do publicitário.
Todos estes argumentos são facilmente refutáveis.
Pesquisa não é monopólio dos institutos
especializados. Não precisa ser considerada um grande movimento estratégico
para a marca. Pode-se trabalhar com pequenos aprendizados que otimizam
continuamente a comunicação. Não precisa passar por diversas aprovações antes
de ser feita.
Fica claro que os motivos reais para a não
realização de pesquisas que guiem os investimentos online são: (1) planejadores
que não se incomodam com a falta de informação ou (2) que, simplesmente, não
tomam iniciativa de propô-las.
Àqueles que se interessaram em colocar a mão na
massa, segue algumas ferramentas que facilitarão muito suas vidas.
Algumas
permitem que as pesquisas sejam postadas no próprio site, como o Kiss
Insight e o PollDaddy.
Outras
são sistemas mais complexos de pesquisa quanti, como o Survey
Monkey e a Qualtrics. Podem ser
postadas no site, enviados por e-mail ou para o público que interage nas redes
sociais com sua marca.
Neste link há um bom comparativo que
ajuda a entender as funcionalidades de questionário e tabulação e quais os
diferenciais das ferramentas pagas em relação às gratuitas.
Acredito que, no futuro planejamento, pesquisa
de mídia e business intelligence encontrarão maneiras de tratar os resultados
de comunicação online de maneira unificada dentro (ou fora) das agências. Mas,
enquanto isso, encontre resposta para suas perguntas. Faça pesquisas.
Terceira idade: país terá 64 milhões de idosos em 2050
Ali
Hassan
O Brasil passa por uma profunda transformação nas faixas etárias da população. Segundo o relatório ‘Envelhecendo em um Brasil mais Velho’, lançado pelo Banco Mundial, o País pode tirar proveito dessa transição para impulsionar o desenvolvimento econômico e social e evitar dificuldades sociais, fiscais e institucionais no futuro. Segundo o estudo, o País terá 64 milhões de idosos em 2050, 29,7% da população total, mais que o triplo do registrado em 2010. As alterações no perfil da população devem-se a três fatores principais: aumento da expectativa de vida de 50 para 73 anos, queda na mortalidade infantil e diminuição da taxa de fecundidade.
“Durante os próximos anos, até 2020, o Brasil passará pelo chamado bônus demográfico, quando a força de trabalho é muito maior do que a população dependente. O país poderia aumentar o seu PIB per capita em até 2,48 pontos percentuais por ano nesse período. Mas esse enorme dividendo não é automático, depende de instituições e políticas que transformem as mudanças demográficas em crescimento", avalia um dos principais autores do estudo, Michele Gragnolati.
Oportunidades e desafios - Segundo pesquisa do Sebrae-SP sobre a sobrevivência e mortalidade das empresas, a média de idade dos empreendedores que constituíram empresas entre 2003 e 2007 foi de 37 anos. Especificamente quanto aos empreendedores com 50 anos ou mais, o estudo mostrou que essa faixa etária tem uma participação estável na abertura de empresas de 12% a 16%. De acordo com os resultados obtidos, as chances de sobrevivência no mercado são similares, independente da faixa etária dos proprietários. Entretanto, experiência dos empreendedores, principalmente como empregado ou autônomo no ramo, é um fator que ajuda a empresa a se manter no mercado, em seus primeiros anos. Entre as empresas que permaneceram em atividade, 63% dos proprietários tinham alguma experiência no ramo. Das empresas que fecharam no período, esse índice era de 51%.
Cenários - Entre os fatores que contribuem para o fechamento prematuro dos negócios, o estudo ressalta que foram identificados seis conjuntos de fatores: ausência de comportamento empreendedor, ausência de um planejamento prévio adequado, deficiências no processo de gestão empresarial, insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios, dificuldades decorrentes da conjuntura econômica e impacto dos problemas pessoais sobre o negócio.
Já o estudo “Cenários para as Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo
2009/2015” aponta oportunidades em empreendimentos que contemplem
produtos e serviços para a terceira idade. Entre as tendências de negócios, o
estudo sugere o desenvolvimento dos cursos de educação online, de lojas
especializadas para a crescente população com mais de 60 anos, de shoppings
virtuais e de bairro e empreendimentos que contemplem ecossoluções e compromisso
com a responsabilidade social.
O Brasil passa por uma profunda transformação nas faixas etárias da população. Segundo o relatório ‘Envelhecendo em um Brasil mais Velho’, lançado pelo Banco Mundial, o País pode tirar proveito dessa transição para impulsionar o desenvolvimento econômico e social e evitar dificuldades sociais, fiscais e institucionais no futuro. Segundo o estudo, o País terá 64 milhões de idosos em 2050, 29,7% da população total, mais que o triplo do registrado em 2010. As alterações no perfil da população devem-se a três fatores principais: aumento da expectativa de vida de 50 para 73 anos, queda na mortalidade infantil e diminuição da taxa de fecundidade.
“Durante os próximos anos, até 2020, o Brasil passará pelo chamado bônus demográfico, quando a força de trabalho é muito maior do que a população dependente. O país poderia aumentar o seu PIB per capita em até 2,48 pontos percentuais por ano nesse período. Mas esse enorme dividendo não é automático, depende de instituições e políticas que transformem as mudanças demográficas em crescimento", avalia um dos principais autores do estudo, Michele Gragnolati.
Oportunidades e desafios - Segundo pesquisa do Sebrae-SP sobre a sobrevivência e mortalidade das empresas, a média de idade dos empreendedores que constituíram empresas entre 2003 e 2007 foi de 37 anos. Especificamente quanto aos empreendedores com 50 anos ou mais, o estudo mostrou que essa faixa etária tem uma participação estável na abertura de empresas de 12% a 16%. De acordo com os resultados obtidos, as chances de sobrevivência no mercado são similares, independente da faixa etária dos proprietários. Entretanto, experiência dos empreendedores, principalmente como empregado ou autônomo no ramo, é um fator que ajuda a empresa a se manter no mercado, em seus primeiros anos. Entre as empresas que permaneceram em atividade, 63% dos proprietários tinham alguma experiência no ramo. Das empresas que fecharam no período, esse índice era de 51%.
Cenários - Entre os fatores que contribuem para o fechamento prematuro dos negócios, o estudo ressalta que foram identificados seis conjuntos de fatores: ausência de comportamento empreendedor, ausência de um planejamento prévio adequado, deficiências no processo de gestão empresarial, insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios, dificuldades decorrentes da conjuntura econômica e impacto dos problemas pessoais sobre o negócio.
Mulheres representam 45% dos empreendedores individuais
Mariana Flores
Historicamente uma das mais
empreendedoras do mundo, as mulheres brasileiras também ocupam espaço
importante entre os trabalhadores por conta própria formalizados. De cada 100
empreendedores individuais, 45 são mulheres, segundo um levantamento feito pelo
Sebrae com dados do Serviço Federal de Processamento de dados (Serpro). No
total, somam 450 mil formalizados.
E a tendência é que esse número
aumente, uma vez que as brasileiras são mais empreendedoras que os homens – dos
empreendedores no mercado nacional – incluindo micro e pequenos empresários -,
53% são mulheres, segundo a Pesquisa Empreendedorismo no Brasil 2009, dado mais
recente do levantamento anual feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
No Piauí a participação das mulheres
se igualou à dos homens. Algumas pela necessidade, mas também há muitas que
enxergam uma oportunidade no empreendedorismo, caso da cabeleireira Maria da
Guia do Carmo Santos, de 35 anos. Após cinco anos trabalhando como funcionária
de salões de beleza de Teresina, ela pediu demissão para trabalhar por conta
própria em 2008. No ano passado, Maria da Guia se formalizou como Empreendedora
Individual. Agora se prepara para atender seus clientes em um espaço próprio, e
não mais em sua casa, e contratar um funcionário.
A cabeleireira atende, em média, 30
pessoas por semana. Desde que passou a trabalhar por conta própria, sua renda
mensal saltou de um salário mínimo para R$ 3 mil. A renda maior lhe permite não
só se capacitar, já que vem fazendo cursos, como melhorar a qualidade do
serviço oferecido. "Mas o mais importante é que estou conseguindo realizar
meu grande sonho, que é comprar minha casa própria. Já dei a entrada e em breve
finalmente vou sair do aluguel", comemora.
Em outros oito estados, a igualdade
entre homens e mulheres no universo de empreendedores também está próxima.
Segundo o levantamento, no Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo,
Maranhão, Roraima e Sergipe a participação feminina está acima de 48% do total
de empreendedores por conta própria. A menor participação de mulheres no
mercado total está na Bahia, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná e
Tocantins, que possuem um percentual de mulheres inferior à média nacional –
oscila entre 43% e 44%.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Como fazer um planejamento estratégico
Priscila Zuini
Nas grandes empresas, é quase obrigatório apresentar aos clientes e fornecedores um planejamento estratégico, com informações sobre a missão, os valores, a estratégia e a visão. Em pequenos e médios negócios, esse planejamento também pode ajudar a definir o que pode ser feito para melhorar a empresa.
Nas grandes empresas, é quase obrigatório apresentar aos clientes e fornecedores um planejamento estratégico, com informações sobre a missão, os valores, a estratégia e a visão. Em pequenos e médios negócios, esse planejamento também pode ajudar a definir o que pode ser feito para melhorar a empresa.
Em palestra no 2º Curso Exame
PME, realizado em São Paulo, nos dias 4 e 5 de abril deste ano, Marcelo Nakagawa,
professor da FIA e FGV, voluntário da Endeavor e consultor de empreendedorismo
e inovação, disse que os empreendedores não devem deixar esta questão de lado,
mas não podem se prender muito a este instrumento. “Muitas empresas não
surgiriam se dependessem de um plano formal, já que em negócios muito
inovadores o empreendedor não tem informação suficiente para fazer o
planejamento”, alertou o especialista.
Segundo Nakagawa, o planejamento estratégico, que define como a empresa quer crescer, não é um documento preciso, exato ou engessado. “Não há certo ou errado na hora de fazer. O empreendedor deve levar em conta aquilo em que acredita”, explica.
Passo-a-passo
Com uma ideia em mente, é hora de analisar o seu projeto para identificar uma oportunidade de crescimento. É importante ter uma estratégia clara e precisa para seguir em frente com o planejamento. “A programação da estratégia inclui codificar, elaborar e converter essas ideias”, diz. Com isso em mãos e o plano de negócios bem feito, fica mais fácil alcançar os objetivos da empresa, segundo o professor.
Para as empresas muito iniciantes, falar de missão ou valores pode ser mais difícil e o empreendedor fica com o óbvio. “Uma lógica que funciona para a maior parte das coisas é a de que se está difícil, provavelmente está errado”, opina. A dica é fazer algo que as pessoas consigam entender e colocar em prática. “Comece escrevendo quais tarefas serão necessárias para colocar em prática as ações que vão te fazer atingir a meta principal”, explica.
Segundo Nakagawa, o planejamento estratégico, que define como a empresa quer crescer, não é um documento preciso, exato ou engessado. “Não há certo ou errado na hora de fazer. O empreendedor deve levar em conta aquilo em que acredita”, explica.
Passo-a-passo
Com uma ideia em mente, é hora de analisar o seu projeto para identificar uma oportunidade de crescimento. É importante ter uma estratégia clara e precisa para seguir em frente com o planejamento. “A programação da estratégia inclui codificar, elaborar e converter essas ideias”, diz. Com isso em mãos e o plano de negócios bem feito, fica mais fácil alcançar os objetivos da empresa, segundo o professor.
Para as empresas muito iniciantes, falar de missão ou valores pode ser mais difícil e o empreendedor fica com o óbvio. “Uma lógica que funciona para a maior parte das coisas é a de que se está difícil, provavelmente está errado”, opina. A dica é fazer algo que as pessoas consigam entender e colocar em prática. “Comece escrevendo quais tarefas serão necessárias para colocar em prática as ações que vão te fazer atingir a meta principal”, explica.
Outra sugestão é usar o método do guardanapo.
“Desenhe em um pedaço de papel o que a sua empresa faz. Se você não conseguir
se fazer entender dessa forma, não adianta partir para um plano de negócios com
trinta páginas”, diz.
Um terceiro método consiste em dividir o negócio em
nove partes: parceiros, atividades, recursos, proposta de valor, relacionamento
com o consumidor, canais, clientes, custos e receitas. “Faça isso levando em
conta a situação da sua empresa hoje, daqui 3 e 5 anos. Assim, você consegue
visualizar um pouco como o negócio está evoluindo”, sugere.
O momento ideal para elaborar o planejamento é quando a empresa passa a fase startup e o empresário está disposto a ter uma gestão cada vez mais profissional. “O planejamento precisa ser algo gerenciável. Se você não consegue fazer isso, vira blá blá blá”, alerta o professor. Nakagawa destaca ainda a importância de desenvolver um plano de negócios de acordo com o que sua empresa projeta para os próximos anos. “Não existe um modelo de plano de negócios. Ele deve ser escrito de acordo com o seu objetivo”, afirma.
O momento ideal para elaborar o planejamento é quando a empresa passa a fase startup e o empresário está disposto a ter uma gestão cada vez mais profissional. “O planejamento precisa ser algo gerenciável. Se você não consegue fazer isso, vira blá blá blá”, alerta o professor. Nakagawa destaca ainda a importância de desenvolver um plano de negócios de acordo com o que sua empresa projeta para os próximos anos. “Não existe um modelo de plano de negócios. Ele deve ser escrito de acordo com o seu objetivo”, afirma.
Diga-me qual é tua rede e te direi quem és
Talita
Moreira
Raul Adelino da Silva, de 18 anos, passa os dias conectado ao Orkut enquanto trabalha como atendente de uma lan house em Heliópolis - bairro pobre da cidade de São Paulo. "Uso para me comunicar com meus amigos e fazer trabalhos de escola", afirma Silva, que é aluno do terceiro ano do ensino médio. Ele tem 280 contatos na rede social.
Raul Adelino da Silva, de 18 anos, passa os dias conectado ao Orkut enquanto trabalha como atendente de uma lan house em Heliópolis - bairro pobre da cidade de São Paulo. "Uso para me comunicar com meus amigos e fazer trabalhos de escola", afirma Silva, que é aluno do terceiro ano do ensino médio. Ele tem 280 contatos na rede social.
A fisioterapeuta Juliana Suher, 26 anos, acabou com
sua conta no Orkut há menos de um mês. "Não tinha muito mais o que fazer
ali. Depois que o Facebook chegou, com mais recursos, fui deixando de
usar", diz. Como quase todos os seus amigos já eram adeptos do Facebook,
foi ficando mais fácil entrar em contato com eles por meio dessa rede. "Às
vezes, eu mandava uma mensagem pelo Orkut e as pessoas não respondiam. No
Facebook, o retorno vem em cinco minutos", afirma.
Raul e Juliana são personagens de um fenômeno bem
brasileiro. Como milhões de jovens, eles compartilham o gosto pelas redes
sociais. Mas suas preferências revelam mais que gosto pessoal. Para
especialistas, a polarização entre os dois sites de relacionamento mais
populares do Brasil refletem, à sua maneira, a divisão sócio-econômica do país.
Primeira rede social a desembarcar no Brasil, o
Orkut é a porta de entrada para novos internautas brasileiros - e, por isso
mesmo, atrai usuários da emergente classe C. Dotado de recursos mais
sofisticados e alcance internacional, o Facebook está se consolidando como a
rede favorita dos brasileiros de classes A e B. Muitos deixaram de usar suas
páginas no Orkut, do Google, para se concentrar no site criado por Mark
Zuckerberg.
Sondagem feita pela empresa de pesquisas QualiBest,
a pedido do Valor, revela que a esmagadora maioria dos internautas
brasileiros presentes nas redes sociais mantém perfil no Orkut: 91%. A adesão
ao Facebook, porém, é maior entre os mais ricos (78%), enquanto o Orkut é
apontado como o site de relacionamentos preferido por 66% da classe C.
"Os usuários de classe A, que chegaram
primeiro às redes sociais, continuam no Orkut, mas começaram a usar outros
sites, como Facebook e Twitter ", afirma Fábio Gomes, diretor técnico da
QualiBest. "Quem chegou depois ainda usa muito o Orkut e o vê como
ferramenta de comunicação."
A simplicidade das ferramentas e a existência de
uma comunidade local mais ampla são apontadas pelos usuários como as vantagens
do Orkut. Entre os adeptos do Facebook, a preferência recai sobre a diversidade
de recursos e as facilidades para interagir com as pessoas ou fazer
comentários.
Para o montador de carros Edvan dos Santos
Ferreira, 36 anos, as redes sociais são uma forma de matar a saudade da
família, que vive na Bahia. Ele está no Facebook desde o ano passado, mas diz
preferir o Orkut e o MSN Messenger - programa de mensagens instantâneas da
Microsoft - porque tem mais conhecidos nessas redes. "E também porque é
mais fácil de usar, já estou acostumado", afirma.
Adesão ao
Facebook é maior entre os mais ricos, enquanto Orkut é o preferido da classe C,
mostra pesquisa
O administrador de empresas Rodrigo Sodré aponta os
jogos on-line, a facilidade para inserir fotos e vídeos e um chat para
conversar em tempo real com os amigos como algumas das características que o
levaram a adotar o Facebook e fechar sua conta no Orkut. "Acabei
abandonando. Existem muitos perfis falsos e muita vulgaridade", afirma
Sodré, que há um ano cometeu "orkuticídio"- neologismo que expressa a
decisão de cancelar a conta na rede.
O Google minimiza esse movimento. "O Orkut é
usado por 91% dos internautas no Brasil. O que se vê é que alguns usuários
estão testando outras redes sociais, mas continuamos muito fortes", afirma
o gerente de marketing para o Orkut no país, Valdir Leme. De acordo com o
executivo, o número de visitas ao site permanece igual e não houve mudanças nos
planos das empresas de usar a rede social como espaço para publicidade. O
Google já vendeu todos os anúncios previstos para ser divulgados neste ano na
página de saída (logout) da rede social.
Leme afirma que o perfil dos usuários é muito
similar ao perfil dos espectadores da novela das 9, com uma grande variedade de
classes sociais e idades. Segundo ele, recentemente houve um forte crescimento
no número de usuários provenientes da classe D. Os números, no entanto, são
mantidos em sigilo.
Os brasileiros representam a maior comunidade do
Orkut: são 32 milhões num total mundial de 85 milhões de usuários.
Procurado, o Facebook informou que não divulga
informações sobre seu desempenho em cada país. A rede social é, de longe, a
mais usada no mundo, com mais de 600 milhões de perfis ativos.
Na avaliação de Sean Browning, diretor de parcerias
para a América Latina da Webtrends - fornecedora de softwares que medem o
impacto de ações de marketing na internet - a divisão social dos sites de
relacionamento segue a tendência de adoção de outras tecnologias no Brasil. A
existência de recursos mais sofisticados no Facebook atrai, inicialmente, quem
já está mais familiarizado com tecnologia. "O Facebook está investindo
para sofisticar e centralizar todo tipo de atividade on-line em seu ambiente, e
isso naturalmente atrai outro tipo de público", diz.
Uma das chaves para entender a segmentação social
nas redes está no tipo de ferramentas que elas oferecem, diz Rafael Kiso,
sócio-fundador da Focusnetworks, agência especializada em marketing nas redes
sociais. Segundo ele, o Orkut oferece menos recursos para o controle da
privacidade. É possível navegar e deixar comentários na página de qualquer
pessoa, mesmo que ela não esteja na rede de amigos. "Os mais ricos se
sentiram acuados com isso", avalia o executivo.
A popularização das redes sociais, no entanto,
parece inexorável e não vai se restringir ao Orkut. "Hoje, a internet é
classe C", observa Kiso.
Twitter cria ferramenta de marketing de localização
Proxxima
Divulgado
durante a Ad Age Digital Conference, o novo painel do Twitter - chamado de
painel do seguidor - ajuda as marcas a conhecerem seus clientes que, no todo,
enviam 140 milhões de tweets diariamente na plataforma que tem apenas cinco
anos de existência. “A geo-relevância para tweets e contas patrocinados permite
que o anunciante atinja sua audiência na área geográfica correta”, diz o
presidente de receitas do Twitter, Adam Bain. “Uma empresa regional que está
disponível somente em uma determinada parte do país pode, agora, promover sua
conta ou tweets em áreas metropolitanas apropriadas.
Se você quiser anunciar o termo “jeans” apenas para o público de Cleveland, agora você pode fazer isso. Tweet por tweet, para cada tweet orgânico ou pago, nós somos capazes de dizer o que é relevante, inclusive por seguidores e não-seguidores, e lhe dizer se você tem perdido seus seguidores”, afirma Bain.
A ferramenta geo-alvo do Twitter está disponível para 210 cidades nos Estados Unidos e mais 100 países, disse o executivo, que também contou que o microblog adicionará mais cidades e países ao longo de 2012. Os tweets geo-alvo são fundamentais para captar o alto volume de dinheiro que os analistas garantem que está disponível no mercado publicitário regional, com a calda longa formado por pequenas empresas e anunciantes vinculados a uma determinada região geográfica. No Brasil, o McDonald´s já tem testado os tweets geo-alvo. No Canadá, tweets enviados do país mencionam produtos típicos como torta de pêssego e milk-shake de chocolate e café.
O geo-alvo do Twitter é baseado em um agregador de dados que os próprios usuários fornecem através do comportamento ao tuitar. Por exemplo, se um usuário aparece como baseado em São Francisco, mas envia a maior parte de seus tweets a partir de Los Angeles, uma empresa de Los Angeles seria capaz de orientar o usuário no Twitter.
Painel do seguidor
A segunda funcionalidade anunciada pelo Twitter é o painel do seguidor. A ideia de painel não é nova quando se trata de lançamentos do Twitter. Para cada um de seus produtos de publicidade existentes, o Twitter oferece ao anunciante painéis individuais que mostram o desempenho da campanha bem como os tweets individuais que mais têm repercussão entre os clientes. O novo painel de instrumentos fornece uma análise mais profunda da audiência de seguidores que a marca construiu no Twitter - onde estão, como cresceram ao longo do tempo, nível de engajamento - e mostram um vislumbre de outros interesses.
"Este produto é projetado para responder a pergunta que mais temos ouvido do anunciante: Quem são meus seguidores?", afirma Bain. "Agora, profissionais de marketing podem entender o seu público e reagir melhor a este público através da melhoria das suas campanhas." O Twitter permite que os anunciantes conheçam seus clientes com base em vários sinais públicos como, por exemplo, as bios (biografias) do usuário, o tipo de lista em que estão e, claro, na sua localização. O painel do seguidor está disponível para todos os anunciantes que trabalham com o Twitter na promoção de produtos, o que inclui tweets patrocinados, trend topics e contas patrocinadas. O painel permite que os anunciantes vejam o que seus anúncios e conteúdo realizam em termos de re-tweets, seguidores, unfollows, cliques e outras ações.
Taxa alta
Um dos primeiros clientes de publicidade do Twitter foi a Radio Shack, e o CMO, Lee Applbaum, comentou o uso do painel de instrumentos de análise. Em dezembro, a Radio Shack lançou um trend topic patrocinado sob a hashtag #ineedanewphone. O painel analytics da Radio Shack mostrou que, em 24 horas após o lançamento, o trend topic patrocinado - que havia sido retuitado pelo porta-voz da Radio Shack - gerou 65 milhões de impressões e teve uma taxa de participação de 8,8% (a taxa média de participação no Twitter é de 3%-5%). Adicionalmente, a empresa pode medir o sucesso do Twitter com o gasto de marketing porque a Radio Shack viu as vendas da plataforma wireless aumentarem em dois dígitos nos três dias que se seguiram aos trend topics patrocinados. "O ROI dessa iniciativa de mídia social foi estratosférico para nós", afirmou Applbaum.
As novas funcionalidades do Twitter chegam um ano depois dos produtos lançados pelo Twitter no mesmo evento do ano passado, quando o microblog tinha apenas seis anunciantes. Agora, o Twitter tem mais de 600 anunciantes e 80% deles são anunciantes que repetem negócios, o que totaliza 6 mil campanhas. O presidente de receita explica que a ferramenta de autoatendimento colabora na construção para a cauda longa do Twitter e que a empresa espera expandir o número de anunciantes de 600 para 60 mil.
US$ 120 mil/dia
O difícil é descobrir o preço de um tweet patrocinado - baseado parcialmente nos leilões de palavras-chave com um custo de participação - ou conta patrocinada, que também tem o preço fixado com base no custo por engajamento, mas, nesse caso, medida conforme o número de seguidores. Já um dos outros produtos patrocinados, os trend topics, custam US$ 120 mil por dia.
As ferramentas de autoatendimento para publicidade do Twitter e os produtos patrocinados estarão disponíveis para quaisquer anunciantes ainda este ano. Claramente, esse produto é destinado a concorrer com a ferramenta de autoatendimento do Facebook, que é extremamente popular entre as empresas de pequeno e médio porte.
De acordo com dados do eMarketer, o Facebook faturou US$ 1,86 bilhão com receita publicitária em todo o mundo no ano passado, enquanto o Twitter arrecadou US$ 45 milhões. A maior parte da receita do Facebook, US$ 1,12 bilhão (60%), foi gerada a partir de pequenas empresas, mais propensas a usar as ferramentas de autoatendimento. Agora que os anunciantes podem acompanhar o que acontece no Twitter, como resultado de seus tweets orgânicos ou patrocinados, as marcas poderão entender sobre o que os seguidores gostam e do que não gostam e também saberão o que podem e o que não podem pedir aos consumidores.
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