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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Oito programas para medir seus resultados em marketing

Romeo Busarello
Passei boa parte da minha vida profissional ouvindo a máxima que informação é poder, se fosse verdade os bibliotecários(as) seriam as pessoas mais poderosas do mundo. Nos dias atuais execução é poder. Li um interessante livro cujo título é: Obrigado pela informação que você me não me deu. Pura verdade... As empresas produzem relatórios cada vez mais sofisticados com um conjunto cruzado e variado de informações que não temos condições mentais de processá-los, sobretudo de agir sobre estas informações e promover ações imediatas. Como executivo, planejo investimentos em marketing para capturar clientes e me deparo com a necessidade diária de mensurar estes investimentos.

Hoje não tem desculpa para não medir a origem de todos os clientes que se relacionam com sua empresa, existem dezenas de programas gratuitos e alguns pagos que lhe relatam a origem de cada centavo investido em marketing. Os programas que estou recomendando produzem uma infinita possibilidade de informações, no entanto não se deixe seduzir pela amplitude, defina no máximo 10 métricas que você julgue estratégicas e que possa atuar sobre elas, melhorando a otimização dos investimentos. Estas informações não devem lhe servir somente de apoio, mas sim de iluminação e inspiração para deixar os seus investimentos de marketing cada vez mais eficientes. Vamos a elas:

1. Google Analytics (Gratuito): Ferramenta para acompanhamento dos fluxos de navegação e interações dentro das plataformas digitais da marca, como sites e hotsites. Através de seus relatórios é possível identificar as páginas mais acessadas, áreas de maior interesse, desempenho do processo de compra e frequência do acesso, por exemplo. Uma das possibilidades mais interessantes é a de identificação da origem do acesso – seja de mídia paga ou orgânica.

2. Adservers (Pago): São ferramentas para tracking de mídia online que permitem acompanhar o volume entregue, identificar a cobertura, alcance e frequência dos impactos, além de permitir realizar otimizações em tempo real. Comumente possuem negociações baseadas no volume de entrega da mídia (CPM).

3. Facebook Insights (Gratuito): Ferramenta do próprio Facebook disponibilizada para quem gerencia uma página corporativa na rede social. Permite o acompanhamento do alcance das ações, número de interações e performance das publicações.

4. Seekr (Pago): Ainda relacionado às redes sociais, existem ferramentas que auxiliam na gestão dos canais sociais da marca, controle das interações com os usuários e mapeamento das menções espontâneas sobre a empresa, como o Seekr, que tem como modelo negócio a assinatura mensal/anual.

5. comScore (Pago): Ferramenta de planejamento de mídia online que permite acompanhamento da audiência e avaliação do perfil dos usuários que acessam um determinado site ou página. Auxilia tanto para a escolha de veículos para a compra de mídia, quanto para o acompanhamento dos concorrentes.

6. Google Insights for Search (Gratuito): Serviço do Google que indica tendências de busca de usuários sobre determinados assuntos e palavras-chave. Apesar de bastante simples, pode ser valiosa para identificar comportamentos de busca dos usuários, como sazonalidade e intensidade.

8. Intelimidia (Pago): Serviço de tracking de telefone para avaliação de performance de campanhas offline através do volume de ligações geradas através de um determinado anúncio/veículo.


Disponível em http://www.endeavor.org.br/artigos/marketing-vendas/marketing-viral/8-programas-para-medir-seus-resultados-em-marketing?utm_campaign=Artigos%20Endeavor&utm_content=7015905&utm_medium=social&utm_source=facebook. Acesso em 24 ago 2014.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Consumidores são estimulados pelo subconsciente

Lacerda Comunicação
Qua, 02 de maio de 2012 
Você sabia que algumas lojas de roupas mantêm o ar-condicionado numa temperatura mais elevada durante o inverno, para que o cliente tenha a sensação de que o tempo está ainda mais frio e, com isso, convencê-lo a comprar agasalhos? E que algumas lanchonetes borrifam aroma de bacon em seu ambiente para aguçar o paladar dos clientes? Ou ainda que a música de uma loja ou a essência que os consumidores sentem ao entrar nela podem não ser por acaso? A esse recurso utilizado por muitas empresas, principalmente no setor do varejo, damos o nome de marketing sensorial que é uma das ferramentas do neuromarketing.

Este termo foi cunhado, em 2002, por Ale Smidts, professor de marketing na Erasmus University, em Roterdã (Holanda). “O neuromarketing nada mais é do que entender quais são os desejos, impulsos, motivações e reações para então encontrar o “botão” comprar do cérebro da pessoa, e então estimular sua percepção para os produtos nas gôndolas”, afirma Ricardo Botelho, diretor da Neurobusiness. Ele explica que o ser humano percebe o mundo por meio dos cinco sentidos: visão, tato, olfato, audição e paladar. “Os impulsos captados por eles é que dão início ao processo perceptivo, onde os sensores internos captam influências do ambiente externo, gerando assim lembranças, bem-estar, saudades ou até mesmo repugnância”, enfatiza.

Para que os empresários possam conhecer um pouco mais sobre o neuromarketing e como aplicá-lo em seus negócios, a Neurobusiness Intelligence vem pela primeira vez em São José do Rio Preto ministrar treinamentos de Neuromarketing e Neuroliderança.

Localizada na capital paulista, a Neurobusiness Intelligence foi uma das empresas pioneiras no Brasil a utilizar o neuromarketing. Resultado da fusão entre a Vetorial Marketing, o Instituto de Neurolinguística Avançada (INA-PNL) e o Portal Venda e Lucro, a empresa iniciou suas atividades em 2007 com o objetivo de elevar o índice de competitividade e sucesso das empresas por meio das mais poderosas ferramentas de comunicação, marketing e vendas, acompanhando as tendências e as transformações dos novos tempos.

Para aperfeiçoar o seu trabalho, a Neurobusiness Intelligence fundou ainda o Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neurobusiness (IBRA Neuromarketing). O desenvolvimento do Instituto é dedicado à gestão do conhecimento e formação através da colaboração com universidades, escolas de negócios, institutos de pesquisa e outros organismos, professores especializados, a fim de validar e garantir os melhores graus específicos em Neurociências aplicada aos negócios.

A empresa tem como clientes Correios, TAM, Banco do Brasil, Claro, Franquia Kit Casa e empresas dos mais diferentes segmentos e diversos portes.


Disponível em http://www.catanduvananet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2929:consumidores-sao-estimulados-pelo-subconsciente&catid=15:economia&Itemid=12. Acesso em 01 ago 2014.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Por que seu currículo já não vale mais nada

Daniel Dal'laqua
26 de novembro de 2013
Você sabia que seu currículo tem cada vez menos valor nesse novo cenário dominado pela internet e pelos meios digitais? Pelo menos, o currículo em seu formato tradicional.

"Como assim?", você deve estar pensando.

Leonardo da Vinci redigiu o primeiro currículo profissional da história em 1482. De lá pra cá a verdade é que o currículo não mudou muito desde que foi inventado. As folhas de papel ou os modelos existentes hoje na web não refletem nosso mundo altamente digital.

Em que o seu currículo difere dos demais? Você pode estar pensando que o que importa realmente é o conteúdo do currículo e não possíveis diferentes formatos. Tem razão. No entanto, não faz sentido olharmos um pouco além de uma folha de papel ou um simples preenchimento de dados pessoais, educação, objetivos e experiências? Quero que você pense um pouco fora da caixa por um momento e veja o universo de possibilidades que você tem para fazer algo diferente na internet.

Os recrutadores "escaneiam" centenas de currículos diariamente buscando pessoas diferenciadas para trazer valor às suas empresas, colaboradores e clientes. Além de sua formação e experiências profissionais, o que você tem feito para se destacar e ter a chance de apresentar suas ideias e habilidades?

Já pensou em fazer uma carta de apresentação em vídeo, por exemplo? Sim, grave um vídeo (curto) falando um pouco mais sobre você e o que pode oferecer e contribuir para a vaga que está buscando. Não é necessário um estúdio e câmeras profissionais, você mesmo pode gravar um vídeo de seu smartphone. Depois de finalizar, faça o upload no Youtube e pronto! Você já está inovando na forma de se mostrar ao mundo. Use a criatividade, pense na vaga ou na empresa em que você mostrará esse vídeo (pode ser para várias empresas), mas capriche no texto e mostre o porquê você deveria ser contratado.

Tenha um perfil completo no Linkedin. As redes sociais são cada vez mais utilizadas por recrutadores e sem dúvida o Linkedin é a primeira rede social a ser analisada. Se você ainda não tem um perfil lá, faça-o agora mesmo e aproveite para entrar em contato com outros profissionais e empresas. Além disso, essa rede social pode lhe trazer maior visibilidade na internet, uma vez que o Google e outros mecanismos de busca tendem a trazer esses resultados em suas primeiras páginas ao digitar o nome de uma pessoa.

Faça uma apresentação pessoal no Slideshare ou no Prezi. O Slideshare e o Prezi são duas ferramentas fantásticas para inovar na maneira de apresentar seu currículo. O Slideshare é uma apresentação na forma de slides que fica disponível na web e também irá lhe ajudar a ganhar maior visibilidade online. Capriche no layout e faça diferente! O Prezi é uma ferramenta inovadora na forma de apresentação, muito mais interativo e dinâmico. Vale a pena conhecer e verificar se faz sentido se apresentar por lá (de acordo com sua área e objetivos profissionais), pois a ferramenta é muito interessante!

Que tal ter um blog ou site pessoal e postar por lá textos, vídeos ou áudios que façam sentido ao seu mercado e que chamem a atenção de pessoas importantes para você (sejam elas recrutadores, empresários, parceiros de trabalho ou até clientes)?

Atualmente é muito simples montar seu blog ou site pessoal, existem tutoriais na internet completos para isso. É claro que haverá outras estratégias após lançá-lo, mas que tal começar? Dê o primeiro passo agora!

E você? Quais outros formatos poderia utilizar para inovar na forma de se apresentar ao mercado? Existem centenas de outras maneiras. Tenho certeza de que você poderá fazer mais do que apenas utilizar o velho e ultrapassado currículo. É claro que o conteúdo de seu currículo deve chamar a atenção dos recrutadores também, mas ao inovar na forma, você tem mais chances de sair na frente.

Você concorda com isso? Se ainda tem dúvidas, faça um teste. Talvez os resultados não apareçam no curtíssimo prazo, mas acredite: eles poderão surpreendê-lo em muito menos tempo do que você espera.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-que-seu-curriculo-ja-nao-vale-mais-nada/74350/. Acesso em 22 abr 2014.

domingo, 27 de abril de 2014

Cinco hábitos de pessoas emocionalmente inteligentes

Administradores
22 de abril de 2014
 
Inteligência emocional é uma das ferramentas mais importantes para o sucesso. Isto é o que dizem especialistas, como o empreendedor Eric Schiffer.

Em recente artigo para a Business Insider, Eric revela que inteligência emocional não está relacionado apenas à relacionamentos românticos, mas negócios também. "Na verdade", diz Schiffer, "as mesmas regras para se dar bem nos negócios, podem ser usadas para o amor".
Confira a lista de 5 hábitos que pessoas com controle sobre suas emoções utilizam para ter sucesso tanto no trabalho como em sua vida pessoal:

1 - Seguir ações ao invés de palavras
"Quando eu contrato alguém, eu não ligo muito para o que suas bocas falam sobre negócios ou trabalho duro. Pelo contrário, eu foco no que elas realmente percorreram: essas pessoas seguem prazos? Realizam chamadas? Fecham acordos? O que elas estão fazendo ao invés de falando?", diz Eric.

Nos assuntos pessoais e no mundo dos negócios, falar é fácil.

2 - Tenha controle sobre si mesmo
Todas as pessoas possuem sentimentos, e às vezes, coisas pequenas tomam forma de bolas de neve e se tornam coisas grandes, sem nenhuma necessidade. Pessoas emocionalmente inteligentes sabem quando estão prontas para entrar em colapso e percebem antes de explodirem.

Alguém interrompeu você durante uma reunião? Schiffer diz que parar para pensar um pouco na situação é sempre a melhor solução. "Não planeje uma vingança imediata ou reclame sobre o que aconteceu, pense que, talvez, a pessoa está distraída por problemas pessoais em casa. Talvez ela se sinta diminuída ou escanteada pelo chefe, e esteja tentando compensar de forma exagerada. Seja superior à situação e dê a todos o benefício da dúvida. Nem sempre é sobre você", diz Eric.

As mesmas regras funcionam na sua vida amorosa e nos seus negócios. "Todos tem dias ruins e todos tem seus problemas. Só porque seu parceiro não está com vontade de dançar, não significa que ele tem vergonha de ser vista com você, ou que você não deveria sair com ele de novo. Não leve um incidente ou um dia ruim como uma verdade universal, e siga em frente", comenta Schiffer.

3 - Foque nos seus objetivos
Para ser bem sucedido na vida e nos negócios, ter a visão focada no objetivo maior é fundamental. "Ou seja", diz Eric, "não se preocupar com todas as pequenas coisas que possam aparecer pelo caminho como se fossem as maiores dificuldades do planeta". Schiffer continua: "Quando você tem o objetivo maior como sua prioridade máxima, é mais fácil de negociar com um cliente difícil, criar parcerias lucrativas para ambos, e focar suas energias no que é mais importante, ao invés de se preocupar com pequenas perturbações".

"Isso serve pra relacionamento também. Se um compromisso longo com seu companheiro é sua principal prioridade, então você está menos sujeito a focar nas coisa insignificantes do dia a dia. Até problemas grandes, como o uso do dinheiro ou a educação dos filhos são negociados de forma mais fácil quando os dois estão focados na colaboração e na convivência".

4 - Limpe-se das impurezas emocionais
Negócios bem sucedidos se alimentam de boas energias, e pessoas negativas podem destruir uma empresa. "Empresários com inteligência emocional sabem que existem pessoas positivas o suficiente no mundo, para que não seja necessário ter que lidar com as pessoas de energia tóxica. Até mesmo pessoas com sucesso no ramo podem cair na qualidade caso sejam manipuladores, combativas ou negativas no ambiente de trabalho", diz Eric.

A regra vale tanto para sua vida amorosa quanto para suas relações de negócio. "Se alguém consome suas energias ou faz você se sentir mal com você mesmo, junte forças e siga em frente. Pessoas emocionalmente inteligentes não têm tolerância para pessoas que não são sinceras, críticas demais, carentes em excesso ou tenha vícios poderosos. Existem pessoas que são melhores fora da sua vida", aconselha Eric.

5 - Mantenha contato
"Só porque um relacionamento chegou ao fim, não significa que a ponte precisa ser destruída. Mesmo que um acordo ou sociedade acabe de forma amarga, pessoas emocionalmente inteligentes se esforçam para manter uma conexão positiva. Nunca se sabe quando você vai encontrar seu ex-sócio, ou pior, necessitar dessa pessoa no futuro", diz Eric.

Um relacionamento não durar a vida inteira, não significa que as duas partes precisam se tornar inimigas com o fim dele. Na maioria das vezes, relacionamentos tem seus fins motivados por diferenças ou circunstâncias. "Quando a ponte ainda está disponível, mais oportunidades para melhorar suas experiências irão aparecer", completa Schiffer.


Disponível em http://administradores.com.br/noticias/carreira/5-habitos-de-pessoas-emocionalmente-inteligentes/87173/. Acesso em 22 abr 2014.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quanto vale um fã?

Andréa Dietrich
05 DEC 2013
Minha questão nesse post não é falar sobre a quantidade de dados que temos atualmente para mensurar tudo na internet, e o quanto o poder de influência das redes sociais no mercado de consumo aumenta a cada dia. Isso todo mundo sabe. Mas sim uma perspectiva sobre o que realmente devemos olhar desses dados e o quanto esse poder de influência pode “enganar” consumidores.

Claro que já acompanho há algum tempo polêmicas como contas falsas nas redes sociais para gerar audiência a determinados assuntos/perfis, compra de base suja para jogar mais tráfego para um site e aumentar a audiência, mas confesso que esse vídeo que chegou até mim recentemente me estimulou a escrever sobre esse assunto.

Num formato “câmera escondida”, o vídeo ilustra bem até onde podemos ir na busca de mais fãs para uma página. Os chamados Click Farms, ou Fábricas de Clicks, são profissionais contratados para manipular os dados de algum perfil na internet, seja no Facebook, Twitter ou nos views do YouTube. A fábrica gerencia milhões de perfis em cada um desses canais e dependendo de quanto se está disposto a pagar, rapidamente uma página pode chegar a milhões de fãs, views e followers.

Recentemente, inclusive, saiu uma materia no Valor Econômico sobre as contas falsas que inundam o Twitter. A matéria revela o negócio de venda de contas falsas, que opera há mais de seis anos, e chega até a enviar e responder mensagens simulando um perfil de uma pessoa real. Esse tipo de conta, segundo a matéria, representa em torno de 9% da base total do Twitter. Um sistema que evolui rapidamente deixando a vida dos desenvolvedores cada vez mais difícil para detectar o que é ou não falso.

Uma das maiores qualidades de se trabalhar na internet sempre foi a questão de poder mensurar tudo a qualquer momento. Ferramentas cada vez mais sofisticadas de gestão de dados aparecem a cada dia, mas sabemos o que realmente queremos medir?

Frente a esse cenário onde facilmente métricas de sites e redes sociais podem ser manipuladas, precisamos começar a aprofundar nos dados que realmente trazem a qualidade do relacionamento de uma marca no digital, no que realmente essa atuação converte e não somente na quantidade.

Temos que investir não só para ter um número impressionante de seguidores, mas para construir um engajamento de verdade, segmentar para atingir menores, porém, melhores audiências, contribuindo para o sucesso concreto do negócio.

Eu sempre acreditei muito nisso. Mas, enquanto as grandes referências de rankings e reconhecimentos de mercado não mudar, essa indústria vai continuar a operar.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/12/05/Quanto-vale-um-fa.html. Acesso em 12 dez 2013.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quer entender o consumo? Estude a cultura!

Marcos Hiller
23 de outubro de 2013
Só no Brasil fogão tem tampa. No sul do Brasil, uma parcela da população come pizza com maionese. No Rio de Janeiro, se tem o hábito de colocar catchup na pizza. Peça catchup numa pizzaria tradicional da cidade de São Paulo para você ver a olhada de repressão que o garçom te dará. Em algumas regiões do Nordeste se tem o costume de comer catchup no meio do feijão com arroz. Só no Brasil, alguns carros modelo SUV, como a EcoSport, por exemplo, possuem aquele pneu do step afixado na traseira do veículo à mostra para os demais motoristas da rua verem e, geralmente, envolvidos com capas estilizadas ou até personalizadas.

Só no Brasil máquina de lavar tem a abertura na parte superior e, geralmente com tampa de vidro, para a dona de casa brasileira poder ver a roupa revirando pra lá e pra cá, limpando e lavando. Há quem diga que uma parcela de pessoas que usam dentadura no estado de Mato Grosso do Sul tem o costume de colocar aparelho dentário na dentadura, justamente para que o fato de possuir aparelho tente negar a existência de uma prótese dentária. No Brasil, a cor do luto é o preto e no Japão a cor do luto é o branco (vi isso outro dia numa cena de funeral em um dos filmes do Bruce Lee).

Todos esses fatos, por mais esquisitos e até mesmo pitorescos que possam parecer, se dão fortemente por conta de um elemento chamado cultura. Estudar marketing, comunicação, branding e práticas do consumo em geral nos requer cada vez mais, na contemporaneidade, que compreendamos a cultura do consumidor. E o que é a cultura? Nada mais é do que esse acervo de conhecimentos que modela e modula boa parte das relações entre as pessoas. Cultura é aquele elemento central formado por uma mistura de questões sociais, econômicas, políticas de um determinado grupo.

É na cultura onde encontramos as respostas mais profundas para desafios e dilemas do processo de marketing hoje em dia. Ferramentas mercadológicas, teoremas de Paretto, cinco forças de Porter, teorias de estratégia competitiva, os exaustivos quatro “pês” de marketing, entre outros modelos são fundamentais para entender os processos de marketing e consumo em dia? Acho que sim. Mas quer compreender um pouco mais a fundo as verdadeiras motivações, desejos e comportamentos das pessoas? Vá estudar a cultura. Tire o snorkel e coloque o tubo de oxigênio. Mergulhe. E nada melhor do que se ancorar em outras áreas do conhecimento.

Vamos com outro exemplo! Recentemente um amigo que trabalha na área de pesquisa de mercado da Kibon/Unilever me disse que fizeram algumas seções de pesquisa, por meio da técnica de grupo focal (ou focus group, como habitualmente se fala no mercado), com grupos de crianças para se detectar novas cores de picolé que a Kibon deveria lançar no Brasil. E após as discussões com a criançada, quais foram as cores preferidas? Rosa? Laranja? Vermelho? Verde? Amarelo? Azul? Quem respondeu alguma dessas, errou. A cor favorita da molecada foi o preto. Sim, um picolé de cor preta. Absolutamente imprevisível e inusitado. E se lançarmos um picolé preto seria um tremendo sucesso? Eu não apostaria nisso. E justamente por isso que esse negócio chamado pesquisa é tão fascinante.

Mas por que o preto? Confesso que não sei a razão exata. Precisaria me aprofundar um pouco mais para encontrar respostas críveis. Mas acredito que a razão do porquê o preto foi a cor vencedora não esteja no marketing, mas sim na antropologia, na sociologia, na psicologia, na semiótica. No chamado Neuromarketing talvez? Eu acho que também não. Aliás, não quero soar como uma percepção leviana, mas eu acho que misturar Marketing com Medicina é forçar um pouco a barra. Pra mim, mergulhar nas ciências sociais e ler autores como Nestor Garcia Canclini, Jesus Martín Barbero, Gilles Lipovetsky, Gisela Castro, Rose de Melo Rocha e Maria Aparecida Baccega tem me dado respostas bastante lúcidas para todos esses dilemas e complexidades das relações entre pessoas e marcas. Aliás, estudar mais a fundo o porquê de o preto ter sido a cor favorita das crianças na pesquisa talvez nos traga evidências sobre por que a meninas piram hoje em dia nessas bonecas vestidas de vampiras e monstros. Isso particularmente me inquieta.

Muito de minha visão nesse despretensioso texto é fruto de um curso de mestrado que estou para concluir hoje na ESPM/SP na área de comunicação e práticas do consumo. Estudamos o consumo não como consumismo, não como uma mera relação de troca entre bens e valores monetários. Discutimos o consumo não à luz de teorias clássicas de comportamento do consumidor, como a de Abraham Maslow e tantos outros. Pensamos o consumo como uma apropriação social, sinérgica e simbólica. Consumir hoje em dia é estar na sociedade. Consumir é se inscrever em algo. Consumimos o tempo todo, desde um maço de cigarros que compramos na esquina até mesmo uma lata de Coca-Cola que seguramos na mão ou uma telenovela a que assistimos. Consumimos sempre. Negar o consumo é negar que vivemos em sociedade.

Ah, por que diabos só no Brasil fogão tem tampa? Oras, por conta de uma questão cultural. Mais que isso: para a dona de casa brasileira, e só para a brasileira, por mais que a cozinha não esteja com aquele brilho impecável, o ato sígnico de se abaixar uma tampa de fogão significa: “Pronto! Missão cumprida! Posso curtir minha novela e meu maridão”.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/quer-entender-o-consumo-estude-a-cultura/73788/. Acesso em 29 out 2013.

domingo, 25 de agosto de 2013

Facebook versus LinkedIn: qual é o melhor para negócio?

Barbara Krasnoff
28 de março de 2008
 
As redes sociais não são mais a “próxima” onda fantástica. Elas já fazem parte da nossa experiência na web tanto quanto as ferramentas de busca. Os serviços de rede social, antes considerados domínio da garotada que queria dar continuidade às fofocas da sala de aula, vêm sendo cooptados por adultos que estão explorando novos meios de usá-los dentro e fora do emprego.

Pelo menos um site de relacionamento, o LinkedIn, disputa a atenção dos adultos desde seu lançamento em 2003. O LinkedIn permite que os usuários criem e mantenham uma lista de seus contatos profissionais (e amigos também).

O objetivo é se conectar — ter acesso aos contatos dos seus contatos e, assim, ampliar seus horizontes profissionais. Você quer encontrar um emprego? Uma nova oportunidade de venda? Informações sobre um cliente? Pois este é um meio de fazer isso.

O LinkedIn continua oferecendo serviços extraordinariamente estáveis. Ele fez algumas concessões às expectativas da web 2.0 acrescentando um quadro de empregos e áreas com recomendações de provedores de serviços ou respostas para perguntas.

Além disso, oferece serviços premium que permitem aos usuários acessar mais informações e se comunicar com contatos de segundo ou terceiro graus (em outras palavras, amigos de amigos de amigos). Entretanto, o LinkedIn não se desviou de sua missão original: ser um serviço de cunho profissional, em vez de um site de relacionamento generalizado.

Existem poucos sites tão focados quanto o LinkedIn, mas pelo menos um deles deixou de ser apenas um site de socialização e passou a ser, também, uma ferramenta de negócio. O Facebook foi criado em 2004 para que estudantes universitários — isto é, indivíduos com endereços de e-mail de universidades — se comunicassem online. Só foi aberto ao público geral em 2006.

Desde então, disputa com o MySpace o posto de lugar preferido para passar o tempo, mas tem atraído uma audiência adulta crescente que quer utilizá-lo para discutir suas profissões em vez das últimas paixonites.

O Facebook oferece uma gama de serviços muito maior do que o LinkedIn – principalmente graças ao grande número de aplicativos de terceiros que as pessoas podem instalar e usar – e, portanto, é um meio de comunicação mais flexível. Também pode ser vantajoso, para as empresas, utilizar um serviço com o qual provavelmente os funcionários estão familiarizados.

Contudo, há controvérsias em relação a adotar o Facebook como uma rede de negócio. As empresas que querem usar o Facebook para manter em contato seus funcionários cada vez mais móveis estão preocupadas, e com razão, que todos estes games, grupos sociais e quizzes (“Quais são os nomes dos personagens dos Muppets?”) acabem desviando as pessoas do trabalho.

Qual, então, é melhor para uso profissional, tanto por empresas quanto por funcionários atuais e potenciais: o LinkedIn com sua abordagem focada ou o Facebook com sua grande quantidade de aplicativos?

Para descobrir, montamos seis cenários de negócio rotineiros e pedimos a dois membros da nossa equipe que os destrinchassem: um com o Facebook e o outro com o LinkedIn. Em algumas situações, ficou claro qual serviço se sairia melhor, mas em outros casos foi difícil, até mesmo impossível, escolher um vencedor.

No fim das contas, não existe um vencedor absoluto. O Facebook e o LinkedIn se destacam em diferentes cenários. Tudo depende do que o usuário precisa fazer.

Qual você escolheria? Confira nossos seis cenários de negócio e tire suas conclusões. Talvez você prefira um ou outro, ou, quem sabe, simplesmente decida juntar aos dois.

Disponível em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2008/03/28/facebook-versus-linkedin-qual-e-o-melhor-para-negocio/. Acesso em 28 ago 2013.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Home office: cinco dicas para manter a produtividade

Computerworld
12 de agosto de 2013
 
Com o avanço da internet e surgimento de tantas ferramentas de comunicação, muitos profissionais de TI já estão exercendo atividades remotamente, pelo menos um ou dois dias por semana. O Brasil regulamentou esse modelo de trabalho, considerado uma tendência no mundo para redução de custos e melhora da qualidade de vida de seus colaboradores.

Assim o home office tem se tornado uma alternativa cada vez mais frequente e viável no mercado de trabalho atual, principalmente com a dificuldade de locomoção nas grandes cidades. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Robert Half com 1.876 diretores de recursos humanos em 16 países.

De acordo com 47% dos entrevistados brasileiros, aumentou o número de pessoas que adotaram o home office, enquanto apenas 8% observaram a diminuição e outros 37% não perceberam mudança.

Porém, algumas pessoas ainda têm dificuldades em saber como agir nesse tipo de emprego. Para melhorar o rendimento e facilitar a adaptação daqueles que buscam trabalhar do lar, a Universia Brasil, rede ibero-americana de colaboração universitária no mercado de trabalho, dá cinco 5 dicas importantes. Veja a seguir quais são:

1. Tenha disciplina
Ter disciplina é a tarefa mais difícil e mais necessária para quem decide trabalhar em casa. É muito fácil se distrair por não estar em um ambiente de trabalho com outras pessoas. Por isso, concentre-se nas suas atividades e aja como se estivesse em um escritório exatamente com as mesmas obrigações.

2. Programe sua agenda
Não pense que por trabalhar em casa você não precisa ter horários marcados. Programar-se também é essencial. Estipule prazos e tenha uma agenda para anotar todos os seus compromissos.

3. Escolha local adequado para trabalhar
Se possível, encontre um cômodo em sua casa que você possa dedicar exclusivamente ao trabalho. Organize o ambiente de maneira séria, como um escritório, para que você se sinta motivado a realizar seus deveres.

4. Adote postura profissional
Divida suas tarefas. Não misture as atividades de casa com os deveres do trabalho. Fazer diversas coisas ao mesmo tempo impede que você foque completamente em apenas uma tarefa, deixando-a, muitas vezes, incompleta ou mal realizada.

5. Mantenha-se conectado
Sair do escritório para trabalhar em casa não significa que você precisa se afastar do restante do mundo. Manter contato com seus colegas de trabalho é de extrema importância. Seu chefe precisa localizá-lo quando precisar. Procure saber também quais as ferramentas sua companhia adota para acompanhar seu trabalho e medir sua produtividade quando estiver em home office.


Disponível em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2013/08/12/home-office-cinco-dicas-para-manter-a-produtividade/. Acesso em 12  ago 2013.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dez dicas para sua empresa se dar bem nas redes sociais e não dar um tiro no pé

Carla de Gragnani; Claudia Assencio
08 de julho de 2013
Que as redes sociais são ferramentas importantes para iniciar um negócio ou reforçar a marca de uma empresa não é mais novidade. Estar em ambientes digitais, principalmente em páginas de relacionamento como Facebook e Twitter, pode ser uma poderosa forma das empresas criarem um novo ponto de contato e de diálogo com seu público. Em contrapartida, o mau uso das plataformas pode causar sérios danos à imagem de sua marca.

Para evitar o "tiro no pé", consultores e especialistas dão dicas para empresas que querem entrar na rede, mas ainda não sabem como:

1. Saber o que realmente deseja com a rede: Gustavo Arjones, sócio e CTO (sigla em inglês para Chefe do Departamento de Tecnologia) da Socialmetrix, afirma que é preciso entender que as mídias sociais são um apoio aos negócios. "Criar objetivos claros é a chave para não perder tempo e recursos. Muitas empresas criam seus perfis na rede e começam a conversar com seus clientes sem objetivos claros. A quantidade de energia necessária para atender bem nesse meio é altíssima e uma PME não pode se dar o luxo de gastar essa energia sem um plano claro."

2. Capacitação: Segundo Marcos Hiller, coordenador do curso de MBA em Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios e do curso de Mídias Digitais da Escola São Paulo, para gerar conteúdo nas redes sociais, a empresa deve estar preparada para entrar de forma profissional, caso contrário, a imagem da marca pode ser prejudicada. "A empresa deve capacitar-se, fazer cursos e ler livros sérios sobre o tema. Hoje temos inúmeros cursos sobre o assunto ao alcance de todos", diz o consultor.

3. Agregue valor à conversa: Gustavo Arjones alerta que para ser relevante nas mídias sociais, como na vida real, é preciso expressar ideias interessantes. "Não fale apenas sobre a maravilha que é sua empresa, aproveite para conectar o seu negócio ao dia a dia do cliente. É mais interessante seguir um restaurante que ensina como fazer pratos rápidos, que dá dicas de nutrição do que aquele restaurante que só manda o cardápio do dia ou uma eventual promoção".

4. Real x Virtual: A empresa deve ter histórias relevantes para contar e nunca tentar passar para o mundo virtual um conceito que não pratica no mundo real. "As histórias contadas na rede devem estar alinhadas à marca. Deve ter uma narrativa envolvente que harmonize com seus princípios", diz Hiller.

5. Medir e acompanhar os resultados: Arjones adverte para um perigo comum: o de se perder na "guerra dos números, de quem tem mais amigos ou seguidores. "Ter muita gente fora do público-alvo não irá trazer mais negócios à empresa. O recomendável é mensurar aquilo que é importante para a organização como o número de atendimentos num SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) virtual, o número de inscrições ou downloads em uma promoção e o número de visitantes quando se está divulgando conteúdo".

6. Estar preparado para as críticas: Mesmo grandes empresas se veem despreparadas para responder perguntas, porque muitas vezes imaginam que nesse canal irão receber elogios e não tem um plano para as reclamações. Entenda que irá receber ambos e esteja preparado para as críticas. Os departamentos de vendas ou pós-vendas devem conhecer as críticas comuns.

7. Saber que existem detratores e aprender a conviver com eles: Sobre isso, Gustavo Arjones diz que é importante saber reconhecer se é um cliente que tem razão e que ele precisa de atenção, nesse caso, ignorá-lo pode ser desastroso.

8. As pessoas buscam respostas, não apenas um bate-papo: Se a intenção é fazer SAC virtual, os operadores devem resolver problemas, as respostas rápidas são importantes, mas ainda mais fundamental é sanar o problema.

9. Não reproduzir casos de sucesso na rede: É bom ter em mente que os casos de sucesso não acontecem da mesma forma. "Tente analisar o que deseja e use a estratégia adequada ao sentimento da rede no momento, não existem fórmulas, nem gurus", afirma Walter Teixeira Lima, docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo.

10. Custos: Ter noção de que há custo financeiro para se movimentar gerenciar a rede. "Não adianta contratar um analista de mídias sociais por R$ 3 mil, por exemplo, para monitorar a marca nas redes sociais e responder os consumidores em questões conflituosas. Isso é paliativo e não funciona em longo prazo. Também não adianta contratar um guru de mídias sociais por 100 mil para mostrar o que dá certo na rede naquele momento porque a rede é dinâmica, em um segundo muda a sua configuração social", diz Lima.


Disponível em http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,dez-dicas-para-sua-empresa-se-dar-bem-nas-redes-sociais-e-nao-dar-um-tiro-no-pe,3027,0.htm. Acesso em 10 jul 2013.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Canais de atendimento ao cliente mais afugentam do que fidelizam

Thiago Cid
Investir nos canais de atendimento ao cliente é uma prática cada vez mais frequente nas pequenas e médias empresas, na esteira do que acontece com as grandes corporações. A ideia é simples: com várias formas de contatar seu público – call center, atendimento telefônico automático, chat, e-mail –, a empresa obtém ferramentas para “encantar” o cliente e garantir sua fidelização. O atendimento é considerado importante porque um cliente insatisfeito abandona a empresa e se torna seu detrator. É uma lógica correta, mas o oposto não é verdadeiro, diz uma pesquisa da Harvard Business School. O atendimento por si só não garante um consumidor cativo. Pelo contrário, muitas vezes afugenta: o consumidor não quer ser contatado. Ele só quer que o produto ou serviço funcione corretamente, como prometido.

Os produtos e serviços modernos transformaram a experiência do consumidor. Eles são complexos, têm várias etapas, manuseio complicado. Por isso se fala muito em pós-venda, suporte técnico e outras formas de interação que mantêm a relação do cliente com a empresa mesmo depois da aquisição do produto ou da prestação do serviço. Os contatos subsequentes geralmente ocorrem por causa de dúvidas que surgiram, problemas que não foram solucionados ou interesse em adquirir novos produtos, ainda mais complexos.

Nesse contexto, pode fazer sentido a ideia do constante diálogo entre empresa e consumidor. A verdade, porém, é que se o cliente precisar entrar em contato frequentemente com a empresa, ele vai trocá-la por outra. Ele quer que a empresa assuma o compromisso de entregar um produto com poucas margens para problemas, quer que a empresa anteveja as futuras dificuldades e entregue um pacote completo. Um atendente educado e atencioso não acalma a frustração de um serviço insatisfatório. E não adianta tentar agradar o cliente com mimos e cortesias.

“A maioria das empresas não percebe isso e paga caro em termos de investimentos jogados fora e clientes perdidos”, afirma o professor de Harvard Elie Ofek, em um artigo da Harvard Business Review. Ele chegou a duas conclusões bastante simples.

1- Encantar o cliente não produz fidelidade. O que conquista é reduzir seu esforço, o trabalho que ele deve ter para ver o problema resolvido.

2 – Planejar o atendimento com base nesse pensamento, em vez de encher o cliente de ofertas tentadoras, melhora a satisfação do cliente, eleva a qualidade do serviço e derruba os custos com atendimento.

Para aplicar os achados acima, é preciso facilitar as coisas, remover obstáculos. O estudo identificou as três principais queixas ligadas especificamente ao esforço feito pelo cliente. O cliente não gosta de ter de contatar a empresa várias vezes para que o problema seja resolvido. Também não gosta de ter de repetir informações e, principalmente, detesta ter de pular de um canal de serviço para outro (por exemplo, ter de ligar depois de não ter conseguido resolver o problema pelo website).

São conclusões óbvias, mas muitas vezes ignoradas pelos gestores. As grandes empresas prestadoras de serviço, como operadoras de telefonia e companhias aéreas podem se dar ao luxo de tratar mal os clientes, pois não há muitos outros concorrentes para os quais fugir. Mas os pequenos e médios não podem se dar a esse luxo. Abaixo, seguem cinco conselhos do estudo para aumentar a fidelidade do cliente e reduzir custos de atendimento.

1 - Não se limite a resolver o problema presente — previna o seguinte
As empresas estão preparadas para prever e solucionar problemas antecipadamente, mas geralmente não o fazem por causa da obsessão em controlar a duração das chamadas e atender ao maior número de pessoas no menor tempo possível. Só que não importa se o índice de resolução no primeiro contato (RPC) é bom. O estudo constatou que 22% das chamadas repetidas (a segunda ligação do cliente para a empresa) envolvem questões ligadas ao problema que motivou a chamada original — ainda que o problema tenha sido solucionado da primeira vez.

2 - Prepare o pessoal para lidar com o lado emocional do cliente
O estudo apontou que 24% das chamadas repetidas resultavam do atrito emocional entre clientes e atendentes. São situações que todos nós conhecemos: o cliente não gostou da resposta recebida ou teve a impressão de que o funcionário estava se escondendo detrás da política geral da empresa. Com uma orientação básica e boas doses de sinceridade, o atendente pode eliminar desentendimentos e reduzir chamadas repetidas.

3 - Aumente a aderência nos canais de autoatendimento
A pergunta que as empresas se fazem é: como convencer o cliente a usar o site de autoatendimento? O trabalho mostra que, na verdade, muitos clientes já estiveram lá: 57% das chamadas feitas a uma central de atendimento são de pessoas que foram primeiro ao website. É um contra-censo: as empresas querem que o cliente vá para a internet, mas seus sites não têm tecnologia capaz de resolver os problemas. Ou o cliente também pode ficar perdido com a profusão de canais de autoatendimento — resposta de voz interativa, websites, e-mail, chat, comunidades de suporte online, mídias sociais. O consumidor pode fazer um grande esforço pulando de um canal para outro e acabar apelando para o telefone no final.

4 - Use o feedback de clientes contrariados
A melhor forma de evitar problemas é aprender com os clientes insatisfeitos. Muitas empresas pedem a opinião do cliente ao final do atendimento para medir o desempenho interno. É um banco de dados rico, porém muitas vezes subutilizado pelas companhias. Mais do que importunar os clientes satisfeitos com propostas que eles não querem, as empresas devem ter um atendimento estratégico para acompanhar os contrariados. Além de tentar evitar a publicidade ruim, constroem um repertório de soluções que vai melhorar o serviço no futuro.

5 - Capacite a linha de frente a proporcionar uma experiência de baixo esforço
Sistemas de incentivo que valorizam mais a velocidade que a qualidade são os que mais afastam os clientes. No geral, o indicador de avaliação do atendente é o tempo médio dos atendimentos. “Melhor seria se abolissem índices de produtividade que impedem que a experiência do cliente seja facilitada”, diz o estudo. Uma empresa australiana de telecomunicações eliminou todo indicador de produtividade do pessoal na linha de frente. Embora o tempo de atendimento tenha subido ligeiramente, o volume de chamadas repetidas caiu 58%.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Como incentivar compras por impulso?

Lia Nara Bau 
As compras por impulso tornaram-se verdadeiras ferramentas de marketing. Seduzir o consumidor e incentivá-lo a levar para casa algo que não havia planejado é o desejo de todo o ponto de venda. Porém, para obter resultados com elas, é preciso muito mais do que colocar alguns produtos perto do caixa e torcer para que algum cliente os veja e se interesse.

O sócio-diretor da Dia Comunicação (São Paulo/SP) e autor do livro ‘Compras por impulso’, Gilberto Strunck, explica que alguns produtos são chamados compras de destino, que são aqueles que compramos regularmente nas lojas, e cada tipo de loja tem os seus produtos de destino. Apesar disso, não há produtos específicos de compras por impulso, pois qualquer produto pode ser comprado por impulso, inclusive um avião, se o poder aquisitivo da pessoa permitir.

“Há, contudo, produtos que normalmente têm uma estratégia para serem vendidos por impulso. Geralmente são artigos de menor valor agregado e que ficam junto aos check outs das lojas. Você não entra na loja para comprá-los, mas na finalização de uma compra, normalmente no caixa, se pergunta: por que não?”, argumenta.

Segundo Augusto Nascimento (São Paulo/SP), consultor de branding e marketing da BBN Brasil, autor do livro 'Os 4 Es de Marketing e Branding' e do blog www. estrategiaebranding.com.br, salienta que compra por impulso não é o mesmo que compulsão. “Compulsão é um comportamento doentio. É gente que compra para satisfazer necessidades que nada têm a ver com o produto adquirido. Compra alimentos para suprir carências afetivas”, exemplifica. 

Já a compra por impulso só acontece porque um bom produto está bem exposto. E quem compra, responde ao impulso gerado pelo seu desejo de possuir ou consumir aquele item. Nascimento explica que, na maioria das vezes, a compra por impulso não foi mesmo planejada. Mas aconteceu porque o cliente viu o produto e lembrou que precisava dele ou que poderia precisar. “É a típica situação de quem está passando no caixa do supermercado para pagar as compras, vê as pilhas expostas e lembra que o controle remoto da TV está com a bateria fraca. Esse mesmo comportamento acontece com outros itens como: cola, lâmpadas, linha e agulha e outros itens cujo consumo é mais eventual, de modo que as pessoas acabam esquecendo de colocá-los em suas listas de compras”, afirma.

LOCALIZAÇÃO - Além de ficarem próximos ao caixa, esses produtos também podem estar em pontos estratégicos da loja. Porém, em alguns estabelecimentos paga-se por uma exposição diferenciada. “No layout pode-se ter exposições que propiciem uma venda cruzada. É o caso, por exemplo, nos supermercados, quando expõe queijo ralado junto com as massas. Propicia o consumo casado desses produtos”, afirma Strunck.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Anote aí 44: Softwares; Cosméticos; Mulheres; Varejo; Periferia

CASAGRANDE, Marcelo. Controle total Softwares compactos que reúnem ferramentas de controle fiscal, financeiro e administrativo podem ser aliados dos empresários, além de gerarem economia para as empresas. Gestão & Negócios, nº 27, pp. 36-37. 


AGUILHAR, Ligia. Um setor de ganhos limpos e perfumados Cosméticos não sabem o que é crise e são bom nicho para empreender. Indústria de higiene pessoal do Brasil é a terceira do mundo. O Estado de S. Paulo, 16 de janeiro de 2011, Caderno Oportunidades, p. 3.


LAFUENTE, Florencia. Muito mais que rostinhos bonitos As mulheres representam o grupo econômico mais importante do planeta. Uma força de trabalho de 1 bilhão de pessoas, responsável pela maior parte do gasto mundical anual em bens e serviços. Sofisticadas e exigentes, as consumidoras lideram as decisões de compra em praticamente todos os setores, segundo esta reportagem. HSM Management, ano 14, volume 1, nº 84, janeiro/fevereiro de 2011, pp. 64-71.


TAUHATA, Sergio. Varejo fora da caixa Você não vai mais vender. É o consumidor quem vai comprar. A tecnologia coloca o poder nas mãos do cliente. Seja ágil, maleável, honesto, útil, interativo, cooperativo, encantador, lúdico, altruísta. Ufa” É bom ir se acostumando com as tendências que despontaram no principal evento mundial sobre o assunto, o NRF Retail’s Big Show. Pequenas Empresas & Grandes Negócios, nº 265, fevereiro de 2011, pp. 34-39.


VIEIRA, Marcia. Mulheres são mais satisfeitas com o corpo na periferia Estudo feito no Rio mostra que, enquanto nas classes mais altas o objetivo é ser magra, nas favelas o modelo é bem mais curvilíneo. O Estado de S. Paulo, 13 de fevereiro de 2011, Caderno Cidades/Metrópole, p. C8.    

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Conheça as ferramentas de métricas e escolha a sua


Leonardo Naressi
Os investimentos em mídia digital crescem diariamente e milhares de empresas nacionais já entenderam a importância fazer parte desse canal.
Entretanto, quando esse primeiro passo é dado, torna-se fundamental também, para o sucesso do investimento, mensurar com profundidade o desempenho da marca na internet, esteja ela presente em forma de sites, campanhas online, redes sociais ou todos os demais contextos virtuais possíveis.
Essa medição possibilita às empresas, e também às suas agências de publicidade, desenvolver as formas online de abordagem do público que efetivamente proporciona retorno. E assim destinar os investimentos no ambiente virtual para os locais que geram maiores resultados.
Entretanto, se você acompanha essa tendência do marketing digital, já deve ter se perguntado por que existem tantas ferramentas diferentes de medição que fornecem a mesma informação.
Ou então já presenciou alguma discussão sobre qual número utilizar: o do instituto de pesquisa ou o da ferramenta de web analytics?
A verdade é cada uma das soluções disponíveis hoje tem sua peculiaridade, desde o método de coleta de dados até como eles são processados.
É difícil mesmo escolher entre tantos números distintos subjetivamente. Mas é possível tornar a escolha mais fácil e, às vezes, até óbvia.
Para tanto, uma classificação pode ajudar. Confira:
Painéis de consumo e auditoria de mídia e aferição de audiência
Painéis de pesquisa são as ferramentas mais usadas para números oficiais e comunicados para a imprensa. O motivo é simples: são pesquisas altamente estruturadas por institutos respeitados com avaliações, estatísticas profundas e métricas sobre as pessoas.
Entretanto, é bom lembrar que são painéis de pesquisa. O que isso quer dizer? Que dizer que não contam todos os usuários ou pessoas.
As empresas responsáveis por esses painéis recrutam e medem uma amostra da população, que deve ser aleatória e representativa em todos seus segmentos.
Com os dados de comportamento e navegação de alguns milhares de pessoas, eles extrapolam o valor desta amostra para todo o restante da população através de aproximações estatísticas confiáveis.
Principais painéis e ferramentas desse segmento:
·         Netview, do Ibope/NetRatings
·         MediaMetrix, da comScore
·         HitWise, via Serasa Experian
·         CETIC.br, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (grátis)
·         Research, do Google AdPlanner (grátis)
·         Google Insights for Search (grátis)

Web analytics
São ferramentas que processam e analisam, geralmente, todo o tráfego de um site. Nesse caso, você só poderá analisar dados de sites próprios ou que você administre, pois exige acesso aos dados das páginas ou logs do servidor.
Aqui, temos uma primeira distinção: entre softwares de análise de logs e serviços de mensuração por tags.
a) Web analytics por análise de logs
Processam os registros de requisições de páginas do seu servidor e fornecem uma avaliação mais técnica do desempenho do seu site: que tipos de arquivos foram requisitados, qual a latência do servidor, a carga e etc.
Podem até fornecer dados sobre a navegação dos usuários no site, mas devido à características técnicas de servidores, proxy e cache, não são os mais recomendados para avaliação de usuários e visitas.
É geralmente indicado para ambientes controlados (intranets, por exemplo) ou para avaliações volumétricas de infraestrutura técnica.
Principais ferramentas de web analytics por logs:
·         Webtrends Analytics Software
·         Urchin, do Google (não, este não é grátis)
·         AWStats (free e open-source)

b) Web analytics por mensuração por tags
Aqui estão as principais ferramentas de web analytics atuais do mercado. O diferencial está no método de coleta de dados, que não depende de logs de servidores.
Na medição por tags, todas as páginas do site e recursos interativos devem ser “tagueados”, ou seja, devemos inserir um trecho de código (snippet) que captura informações da navegação do usuário e envia para um servidor específico.
Estes dados coletados pelas tags são, então, processados e viram relatórios.
O detalhe é que, como todo o controle da tag é feito pelo navegador, é possível utilizar cookies por padrão e identificar com maior precisão cada usuário do site.
Por exemplo, quando uma pessoa volta a acessar o site no dia seguinte no mesmo navegador, é possível sabermos que se trata do mesmo visitante único.
Principais ferramentas de web analytics por tags:
·         Webtrends Analytics On-Demand
·         Omniture SiteCatalyst
·         Google Analytics (grátis)
·         Piwik (grátis e open-source)
Uma tendência em ferramentas de web analytics é que comecem a integrar outros tipos de sistemas e passem a se transformar em “suites” de análise.
Tanto que Omniture, Webtrends, Google Analytics e outras já começam a incluir recursos para monitoramento de redes sociais, ferramentas de testes A/B ou multivariáveis, medição para projetos mobile, recursos de gestão de mídia online e por aí vai.
Estas ferramentas já estão se tornando a grande central de inteligência para gestão de projetos e campanhas digitais. Fique de olho!
AdServers ou ferramentas de gestão de mídia online

Quem trabalha com mídia online sabe que a importância de um AdServer é maior do que se imagina.
Estas ferramentas não só centralizam a gestão das campanhas (o que será veiculado, quando e como) economizando horas e horas de equipes de tráfego dos portais e agências, mas também centralizam todas as informações e métricas sobre o que foi veiculado.
Daí seu papel vital nas métricas digitais. Com estas belezinhas, é possível saber quando e qual peça foi veiculada, que site, qual formato, quantas vezes, quantos clicks foram recebidos, se um usuário viu, mas não clicou, ou se ele foi ao site dias depois mesmo sem ter clicado na publicidade.
Principais adservers ou ferramentas de gestão de mídia online:
·         Maestro, da Predicta
·         DoubleClick, do Google
·         OpenAdStream, da Realmedia
·         Atlas
·         OpenX (grátis e open-source)
·         AdManager, do Google (grátis)
Com a integração de informações entre adservers e web analytics, as análises de campanhas online ficam realmente mais poderosas, inferindo não somente sobre quem foi impactado, mas sobre o comportamento do usuário ou do público em todo o ciclo de comunicação, relacionamento e compra.
Ferramentas de monitoramento de redes sociais

Atualmente, muitas interações diárias de pessoas e consumidores acontecem nas redes sociais. Sejam blogs, microblogs, social bookmarks, ou qualquer outra rede social, como Orkut e Facebook, estes sites reúnem um potencial enorme de dados e grafos sociais para serem coletados, explorados e analisados.
Aí surgem as ferramentas de monitoramento, pois, não se pode dizer que basta consultar estas redes para saber como está sua empresa ou marca.
Você tem de monitorar palavras-chave, usuários influenciadores, comunidades relevantes e estar sempre pronto quando alguma novidade surgir nestes diálogos. Por isso, são ferramentas muito novas e em fase de amadurecimento. Nem os recursos, nem os métodos, nem os preços são padronizados, ainda. Então aguarde grandes mudanças aqui.
Principais ferramentas de monitoramento de redes sociais:
·         Scup
·         PostX
·         SocialMetrix
·         Radian6
·         BrandsEye
·         I-Brands
·         E-Life
·         Mais recursos e ferramentas grátis

Ferramentas para medição de projetos mobile
A medição de sites e aplicativos para celulares e dispositivos móveis ainda possui detalhes. A maioria das soluções de Web Analytics já começa a agregar recursos para este tipo de métrica.
Mas, enquanto a consolidação ainda não acontece, muitas ferramentas especialistas estão por aí e fazendo um bom trabalho.
Principais ferramentas para medição mobile:
·         PercentMobile (grátis, beta)
·         AdMob (grátis)
·         Mobilytics (grátis)
Muitas ferramentas e recursos devem surgir em breve. O importante é ter em mente que o tipo de dado e o método de coleta fazem a diferença e que o principal investimento deve ser em pessoas, em inteligência.
Antes de gastar milhares com qualquer ferramenta, questione-se se você terá pessoas analisando todo o universo maravilhoso dos dados. Se estiver começando, nada melhor que iniciar pelas inúmeras opções gratuitas disponíveis que não deixam nada a dever para as opções pagas.
Se ainda restaram dúvidas sobre qual ferramenta é a melhor para cada caso, basta consultar o guia rápido 'Como escolher sua ferramenta de web analytics'.