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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dez lições que você precisa aprender sobre estratégia

Administradores
26 de novembro de 2014


Por que apenas 10% dos planos estratégicos são efetivamente implementados? O que realmente é estratégia? Segundo os autores Leonardo Araújo e Rogério Gava, definir o que é estratégia é uma das questões mais intrigantes dos estudos em gestão. Porém, em Estratégias Proativas de Negócio (Ed. Elsevier), eles tentam ajudar elegendo as dez lições que aprenderam sobre o assunto, na teoria e na prática, nos últimos 15 anos.

1 – O sucesso na competição resulta de ser “diferente”, não de ser o “melhor”
Um erro bastante comum é o de que “estratégia é buscar se diferenciar dos competidores, e não necessariamente ser o melhor competidor”. Ou seja, a essência da estratégia é gerar valor, e não derrotar os competidores. Uma boa estratégia é aquela que coloca a empresa fora da convergência competitiva, construindo os famosos White spaces descritos por Hamel e Prahalad, nos anos de 1990.

2 – Estratégia é competir por lucros, e não só por participação de mercado
Estratégia é competir por resultados, e não por ganhos de mercado a todo custo. Repare quantas empresas se perderam e foram engolidas pela busca constante de Market share? O foco da verdadeira estratégia é a lucratividade, o retorno sobre o capital, e não aumentar a base de clientes. Participação de mercado significa que a empresa é grande, mas não necessariamente que ela esteja ganhando dinheiro.

3 – Estratégia é ficar sempre de olho nos custos, e não somente nas vendas
Estratégias têm sempre dois lados: o lado da oferta e o da demanda. Isso significa que estratégia tem a ver com marketing, mas também com finanças. Vantagem competitiva é questão de custo menor e preço maior. Só quem consegue gastar menos e/ou cobrar mais garante a lucratividade, a rentabilidade do capital. Mas para isso, é preciso definir bons indicadores. E tão importante quanto isso é preciso ter uma alimentação de custos eficiente, que não mascare despesas nem oculte gastos.

4 – Estratégia é fazer escolhas e não comente estipular objetivos
Estratégias geralmente começam com duas ou três escolhas básicas e iniciais, e depois disso vão ganhando musculatura. São os clássicos trade-offs, aos quais Michael Porter tanto se refere. Não há como se lançar a novos mercados sem fazer uma escolha pela inovação de produto ou de desenvolvimento de novos segmentos. Uma empresa que quer antecipar o futuro terá que fazer escolhas importantes em suas estratégias. Será impossível, por exemplo, não querer abrir mão de ganhos de curto prazo em prol de inovações de retorno mais extenso.

5 – Estratégia não é satisfazer a todos os clientes, mas somente àqueles que trazem lucros
O caminho mais curto para o insucesso competitivo é querer agradar a todos os clientes. Boas estratégias deixam alguns clientes descontentes, pode acreditar! Educar o mercado é a arma que as empresas proativas utilizam para satisfazer os clientes.

6 – Estratégia não é questão de uma competência isolada e básica, mas de competências distintas combinadas
Nenhuma estratégia se sustenta sem uma teia de competências a ampará-las. Trata-se de uma abordagem sinérgica de competências, todas elas essenciais, mas nenhuma mais essencial do que as outras. A chamada gestão proativa se baseia justamente nessa ideia, segundo a qual uma estratégia será sempre sustentada por uma rede de competências complementares.

7 – Estratégias nunca são 100% deliberadas, elas são também emergentes
A visão de que nenhuma estratégia será 100% prescrita ajuda a perceber que muitas vezes é vital dar o start estratégico inicial, para depois ir lapidando e melhorando as estratégias traçadas.

8 – Não existe estratégia que resista a uma má operação
O verdadeiro teste de fogo de qualquer estratégia é a operação. Imagine uma estratégia proativa de venda online. É possível conceber uma estratégia desse tipo sem o aporte de uma logística eficaz sem o cuidado no atendimento comercial, sem uma estrutura de embalagem de produto condizente? Nem pensar! Os clientes não querem desculpas, querem serviçoes que funcionem e soluções para os seus problemas.

9 – Planejamento estratégico e pensamento estratégico são duas coisas importantes, mas bem diferentes
Se a construção estratégia também é emergente, isso não significa que ela floresça ao acaso, de forma fácil e divertida. Construir estratégias é um processo metodológico, que tem muito de análise e de suar a camisa. Nesse ponto reside o equilíbrio entre o sentir e o pensar estratégicos. O planejamento estratégico só funcionará e terá sentido em um ambiente propício. E esse ambiente é aquilo que podemos chamar de cultura para a estratégia, um aspecto, aliás, ventilado de forma marcante na literatura e por todos os gurus em estratégia.

10 – Ao final, não se iluda: fazer estratégia não é fácil
Falamos sempre na existência de um paradoxo estratégico: ao mesmo tempo em que muito se louva a estratégia competitiva, muito se fala sobre o benefício do planejamento estratégico, muito se estuda e escreve sobre estratégia, é incomum encontrarmos uma empresa que trabalhe de forma realmente estratégica. E mesmo quando isso acontece, vemos estratégias nascentes serem logo decepadas pela raiz. Por que isso acontece? Porque fazer estratégia envolve correr riscos; muitas empresas têm arrogância estratégica; a premência pela operação muitas vezes sufoca a estratégia; a estratégia é arte e ciência e muitas estratégias sucumbem à prova da execução.


Disponível em http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/dez-licoes-que-voce-precisa-aprender-sobre-estrategia/95525/. Acesso em 03 dez 2014.

sábado, 8 de março de 2014

Mulheres empreendedoras são mais felizes, diz pesquisa

PEGN
07/03/2014
Um dos critérios para medir o índice de felicidade das empreendedoras foi o balanço entre vida pessoal e carreira (Foto: Think Stock)
Você é mulher e empreendedora? Sim? Então tem muitos motivos para sorrir. Pelo menos é o que aponta o resultado do último Global Entrepreneurship Monitor, o maior levantamento sobre empreendedorismo do mundo, que afirma: as donas de empresas estão entre as pessoas mais felizes de todo o planeta.

Para chegar a esse resultado, a pesquisa analisou o nível de bem estar e satisfação com o trabalho de empreendedores e não empreendedores em 70 países. A maior parte dos empresários usou as respostas "minha vida está próxima do ideal" e "se eu pudesse começar tudo de novo, não mudaria absolutamente nada" para falar sobre como se sentem a respeito de suas carreiras.

É claro que toda essa felicidade não apareceu da mesma forma em todas as regiões analisadas. Na África Subsariana o nível registrado foi o mais baixo, enquanto a América Latina e América do Norte apresentaram os índices mais altos. Mas, na comparação entre gêneros, as mulheres a frente de empresas se mostraram mais contentes com seu trabalho de uma maneira geral em todo o mundo. O GEM não deixa claro o porquê de as empreendedoras se sentirem mais felizes, mas outros dados apurados pelo levantamento podem explicar os motivos.

Para medir o índice de felicidade das empreendedoras o GEM levou em conta o balanço entre vida pessoal e carreira. O rígido modelo corporativo não consegue acomodar todas as necessidades das mulheres. Como elas ainda são as principais responsáveis pela criação e pelos cuidados de crianças e idosos na família, a falta de flexibilidade de horários e tempo livre nas organizações dificulta - e muito - a conciliação entre a vida pessoal e a carreira. Muitas são atraídas pelo empreendedorismo justamente pela possibilidade de montar sua própria agenda.

Outro fator que torna as empreendedoras mais felizes é o fato de o dinheiro não ser tão importante quando a mudança que elas geram na sociedade. O projeto "1.000 Stories", que conta as histórias de empreendedoras pelo mundo, fez uma pesquisa para saber o que motiva as mulheres a começarem um negócio. As respostas surpreenderam: para as entrevistadas, fazer a diferença e mudar o mundo são fatores muito mais importantes do que ganhar dinheiro e gerar riqueza. Um dado do GEM também comprova esse resultado.

Segundo a pesquisa, o número de mulheres criando empreendimentos sociais está ultrapassando o de homens em países como Rússia, Argentina, Israel, Líbano e Islândia. No Brasil e nos Estados Unidos esse índice é equilibrado. Ter um trabalho com uma causa por trás, capaz de mudar a sociedade ao seu redor, é um fator que gera felicidade.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/03/mulheres-empreendedoras-sao-mais-felizes-diz-pesquisa.html. Acesso em 07 mar 2014.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Motivação e satisfação: uma questão de estilo

Forebrain
25/07/2012
Entender e buscar constantemente a satisfação dos clientes é condição imprescindível para qualquer empresa nos dias atuais. Através de um melhor entendimento das reações dos consumidores, as marcas podem criar um relacionamento forte e duradouro, aumentando a fidelidade e o retorno dos investimentos.

Em um estudo publicado pelo periódico International Journal of Research in Marketing, os pesquisadores canadenses Remi Trudel, Kyle B. Murray e June Cotte realizaram uma série de experimentos para entender melhor o efeito da percepção de qualidade de produtos e serviços e o nível de satisfação de clientes. A ideia dos pesquisadores era estudar dois estilos bem distintos de personalidade de compra, definidos pelos nomes de focados-em-promoção ou focados-em-prevenção.

A pesquisa consistia em experimentar uma xícara de café e escolher uma câmera digital. Para cada interação, os participantes eram defrontados com xícaras de café e câmeras digitais de boa qualidade e de qualidade ruim, gerados propositalmente pelos pesquisadores. Os pesquisadores descobriram que os voluntários podiam cair em duas categorias: pessoas focadas-em-promoção, que teriam motivações focadas na busca por prazer (pleasure-seeking), e pessoas focadas-em-prevenção, que teriam motivações de compra focadas na evitação de coisas negativas (pain-avoiding).

A diferença entre os dois estilos de personalidades foi muito marcante, segundo os pesquisadores. Para as pessoas focadas-em-promoção, uma experiência ruim é refletida em uma reação emocional fortemente negativa, porém uma experiência boa pode ser refletida em uma resposta emocional fortemente positiva. Para as pessoas focadas-em-prevenção, uma experiência ruim – um produto que quebra logo após ser comprado ou um serviço mal feito – não gera uma resposta emocional negativa forte. Porém, para estes, uma experiência boa também não gera uma resposta emocional positiva forte.

Para os consumidores focados na evitação de eventos negativos, sua resposta a algo que deu errado não é tão indignada quanto para os consumidores focados na busca por prazer. No entanto, sua resposta também é achatada quando a experiência de consumo é positiva, o que os distingue dos demais consumidores pelo seu viés conservador, de reagir moderadamente a qualquer evento. Sua satisfação, portanto, é dificilmente alterada.

Estudos prévios já tinham estudado uma tendência de certos grupos de pessoas apresentarem estilos de consumo bem parecidos aos descritos no trabalho canadense. Mulheres e pessoas mais velhas teriam tendência a apresentar um estilo mais focado-em-prevenção, enquanto homens e pessoas mais novas teriam tendência em apesentar um estilo mais focado-em-promoção.

Para o mundo do marketing de serviço essa informação é primordial, pois pode gerar estratégias distintas para os vendedores no momento em que abordam um novo ou antigo cliente, entendendo que reclamações e insatisfações podem ter origens e causas completamente distintas, e mais ainda, entender que clientes de gênero ou faixa etária distintas, têm maneiras diferentes de verem o mundo no que tange a satisfação ou rejeição de um produto.

Disponível em http://www.forebrain.com.br/motivacao-e-satisfacao-uma-questao-de-estilo/. Acesso em 12 set 2013.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Maioria dos varejistas não tem dados de clientes

Exclusivo On Line 
18/4/2012
 Maioria dos varejistas não tem dados de clientes
Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae em São Paulo com 2.552 negócios do Programa Comércio Varejista, apenas 30% dos estabelecimentos comerciais no estado de São Paulo possuem cadastro dos seus clientes. As informações foram divulgadas no dia 12 de abril, durante o seminário Varejo 2.0 Tendências, Estratégias e Inovação - evento que tem como objetivo atualizar as pequenas empresas do varejo sobre as tendências do setor.

A pesquisa mostra também que 69% das empresas nunca fizeram uma ação pós-venda. Para o consultor de marketing do Sebrae em São Paulo, Gustavo Carrer, manter um cadastro atualizado é de extrema importância para o empreender gerir melhor seus negócios, tendo conhecimento do perfil de seu cliente. “O empresário precisa medir o nível de satisfação do cliente em relação à loja e à compra realizada. Além disso, pode usar o pós-venda para avisar sobre uma promoção ou um evento”, aponta Carrer.


Disponível em http://www.exclusivo.com.br/Noticias/61409/Maioria-dos-varejistas-n%C3%A3o-tem-dados-de-clientes.eol. Acesso em 12 set 2013.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

É produtivo ser feliz?

Mente Cérebro
maio de 2012
Uma das crenças mais comuns em nossa sociedade é que pessoas contentes com a atividade profissional produzem mais. Essa ideia se reflete também nas organizações. Uma enquete recente da Associação Espanhola de Direção e Desenvolvimento de Pessoas (Aedipe), feita com executivos que ocupavam nível gerencial, descobriu que quase 87% dos entrevistados acreditam que oferecer condições para que o indivíduo se sinta satisfeito profissionalmente é uma estratégia adequada para melhorar a competitividade empresarial.

Na verdade, entre os efeitos mais estudados em relação à felicidade no trabalho está o desempenho. Tal é o interesse nessa área que alguns autores a definem como o “santo graal” da pesquisa organizacional. A este respeito, muitos trabalhos estabelecem relação clara entre satisfação e produtividade.

Um estudo conduzido pela psicóloga organizacional Despoina Xanthopoulou e seus colegas da Universidade de Creta na indústria de fast-food mostrou que os trabalhadores com maior nível de comprometimento produziam mais. No entanto, não há consenso sobre o assunto e outras pesquisas não confirmam o resultado. Um fato que complica a situação é que os indicadores utilizados para “medir” a felicidade no trabalho são muito variados. Além disso, pode não ser a felicidade que leve a melhores desempenhos – mas, ao obter sucesso profissional, a pessoa se mostre mais feliz. Parece lógico haver uma relação bidirecional entre as duas variáveis. Essa foi a questão que o pesquisador Daniel Koys, da Universidade DePaul, tentou entender melhor quando desenvolveu uma pesquisa longitudinal de dois anos. O cientista concluiu que a felicidade no trabalho se relaciona de forma positiva com o rendimento, o número de vendas e a satisfação do cliente. Parece, então, que o aspecto-chave é ser feliz para assim render melhor – e não o inverso.

Podemos pensar também que o bem-estar esteja associado à  maior capacidade de encontrar soluções inteligentes para os desafios. As pesquisadoras Charlotte Fritz, professora-assistente de psicologia organizacional e industrial da Universidade de Portland, e Sabine Sonnentag, professora do Departamento de Psicologia da Universidade de Konstanz, na Alemanha, descobriram em 2009 que o bom humor garante a criatividade do dia seguinte, corroborando resultados encontrados pela pesquisadora Alice M. Isen, da Universidade de Cornell, dez anos antes.

Outro ponto importante: a felicidade no trabalho parece estar associada a comportamentos de sociabilidade com os colegas e clientes, que reforçam (e ao mesmo tempo são reforçados por) estados positivos de ânimo e humor, o que costuma atenuar ou reduzir situações negativas nas organizações. O professor Peter Warr, da Universidade de Sheffield, salienta que a satisfação se relaciona de maneira negativa com o número de faltas. Ele afirma também que a felicidade reduz o comportamento contraproducente (como não cumprir as obrigações de forma proposital, desperdiçar ou usar recursos da empresa para fins pessoais e apropriar-se de material de escritório).

Os professores Russel Cropanzano, da Universidade do Arizona, e Thomas A. Wright, da Universidade de Nevada, argumentam que as pessoas menos realizadas com seu trabalho se mostram mais pessimistas, predispostas a adotar posturas defensivas e pouco cooperativas em relação aos colegas. Em contrapartida, segundo a psicóloga Barbara Fredrickson, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, emoções positivas ajudam a expandir e desenvolver habilidades e vínculos sociais. Ou seja, favorecem a aquisição e o desenvolvimento de novas habilidades que preparam as pessoas para futuros desafios.


Disponível em http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/e_produtivo_ser_feliz_.html. Acesso em 26 jul 2013.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Retenção de clientes

Eduardo Souza Aranha
Três fundamentos aceitos pelos especialistas de marketing:
1. Campeãs em Relacionamento são as marcas que aumentam, ano após ano, o valor da sua base de clientes. 
2. Sucesso é elevar a longevidade da vida útil do cliente para uma marca.
3. Consenso. Estratégias de retenção apresentam impacto direto nos resultados de uma empresa.  

Estudos realizados, por especialistas, demonstram que o aumento de 2% nos níveis de retenção resulta em um ganho de 10% dos lucros de uma empresa. E reduzir 5 % a taxa de perda de clientes pode elevar os lucros de uma empresa em 25% ou mais, dependendo do setor de atividade. 

Estratégico

Um dos principais desafios, para atingir tais resultados é superar as limitações das abordagens táticas dominantes nos esforços de retenção. É fundamental evoluir, de forma vigorosa, para as soluções estratégicas na retenção de clientes e de proteção a sua marca. Assim, a visão tática de se criar Ilhas de Retenção no Call Center ou programas especializados em retenção está evoluindo para uma visão mais ampla. Antes de tudo, o planejamento estratégico e a gestão da marca devem ser os principais pilares para a retenção do cliente. 

A imagem utilizada é a seguinte: "Não adianta tapar o ralo com peneira". Portanto, mais visão estratégica e menos tática do esforço de retenção. Por exemplo, redirecionar os altos custos das ofertas utilizadas pelas Ilhas de Retenção, com o intuito de tentar reter um cliente em momento crítico - quase sempre e carregadas de descontos - para investimentos em ações de relacionamento, de caráter estratégico e preventivo. Estas ações frequentes, planejadas para elevar a percepção do valor da marca, procuram demonstrar, com pertinência, os benefícios do produto e os serviços ao consumidor, adequados ao perfil de cada segmento de cliente. 

Outro exemplo. Como se sabe, um cliente perdido por desilusão pode ser um agressor a uma marca nas redes sociais. Mais do que identificar estes agressores para neutralizá-los e tentar recuperá-los, o grande desafio dos nossos dias é como monitorar estrategicamente as redes sociais, com o objetivo de trabalhar fortemente a retenção de clientes e elevar o seu engajamento com a marca.

Inovação! Os resultados têm sido mais consistentes quando se busca soluções inovadoras para se relacionar com a base de clientes. Esta postura supera os resultados dos programas tradicionais, normalmente com posturas defensivas. Um excepcional exemplo é o site da Dell pela sua maestria em atrair um fluxo continuo de ideias, através do diálogo permanente com sua base de clientes. E vai além, os clientes sentem-se estimulados a votar nas ideias sugeridas por outros clientes. 

As ideias vencedoras são incorporadas aos seus novos produtos. Há uma história interessantíssima, daquelas que se confundem com lendas. Um cliente sugeriu no IdeaStorm, que os computadores da Dell deveriam também oferecer o sistema operacional Linux.
A ideia teve uma estupenda aceitação entre a comunidade Dell e logo alcançou a primeira posição entre milhares de ideias em votação. Pela histórica parceria e sólida fidelidade com a Microsoft, houve arrepios na alta administração da Dell. Tentaram esperar, na tentativa do impacto da ideia se arrefecesse, mas ao contrário a quantidade de votos continuava em disparada. 

A solução foi o Michael Dell se reunir com o Bill Gates, que são grandes amigos há muitos anos e confidenciou: "Não sou eu que quero, são os meus clientes que estão exigindo".  Resultado: os computadores com a opção Linux se tornaram sucesso de vendas da Dell, graças a um site de relacionamento com os clientes! Há outros cases excelentes baseados na tecnologia "IdeaStorm" como o da Starbucks, entre os de outras empresas visionárias. Veja o case da Dell em http://www.youtube.com/user/SouzaAranhaCRM.

Investir no tratamento da informação. Em retenção, cada vez mais se dissemina o uso de modelagem estatística nas empresas líderes. Seu objetivo é criar modelos de propensão e de vulnerabilidade, no importante esforço de se prevenir o churn ou a perda de um cliente. Um exemplo: a criação de algoritmos para identificar clientes de alta vulnerabilidade. A possibilidade de um profissional de Atendimento/Retenção saber ao iniciar a entrevista com um consumidor, qual o seu grau de vulnerabilidade, pode contribuir fortemente para alavancar os resultados pelo melhor uso estratégico das ilhas de Retenção, como observado anteriormente. 

Métricas. A tendência é utilizar as métricas que acompanham o ciclo de vida do cliente. Em outras palavras, as métricas têm de assegurar a avaliação do cliente como um todo. Temos de superar a grande quantidade de relatórios com informações fragmentadas sobre o cliente. Uma boa notícia: as empresas líderes estão investindo fortemente em sistemas que permitam a Visão Única do Cliente. O objetivo é superar a verdadeira Torre de Babel do mundo cada vez mais informatizado, que gera informações sobre o cliente cada vez mais desintegradas!

Retenção vs. Satisfação. As pesquisas realizadas sobre fidelização convergem para desmistificar os vínculos automáticos entre retenção e satisfação. Em resumo, o alto nível de satisfação é pré-requisito para a retenção. Todavia, a recíproca não é verdadeira. A satisfação elevada não é razão suficiente para assegurar a retenção. Em outras palavras, não espere grandes resultados na retenção, baseado, principalmente, nos excelentes resultados obtidos em pesquisa de satisfação.

Então, onde está o caminho seguro? A nossa experiência recomenda ir além do eficiente NPS e realizar um projeto de profundidade em retenção para a sua empresa. Através de uma Plataforma de CRM, analisar, monitorar e intervir no comportamento de grupos de clientes - especialmente naqueles de maior valor - nos principais mercados em que a sua empresa atua. 

sábado, 20 de novembro de 2010

Medir a presença online é saber fazer as perguntas

Eduardo Luis Prange Junior


Antes de falar sobre a análise de resultados em presenças online, ou melhor, sobre métricas, é preciso entender que não basta analisar as opiniões e os resultados de investimentos feitos no ambiente offline. É também muito importante conhecer o nível de satisfação dos consumidores e possíveis evangelizadores das marcas através das páginas da web.

Considere, por exemplo, o tempo médio que os usuários permanecem na presença digital da sua empresa. Cuidado. Se o tempo for muito longo, pode não ser um bom sinal. Um tempo de permanência de nove minutos, por exemplo, pode indicar problemas na usabilidade do seu site.

Por outro lado, este é um bom número para sites de bom conteúdo. Mas, acredite, o tempo médio mensal que os usuários investem na utilização da internet no Brasil é de 48h26m por mês (fonte: Ibope/Nielsen).
A Wikipedia define métricas da seguinte forma:
·         Métricas é um sistema de parâmetros;
·         Métricas definem o que será medido;
·         Métricas geralmente são específicas para cada segmento;
·           As métricas são indicadores de desempenho.
Podemos resumir que métrica é um sistema de parâmetros mensuráveis e padronizados.
E a pergunta é: quais os objetivos de se trabalhar com as métricas na web?
Diferente de outras mídias, a internet possibilita uma mensuração avançada em relação ao desempenho das marcas e sua reputação na rede. Reputação que é promovida espontaneamente pelos milhões de usuários espalhados pelo mundo.
É muito importante ter acesso a informações de todos os locais de origem do tráfego de sua presença online e saber quais os países, regiões ou cidades que concentram maior acesso. O seu público alvo pode estar onde você não imagina.
Muitas vezes nos deparamos com empresas investindo consideravelmente em comunicação, publicidade e propaganda sem obter o retorno desejado. As causas podem ser simples:
·         A mídia escolhida para comunicação pode não ser apropriada ou a mais consumida pelo seu público;
·         A comunicação está sendo publicada ou veiculada em locais de pouco acesso ao público alvo da empresa;
·         Questões culturais variam muito geograficamente no Brasil. É muito importante saber atuar em cada região de forma estratégica e adequada a tal cultura;
·         As pessoas têm buscado informações através de meios menos tradicionais. Se estiveres comunicando à moda antiga, pode ser que já tenha funcionado mas não funciona mais;
Para isso, é importante que as empresas tenham clareza sobre onde se encontra(m) o(s) seu(s) público(s) e quais os seus diferentes perfis, principalmente quanto ao consumo de mídia. Regra número para um bom trabalho de comunicação embasado em métricas: não espere pelo público, vá até ele!
Tratar cada usuário participante da sua marca com um cuidado especial pode fazer a diferença. Segundo pesquisa da Universal McCann, o compartilhamento de conteúdo na internet alcançou um papel de destaque no dia-a-dia:
·         63% dos usuários já criaram perfil em algum site de relacionamento;
·         57% possuíam perfil em sites de redes sociais;
·         76% fazem uploads de fotos;
·         33,1% publicam vídeos;
·         29,1% mantêm um blog;
·         71% buscam informações em blogs.
Os números mostram com clareza o poder de comunicação que cada usuário dispõe e o grau de influência que têm perante os demais usuários. As pessoas confiam mais no que os usuários falam sobre as marcas do que como os mecanismos de busca as classificam.
Mas, afinal, como medir tudo isso? Que ferramentas podem auxiliar as empresas para tal medição? Hoje no mercado existem inúmeras ferramentas de web analytics. Algumas gratuitas, como Google Analytics, Yahoo!Web Analytics, StatCounter e AwStats, e outras que exigem investimento.
Mais importante do que ter uma ferramenta para medição, é ter clareza sobre o que é preciso medir e quais os objetivos que se pretende atingir com os dados e informações obtidas.
Concluindo, se sua empresa ainda não mensura os acessos de forma qualitativa e quantitativa é melhor começar a se preocupar. Cada vez mais, antes de efetuar a aquisição de um determinado produto ou contratar um serviço, as pessoas vão aos mecanismos de busca para obter informações sobre eles e também colher os feedbacks de quem já adquiriu ou contratou o que as empresas ofertam. Fica a dica!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Satisfação: como explicar como o ato de gastar pode ser tão prazeroso?

Patrícia Alves

Diversos estudos já explicaram que as tomadas de decisões, inclusive as financeiras, estão diretamente ligadas ao lado emocional das pessoas. Compras compulsivas, impulsivas, por prazer... Todas essas atitudes acontecem, de acordo com a psicanálise, com um único objetivo: driblar o sentimento de frustração e proporcionar satisfação momentânea.

De acordo com o psicólogo Alexandre Bez, essa compensação se encaixa dentro dos 16 tipos de mecanismos de auto-defesa do ser humano, e pode ser definida como "um comportamento inconsciente que momentaneamente causa prazer".

"O ego (responsável por nossa estrutura de personalidade), quando passa por algum conflito, desestrutura a pessoa, levando a ter atitudes que visam somente à satisfação, dando origem ao que os psicólogos chamam de mecanismo de compensação", explica o especialista.

Homens x mulheres

De acordo com o psicólogo, a cada dez pessoas que gastam por compulsão, nove são mulheres. No entanto, ele mesmo explica que não significa que os homens sejam comedidos. "A diferença é que, em geral, suas aquisições são mais planejadas e os objetivos são os eletrônicos ou automóveis".

Segundo Bez, a compensação é um comportamento típico da estrutura de defesa, muito comum na estrutura psicológica feminina. "Por uma questão de personalidade, elas estão mais dispostas a gastar e comprar o que muitas vezes não precisam como, por exemplo, "todas" as novidades em cosméticos e produtos para beleza", exemplifica o psicólogo.

Compra compulsiva x impulsiva

Caracterizada por especialistas como uma espécie de vício, a compra compulsiva é gerada por um desejo irresistível de comprar, uma tensão crescente que só passa após a aquisição de alguma coisa.

De acordo com a psicanalista e consultora de gestão psico-econômica, Vera Rita de Mello Ferreira, muitas vezes a pessoa nem sabe o que quer ou precisa, mas a vontade é tão grande e persistente, que o item a ser adquirido é o que menos importa.

Menos grave, mas não menos importante, a compra impulsiva acontece como o próprio nome diz: por impulso. "A pessoa sai para caminhar num dia qualquer e, por impulso, compra um carro", exemplifica Vera Rita.

Exageros à parte, é exatamente assim que acontece, sem planejamento e por um simples desejo momentâneo. Diferentemente da compra compulsiva, a impulsiva não chega a ser uma doença, mas certamente o hábito pode causar sérios problemas à saúde do seu bolso.

sábado, 29 de maio de 2010

Fidelização deve ser processo contínuo na loja


Lia Nara Bau

 Pós-venda é essencial para cativar o consumidor
Diversos serviços de pós-venda podem ser oferecidos pela loja aos seus clientes. Meira diz que a loja pode conceder um telefonema, cartão de parabenização, pesquisa de satisfação, um espumante ou mesmo um buquê de flores, conforme o caso. Berro, por sua vez, salienta que é fundamental a loja desenvolver ações focadas no monitoramento da satisfação de seus clientes. “95% dos compradores insatisfeitos não reclamam, muitos apenas deixam de comprar. E, muitas vezes, saem falando mal do estabelecimento”, diz. 

Dos consumidores que registram uma reclamação, ele frisa que entre 54 e 70% comprarão novamente da organização se sua queixa for atendida. Esse número chega a 95% se a reclamação for rapidamente resolvida. Isso indica que, mesmo que o cliente esteja hoje satisfeito, o processo de qualidade deve ser contínuo.

Porém, mais importante do que oferecer algum serviço, é ter vendedores capacitados para o atendimento pós-venda. Berro ressalta que o atendimento tem que ser sensível e flexível, buscando ouvir o cliente para entender suas necessidades. “É fundamental que o atendente esteja preparado para transmitir segurança, confiança e credibilidade e ter a empatia necessária para perpetuar atenção, cuidado e carinho individualizados”, ensina. Segundo ele, o vendedor deve desenvolver a capacidade de perceber as sensações dos clientes como se fossem próprias, para executar os serviços em função de seus interesses. “O vendedor capacitado e treinado busca focar suas energias não somente em vender, mas em construir sólidos relacionamentos com os clientes, e isso é fundamental para fidelizá-los”, assinala.

Porém, Meira salienta que não necessariamente o vendedor fará o pós-venda, pois se esse for um setor ativo, pode ser um setor específico da empresa, até para criar elo não apenas com o atendente em si, mas com mais pessoas na empresa. "Mas se for um retorno de produto comprado, o ideal é o atendimento pelo próprio vendedor, sim, e este tem de ser sempre compreensivo, respeitoso, simpático e flexível", aponta.

Berro frisa que não basta criar um banco de dados, um call center, programas de fidelidade e diversos questionários de pesquisa de satisfação para obter dados dos clientes, mas deve-se transformar essa informação em conhecimento, entender e influenciar o comportamento do consumidor para criar o diferencial competitivo da empresa, levando o produto ou serviço certo, para o cliente certo, na hora certa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Qualidade no atendimento: segredo muito conhecido e pouco utilizado

João Baptista Sundfeld

Tratando-se de uma peça fundamental para o êxito nos negócios, o atendimento aos clientes é muitas vezes negligenciado. Sabemos que a satisfação do cliente é um dos principais fatores de sucesso nos negócios. Por que, então, há tanta insatisfação de clientes nos mais diversos setores empresariais? O Procon é o órgão que coleta as reclamações e que publica, com regularidade, o ranking das empresas com maior número de chamadas. Invariavelmente no topo das listas sempre surgem as empresas de telecomunicações e do sistema bancário.

Em contrapartida, muitas instituições vêm ganhando destaque pela qualidade de seus produtos e serviços, como Toyota, Honda, Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, Johnson & Johnson e poucos outros. Recorrer ao atendimento excelente com qualidade consistente é um diferencial competitivo pouco utilizado. É uma oportunidade perdida.
Muitos são os exemplos que o leitor já identifica de propagandas de automóveis, eletrodomésticos, telecomunicações, supermercados, restaurantes, lavanderias, serviços de transportes, produtos e serviços anunciados e perguntamos por que as empresas não conseguem implementar programas que confirmem o que é divulgado em suas propagandas?

Livros e artigos sobre marketing e vendas divulgam insistentemente a já famosa técnica do CRM - Customer Relationship Management -, que é o conjunto de atividades programadas pela empresa para estabelecer as normas de atendimento aos clientes buscando a excelência. Entregar um produto fora das expectativas do cliente é um terrível erro estratégico. O prejuízo para a imagem da organização costuma ser muito acima do que seus dirigentes poderiam esperar. A credibilidade da marca, em geral, só é restabelecida após anos e anos com significativos gastos não previstos.

Uma pesquisa feita pela Forum Corporation, nos EUA, indicou que treze grandes companhias industriais e de serviços perderam 70% dos clientes, devido à falta de atenção com que foram tratados por funcionários da linha de frente, sendo que 15% as abandonaram por problemas de qualidade e outros 15% por problemas de preço.
Os empresários e CEO's precisam se convencer de que um produto tangível pode ser utilizado, provado e comprovado, mas o atendimento aos clientes é intangível e só é tangibilizado pelas pessoas que o realizam. Não se trata apenas de sorrisos. A chave está nos sistemas planejados e instituídos para que seu cumprimento seja rigorosamente constante.

Tratando-se de uma peça fundamental para o êxito nos negócios, o atendimento nunca pode ser negligenciado. Recomendamos a prática de sistemas de administração participativa para que todos os colaboradores sejam conscientizados. Um ambiente agradável, de bons relacionamentos internos, resultará em clima favorável para que todos na empresa sejam convencidos dos fantásticos resultados trazidos por um bom atendimento, desde o telefônico até a entrega do produto ou serviço.