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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tributação sobre alimentos no Brasil é mais de três vezes superior que na Europa

Infomoney
De acordo com estudo, intitulado "O peso dos tributos sobre os alimentos no Brasil", realizado pelo Departamento de Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), a tributação média sobre os alimentos no País é mais de três vezes superior à praticada nos países europeus.


Desde o ano 2000 até agosto deste ano, os preços dos alimentos subiram 118% em todo o mundo. No Brasil, o peso total dos tributos no valor das mercadorias varia de 0% a 80% do preço ao consumidor.

Entre as contribuições, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é o que mais pesa sobre a alimentação, representando 43% do total de impostos.

Refeição mais cara

Conforme revelou levantamento realizado pelo professor de Finanças da Ebape/FGV (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas), Francisco Barone, os tributos deixam as refeições brasileiras até um terço mais caras.

Este é o caso do lanche da tarde, o qual fica 33,61% mais caro por causa da carga tributária brasileira. Já o almoço, refeição preferida de grande parte dos brasileiros, possui tributação média de 21,16%.

Na tabela abaixo, estão os alimentos usados para o cálculo da tributação no almoço:
Alimento Tributação
Arroz 15,34%
Feijão 15,34%
Carne bovina 17,47%
Batata 11,22%
Lata de refrigerante 45,80%
Sobremesa (frutas) 21,78%
Fonte: FGV

Bom momento

Segundo o estudo da Fiesp e da FGV, diferentemente dos outros países do mundo, o Brasil passa por um bom momento para adotar medidas de desoneração dos alimentos como forma de crescimento econômico.

Contudo, alertam os pesquisadores, o País não deve adotar políticas como as praticadas pela Argentina ou pelo Leste Europeu, pois isso poderia comprometer a posição de destaque ocupada no mercado mundial de alimentos.