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sábado, 29 de junho de 2013

Em vendas, faça a coisa certa

Eduardo Zugaib
04/04/2011
Um bom vendedor vende qualquer coisa para qualquer pessoa, certo? Está aí um dos mitos de vendas que, durante muito tempo, formou uma noção equivocada sobre a real competência de vender.

Aquele papo de “saber vender geladeira para esquimó” é uma crença que, infelizmente, sepultou a carreira de muitos que apostaram mais na capacidade de falar do que ouvir, mais no “pé-na-porta” do que na relevância.

A falta de compreensão de que um cliente é muito mais que um talão de cheques ou um cartão de crédito deve entrar em extinção, especialmente nessa era em que o acesso à informação é amplo e cada vez mais irrestrito.

É possível vender qualquer coisa para a pessoa errada? Lidando com um consumidor compulsivo, sim. Ainda assim, o “mérito” da venda estará mais na predisposição excessiva do cliente, que consome para sanar carências emocionais, do que na capacidade de persuasão de quem vende.

Nesse caso, uma prateleira bem preenchida é tão ou mais competente que o vendedor. Além do que, consumidores com este perfil tendem ao arrependimento, relacionando a compra mais à frustração do que à realização, muitas vezes antes de chegar em casa.

Aqui abro um parênteses para o significado de “persuasão”: no senso comum, infelizmente, a persuasão ancora-se em atitudes como enganação e enrolação. A boa persuasão identifica a necessidade específica do cliente e apresenta caminhos específicos para ela.

Ela mostra cenários que promovem o encontro da necessidade real com uma solução que vai do pertinente ao surpreendente. Soluções que elevam a auto-estima do cliente e garantem futuras experiências de consumo.

Um bom vendedor vende a coisa certa para a pessoa certa. Para isso, ele possui, mesmo que intuitivamente, uma noção lúcida de marketing. Ele sabe o quê, para quem, a que preço e através de qual canal é possível estabelecer a melhor conexão para efetivar a venda.

Marketing é um dos elementos que compõem o DNA de uma grande venda, assim como a comunicação pessoal empática e a experiência de marca. Alinhados, esses fatores provam que uma venda é muito mais do que um script decorado ou um folhear de catálogos à vista do cliente.

A grande venda possui em seu DNA um processo mais consultivo do que “empurrativo”. Ela é ganha-ganha: ganha o cliente, ganha quem vende.

Disponível em http://www.hsm.com.br/editorias/gestao-e-lideranca/em-vendas-faca-coisa-certa. Acesso em 27 jun 2013.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Satisfação: como explicar como o ato de gastar pode ser tão prazeroso?

Patrícia Alves

Diversos estudos já explicaram que as tomadas de decisões, inclusive as financeiras, estão diretamente ligadas ao lado emocional das pessoas. Compras compulsivas, impulsivas, por prazer... Todas essas atitudes acontecem, de acordo com a psicanálise, com um único objetivo: driblar o sentimento de frustração e proporcionar satisfação momentânea.

De acordo com o psicólogo Alexandre Bez, essa compensação se encaixa dentro dos 16 tipos de mecanismos de auto-defesa do ser humano, e pode ser definida como "um comportamento inconsciente que momentaneamente causa prazer".

"O ego (responsável por nossa estrutura de personalidade), quando passa por algum conflito, desestrutura a pessoa, levando a ter atitudes que visam somente à satisfação, dando origem ao que os psicólogos chamam de mecanismo de compensação", explica o especialista.

Homens x mulheres

De acordo com o psicólogo, a cada dez pessoas que gastam por compulsão, nove são mulheres. No entanto, ele mesmo explica que não significa que os homens sejam comedidos. "A diferença é que, em geral, suas aquisições são mais planejadas e os objetivos são os eletrônicos ou automóveis".

Segundo Bez, a compensação é um comportamento típico da estrutura de defesa, muito comum na estrutura psicológica feminina. "Por uma questão de personalidade, elas estão mais dispostas a gastar e comprar o que muitas vezes não precisam como, por exemplo, "todas" as novidades em cosméticos e produtos para beleza", exemplifica o psicólogo.

Compra compulsiva x impulsiva

Caracterizada por especialistas como uma espécie de vício, a compra compulsiva é gerada por um desejo irresistível de comprar, uma tensão crescente que só passa após a aquisição de alguma coisa.

De acordo com a psicanalista e consultora de gestão psico-econômica, Vera Rita de Mello Ferreira, muitas vezes a pessoa nem sabe o que quer ou precisa, mas a vontade é tão grande e persistente, que o item a ser adquirido é o que menos importa.

Menos grave, mas não menos importante, a compra impulsiva acontece como o próprio nome diz: por impulso. "A pessoa sai para caminhar num dia qualquer e, por impulso, compra um carro", exemplifica Vera Rita.

Exageros à parte, é exatamente assim que acontece, sem planejamento e por um simples desejo momentâneo. Diferentemente da compra compulsiva, a impulsiva não chega a ser uma doença, mas certamente o hábito pode causar sérios problemas à saúde do seu bolso.