Mostrando postagens com marcador influência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador influência. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A vitrine como estratégia de comunicação visual e marketing de produtos

Marcelle Abrão de Carvalho
Especialize Revista on line IPOG
janeiro 2013


Resumo: O artigo apresenta os resultados obtidos a partir do estudo referente à influência da vitrine e do visual merchandising para o consumidor. Foram analisadas algumas lojas no Brasil e na Europa, no período de 2010 a 2011, onde foram feitos registros fotográficos. Em 2012, através da pesquisa realizada anteriormente, foram feitas análises técnicas explicando como determinados materiais foram expostos e como foram utilizados os espaços de cada vitrine. Os resultados encontrados indicam que a sociedade atual é extremamente consumista e busca constantemente a inovação, para isso, uma estratégia de marketing começa no interior de uma empresa, contando com a qualidade da exposição da sua vitrine a fim de criar um instrumento para tentar atrair a atenção do consumidor. Concluiu-se que a vitrine e o visual merchandising são muito importantes para as lojas porque atraem e criam uma identidade, fazendo assim um clima agradável e comercial.



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Os dez erros mais comuns de linguagem corporal em apresentações

Administradores
20 de abril de 2014
 
Muitos estudos na área da linguagem corporal mostram que, do ponto de vista da audiência, o fator de maior impacto é a comunicação não verbal do apresentador. A linguagem corporal compõe até 55% da influência do apresentador sobre a audiência.

Sendo assim, a SOAP – empresa especializada em apresentações corporativas – compartilhou 10 erros comuns de linguagem corporal em apresentações que identificou ao longo de seus 11 anos no mercado.

Aqui estão as informações necessárias para melhorar seu desempenho junto à audiência:

1. Cruzar as pernas ou os braços
Quando você cruza os braços, pode enviar uma mensagem subliminar de que não está aberto aos presentes e se sente ameaçado. Para a audiência estar na defensiva. E isso é exatamente o oposto do que você quer. Aos homens: cruzar as pernas ao sentar também não é um bom sinal. Pode ser interpretado como nervosismo e falta de profissionalismo – de novo, percepções que não quer.

Quando você está apresentando, facilite a comunicação. Ela deve ser acessível. Você deve transparecer confiança ao transmitir sua mensagem. Mantenha as costas eretas, sua cabeça alta, o peitoral e braços abertos.

2. Virar as costas para a audiência
Evite dar as costas para a audiência. Isso pode dar a sensação de que não se importa, pode soar rude. As pessoas precisam ver seu rosto, seus olhos, sua boca para se conectar com você. Então, se planeja atrair a atenção para algo na tela, apenas fique ao lado dela e aponte. Um laser point pode te ajudar.

3. Evitar contato visual
Tendemos a fugir do contato visual inconscientemente, evitando o confronto. Mas o apresentador precisa estar seguro e confiante. Uma maneira de demostrar isso é olhar as pessoas nos olhos. Ao olhá-las nos olhos, elas vão dedicar mais atenção a você e à sua mensagem, o que aumentam as chances deles aderirem à sua proposta de mudança.

4. Encarar um só ponto na audiência
Encarar um ponto isolado na audiência nunca é uma boa ideia. As pessoas vão notar que você, na verdade, não está olhando para ninguém. Além disso, faz você parecer inseguro, assim como olhar para o teto. Em vez disso, tente olhar, pausadamente, para cada pessoa, ora de uma lado da plateia, ora de outro, na frentee atrás. Seu público vai sentir-se conectado a você, como em uma conversa – e, mais importante: vai se concentrar em você.

5. Ficar na mesma posição durante toda a apresentação
Se, ao apresentar, você fica no mesmo lugar por receio de tropeçar ou cair, uma dica: use sapatos confortáveis. O cérebro precisa de movimento para permanecer alerta. E se mover no espaço ao seu redor é uma forma poderosa de manter a audiência em alerta e atenta ao conteúdo. Então não deixe de usar essa ferramenta poderosa por medo ou receio.

6. Andar muito rápido e muito longe
Apesar de aconselharmos andar pelo espaço à sua volta, não convém abusar. Se você estiver constantemente em movimento, ou andando muito rápido, a audiência pode deduzir que está nervoso e, certamente, ficará nervosa também. Esse não é o objetivo.

Você deve se mover sempre que a mensagem pedir movimentação. Se você está falando com alguém da audiência, por exemplo, mova-se para um ponto mais próximo a essa pessoa. Se estiver apresentando uma lista de três pontos, use a movimentação para ilustrar a mudança do ponto 1 para o 2 e daí em diante.

7. Repetir gestos demasiadamente
Já viu apresentadores que repetem os mesmos gestos, independentemente da mensagem? Faz sentido? Os gestos devem servir para enfatizar e ilustrar as mensagens, não como muletas para quando não souber o que fazer com mãos.

Gesticule quando isso fizer algum sentido e quando ajudar a complementar a mensagem, caso contrário será apenas um obstáculo à sua comunicação. Tente variar o gestual o máximo possível, mas de maneira natural.

8. Inquietação
Inquietação significa nervosismo e nervosismo é distração total. A audiência acaba focando na sua inquietação, não na sua mensagem.

Mantenha o foco exclusivamente naquele situação. Mantenha-se atento ao seu corpo e ao modo como se comunica. A melhor maneira de criar essa ampla consciência é ensaiar bastante a apresentação, de preferência com uma audiência. Dica: filme você mesmo. Esse vídeo vai dizer quanta inquietação você tem sob condições reais.

9. Esquecer de sorrir
Se você não sorri, a audiência provavelmente o verá como alguém sério demais. Disso pode gerar um constrangimento no instante em que abrir espaço para perguntas ou mesmo precise interagir. Sorrir é a maneira ideal para fazer a audiência se sentir confortável e disposta a ouvir.

10. Falar muito rápido, muito devagar ou muito baixo
Se você fala muito rápido, as pessoas tem dificuldade de acompanhar. Se fala muito devagar ou muito baixo... bem, provavelmente vão cair no sono. De qualquer maneira, a mensagem é comprometida e seus objetivos ficam mais distantes.

A voz do apresentador é uma de suas ferramentas mais poderosas, mas ele deve saber usá-la. Ache o volume e tom corretos, enfatize palavras e expressões importantes e articule cada sílaba. Se fizer isso, a audiência ai entender naturalmente o que você está dizendo.


Disponível em http://administradores.com.br/noticias/carreira/os-10-erros-mais-comuns-de-linguagem-corporal-em-apresentacoes/87065/. Acesso em 22 abr 2014.

segunda-feira, 10 de março de 2014

O medo vende, e muito bem

Fábio Bandeira
27 de fevereiro de 2014
 
Você está sozinho em casa e já é de madrugada. Desperta da cama com aquela sede incontrolável. O silêncio da noite é quebrado com a chuva que cai intensamente lá fora e com as fortes rajadas de vento que imitam um lobo uivando. Então, você ouve a porta da frente batendo. Seu coração dispara, a respiração torna-se ofegante e todo o seu corpo começa a contrair de forma instintiva. Logo depois, percebe que não tem ninguém tentando entrar em sua casa. Foi apenas um forte vento o responsável por encadear todas essas sensações.

Os poucos segundos de pânico, antes da constatação de ter somente o vento como companhia, geralmente, parecem uma eternidade. Sempre que sentimos uma emoção proveniente do "medo", como o eminente perigo que se aproxima, o ser humano cria uma reação inconsciente que basicamente o coloca em duas situações: enfrentar ou fugir.

Isso acontece com todos e define muito das escolhas que tomamos, entre elas, a que envolve o ambiente profissional. Um funcionário que, com receio da opinião do chefe ou do grupo não apresenta uma proposta diferente com medo de estar errado; o receio de falar em público, de tentar uma mudança de carreira e não ser a melhor escolha. Geralmente, ir ao encontro do desconhecido cria barreiras e afirmações comuns como “eu não consigo” ou “eu não estou pronto” e, pode ser um alento para que as pessoas não busquem avançar.

Até com uma empresa que lança um novo produto no mercado apenas pelo receio do concorrente ultrapassá-la. Os exemplos são evidentes no setor automobilístico e também no tecnológico. Dificilmente o lançamento de um produto ou de um carro por determinada companhia passa muito tempo sem que os seus maiores rivais anunciem também um modelo: iPhone x Samsung Galaxy | PlayStation x Xbox | Chevrolet x Volkswagen.

O medo influencia você

O medo é também uma forte estratégia quando o assunto é vender e, certamente, já deve tê-lo convencido como consumidor. Percebendo ou não, ele influencia muito do que vestimos e consumimos.

Quando paramos para pensar nisso pela primeira vez, alguns exemplos simples ficam bem nítidos: as pessoas compram seguros em busca de garantias, compram alarmes porque têm medo de serem assaltadas. E é assim a lógica do mercado baseada nessa estratégia: fazer com que seu medo aflore, para que adquira determinado produto ou serviço. No Distrito Federal, por exemplo, a crescente sensação de insegurança da população faz com que o mercado de carros blindados tenha um aumento entre 10% e 15% por ano, principalmente com consumidores da classe média.

Isso acontece pela vulnerabilidade que determinado indivíduo ou grupo de indivíduos se encontra no momento. Um grau emocional diferente, seja ele através da preocupação ou até da euforia intensa, provoca um estado de impotência ou aceitação do consumidor com muito mais facilidade. Um dos maiores neurocientista do mundo, o dinamarquês Mark Lindstron, destaca em seu livro A lógica do consumo, que ao incutir o medo em todas as mensagens, somos dez vezes mais capazes de escolher qualquer oferta.

“O medo de envelhecermos, engordarmos, ficarmos sozinhos, sermos impopulares, termos filhos fracassados. A culpa é um vírus em crescimento, principalmente entre as mulheres. Como forma de remover alguma dessas culpas, as marcas oferecem 'soluções' – muitas vezes que não resolvem nada. A culpa pode ser desde 'não sou uma boa mãe', a ter 'problemas com o meu corpo', ou 'não sou uma boa mulher'. E a ideia é: compre a marca X e vai ser feliz”.

E nessa hora, a publicidade que impacta e que choca acaba atraindo e vendendo mais. O sucesso da marca americana de antisséptico para mãos Purell é um exemplo claro disso. Em sua embalagem e publicidade podem ser vistas mensagens que apelam diretamente ao medo e à culpa dos pais em relação aos cuidados com os filhos. “Bastam 15 minutos para apanhar um vírus”, “80% das infecções mais comuns são disseminadas diretamente pelas mãos”.

E agora? O que fazer? Se você, depois de ler esse texto, quer eliminar o medo da sua vida, da sua empresa ou das suas compras, aí vai uma grande dica: desista dessa ideia. Querendo ou não, em algum momento você vai senti-lo. O que realmente pode variar é como cada um, dependendo da sua personalidade, vai lidar com esse sentimento. A questão não é superar, é administrá-lo.


Disponível em http://administradores.com.br/artigos/marketing/o-medo-vende-e-muito-bem/75874/. Acesso em 01 mar 2014.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sete erros que matam o seu poder de influência profissional

Camila Pati
24/12/2013
Executivos conversando
Em muitos momentos da vida profissional o resultado final de um projeto ou de uma tarefa depende da ação de várias pessoas. A falta de engajamento de um funcionário pode colocar todo o esforço em equipe a perder.

É neste momento que, mesmo sem ser chefe, o poder de influência vai fazer toda a diferença. O problema é que muitas pessoas, na tentativa de influenciar seus pares, acabam cometendo erros que têm o efeito contrário: criam ainda mais conflitos profissionais.

Confira quais são os equívocos e as atitudes recomendadas por Rubens Pimentel Neto, sócio da Ynner Treinamentos, reverter o cenário:

1 - Usar poder inexistente

Uma tática comum para influenciar uma pessoa é apostar no nome de alguém poderoso. Não é mais você quem está pedindo o relatório, é o diretor geral, é o presidente, é aquele cliente temido por todos.

“A pessoa acaba usando um poder que não existe”, diz Neto. Essa estratégia, diz ele, é bem sucedida por tempo limitado. “Até o outro perceber e usar como antídoto o nome de uma terceira pessoa”, diz o sócio da Ynner.

2 - Encarar o outro como inimigo

Se o atraso no trabalho de uma pessoa vai prejudicar o resultado de todos, não é difícil imaginá-la como “inimiga”. E para piorar o cenário ela não tem a menor obrigação de colaborar com você ou com a sua demanda e, mesmo assim você precisa dela para cumprir a meta.

De acordo com Neto, o viés negativo é o caminho mais rápido para criar conflitos. “É melhor ver o outro como aliado em potencial e não como inimigo”, diz.

3 - Não ser objetivo na comunicação

Usar o jargão técnico da sua área de atuação na hora comunicar as prioridades do projeto para a equipe de outro departamento é um tiro no pé. “Muitas vezes a forma com que a pessoa aborda o tema pode não deixar claro qual é a importância daquela atividade”, diz Neto.

Segundo ele, há que se fazer ajustes para que todos entendam. Da mesma forma, dizer que tudo é prioritário, tudo é urgente na tentativa de forçar o rápido engajamento pode ter o efeito inverso. Objetivos e prioridades devem ser definidos claramente e a distinção entre o que seria ideal conseguir e o que é absolutamente necessário também.

4 - Empatia zero

Não levar em conta a motivação, os interesses, os comportamentos e as possíveis reações do outro compromete o seu poder de influência. De acordo com Neto, a falta de empatia colabora para um clima de desconfiança.

A necessidade de influenciar alguém passa necessariamente pela compreensão do universo desta pessoa, segundo o especialista. É isso que servirá de base na hora de se preparar para fazer uma abordagem.

5 - Não cuidar da própria reputação

Como cobrar atitudes dos outros quando as suas não são as mais adequadas? Nunca atender às solicitações dos colegas, ficar de mau humor quando alguém pede uma informação ou faz uma pergunta são comportamentos que levam ao isolamento, diz Neto.

6 - Só pedir sem oferecer nada em troca

“Se a moeda de troca para a pessoa é a disponibilidade, mas eu nunca estou disponível naturalmente vou ter dificuldade em conseguir uma colaboração”, diz Neto. Identificar a moeda de troca é a regra de ouro na hora de influenciar.

“Saber que tipo de moeda de troca o outro valoriza é o caminho mais eficaz para conseguir atingir os resultados que precisa”, explica o especialista.

7 - Não investir no relacionamento interpessoal

O egoísmo é o vilão do relacionamento interpessoal. Usar o estilo de comunicação sem pensar nas preferências do outro é um dos erros de quem não desenvolve um comportamento colaborativo.

Há os que gostam de entender o sentido do trabalho e aqueles que querem sair logo executando algo. “Entender os diferentes estilos é melhor a forma de ajustar sua comunicação e evitar inseguranças e resistência”, diz Neto.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-erros-que-matam-o-seu-poder-de-influencia-profissional?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 24 dez 2013.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Você julga um livro pela capa?

Nastassja Fischer
03/02/2012
 
Existem alguns ditos populares que nos alertam que não devemos confiar em alguém somente pela sua aparência: “quem vê cara, não vê coração” e “nunca julgue um livro pela capa” são apenas dois exemplos. Porém, nossos rostos dão pistas essenciais sobre como devemos agir ou o que esperar de uma outra pessoa, como já foi, inclusive, falado em um texto aqui no blog. Por exemplo, existem evidências que pistas faciais de medo são processadas em apenas 40 milissegundos (ms), sendo esse tempo suficiente para gerar uma opinião sobre a intenção de outra pessoa. Com isso, certos sinais faciais podem ter uma influência substancial em como as pessoas avaliam e se comportam frente a outra pessoa em uma interação social.

Uma dessas pistas que procuramos quando nos relacionamos com alguém é a confiança. Detectar o quão confiável é uma pessoa possui uma importância especial, a partir do momento que se pode coletar informações importantes sobre se o indivíduo com quem estamos interagindo é alguém que podemos nos aproximar ou evitar. Dessa forma, a detecção da confiabilidade é essencial para a sobrevivência humana e existem um estudo que sugere, inclusive, que o cérebro possui regiões especializadas para desempenhar essa tarefa, como por exemplo, a ínsula e amígdala, que são regiões envolvidas em situações onde precisamos detectar um potencial perigo ou tomar uma decisão.

Baseando-se nessas informações, um trabalho realizado na Universidade do Arizona no Estados Unidos testou a hipótese de que o julgamento implícito da confiabilidade de terceiros estaria relacionado com o modo que as pessoas cooperam entre si. Para isso, os voluntários do teste participaram de uma tarefa de interação social chamada “jogo da confiança”. Na sua versão tradicional, existem duas funções a serem assumidas por pessoas diferentes: a de “investidor” e “parceiro”. Ao “investidor” é dada uma quantia em dinheiro e lhe é informado que ele tem a opção de ficar com todo o dinheiro, transferir a quantia total que recebeu para o “parceiro” ou repartir o que ele tem da forma que desejar. Diz-se também que o montante que for transferido será multiplicado de 3 a 4 vezes e dado ao “parceiro”. Esse último, então, tem o papel de decidir se vai transferir alguma parte do dinheiro multiplicado para o “investidor” e, com isso, o “parceiro” tem a opção de honrar a confiança nele depositada ou não.

Na versão do “jogo da confiança” usada pelos autores do estudo, os participantes do teste poderiam assumir apenas o papel de “investidores” e, antes do jogo começar, tinham que visualizar e avaliar, de forma não-explícita, as faces de 79 supostos “parceiros”, com os quais era dito que eles teriam que interagir. Posteriormente, em cada rodada do jogo, eles tinham que decidir se iriam transferir uma determinada quantia em dinheiro para seu parceiro sem ter nenhuma garantia de retorno, sendo esse um “índice” implícito do quanto eles confiavam no parceiro. Ao final da tarefa, eles ainda tinham que declarar o quanto eles confiavam nos “parceiros”.

Os resultados mostraram que a avaliação inicial de confiabilidade feita através da visualização da foto foi uma pista altamente influenciadora na decisão do “investidor” sobre o quanto de dinheiro ele iria dividir ou não. Ou seja, os participantes deram mais dinheiro para aqueles “parceiros” que eles achavam ser mais confiáveis no início do jogo, tendo como parâmetro apenas as suas fotos. Mais ainda, o fato do “parceiro” ter devolvido ou não o dinheiro após a divisão não influenciou na avaliação explícita de confiabilidade pelo “investidor” no final da tarefa. Pelo contrário, parece que o julgamento do quão confiável era o “parceiro”, realizado implicitamente antes de começar o teste e baseado apenas na aparência do rosto, exerceu uma influência mais forte nesse sentido.

Desse modo, pode-se observar como nós somos influenciados, mesmo que de forma não-consciente, por pistas sociais. Também é interessante notar como tais pistas podem afetar nossas decisões e a forma como interagimos com o próximo. Por mais que o velho ditado diga: “Quem vê cara, não vê coração”, parece que é na “cara” que nos baseamos para guiar qual será o próximo passo a ser tomado quando decidimos cooperar com alguém.


Disponível em http://www.forebrain.com.br/voce-julga-um-livro-pela-capa/. Acesso em 12 dez 2013.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Redes sociais também vendem. Esqueça o ROI

Felipe Morais
17 de setembro de 2012
 
Redes sociais vendem!

De forma direta e indireta. Talvez a visão da venda indireta esteja bloqueando as ações de várias marcas, pois os gestores temem que um post no Facebook não gere venda imediata e por isso não tem como ter ROI. Logo, não tem como justificar o investimento no canal.

Sinceramente? Blá blá blá do mercado. Como se calcula o ROI efetivo de um comercial na TV ou anúncio de revista? Só porque a web é 100% mensurável é preciso ter tudo atrelado ao ROI? Nem sempre. Indicação também vende. E muito!

Se há décadas a propaganda boca-a-boca é que mais dá resultado, imagina nos tempos de hoje, com 1 bilhão de pessoas no Facebook, por exemplo, como isso é potencializado. E como as marcas têm que se ater a isso. Certa vez eu assisti um vídeo – que até passo para meus alunos – onde mostra que na Inglaterra 50% dos acessos à web vem do Facebook. Esse dado já é interessante, mas tem um comentário nessa parte do vídeo que eu acho fantástico “imagina o que isso representa contra ou a favor das marcas”. Dá para imaginar?

O brasileiro é ávido por conteúdo. Quer saber sempre mais e mais e tem nas redes uma das suas principais fontes de informação. Em breve, será a principal, uma vez que vivemos uma era onde os veículos de comunicação estão usando – e isso só tende a aumentar – as redes para disseminar conteúdo.

Se o brasileiro quer saber mais, ele pesquisa mais, ele lê mais. Ele influencia e é influenciado mais. Querem saber tudo sobre marcas e produtos que compram e quando essas informações os deixam tranqüilos, não só compram como indicam: “comprei o produto X e recomendo”. Frase que pode gerar uma série de vendas para pessoas que a sua marca não impactou e que não estão na sua fan page.

Segundo pesquisa, 49% das pessoas entendem que a reputação da marca é um dos principais fatores para a decisão de compra. Reputação de marca é dada pelo consumidor. Não adianta investir milhões de reais em campanhas se os consumidores estão insatisfeitos, pois eles vão reclamar da marca nas redes e isso vai gerar uma reverberação enorme. Pode não atingir o mesmo número de pessoas que a campanha falando bem da marca na Rede Globo atingirá, mas a qualidade da mensagem é maior, pois são pessoas falando com pessoas.

Quando o consumidor tenta se aprofundar sobre um produto, ele está ao mesmo tempo vivendo o mundo da marca, criando uma experiência diferenciada e se o trabalho de conteúdo estiver bem feito, as chances de compras são maiores.

Pessoas compram quando estão seguras e para estar seguro o consumidor tem que estar sem dúvidas sobre uma compra.

Por exemplo, qual a melhor TV para comprar: LED, Plasma ou LCD? Os leigos vão atrás de informação. E leigos entenda-se pessoas que não sabem nada de tecnologia!

A Zappos, loja online da Amazon, lançou um serviço de recomendação de produtos via Pinterest. Segue a linha da Amazon, que dentre seus pilares de crescimento, sempre apostou na opinião das pessoas sobre os produtos para ajudar nas vendas.

O projeto PinPoiting mostra aos usuários recomendações de produtos baseados em posts no Pinterest. Os usuários podem interagir com os posts. Mais uma vez, pessoas indicando produtos para pessoas por meio das redes sociais. Elas vendem – basta saber a dinâmica das redes, sempre baseadas em relacionamento!


Disponível em http://webinsider.com.br/2012/09/17/redes-sociais-tambem-vendem-esqueca-o-roi/?__akacao=1038132&__akcnt=fb9e485d&__akvkey=8017&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=news.2012.09.24. Acesso em 28 ago 2013.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O olhar do consumidor na posição dos produtos

Forebrain
13/09/2012
 
Diariamente nos deparamos com quantidades quase infinitas de produtos inteiramente à nossa disposição. Em supermercados, livrarias, farmácias e até nas lojas de conveniência dos postos de gasolina, fileiras quase infinitas de produtos como pacotes de biscoito, refrigerantes, detergentes, livros e hidratantes são expostos em prateleiras horizontais com o intuito de oferecer ao consumidor uma vasta gama de opções de compra. Este padrão quase monótono para exposição de produtos é a norma quando falamos de experiência de compra. Mas será que existe alguma explicação para tudo isto? Será que o posicionamento de um produto nas prateleiras de fato é capaz de influenciar a escolha do consumidor?

Recentemente o grupo do pesquisador Onur Bodur divulgou um press release, apresentando dados muito interessantes que em breve deverão ser publicados no Journal of Consumer Research. O estudo mostra que como consumidores, nosso olhar tende a apresentar um foco muito centralizado, independente do tipo de produto que estamos vendo. De acordo com a pesquisa, os consumidores estão mais inclinados a comprar produtos que estão dispostos no meio das prateleiras, mesmo sem perceber que estão fazendo isso!

Utilizando a técnica de eye-tracking (método capaz de rastrear o movimento do olhar de um indivíduo), Bodur e seus colaboradores investigaram como a localização dos itens dispostos nas prateleiras pode influenciar a escolha do consumidor para uma série de produtos. Em laboratório, eles criaram uma prateleira virtual, onde apresentavam fileiras horizontais de produtos como vitaminas, barrinhas de cereal e bebidas energéticas. Durante todo o estudo, foram utilizadas apenas marcas falsas e as embalagens eram todas parecidas, evitando a influência da marca ou do design na escolha dos participantes. Após observarem cada prateleira, os participantes deveriam escolher um dos produtos dispostos anteriormente.

Os resultados mostraram que os consumidores passam mais tempo observando os produtos posicionados no centro das prateleiras, fazendo com que houvesse um aumento do foco visual na parte central da área do display. Este padrão de comportamento faz com que os objetos posicionados no centro recebam maior atenção, aumentando suas chances de serem adquiridos. O mais interessante foi que de acordo com a pesquisa, existe uma correlação importante entre a tomada de decisão e o momento em que ocorre o aumento do foco visual, mostrando que isso ocorre nos cinco segundos finais do processo. De acordo com os pesquisadores, é nesse momento que o consumidor determina qual será a sua escolha.

Vale a pena ressaltar que todo o processo de tomada de decisão acontece através de um mecanismo subconsciente e que quando questionados a respeito de como decidiram qual produto comprar, os consumidores não sabiam relatar de maneira precisa qual tinha sido seu processo de escolha, ou seja, porque escolheram um produto em detrimento dos outros. O mais interessante foi que eles não se lembravam de ter focado mais em uma região do display.

Mas o que significa esta descoberta para o próprio consumidor? Ter maior conhecimento sobre o comportamento de compra pode levar a escolhas mais acertadas. De acordo com o pesquisador Bodur, sabendo que há uma tendência natural para observar mais e escolher os itens dispostos no centro das prateleiras, o consumidor poderá conscientemente direcionar a sua atenção visual para realizarem uma melhor análise de todos os produtos oferecidos, independente de sua posição. Quando se trata de comportamento de compra, olhar de forma diferente pode justamente levar o consumidor a ter escolhas mais sábias.


Disponível em http://www.forebrain.com.br/o-olhar-do-consumidor-na-posicao-do-produtos/. Acesso em 28 ago 2013.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Influenciadores nas redes sociais: como saber se minha marca precisa deles?

Bianca Carneiro
Influenciador nas Redes Sociais 
No uso das redes sociais, é comum vermos amigos ou pessoas falando de empresas e indicando ou criticando produtos. Além de influenciar na forma como nos relacionamos e respondemos a estímulos das empresas, este comportamento evidencia a importância do boca-a-boca na tomada de decisões dos consumidores.

Neste cenário, algumas pessoas com capacidade de disseminar informações para um público grande ou que tenham certa autoridade em um tema específico aparecem como facilitadores da comunicação entre uma empresa e seus públicos.

No planejamento de campanhas e ações nas redes sociais é comum que o trabalho com essas pessoas, conhecidas como influentes ou influenciadores, seja cogitado. Para isso, porém, é necessário analisar diversos fatores que vão determinar quanto o seu projeto realmente precisa (ou deve) investir nesta estratégia.

Para tomar essa decisão, é necessário definir os objetivos gerais e de marketing do projeto e o posicionamento de comunicação. O posicionamento vai ser uma das formas de retratar as principais características que o influenciador deverá ter para refletir a identidade da empresa ou destacar atributos da marca que precisam ser reforçados. Já o objetivo de marketing do projeto ajudará na determinação da melhor forma de abordar o público-alvo.

A seguir, são detalhadas algumas dessas formas de abordagens e a participação dos usuários influentes nelas:

Ser reconhecida e/ou gerar alcance. Com este objetivo, os usuários influentes com alto alcance nas principais redes sociais são os que têm maior destaque por conseguirem disseminar informação para mais pessoas. Por outro lado, o desafio ao trabalhar com esses influenciadores é, inicialmente, estudar os principais assuntos abordados por ele e o histórico de relacionamento com a marca, para se assegurar que não existam menções negativas e contraditórias que afetem este contato.

Outro ponto de atenção é que alguma/s destas pessoas influentes têm noção do poder de alcance que possuem e podem responder com maior facilidade a acordos comerciais do que ao relacionamento. Neste caso, para disseminar a sua mensagem é necessário criar conteúdo que repercuta entre os seguidores/assinantes/fãs desta pessoa. Por exemplo, a Claro aproveitou o potencial de alcance do jogador Ronaldo para atrelar a conta no Twitter deles ao jogador.

Diferenciar-se dos concorrentes. O usuário influente deve demonstrar essa diferenciação ao representar o produto ou ao afirmar os pontos mais fortes da marca. Ou seja, nesta etapa, a convergência entre as principais características da marca, o perfil do influenciador e a forma como ele se comporta nas redes sociais têm papel tão importante quanto o alcance, no estágio anterior.

Outro elemento deste estágio é que, para diferenciar e gerar confiança, os consumidores precisam se identificar com a experiência e a autoridade do influente no assunto. Aqui estão os casos mais comuns de comunicação entre marca e personalidade influente com o objetivo de gerar insumos para que opiniões sejam expressas (é a fase caracterizada pela entrega de produtos ou oferecimento de serviços para originar experiência ou divulgação de informações para afirmar crenças e posicionamentos da marca).

Neste quesito, há o caso da Starbucks que ofereceu café de graça para usuários que comentavam sobre café e tinham certa autoridade no assunto.

Manter relacionamento. Nesta etapa, a comunicação com os clientes tem como objetivo a consolidação de relacionamentos e a criação de diálogos que podem gerar insights para evolução na marca e nos produtos.

É comum encontrarmos pessoas com relacionamento forte com a marca, mas pouca capacidade de disseminação de conteúdo. Para esses usuários, o ideal é dar espaço (em veículos ou páginas próprias) para que a experiência possa ser compartilhada. Histórias interessantes envolvendo a marca, depoimentos sobre uso de produtos e atendimento ou simplesmente a opinião da pessoa já tem a possibilidade de repercussão positiva.

A Coca-Cola é exemplo de marca com clientes dispostos a falar positivamente e isso é aproveitado em ocasiões em que ela dá espaço para estes clientes.

As estratégias de ações com influenciadores mostradas são alguns exemplos de abordagem e não são excludentes, podem acontecer em diversas fases da campanha, contanto que satisfaçam as necessidades de contato com o público.

Após a análise das necessidades, é possível que se perceba que o uso de influenciadores nas redes sociais não seja a estratégia mais adequada por diversos motivos como: falta de verba, diretrizes de marca, não alinhamento com os influenciadores, entre outros. Entretanto, o marketing, e principalmente as redes sociais, são campos férteis para a criação de ações criativas e inovadoras que chamam atenção dos usuários e que auxiliam a alcançar os objetivos.


Disponível em http://www.dp6.com.br/influenciadores-nas-redes-sociais-como-saber-se-minha-marca-precisa-deles. Acesso em 28 ago 2013.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O ciclo de consumo feminino, afinal o que elas querem?

Gisele Meter
20 de junho de 2013
Esses dias a convite de uma amiga resolvi sair para fazer compras, entre uma vitrine e outra olhamos diversos produtos, os que nos chamavam atenção eram analisados mais criteriosamente. Ao perceber o que fazíamos fiquei pensando como o comportamento da mulher mudou em relação ao processo de compras.

Não somos mais aquelas que consumimos por consumir, mas embasamos muito bem nossas decisões, pensamos e ponderamos antes de decidir, avaliamos custo X benefício e diversos outros fatores, ou seja, viramos, mulheres que decidem muito além do processo de compra, mas que analisam vários fatores para aquisição de um produto.

O consumo está presente em nossa vida e é um processo necessário, mas também está ligado a nossa cultura e a fatores internos de cada pessoa sendo orientado pelo afeto e sobrevivendo através dele ganhando novos significados, comprar então transcende o comportamento de compra, mas envolve fatores biológicos, sociais e psicológicos.

Parece algo complexo, mas se pensarmos que ao comprarmos um produto estamos também comprando uma ideia fica mais fácil de entender.

Compramos sim por necessidade, mas também compramos porque acreditamos em algo e também pelo que somos e se pensarmos como mudamos nos últimos tempos, podemos entender melhor esta transformação do padrão de consumo. Comprar para a mulher ganhou novos significados, quase que uma forma de expressão e de comunicação de suas ideias.

Estamos mais exigentes, mais criteriosas e também mais antenadas, temos nossas próprias aspirações e desejos, necessidades diferentes dentro de um novo ciclo de consumo, estamos mais preocupadas em adquirir produtos que façam sentido, que demonstrem a forma como pensamos e somos, um exemplo disso são as empresas que se preocupam com a sustentabilidade, sendo vista de forma muito positiva por nós mulheres.

Não queremos somente consumir, queremos também conhecer a empresa, sua história, ter mais proximidade e reconhecer afinidades para que a compra tenha sentido.

Gostamos de estudar um produto logo após a paquera, avaliamos preço, vantagens e também as opiniões acerca de uma marca, não ficamos somente na compra por prazer impulsivo, mas na compra por prazer consciente. Hoje mais do que nunca, temos recursos para saber sobre um produto.

Atualmente, além das vias habituais, temos a nosso alcance a tecnologia virtual e usamos não somente como uma via de consumo, mas também como uma via de exposição de ideias e pesquisa, queremos falar e também ouvir novas percepções.

Eu mesma, já comprei diversos produtos após ler um comentário positivo em blogs ou redes sociais, é quase como se fosse uma confirmação dizendo: compre porque vale a pena! No entanto o contrario também já ocorreu, após pesquisar sobre um produto e ler várias criticas negativas acerca de trabalho escravo ou utilização de pele de animais, meu desejo pela compra reduziu a níveis próximos de zero, impactando também no meu reposicionamento frente à marca que fiz questão de deixar expresso em minha rede social.

O que ocorre hoje é que não somos mais consumidoras passivas, somos consumidoras ativas, gostamos de influenciar o comportamento de compra de outras pessoas e utilizamos muito bem as redes sociais para isso, gerando uma repercussão grande em nosso meio.

Engana-se quem pensa que somos um nicho de mercado e não as verdadeiras protagonistas, os dados mostram que hoje controlamos cerca de 70% do consumo brasileiro. Entender isso pode ser a chave para nos conquistar como consumidoras de forma diferente e inovadora e é isso que queremos.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-ciclo-de-consumo-feminino-afinal-o-que-elas-querem/71343/. Acesso em 03 jul 2013.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Saber se vender é essencial. Todos vendem algo

Lucas Rossi
06/06/2013
 

O escritor americano Daniel Pink, de 50 anos, lançou, no fim de 2012, seu quinto livro, To Sell Is Human: The Surprising Truth about Moving Others (algo como "Vender é humano: a intrigante verdade sobre como mover os outros"), que será lançado no Brasil em novembro pela editora Leya.

Uma pesquisa de Daniel feita para o livro mostrou que 40% do tempo que as pessoas passam no trabalho é usado com vendas. "No dia a dia, precisamos persuadir, influenciar e convencer os outros", diz ele.

Isso é importante para seu sucesso, senão você não conclui projetos, não consegue transitar na corporação e não tem as pessoas a seu lado. Saber se vender pode fazer você crescer e conseguir chegar aonde sempre quis. E não tem problema nenhum nisso.

VOCÊ S/A - Por que ser vendedor passou a ser essencial?
Daniel Pink -  Passamos a vender constantemente. Se você olhar ao redor, todos vendem algo. Estamos vendendo nossa imagem para os outros comprarem.

VOCÊ S/A - Qual a maneira mais efetiva de vender?
Daniel Pink - Antes de tudo, é essencial sempre ouvir o que os outros querem e entender qual oportunidade você tem. Só assim saberá como fazer a melhor oferta. Outro ponto importante é dizer “sim e”. Na maioria das vezes falamos “sim, mas”. Ao falar “sim e” você agrega, em vez de fazer um contraponto. Fica mais fácil convencer. Por último, é importante fazer o outro se sentir bem. Se a pessoa estiver confortável, comprará de você.

VOCÊ S/A - É comum no mundo corporativo as pessoas se promoverem. Como vendedores de nós mesmos, é melhor ser alguém que resolve ou que encontra problemas?
Daniel Pink - Sem dúvida é melhor ser aquele que encontra. Se seu comprador já conhece o problema, ele acredita que sabe como resolvê-lo. Você não conseguirá vender nada. Se você for alguém que acha problemas, saberá como oferecer soluções.

VOCÊ S/A - Quais são as chaves para ser um vendedor de sucesso?
Daniel Pink - Antes de mais nada, estar ligado para entender o que o outro quer. Saber identificar e solucionar os problemas. Você precisa ajudar a pessoa a melhorar a vida dela. Se souber conduzir esse processo de forma tranquila, vai vender e ter bons resultados. O vendedor deve procurar entrar em sintonia com o comprador e entender de que ele precisa.
E precisa saber transitar. Com isso você consegue estar perto de pessoas capazes de ajudá-lo a entregar a solução de forma melhor. E a última chave é a clareza. Encontrar o problema certo para resolver. Saber fazer as perguntas certas para ter as soluções ideais é o melhor caminho.

VOCÊ S/A - Em cargos de chefia, muda a forma como devemos vender?
Daniel Pink - Em geral os chefes não são bons vendedores. Eles não sabem vender o quanto devem e precisam para ter sucesso. Eles apenas forçam as pessoas. Usam o poder e o controle, em vez de influenciar. Não sabem quão efetiva poderia ser a liderança deles e quanto o resultado poderia melhorar se soubessem como vender melhor.

VOCÊ S/A - Os extrovertidos vendem melhor?
Daniel Pink - Não necessariamente. As pesquisas mostram que isso é um mito. Os extrovertidos são os mais contratados, têm um ótimo desempenho e são os que recebem mais promoções. Mas não são, necessariamente, os melhores vendedores. Assim como os introvertidos também não são. A competência de vender não tem a ver com ser comunicativo ou não. Para ser um bom vendedor é preciso saber escutar, saber a hora de ficar em silêncio, de ser estratégico e de entender o momento ideal¬ para propor a venda. Só assim uma venda tem sucesso.

VOCÊ S/A - A internet transformou a dinâmica de compra e venda. Isso mudou a forma como nos vendemos para os outros?
Daniel Pink - Certamente. Muitas pessoas passaram a vender pela internet nos últimos anos. Gente que não era empreendedora passou a ganhar dinheiro na rede. Isso fez com que o assunto ficasse mais frequente na vida de todos. Mas o mais importante é que a internet ajudou na difusão da informação. Hoje todos têm acesso. Vender nesse contexto passou a ser uma tarefa mais complicada. O comprador pode comparar, ler as opiniões de outras pessoas. A tomada de decisão nesse cenário passou a ter mais senões, tanto na compra na internet como no mundo offline.

VOCÊ S/A - O professor e escritor indiano Ram Charan escreveu um livro, cinco anos atrás, chamado O Que o Cliente Quer Que Você Saiba (Campus/Elsevier). No livro, que se tornou um best-seller, Ram escreve que não deveríamos apenas deixar nossos clientes satisfeitos, mas ajudá-los a alcançar as metas. O que você acha disso?
Daniel Pink - Não li o livro. Mas entender o negócio de seu cliente é crucial. Atualmente vendemos soluções, não produtos ou serviços. Precisamos ajudar o cliente a atingir suas metas. Ele ficará satisfeito e será leal.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/180/noticias/sem-medo-de-se-vender?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 10 jun 2013.