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sábado, 3 de maio de 2014

Habilidades socioemocionais são chave para empregos do futuro

Paula Adamo Idoeta
2 de maio, 2014
Crianças estudando (BBC) 
Muitas dessas profissões ainda nem existem, mas a pergunta tem mobilizado especialistas em educação e mercado de trabalho – em busca de aperfeiçoamentos nos sistemas de ensino atuais.

E cresce entre analistas a percepção de que muitas habilidades cruciais não serão técnicas, mas, sim, sociais e emocionais: resiliência, curiosidade, colaboração, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, por exemplo.

"Com o acesso abundante ao conteúdo, o que a pessoa precisa é saber escolher, separar fatos de opiniões, saber navegar em meio a muitas informações não filtradas", explica Denis Mizne, diretor-executivo da fundação educacional Lemann.

"Daí a importância do pensamento crítico. E a resiliência tem a ver com um mundo menos previsível. Se não sei que profissões existirão, preciso me adaptar."

Mas como ensinar habilidades desse tipo, sem descuidar do conteúdo escolar? E será que muitas delas têm sido pouco exercitadas pelas últimas gerações?

Para a professora Carmen Migueles, especialista em educação e desenvolvimento organizacional da EBAPE-FGV, parte das novas gerações – crescidas na internet – "perdeu o contato com o sacrifício e a capacidade de vencer obstáculos".

"Eles entram no mercado de trabalho achando que serão recebidos em um palco iluminado pronto para eles", opina a professora à BBC Brasil. "Mas o sucesso é algo que se consegue em meio às dificuldades."

Segundo ela, essas habilidades socioemocionais – chamadas também de "soft skills" ou habilidades não cognitivas – foram citadas por todas as empresas quando questionadas sobre o que queriam em seus funcionários, em pesquisas feitas pelo MBA da FGV no Rio.

"É um cultivo de virtudes, como paciência, solidariedade e entendimento de diferenças em uma sociedade multicultural", diz ela. "Isso ajuda, por exemplo, a lidar com o choque de culturas quando uma empresa é comprada por uma estrangeira."

Debate

As habilidades das gerações futuras foram debatidas recentemente em eventos nacionais e internacionais: no seminário Educar Para as Competências do Século 21, em março, no Brasil, e na Conferência de Educação Privada, realizada em abril em San Francisco (EUA) pela International Finance Corporation, ligada ao Banco Mundial. Um dos participantes da conferência internacional foi o especialista americano Brian Waniewski.

Habilidades socioemocionais consideradas importantes para profissionais do futuro
Criatividade
Espírito colaborativo
Pensamento crítico
Resiliência
Habilidades de comunicação

Experiências para estimulá-las
Com jogos que envolvam superação de desafios, pensamento crítico e colaboração; há experiências educacionais envolvendo desde jogos de tabuleiro até videogames.
Levando aos alunos debates sobre estudos de casos reais e práticos e estimulando o questionamento da utilidade do conteúdo aprendido.
Estimulando atividades que envolvam criação e criatividade; na infância, blocos de montar, programas de design e programação e lápis de cor ajudam nessa tarefa

"Um dos fatores mais importantes é aprender a aprender – e a curiosidade não é algo que seja muito estimulado pelos sistemas educacionais atuais", diz ele à BBC Brasil. "O mercado de trabalho se move mais rápido do que o educacional."

Mas já existem diversos experimentos em curso para ensinar e mensurar essas habilidades. Um deles é do próprio Waniewski, ex-diretor do Institute of Play, empresa que desenvolve métodos de ensino baseados em jogos.

Na prática

Waniewski argumenta que o uso de jogos na sala de aula ajuda a simular a resolução de problemas na vida real. "Você progride de um nível para outro, supera desafios e é um agente proativo", diz.

A mesma lógica vale para levar casos concretos e questões da vida real – por exemplo, problemas da comunidade - para o debate entre alunos, em vez de focar apenas o conteúdo teórico.

"Isso passa por tirar o aluno de seu papel e colocá-lo para desenvolver problemas complexos e em equipe", diz Migueles.

Ainda que isso já seja estimulado em alguns cursos superiores ou pós-graduações, ainda é algo incipiente nas escolas, diz sua colega na FGV-SP, a professora de economia Priscilla Tavares.

"Hoje aprende-se muito mais o conteúdo do que o que fazer com ele", opina, citando o exemplo do logaritmo, elemento matemático comumente usado por profissionais de finanças. "Mas, quando aprendemos logaritmo, não aprendemos para que ele pode ser aplicado."

A dica, aí, é que os alunos tentem estudar não apenas para passar na prova, mas buscar entender a aplicação prática do conteúdo e como relacioná-los a outras disciplinas aprendidas.

"Muita gente trata o debate como se fosse preciso escolher entre ensinar essas habilidades e o conteúdo tradicional, como matemática e português", afirma Mizne, da Fundação Lemann. "Mas os alunos precisam das duas coisas – e essas habilidades ajudam no aprendizado do conteúdo."

A tecnologia também colabora. Um grupo do Laboratório de Media do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) dedica-se a desenvolver métodos de aprendizado criativo.

Uma de suas maiores apostas é uma linguagem de programação chamada Scratch (disponível no site http://scratch.mit.edu/), que estimula o aprendizado de programação mas também "estratégias para resolução de problemas, design de projetos e ideias de comunicação".

E pais podem estimular os filhos a desenvolver essas habilidades desde cedo, diz Resnick, com brincadeiras que envolvam design e criação, como blocos de montar, desenhos e jogos.

Experimentos

Aqui no Brasil, o Instituto Ayrton Senna e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) fizeram um estudo, recém-divulgado, com 24,6 mil alunos da rede estadual do Rio de Janeiro, com uma ferramenta desenvolvida para a medição de competências socioemocionais.

Algumas das conclusões são de que ter em casa mais de uma estante de livros aumenta em 40% a chance de uma criança ser mais aberta a novas experiências; e que estimular habilidades como planejamento e o protagonismo entre os alunos melhora seu desempenho em matemática e português, respectivamente.

"Notamos que as escolas em geral já praticam essas habilidades em seu cotidiano, mas de maneira não intencional", explica à BBC Brasil Mozart Neves Ramos, diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. "Se as escolas conseguirem trabalhar esses valores, eles serão potencializados."

E eles podem ser potencializados por atividades esportivas e culturais, pela incorporação de jogos que colaborem no aprendizado das diferentes disciplinas e pelo estímulo à pesquisa entre os alunos, agrega Ramos.

O Instituto agora testa a incorporação dessas habilidades no currículo escolar do Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio – incluindo treinamento de professores, projetos interdisciplinares envolvendo capacidades socioemocionais e estímulo a que os alunos elaborem "projetos de vida", com planos para o futuro.

"A vantagem é que essas habilidades não cognitivas se desenvolvem ao longo da vida, basta criar um ambiente adequado para isso", diz Ramos.

Para Resnick, do MIT, mais do que ajudar na busca de empregos, o estímulo dessas habilidades ajudará os jovens do futuro a serem "uma parte mais ativa da sociedade, pessoas que pensam melhor, inovam e são e capazes de articular suas ideias. E todo o mundo precisa disso".


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140429_habilidades_empregos_futuro_pai.shtml?ocid=socialflow_facebook. Acesso em 02 mai 2014.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Por que seu currículo já não vale mais nada

Daniel Dal'laqua
26 de novembro de 2013
Você sabia que seu currículo tem cada vez menos valor nesse novo cenário dominado pela internet e pelos meios digitais? Pelo menos, o currículo em seu formato tradicional.

"Como assim?", você deve estar pensando.

Leonardo da Vinci redigiu o primeiro currículo profissional da história em 1482. De lá pra cá a verdade é que o currículo não mudou muito desde que foi inventado. As folhas de papel ou os modelos existentes hoje na web não refletem nosso mundo altamente digital.

Em que o seu currículo difere dos demais? Você pode estar pensando que o que importa realmente é o conteúdo do currículo e não possíveis diferentes formatos. Tem razão. No entanto, não faz sentido olharmos um pouco além de uma folha de papel ou um simples preenchimento de dados pessoais, educação, objetivos e experiências? Quero que você pense um pouco fora da caixa por um momento e veja o universo de possibilidades que você tem para fazer algo diferente na internet.

Os recrutadores "escaneiam" centenas de currículos diariamente buscando pessoas diferenciadas para trazer valor às suas empresas, colaboradores e clientes. Além de sua formação e experiências profissionais, o que você tem feito para se destacar e ter a chance de apresentar suas ideias e habilidades?

Já pensou em fazer uma carta de apresentação em vídeo, por exemplo? Sim, grave um vídeo (curto) falando um pouco mais sobre você e o que pode oferecer e contribuir para a vaga que está buscando. Não é necessário um estúdio e câmeras profissionais, você mesmo pode gravar um vídeo de seu smartphone. Depois de finalizar, faça o upload no Youtube e pronto! Você já está inovando na forma de se mostrar ao mundo. Use a criatividade, pense na vaga ou na empresa em que você mostrará esse vídeo (pode ser para várias empresas), mas capriche no texto e mostre o porquê você deveria ser contratado.

Tenha um perfil completo no Linkedin. As redes sociais são cada vez mais utilizadas por recrutadores e sem dúvida o Linkedin é a primeira rede social a ser analisada. Se você ainda não tem um perfil lá, faça-o agora mesmo e aproveite para entrar em contato com outros profissionais e empresas. Além disso, essa rede social pode lhe trazer maior visibilidade na internet, uma vez que o Google e outros mecanismos de busca tendem a trazer esses resultados em suas primeiras páginas ao digitar o nome de uma pessoa.

Faça uma apresentação pessoal no Slideshare ou no Prezi. O Slideshare e o Prezi são duas ferramentas fantásticas para inovar na maneira de apresentar seu currículo. O Slideshare é uma apresentação na forma de slides que fica disponível na web e também irá lhe ajudar a ganhar maior visibilidade online. Capriche no layout e faça diferente! O Prezi é uma ferramenta inovadora na forma de apresentação, muito mais interativo e dinâmico. Vale a pena conhecer e verificar se faz sentido se apresentar por lá (de acordo com sua área e objetivos profissionais), pois a ferramenta é muito interessante!

Que tal ter um blog ou site pessoal e postar por lá textos, vídeos ou áudios que façam sentido ao seu mercado e que chamem a atenção de pessoas importantes para você (sejam elas recrutadores, empresários, parceiros de trabalho ou até clientes)?

Atualmente é muito simples montar seu blog ou site pessoal, existem tutoriais na internet completos para isso. É claro que haverá outras estratégias após lançá-lo, mas que tal começar? Dê o primeiro passo agora!

E você? Quais outros formatos poderia utilizar para inovar na forma de se apresentar ao mercado? Existem centenas de outras maneiras. Tenho certeza de que você poderá fazer mais do que apenas utilizar o velho e ultrapassado currículo. É claro que o conteúdo de seu currículo deve chamar a atenção dos recrutadores também, mas ao inovar na forma, você tem mais chances de sair na frente.

Você concorda com isso? Se ainda tem dúvidas, faça um teste. Talvez os resultados não apareçam no curtíssimo prazo, mas acredite: eles poderão surpreendê-lo em muito menos tempo do que você espera.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-que-seu-curriculo-ja-nao-vale-mais-nada/74350/. Acesso em 22 abr 2014.

sábado, 19 de abril de 2014

O que o mercado quer? Profissionais com poder de adaptação

Daniel Barros
17/04/2014
 
Na fabricante de bens de consumo anglo-holandesa Unilever, a equipe de marketing da marca de sabão Omo tem uma coordenadora que foi ginasta da seleção olímpica brasileira, artista do Cirque du Soleil e analista de marketing da marca de pilhas Duracell no Panamá.

Ao lado dela senta uma gerente que se formou em nutrição, resolveu estudar psicologia e foi trabalhar em marketing. Profissionais com formações igualmente ecléticas são encontrados em vários outros setores da empresa, reflexo de sua política de contratação.

“Nosso processo de seleção tenta ser o menos restritivo possível”, diz Eduardo Reis, vice-presidente de recursos humanos da companhia no Brasil. A obsessão tem um bom motivo. O objetivo da Unilever é contratar e formar funcionários com alta capacidade de se adaptar.

Para oxigenar a gestão, seus profissionais mudam constantemente de área. Os mais jovens não passam mais de dois anos numa função. A empresa de tecnologia IBM também joga nesse time.

O centro de pesquisas da empresa no Brasil só contrata gente com mestrado ou doutorado, mas os profissionais precisam ser capazes de trabalhar em projetos que vão desde o uso de tecnologia em agricultura até a aplicação do big data em saúde e educação — versatilidade incomum na academia.

O próprio diretor do centro, Ulisses Mello, é geólogo de formação e trabalhou anos na Petrobras antes de ingressar na IBM.

A preferência por esse perfil de profissional é resultado da transformação em curso na economia mundial. “Em velocidades distintas, os países estão migrando para um modelo econômico com base no conhecimento”, diz Jorge Arbache, economista da Universidade de Brasília especializado em capital humano.

O exemplo mais perfeito dessa transição está nos Estados Unidos. Hoje, a Apple é a maior empresa americana, posto que já foi ocupado pela montadora GM ou pela petroleira Exxon. A força da Apple não está em sua capacidade de manufatura, mas em seu poder de inovação, design e marketing — a  empresa, aliás, terceiriza a maior parte de sua produção na Ásia.

Em maior ou menor medida, encontrar os profissionais mais aptos para essa nova fase da economia é um desafio mundial. A consultoria PwC entrevista periodicamente mais de 1 000 presidentes de grandes empresas globais para saber quais são os maiores entraves ao crescimento dos negócios.

Em 2009, 46% deles apontaram a falta de mão de obra adequada como um problema, percentual que pulou para 63% neste ano. No fim de 2013, os Estados Unidos, que convivem com um índice de desocupação de 6,7%, tinham milhões de vagas não preenchidas, sinal do descasamento entre os trabalhadores disponíveis e o que as empresas buscam.

Como o Brasil está posicionado para essa nova corrida global? Estamos mal. Uma pesquisa divulgada no começo de abril, fruto de uma parceria entre a PwC e a rede social LinkedIn, analisou o nível de adaptação da mão de obra em 11 países.

Trata-se de um conceito pouco usual, mas nem por isso menos importante: ele mede a capacidade das pessoas de mudar ao longo da carreira e encontrar o melhor posto de trabalho. A premissa é que pessoas certas nos lugares certos são mais produtivas.

No ranking final, o Brasil aparece em nono lugar, à frente apenas dos outros dois emergentes do estudo, Índia e China, mas bem distante dos primeiros colocados, Holanda e Reino Unido.

Com base nos perfis de 277 milhões de pessoas presentes no LinkedIn e de um banco de dados de 2 600 empresas de todas as partes, a pesquisa analisou cinco indicadores, do percentual de trabalhadores que já mudaram de setor (um parâmetro para o grau de adaptação a novos desafios) ao tempo que as vagas de emprego ficam em aberto (uma medida da falta de mão de obra adequada).

O Brasil não brilha em nenhum dos itens, mas vai especialmente mal no quesito que mede o número de funções ocupadas ao longo da carreira. Em média, o brasileiro com perfil no LinkedIn passou por 3,4 posições em uma ou mais empresas ao longo de sua carreira, enquanto o holandês e o australiano passaram por 4,5. Nesse ponto, a cultura parece ter uma grande influência.

“Ao analisar os dados da pesquisa, percebe-se que a tendência do brasileiro é buscar a estabilidade. A grande procura por concursos públicos confirma essa característica”, diz Osvaldo Barbosa de Oliveira, presidente do LinkedIn no Brasil. O psicólogo holandês Geert Hofstede desenvolveu na década de 80 um ranking de fatores que distinguem as culturas nacionais.

No levantamento, o brasileiro diz privilegiar a segurança, diferentemente de australianos, americanos, britânicos e holandeses. “As conclusões de Hofstede ainda são válidas porque fatores culturais demoram décadas para ser modificados”, diz Paulo Sabbag, professor de administração da FGV de São Paulo.

Problemas estruturais

Uma das razões do baixo poder de adaptação dos trabalhadores brasileiros é o histórico problema da educação no país. É algo que começa na pré-escola e não melhora até a graduação.

Menos de 1% dos brasileiros conseguem alcançar os dois níveis mais altos de conhecimento em matemática no Pisa, exame internacional que a OCDE, o clube dos países ricos, faz com adolescentes a cada três anos. A média dos países desenvolvidos é 12%.

Cerca de 80% dos advogados brasileiros recém-formados são reprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e 60% dos médicos não passaram na prova do Conselho Regional de Medicina de São Paulo em 2013.

“Uns fingem que ensinam, outros fingem que aprendem, e a mão de obra brasileira vai ficando com um número cada vez maior de diplomas, mas cada vez menos qualificada”, afirma o filósofo e economista Eduardo Giannetti da Fonseca.

E mesmo nossos profissionais mais preparados esbarram em dificuldades adicionais. A legislação trabalhista brasileira restringe práticas bem estabelecidas no mundo desenvolvido, como trabalhar em casa ou ter uma jornada flexível.

Nos mercados mais dinâmicos, os trabalhadores tendem a ser protegidos mais com o reforço do seguro-desemprego do que com leis que engessam a criação de vagas. “Essas limitações diminuem consideravelmente a produtividade de nossa força de trabalho”, afirma o economista André Portela, da Fundação Getulio Vargas.

O Reino Unido, um dos destaques na pesquisa, não por coincidência é o terceiro numa lista de 43 países que avalia as legislações trabalhistas mais flexíveis. O Brasil é o penúltimo colocado.

Para Andreas Schleicher, diretor da área de educação da OCDE, o mais determinante no desenvolvimento de novas habilidades é quanto as empresas investem no aprendizado de seus profissionais, outra área em que o Brasil poderia fazer mais, principalmente entre as médias e pequenas empresas.

“Na hora de cortar gastos, o primeiro item da lista é o treinamento”, diz Betania Tanure, consultora de recursos humanos e professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da PUC-MG. Grandes companhias, como Unilever e IBM, conseguem driblar essas dificuldades impostas pela realidade brasileira.

Contratam e retêm os profissionais com o perfil adequado a esse novo momento da economia. Um dos grandes desafios do país para as próximas décadas é exatamente este: aumentar o número de Marílias, Eduardos e Ulisses, os profissionais da foto que abre esta reportagem.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1063/noticias/a-cara-do-novo-emprego?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 17 abr 2014.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

19% dos jovens brasileiros são “nem-nems”, segundo OIT

Ana Cristina Campos
13/02/2014
O relatório Trabalho Decente e Juventude na América Latina: Políticas para Ação, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que 21,8 milhões dos latino-americanos entre 15 e 24 anos não estudam, nem trabalham, o que representa 20,3% dos jovens.

Destes 21,8 milhões denominados nem-nem, 30% são homens e 70%, mulheres, diz o relatório, divulgado nesta quinta-feira (13) pela OIT.

Aproximadamente 25% desses jovens (5,25 milhões) buscam trabalho; mas não conseguem, 16,5 milhões não trabalham, nem buscam emprego e cerca de 12 milhões dedicam-se a afazeres domésticos. Mulheres jovens constituem 92% desse grupo.

Cerca de 4,6 milhões de jovens são considerados pela OIT o “núcleo duro” dos excluídos, pois representam o maior desafio e estão sob risco de exclusão social, já que não estudam, não trabalham, não procuram emprego e tampouco se dedicam aos afazeres domésticos.

Os países com maior percentual de jovens nem-nem são Honduras, com 27,5%, Guatemala, com 25,1%, e El Salvador, com 24,2%.

Os países com menor percentual são Paraguai, com 16,9%, e Bolívia, com 12,7%. No Brasil, 19% de jovens não trabalham, nem estudam.

O relatório da OIT destaca positivamente o fato de que, apesar de as estatísticas laborais não serem alentadoras, a porcentagem de jovens que somente estudam aumentou de 32,9%, em 2005, para 34,5%, em 2011.

“Não há dúvida de que temos a geração mais educada da história e, por isso mesmo, é necessário tomar as medidas apropriadas para aproveitar melhor seu potencial e dar-lhe a oportunidade de iniciar com o pé direito sua vida laboral”, disse a diretora regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco.


Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/noticias/19-dos-jovens-brasileiros-sao-nem-nems-segundo-oit. Acesso em 20 fev 2014.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Emprego: como se relacionar com recrutadores

New Trade
23-01-2014
Em um mundo perfeito, os recrutadores responderiam a todos os requerimentos que recebessem e forneceriam respostas sobre o progresso de cada candidato a emprego. Infelizmente, esse comportamento raramente acontece. Embora eu não possa eliminar todas as frustrações do sistema de recrutamento neste texto, posso armá-lo com informações para você aproveitar ao máximo a situação. Aqui estão cinco dicas para ajudar você a trabalhar efetivamente com os recrutadores.

Torne isso pessoal - Identifique recrutadores específicos para chegar diretamente a eles, em vez de publicar o seu currículo no site da agência. Há mais incentivo para um recrutador falar com você quando você não está no banco de dados da agência. Sempre que possível, localize o endereço de e-mail do recrutador no site da empresa ou por seu perfil profissional on-line para que você possa enviar sua mensagem e anexar seu currículo. Sua mensagem deve indicar claramente qual  tipo de posição você está almejando e como você pode agregar valor a uma organização.

Arrisque-se, mas permaneça focado no alvo - Tenha em mente que alcançar o recrutador certo é um jogo de números. Chegue pelo menos a cinco novos recrutadores a cada semana, e acompanhe uma semana depois. Faça uma pesquisa online por listas de recrutadores. Além disso, procure por recrutadores ou agências que rotineiramente aparecem em resultados da sua pesquisa quando você está procurando por vagas de emprego on-line. Se você já trabalhou com um recrutador no passado ou tem um colega de confiança que já trabalhou, não tenha medo de se reconectar ou pedir uma introdução.

Ajude os recrutadores a encontrarem você - Construa uma forte presença on-line para que os recrutadores o encontrem. Isto inclui carregar a versão mais atual de seu currículo para todos os quadros de empregos segmentados que você usa e manter um perfil profissional on-line que esteja alinhado com o seu currículo. Participe ativamente de grupos-alvo no LinkedIn e associações de membros específicos do setor. Poste comentários, participe de reuniões e eventos, e compartilhe artigos relevantes – recrutadores são notórios por vasculharem esses grupos para procurarem os potenciais candidatos .

Explicite suas qualificações - Só se candidate a cargos para os quais você atenda muito bem às exigências necessárias. Candidatar-se a um papel para o qual você está desqualificado não é apenas um desperdício de seu tempo e do recrutador, mas também mostra ao recrutador que você não leu a descrição do trabalho com cuidado. Os recrutadores são extremamente ocupados – gastam uma média de 6 segundos olhando o seu currículo antes de decidir se ele se encaixa. Faça isso ser o mais fácil possível para eles, explicitando as suas qualificações em seu currículo e incorporando palavras-chave da descrição do trabalho em seu currículo.

Torne-se um recurso - Se um recrutador te enviar um trabalho que não é adequado, faça referência a amigos e colegas talentosos que podem se encaixar melhor na posição. Isso dá a você a chance de ajudar outra pessoa e manter o seu nome na mente do recrutador. Você também estará ajudando a esclarecer seu perfil e metas de trabalho para o recrutador, para que quando a oportunidade certa aparecer, você seja chamado.


Disponível em http://www.newtrade.com.br/noticia/emprego-como-se-relacionar-com-recrutadores. Acesso em 23 jan 2014.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Como impressionar de cara em networking

Lucas Rossi
31/10/2013
Há dois anos e meio, a paulistana Marina Ramiro, de 32 anos, analista de comunicação da Ericsson, fabricante de equipamentos de telecomunicações, queria mudar de emprego.

Após dois anos e sete meses na chinesa Huawei, do mesmo ramo, Marina almejava novos desafios. resolveu, então, planejar uma mudança de emprego e mapeou quais seriam as alternativas. A primeira da lista era a Ericsson.

Como não conseguiu o e-mail do principal executivo de sua área, resolveu arriscar. Marina sabia que endereços de e-mail corporativos costumam conter o nome e o sobrenome da pessoa separados por um ponto ou a inicial do nome junto do sobrenome.

Numa mensagem, digitou o nome do possível chefe das duas maneiras, convidou-o para tomar um café e enviou. "Arrisquei", diz Marina. A tática funcionou. Depois de 2 horas, Marina recebeu uma resposta dizendo que a área de recursos humanos da Ericsson entraria em contato.

Quando enviou o e-mail, ela não sabia, mas naquele momento um processo seletivo estava em andamento e eles precisavam justamente do perfl e da experiência que ela tinha. A estratégia de Marina contou com uma pitada de sorte, afinal nem sempre existe uma vaga aberta, mas deu certo principalmente porque ela atendeu a uma regra básica do networking: tinha algo a oferecer em troca.

"No primeiro contato, você tem de fazer com que a outra pessoa perceba que você é ou tem a solução que ela precisa", afirma Gilberto Guimarães, professor da HSM Educação, de São Paulo.

Uma rede de contatos, de fato, demora a ser construída. Só o tempo consegue criar laços eficazes. No entanto, o primeiro contato é essencial para o sucesso dessa tarefa. "É a partir dele que você conseguirá um segundo encontro, e então poderá construir uma história", diz Paulo Campos, consultor e professor em instituições como Insper, LabSSJ e Sustentare.

Segundo uma pesquisa feita com 650 executivos e conduzida pelo Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos (IDCE), do Rio de Janeiro, 88% dos profissionais brasileiros, apesar de considerar o networking importante, não o fazem de maneira eficiente.

"O que é um erro, porque a rede de contatos serve para você ser promovido, mudar de emprego, fechar negócios e conseguir favores", diz Fabrício Barbirato, diretor do IDCE e responsável pela pesquisa.

Alguns culpam a falta de tempo e outros simplesmente se esquecem de cultivar a rede. Sem vínculos fortes, o profissional perde chances de crescer mais rapidamente e tem mais dificuldades na carreira.

A consultoria de recursos humanos De Bernt Entschev Human Capital, com sede em Curitiba, acompanhou a carreira de 100 executivos durante um ano. Chegou à conclusão de que 85% deles conseguiram uma recolocação a partir de sua rede de relacionamentos.

Para criar laços é preciso, acima de tudo, saber construir pontes com bases sólidas. Por isso o primeiro contato é essencial. "Não é ir direto ao ponto, mas criar empatia", diz Campos. Ou seja, a missão é estabele cer de cara um ponto em comum que não seja explicitamente o trabalho.

Pode ser um assunto que ambos gostem ou uma referência que o outro também tem, como a faculdade ou o setor em que atuam. Isso cria uma aproximação menos impositiva. Depois, com o tempo, é possível incluir troca de favores na relação. Mas Paulo recomenda que esse objetivo não fque explícito no início.

O risco de já pedir algo no primeiro contato é ser considerado um profissional interesseiro. O primeiro encontro pode acontecer naturalmente, em um evento ou em um convite para um café.

Caso você não conheça a pessoa, pode pedir para que alguém em comum a apresente. Se não houver nenhuma relação entre vocês, o melhor é enviar uma mensagem e pedir um contato pessoal. "O melhor é o olho no olho", diz Gilberto Guimarães. Com o vínculo, você
consegue navegar na relação e ter sucesso na sua estratégia. Com o tempo, a relação se fortalece e sua rede de contatos cresce.

Para não errar no primeiro encontro

Saiba o que fazer para acertar na primeira vez que encontrar um contato

Pesquise antes

Saber sobre a história da pessoa, suas referências e quais assuntos pode abordar em uma conversa é a base. Vale usar as redes sociais, amigos em comum e pesquisar na rede sobre quem é a pessoa. Com essas informações, você saberá qual é a melhor forma de entrar em contato.

Tiro ao alvo

Ao enviar uma mensagem, use o método da IMD, escola de MBA Suíça. Faça uma introdução sobre quem você é. Se tiver algum ponto em comum, deixe isso explícito. Essas coincidências ajudam a criar empatia. Depois, fale sobre a empresa da pessoa e o mercado. 

Ao fazer isso, você mostra conhecimento e convence o destinatário de que há uma boa razão para a mensagem. Por fim, peça um encontro e mostre como pode ser útil.

Escute e tenha o que dizer

Em um encontro pessoal, crie um clima de descontração. Fale sobre você, mas, principalmente, demonstre interesse. A regra é: ser interessado vale mais do que ser interessante. "A maioria dos executivos é tão egoísta que não ouve o que o outro fala", diz Gilberto Guimarães. Sem entender o problema do outro, você não consegue trazer soluções, não cria laços e sua rede não tem funções.

Não pare por aí

Depois do primeiro contato, cultive a rede. E isso exige tempo. Responda às mensagens, conte suas novidades à pessoa e pergunte o que está acontecendo com ela.

"Mantenha contato com as pessoas de sua rede regularmente", diz Osvaldo Barbosa, diretor-geral do LinkedIn Brasil. Com as redes sociais, fica mais fácil gerir os contatos. Mas nada substitui a conversa pessoal. Sempre que puder, marque um almoço ou um café.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/185/noticias/contatos-de-primeiro-grau?page=1. Acesso em 19 dez 2013.

sábado, 5 de outubro de 2013

Jovem pede emprego em outdoor e consegue vaga no marketing

Correio do Estado
13/05/2012
Como você faria para conseguir trabalho se estivesse desempregado? Pois o americano Bennett Olson, de 23 anos, resolveu colocar o pedido de emprego em um outdoor. A estratégia funcionou. Olson chamou a atenção e foi contratado para trabalhar no departamento de marketing de uma empresa.

No imenso cartaz colocado na cidade de Rosemount, no estado de Minnesota, via-se sua foto, o endereço de seu site e letras imensas com a frase “Contrate-me”. Para expor sua mensagem lá no alto por 24 horas, Olson teve que pagar US$ 300. Talvez tenham sido os US$ 300 mais bem gastos pelo americano.

A atitude um tanto desesperada veio depois de Olson perder seu emprego em um cassino e encontrar dificuldades para conseguir uma outra colocação. Tudo mudou quando o americano teve a ideia de ser mais ousado e chamar atenção para si. Uma empresa da área de marketing gostou da criatividade e do espírito empreendedor e convidou Olson para conversar.

Depois de passar por algumas entrevistas, o americano foi finalmente contratado pela companhia Laser Design & GKS Services, uma empresa de scanners.

Com sua estratégia, Olson chegou até aos canais de notícia. Tanta atenção acabou rendendo diversas ofertas de emprego, muitas falsas, é verdade, contou o americano a CBS. Na GKS, Olson irá trabalhar com marketing e vendas, criando campanhas para rede sociais e vídeos.

Disponível em http://www.correiodoestado.com.br/noticias/jovem-pede-emprego-em-outdoor-e-consegue-vaga-no-marketing_149050/. Acesso em 03 out 2013.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Home office: cinco dicas para manter a produtividade

Computerworld
12 de agosto de 2013
 
Com o avanço da internet e surgimento de tantas ferramentas de comunicação, muitos profissionais de TI já estão exercendo atividades remotamente, pelo menos um ou dois dias por semana. O Brasil regulamentou esse modelo de trabalho, considerado uma tendência no mundo para redução de custos e melhora da qualidade de vida de seus colaboradores.

Assim o home office tem se tornado uma alternativa cada vez mais frequente e viável no mercado de trabalho atual, principalmente com a dificuldade de locomoção nas grandes cidades. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Robert Half com 1.876 diretores de recursos humanos em 16 países.

De acordo com 47% dos entrevistados brasileiros, aumentou o número de pessoas que adotaram o home office, enquanto apenas 8% observaram a diminuição e outros 37% não perceberam mudança.

Porém, algumas pessoas ainda têm dificuldades em saber como agir nesse tipo de emprego. Para melhorar o rendimento e facilitar a adaptação daqueles que buscam trabalhar do lar, a Universia Brasil, rede ibero-americana de colaboração universitária no mercado de trabalho, dá cinco 5 dicas importantes. Veja a seguir quais são:

1. Tenha disciplina
Ter disciplina é a tarefa mais difícil e mais necessária para quem decide trabalhar em casa. É muito fácil se distrair por não estar em um ambiente de trabalho com outras pessoas. Por isso, concentre-se nas suas atividades e aja como se estivesse em um escritório exatamente com as mesmas obrigações.

2. Programe sua agenda
Não pense que por trabalhar em casa você não precisa ter horários marcados. Programar-se também é essencial. Estipule prazos e tenha uma agenda para anotar todos os seus compromissos.

3. Escolha local adequado para trabalhar
Se possível, encontre um cômodo em sua casa que você possa dedicar exclusivamente ao trabalho. Organize o ambiente de maneira séria, como um escritório, para que você se sinta motivado a realizar seus deveres.

4. Adote postura profissional
Divida suas tarefas. Não misture as atividades de casa com os deveres do trabalho. Fazer diversas coisas ao mesmo tempo impede que você foque completamente em apenas uma tarefa, deixando-a, muitas vezes, incompleta ou mal realizada.

5. Mantenha-se conectado
Sair do escritório para trabalhar em casa não significa que você precisa se afastar do restante do mundo. Manter contato com seus colegas de trabalho é de extrema importância. Seu chefe precisa localizá-lo quando precisar. Procure saber também quais as ferramentas sua companhia adota para acompanhar seu trabalho e medir sua produtividade quando estiver em home office.


Disponível em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2013/08/12/home-office-cinco-dicas-para-manter-a-produtividade/. Acesso em 12  ago 2013.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Geração Y abre mão de valores pessoais para conseguir emprego

Letícia Arcoverde
27/04/2012
A crise econômica e os índices de desemprego mais altos entre jovens nos países mais desenvolvidos estão fazendo com que os profissionais da geração Y, nascidos entre 1980 e 2000, abram mão de certas exigências na hora de escolher os empregadores. Segundo uma pesquisa global da PwC com mais de 4 mil recém-formados em cursos universitários, alguns dos primeiros princípios a cair são a vontade de trabalhar em empresas comprometidas com responsabilidade social ou que não comprometam valores pessoais.

De acordo com o estudo, 72% dos jovens profissionais fizeram algum tipo de escolha conflitante para garantir um emprego. Enquanto os membros da geração Y continuam atraídos por marcas que eles admiram, as qualidades mais atrativas estão mudando. Em 2008, 88% deles disseram que procuravam empregadores com valores de responsabilidade social que combinassem com seus ideiais e 86% disseram que deixariam um emprego se esses valores parassem de responder às suas expectativas. Na pesquisa atual, pouco mais da metade leva em conta as políticas de responsabilidade social de uma empresa e 56% considerariam deixar o emprego se houvesse conflito com valores pessoais.

Para os jovens hoje, os aspectos mais atraentes em um empregador são a possibilidade de rápida progressão de carreira, escolhido por 52% dos entrevistados, e salários competitivos, em segundo lugar, com 44%. Desenvolvimento profissional e capacidade de equilibrar a vida pessoal e o trabalho são os benefícios mais bem recebidos, seguidos por horários flexíveis de trabalho e bônus em dinheiro.

Mas a dificuldade de conseguir um emprego não mudou uma das principais características da geração Y: a pouca disposição para ficar no mesmo empregador por muito tempo. Pelo contrário, ao longo dos últimos três anos, a lealdade com o chefe diminuiu. Em 2008, 75% dos entrevistados esperavam ter entre dois e cinco empregadores ao longo da vida, proporção que caiu para 54%. Mais de um quarto espera passar por mais de seis empresas, contra 10% em 2008. E 38% dos jovens profissionais admitem que, mesmo empregados, estão procurando ativamente por um novo trabalho e 43% dizem estar abertos a ofertas.


Disponível em http://www.valor.com.br/carreira/2636674/geracao-y-abre-mao-de-valores-pessoais-para-conseguir-emprego?utm_source=newsletter_tarde&utm_medium=30042012&utm_term=geracao+y+abre+mao+de+valores+pessoais+para+conseguir+emprego&utm_campaign=informativo&NewsNid=2635230. Acesso em 06 ago 2013.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Micro e pequenas empresas reúnem mais da metade de empregos formais no Brasil

Gustavo Paul
Mais da metade dos empregos formais no Brasil se encontra nas micro e pequenas empresas. De acordo com o terceiro Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa (MPE), que será lançado nesta terça-feira pelo Sebrae e o Dieese, dos 24,9 milhões de empregados formais, 52,3% (13 milhões de pessoas) trabalhavam nesse tipo de estabelecimento. O número de empregos formais no setor cresceu 36% desde 2002, quando somavam 9,5 milhões, até 2008.

As MPEs responderam por 73,7% dos empregos formais do comércio, 48,7% na construção, 42,9% em serviços e 42,5% das vagas com carteira da indústria. A maior parte das empresas está no interior. Do total de empregos formais gerados por MPEs, 35,1% encontravam-se nas capitais e 64,9%, fora delas.

Empresas de pequeno porte resistiram mais à crise

O Anuário cruza dados sobre emprego e renda no país da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese e do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, utilizando números de 2008 (os últimos disponíveis).

As empresas de pequeno porte resistiram mais à crise do que as grandes. Pelos dados do anuário, em 2008, as micro e pequenas empresas geraram 1.035.297 novos empregos líquidos, ou seja, contabilizando as admissões menos as demissões. Já as médias e grandes geraram somente 219.377 novos empregos líquidos formais em 2008, ano em que a crise financeira internacional atingiu seu ponto máximo.

O anuário mostra que a maior parte das microempresas é tocada pelos proprietários. Das 5,486 milhões de microempresas, 3,703 milhões não têm empregados (67,4%). No Rio, este percentual chega a 60,9%. Das 368 mil microempresas fluminenses, 224 mil não tinham empregados. O levantamento aponta ainda que 61,3% dos empreendedores não têm sócios. O Rio conta com 659 mil pequenas empresas.

Entre as MPEs, os setores que mais geraram postos de trabalhos líquidos foram: comércio (348 mil), serviços (317 mil), construção civil (202 mil) e indústria (169 mil).

Em 2008, as MPEs foram responsáveis por 39,4% da massa de salários paga aos empregados formais na economia. A remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 928. Este valor é 25% menor do que o valor médio pago pelas médias e grandes empresas, que chegava a R$ 1.235.

Remuneração é melhor na região Sudeste

Mas essa remuneração varia de acordo com a região. A renda média mensal dos empregos formais das MPEs no Sudeste foi de R$ 1.022, no Sul chegou a R$ 923, no Centro-Oeste R$ 845, no Norte a R$ 769 e no Nordeste a R$ 682.
Por setores, a remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 1.046 na indústria, R$ 981 na construção, R$ 942 no setor de serviços e R$ 841 no comércio. Por porte, nas microempresas a remuneração média mensal foi de R$ 797 e nas pequenas empresas foi de R$ 1.044.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

Uma em cada cinco empresas rejeita candidato por perfil em redes sociais

Derek du Preez 
 
Uma em cada cinco empresas de tecnologia rejeita candidatos a vaga de emprego por causa do perfil em mídias sociais, de acordo com a pesquisa Eurocom Worldwide.

O estudo anual havia informado anteriormente que 40% das companhias participantes checavam as redes sociais de quem tentava ingressar, mas esta é a primeira vez que foi confirmada a rejeição de candidatos por sua identidade online.

“O homem do século 21 está aprendendo que cada ação deixa um incrível rastro digital. Nos próximos anos, muitos de nós seremos desafiados pelo que tornamos público em vários fóruns sociais hoje”, disse Mads Christensen, diretor de redes na Eurocom Worldwide.“O fato de um em cada cinco candidatos ser desqualificado de uma entrevista de trabalho por conta de seus conteúdos sociais é um aviso às empresas e um verdadeiro indicativo da realidade digital em que vivemos agora”.

A Computerworld do Reino Unido participou do evento e-Skills na semana passada em que estudantes de graduados da universidade ITMB (Information Technology Management for Business) se reuniram para discutir habilidades e buscar empregos. A gerente de desenvolvimento profissional Kate Ross fez uma palestra no encontro e destacou alguns pontos importantes no gerenciamento do seu perfil na internet.

“É importante gerenciar a sua presença digital e se atentar a coisas como sua página no Facebook, porque vamos acessá-la quando você estiver buscando um emprego conosco”, disse Kate. “Valorizamos candidatos com forte presença no mundo digital e temos muitos recém-formados chegando às empresas com sites próprios e incríveis conteúdos compartilhados em seus perfis no Twitter. Somos encorajados internamente pela IBM a construir nossa própria eminência digital”.

Kate entregou aos participantes um manual de como lidar com a vida digital, intitulado “Managing Reputation in the Digital World: IBM Recommendations for Applicants and Prospective Employees”. 

Um trecho do livro diz: “Cada indivíduo é responsável por sua reputação online, e deve cuidadosa e ativamente gerenciar sua reputação no mundo digital, um lugar em que informações e imagens que você publica podem se tornar públicas e possivelmente irão se espalhar rapidamente, e que podem ser consideradas por potenciais empregadores”.

O manual adverte aos estudantes que pensem antes de publicar algo em uma rede social, que sempre sejam positivos e construtivos, para considerar uma luta de longo-prazo pelo profissionalismo.

Uma dica para usar o Facebook com mais liberdade é restringir as suas publicações de acordo com as suas listas de amigos.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A entrevista de emprego começa nas mídias sociais

Martha Gabriel
Com a disseminação das redes sociais, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações em ambientes online. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais frequente a consulta aos perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação; e a entrevista de emprego começa nas mídias sociais.


Portanto, os profissionais devem cada vez mais prestar atenção às informações que postam online, fazendo com que a sua atuação não seja um obstáculo profissional, mas sim um recurso estratégico para suas carreiras.


Os principais problemas do uso de redes sociais estão associados à divulgação de informações ou manifestação de opiniões: exposição da privacidade, comprometimento da imagem profissional e declarações sujeitas a processos legais. Assim, deve-se ter no comportamento online os mesmos cuidados e ética que se tem no comportamento offline, adotando a premissa: não faça ou fale nas mídias sociais o que não faria ou falaria na rua.


As principais plataformas sociais monitoradas pelas empresas em busca de candidatos são o LinkedIn e o Facebook. No entanto, as empresas estendem a sua pesquisa para o ambiente digital como um todo. 


Faça um teste: digite seu nome no Google ou seu e-mail no spokeo.com e veja o resultado; os seus rastros digitais são transformados em um dossiê que revela muito sobre você. 


Da mesma forma que existem riscos, existe também inúmeras oportunidades na divulgação de informações nas mídias sociais. Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, poderá usar os seus perfis em mídias sociais para se tornar referência nessa área por meio da divulgação de informações e dicas. As possibilidades de alcançar um número grande de pessoas interessadas no assunto são muito maiores do que offline. 


Manter um perfil atualizado e bem construído no LinkedIn, publicar vídeos e apresentações no Youtube e Slideshare também pode ser bastante útil.  Empresas procuram colaboradores e parceiros no LinkedIn e o seu conteúdo online nas demais redes pode reforçar a sua expertise.


Portanto, as mídias sociais podem se tornar aliadas ou inimigas da sua carreira profissional. O modo como você lida com elas é que fará toda a diferença.

sábado, 26 de junho de 2010

Na espera da recuperação do mercado, foco deve ser na educação profissional

Flavia Furlan Nunes

Com a crise, o emprego no Brasil registrou quedas nunca antes imaginadas para o ano de 2009. Para se ter uma ideia, no caso da indústria, houve recuo de 5,6% em abril, frente ao mesmo período do ano anterior, a maior retração deste 2001, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) começou a medir o emprego na indústria.

Os dados não são nada animadores. Mesmo assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na segunda-feira (6) que o Brasil deverá gerar entre 500 mil e 700 mil empregos formais até o final do ano. Em resumo: a retração econômica realmente gerou desemprego, mas a promessa é de que novos postos serão abertos ainda neste ano. Enquanto isso, qual deve ser a atitude do profissional que perdeu o emprego?

Foco na educação

De acordo com o gerente de Marketing da S.O.S Educação Profissional, Sérgio Souza Carvalho Jr., com o colapso econômico, as duas frentes mais afetadas da estrutura organizacional foram o "alto escalão" e o pessoal do "chão da fábrica". "O funcionário sem qualificação foi demitido, assim como muitos diretores e gerentes".

Como cada vez mais as empresas exigem colaboradores capacitados, a realização de cursos num momento de desemprego pode significar uma melhor posição na retomada das contratações no mercado de trabalho. Em qualquer situação, a qualificação profissional será bem-vista pelos departamentos de Recursos Humanos. "Quem realmente quer fazer um curso de peso tem todas as condições de alçar voo na carreira e na vida pessoal", disse.

Mas, para isso, é preciso ter as finanças em equilíbrio. Afinal, o aprimoramento profissional pode custar caro. De acordo com o consultor de carreiras da DBM, Alexandre Nabil, o ideal é que o profissional tenha uma reserva referente a nove meses de trabalho, para pagamento de suas despesas, caso esteja sem emprego.

Para quem quer dar um novo rumo na carreira, essa pode ser a oportunidade para começar um mestrado ou partir para o doutorado, já que se terá mais tempo para estudar. No momento de retomada do mercado, você poderá contar com duas formas de atuação: tanto na área acadêmica quanto no mercado de trabalho.

Universitários

E para quem ainda está na faculdade, a alternativa pode ser o aprofundamento em uma nova língua, enquanto as vagas de estágio permanecerem escassas por conta da crise. Em julho, por exemplo, existem empresas internacionais que procuram estudantes para fazer um estágio de um mês remunerado.

Nos Estados Unidos, resorts, restaurantes e outros estabelecimentos em que a demanda aumenta nas férias de julho, quando é verão no hemisfério norte, procuram por estudantes brasileiros. Segundo o gerente da área de Experiência de Trabalho da STB, Samuel Lloyd, os empregadores norte-americanos identificam nos brasileiros características como empatia, facilidade de entrosamento e adaptação a novas culturas.

E essa é uma oportunidade de se aprimorar, já que, de acordo com Lloyd, programas como este proporcionam uma chance única para jovens dispostos a desenvolver competências por meio da experiência de trabalho remunerado durante as férias nos Estados Unidos.

"Além de administrarem o próprio orçamento e a moradia, enfrentarem desafios e cumprirem sua missão profissional, os estudantes voltam com uma bagagem cultural, histórias para contar, fotos e lembranças", afirmou.