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quarta-feira, 28 de março de 2012

Jovens brasileiros têm responsabilidades de adulto e gosto próprio

Supermercado Moderno
 
As informações são da nova pesquisa da Kantar Worldpanel. Ela indica que a maioria dos jovens latinos trabalha e tem responsabilidades similares a de um adulto. Na faixa etária entre 13 e 14 anos, 13% possuem um trabalho, sendo que no Brasil o índice é de 9%. Já na faixa entre 15 e 18 anos, 22% trabalham (no Brasil são 17%). Um dos pontos mais interessantes é que 33% dos brasileiros entre 19 e 24 anos têm filhos, taxa maior que a média de 31% da América Latina.

Ao lado dos peruanos, os brasileiros são os que mais dizem ter um trabalho em tempo integral (41%). Por outro lado, 75% afirmaram prestar algum tipo de serviço voluntário. Ao mesmo tempo em que recebem salário, os jovens ainda pedem ajuda aos pais. O levantamento mostrou que 61% deles pedem dinheiro aos pais e 41% têm salário.

“Boa parte dos jovens brasileiros entra cedo no mercado de trabalho para contribuir com o orçamento familiar e conseguir comprar produtos do seu gosto. São consumidores que já possuem suas preferências e que, ao mesmo tempo, assumem responsabilidades antes da hora”, declarou Fátima Merlin, diretora de varejo da Kantar Worldpanel.

Os jovens brasileiros são os mais vaidosos da América Latina. De acordo com o estudo, para eles o mais importante é: dinheiro, família e cuidados pessoais. Nesse último quesito, a principal preocupação dos jovens é com os dentes, algo citado por 43%. Em seguida aparecem os cuidados com os cabelos, com 36% das menções. Apenas 10% dos entrevistados não levam em conta os cuidados pessoais.

Um em cada dois jovens latinos faz suas próprias compras de cuidado pessoal. A pesquisa constatou ainda que faz parte do "DNA" das mulheres da região  ir às compras. No Brasil, 49% dos jovens compram os produtos de que gostam; 24% usam o que encontram disponível em casa; 19% pedem que os pais comprem o que gostam para higiene pessoal e apenas 8% pedem aos pais que comprem o que acharem melhor.

Ainda na categoria de cuidados pessoas, um dado que chama a atenção é que 81% das jovens latinas usam maquiagem e 61% dos rapazes aplicam creme de barbear. No Rio de Janeiro, por exemplo, o índice é ainda mais alto – 96% das jovens cariocas se maquiam.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Crianças maduras e adultos infantis

Época Negócios

O mundo está ficando complicado demais para os profissionais de marketing. Com acesso fácil às informações do mundo adulto, as crianças amadurecem cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, os adultos buscam recuperar a juventude perdida e se infantilizam - voltam a praticar esportes de sua adolescência, a jogar games e, em alguns casos, retomam os estudos. "A idade deixará de ser um indicador confiável do comportamento e dos interesses das pessoas", diz Andy Hines, integrante da Social Technologies, associação de futurólogos que presta serviços para companhias como a BP, a Nokia e a Procter & Gamble.

Em um artigo publicado na revista The Futurist, Hines traça as principais tendências do mercado consumidor nos próximos anos. As empresas deixarão de manter o foco apenas na família tradicional, que tende a desaparecer - entre as mulheres adultas americanas, por exemplo, 51% não têm marido. A tendência que mais cresce atualmente no mundo desenvolvido é de adultos morando sozinhos, só superada pelo aumento das residências que reúnem avós, pais e filhos - gerações unidas no esforço para reduzir seus gastos. São fenômenos dos países ricos que tendem a se espalhar para o mundo em desenvolvimento.

O envelhecimento da população global não significará o aumento generalizado de idosos desocupados. A geração de baby boomers - pessoas nascidas entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início dos anos 60 - manifesta em pesquisas o desejo de continuar a trabalhar depois de atingida a idade da aposentadoria, apesar da redução natural de sua capacidade física. 

"Essa geração viverá mais, com mais saúde e com uma formação melhor do que as gerações que a precederam", afirma Hines. "As empresas certamente vão querer contar com suas habilidades e sua experiência", afirma. O futurólogo acredita que, assediados, esses profissionais jogarão duro. Tentarão impor suas condições de trabalho ou buscarão prestar serviços em casa como freelancers.

O encolhimento da população nos países desenvolvidos, fenômeno que já se manifesta em alguns países europeus e no Japão, fará com que as companhias globais apostem cada vez mais nas classes médias dos países em desenvolvimento para manter o aumento de suas vendas. São mercados povoados por consumidores de "primeira viagem", ávidos por produtos que reflitam a sua nova condição social. Hines identifica outro comportamento cada vez mais comum.

O consumidor tende a gastar um bom dinheiro em produtos que reafirmem sua identidade, ao mesmo tempo que procura economizar nas compras menos importantes. Ou seja, desembolsa uma fábula para comprar uma bolsa na Gucci e vai ao Wal-Mart quando precisa de bens rotineiros, como detergente ou pasta de dente.