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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Consumidores brasileiros querem mais das marcas

Adnews 
25/10/2013 17:40
Com o avanço da internet, as novas mídias digitais, os dispositivos móveis, além de outras tecnologias e formatos de mídia, o consumidor está cada vez mais exigente. Além disso, ele ganhou voz ativa e muito mais poder no diálogo com as marcas. Todo esse cenário aumentou significativamente o desafio das empresas.

Estudos ajudam a iluminar os difíceis caminhos que precisam ser trilhados para manter um trabalho de marketing de qualidade. A Edelman Significa apresentou o seu estudo Brandshare, em sua primeira edição, que foi conduzido junto a 11 mil pessoas em oito países.

Foram avaliadas globalmente 212 marcas - 68 no Brasil -, o que permitiu traçar um mapa dos comportamentos que influenciam na propensão ao uso, recomendação e compra.

Confira os principais insights da pesquisa:

Compartilhar entra definitivamente na agenda estratégica das marcas no Brasil. A esmagadora maioria dos brasileiros (87%) deseja que as empresas, por meio dos seus produtos e serviços, realizem isso de forma mais eficaz. No entanto, apenas 16% consideram que as marcas efetivamente o façam.

No Brasil, em geral, o nível de expectativa em relação ao compartilhamento das marcas é muito superior às médias globais.

“Conseguimos definir um novo princípio para estratégias de marca. A partir da premissa de que o consumidor deve ser o elemento central, os maiores retornos são alcançados quando são priorizados conteúdos e atividades planejadas a partir de suas necessidades e interesses", constata Jennifer Cohan, presidente global da prática de Consumo da Edelman.

Marcas que compartilham suas trajetórias, tanto no Brasil quanto no mundo, têm um ganho proporcional na propensão ao consumo, ainda que este não seja particularmente o comportamento mais desejado.

Neste sentido, as formas de compartilhamento mais relevantes no Brasil, ou seja, desejadas porém ainda não atendidas, são aquelas relacionadas a objetivos comuns e produtos, o que sinaliza, por exemplo, um grande potencial para envolvimento de consumidores em programas de cocriação. Quanto mais abertas e transparentes, maior será o potencial de engajamento das marcas.

"A abordagem do marketing agora deve ser multidisciplinar", diz Alan Vandermolen, presidente de práticas globais na Edelman.

"Os profissionais da área devem evoluir, passar de um modelo linear e tradicional de grupos focais, no qual o consumidor é envolvido apenas nas etapas finais, para um modelo que envolva os consumidores em absolutamente todas as fases do desenvolvimento de produtos. Marcas também devem integrar o marketing com as narrativas da comunicação corporativa e emitir uma mensagem única e forte. Neste cenário, os canais de engajamento devem ser adaptados para permitir cada vez mais o compartilhamento eficaz".

Diálogo: uma via de mão dupla

Haver canais que permitam fazer perguntas e expressar opiniões é o comportamento mais importante nesta dimensão (74%) para os brasileiros. Entretanto, a performance percebida das marcas fica muito aquém (15%). Outra importante diferença é identificada na forma como as marcas escutam e respondem às demandas. O nível de importância é de 72% e a entrega, de 12% apenas.

Em geral, as pessoas desejam que marcas as escutem, mostrem interesse genuíno naquilo que têm a dizer e, acima de tudo, tomem atitudes a partir do que escutam. Essa expectativa é válida para todas faixas etárias, em especial para aqueles acima de 45 anos. No Brasil, 53% deste grupo afirmam querer se engajar em conversas mais relevantes com as marcas.

Experiência: todas as ocasiões são especiais

86% dos brasileiros dizem querer se engajar em experiências promovidas por marcas e 64% consideram esta atitude importante.

Sobre o dado, Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa, comenta: “temos visto uma grande evolução das marcas neste terreno, que aplicam cada vez mais a promoção de experiências como estratégia para reforçar suas mensagens e atributos. O impacto dessas ações, entretanto, será maior quando considerados os interesses e expectativas do público que deseja engajar”.

Objetivos: queremos atingir as mesmas coisas

Equilibrar a vida financeira ou desenvolver a comunidade local podem ser objetivos almejados tanto por consumidores quanto por marcas. Quando esses objetivos se encontram, isso é reconhecido. No Brasil este é o elemento que apresenta a maior correlação entre valor gerado ao negócio e demanda não atendida.

Dentre os entrevistados brasileiros, 87% valorizam marcas que os ajudam a atingir seus objetivos. O número é similar globalmente – 90%. Esta é também a dimensão que apresenta o maior gap entre importância (80%) e percepção de entrega (15%).

Valores: acreditamos nas mesmas coisas

Os valores da marca também são relevantes na propensão ao consumo. 88% dos brasileiros desejam fazer negócios com marcas cujas crenças vão ao encontro das suas. Outro aspecto demandado é o aumento da transparência em relação à cadeia produtiva - 43% no Brasil e 47% globalmente. Ampliar a contribuição para a comunidade onde se opera também é apontado por 43% dos brasileiros como prioridade.

Produto: criamos juntos

Trazer os consumidores para os processos de criação de produtos é a segunda variável em termos de correlação entre expectativa e influência nas decisões de compra no Brasil. Aqui, o interesse em cocriar é citado por 88% dos entrevistas. No mundo, trata-se da principal variável e 91% dos entrevistados desejam ser envolvidos nos processos de design e desenvolvimento de produtos. Nesta dimensão, os brasileiros se destacam em relação à importância atribuída à transparência e honestidade sobre a performance dos produtos, com a média mais elevada dentre todos países pesquisados – 87%.

História: nós crescemos juntos

A demanda às marcas para compartilhar suas histórias é a mais baixa dentre todas dimensões, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Ainda que não desejada, em todos lugares identifica-se que o fato de marcas falarem sobre sua trajetória tem a mais alta influência na propensão ao consumo.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/consumidores-brasileiros-querem-mais-das-marcas?page=1. Acesso em 29 out 2013.

sábado, 6 de julho de 2013

A ética e a compra de seguidores nas redes sociais

Tom Coelho
01 de julho de 2013


“Ética é coisa para filósofos."
(Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama)

Alguns reais investidos e seu perfil no Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais ganha milhares de seguidores. Este instrumento de marketing de guerrilha, profissionalizado há alguns anos, tem ganhado impulso entre artistas, cantores, políticos e todo tipo de gente que busca se mostrar popular. O intuito é apelar ao efeito manada, princípio da psicologia das massas segundo o qual as pessoas agem em bandos, num autêntico fenômeno grupal. Afinal, se determinada pessoa ou empresa tem tantos seguidores, deve ser por merecimento. Aqui mora o equívoco.

Dia destes recebi um post de um professor brasileiro, que eu não conhecia até então, e ao acessar seu perfil no Facebook descobri que tinha cerca de dez mil seguidores. Um rápido clique sobre a opção “curtir” e a revelação: sua cidade mais popular era Carcóvia, na Ucrânia. Além disso, durante vários dias da semana a adesão de novos seguidores era nula, com picos em determinadas datas.

Recentemente o cantor Luan Santana veio a público demonstrar sua indignação diante de acusações de fraude na audiência de seus vídeos no Youtube.

O fato é que comprar seguidores pode ser uma estratégia interessante para empresas que pretendam difundir seus produtos ou serviços, gerando virais para alcançar a maior amplitude possível, aumentando significativamente o número de pessoas atingidas. Porém, para pessoas, é um ledo engano, simplesmente porque é contraproducente e antiético.

De que adianta ostentar uma legião de pessoas que talvez não tenham qualquer sinergia com suas ideias? Ou, pior, pessoas que simplesmente não existam, pois foram artificialmente criadas apenas para fazer volume. E isso é muito fácil de constatar, pois há perfis constituídos apenas pela foto e meia dúzia de informações, sem histórico de postagens e com vínculo apenas a outros perfis similares.

A verdade é que vivemos tempos de valores fluidos, pouco consistentes. Empresas declaram a integridade como um de seus princípios fundamentais, mas não hesitam em oferecer propinas, gorjetas e favorecimentos de toda ordem para angariar um pedido. Profissionais atropelam colegas de trabalho e mudam de opinião a cada minuto para justificar apoio a um superior hierárquico e, assim, garantir sua escalada na pirâmide organizacional. Os fins justificam os meios.

São tempos de faça o que eu digo, mas não o que eu faço. Tempos de incongruência e ausência de retidão. Meses atrás fui surpreendido com uma “adaptação” de meu conceito sobre qualidade de vida intitulado “Sete Vidas”, desenvolvido em 2003, por uma empresa que apenas mudou descaradamente uma palavra e alterou a sequência lógica propagandeando o lançamento de uma “metodologia única”.

Como escrevi há quase dez anos, vivemos sob a égide do marketing de percepção, em um mundo governado pela ditadura da imagem. O triunfo da estética sobre a moral. Você é tão belo quanto seus trajes e seu último corte de cabelo possam sinalizar. Tão bom quanto a procedência dos diplomas e a fluência em idiomas possam indicar. Tão valorizado quanto a competência ratificada e os resultados apresentados possam parecer.

Afinal, quer pagar quanto?

Disponível em http://adnews.com.br/artigos/a-etica-e-a-compra-de-seguidores-nas-redes-sociais. Acesso em 03 jul 2013.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Chegou a hora de reinventar o banner?

Adnews
27 de junho de 2013

Há algum tempo se discute a relevância dos banners na comunicação efetiva com o internauta. Um estudo da Adobe, na Europa, Ásia-Pacífico e Estados Unidos, mostra que 49% dos consumidores e 36% dos profissionais de marketing afirmam que anúncios em banners não funcionam.

A informação é do estudo Click Here: The State of Online Advertising, divulgado pela Adobe Systems. Para David C. Edelman, um dos líderes mundiais de marketing digital e prática de vendas da McKinsey & Company, o formato de banners que ainda se prática em alguns sites é “intrusivo e manipulador, chama a atenção de maneira exagerada e usa informações capturadas clandestinamente”, diz.

Entretanto, o especialista também comentou que existe muito conteúdo de marketing online que fomenta a interação do cliente. Segundo ele, a era da criatividade que explora as ferramentas que realmente funcionam está apenas começando.

Alguns veículos já sacaram a necessidade de incrementar cada vez mais os formatos de banners, principalmente utilizando criatividade e interação para gerar real engajamento e, de fato, produzir resultados eficientes. 

O site do The New York Times é um bom exemplo de como pode ser possível reinventar a ferramenta e fugir do lugar comum. Pensando nisso, o veículo  criou o Ideas Lab. É neste local que criativos que trabalham para o periódico pensam, durante horas, em novas maneiras de entreter o leitor e agradar os anunciantes. É no Ideas Lab que o jornal tem colaborado na criação e desenvolvimento de propagandas para seus anunciantes. É lá que o formato banner renasce.

Recentemente o veículo criou um banner que pode ser um case nesse aspecto.  Tratava-se de um anúncio interativo, onde os leitores eram habilitados a "apagar" uma pintura de Picasso para revelar o que estava por baixo da imagem. O resultado foi excelente, pois aumentou o tempo de permanência do leitor e passou a mensagem do anunciante com entretenimento.

É sinal de que o leitor, e potencial consumidor, quer mais do que mensagens, mas também novas experiências, mesmo em formatos mais complexos como o banner.

Confira outros cinco cases interessantes criados pelo site:

1 - NYT Vira jornal russo
Para lançar a série "The Americans", do canal FX, trama que trata de espiões russos, o site se transformou num periódico russo.

2 - Anúncio mostra a sujeira da roupa limpa
E se o mouse pudesse revelar a sujeira de sua roupa limpa? Foi o que aconteceu nesta ação para o produto de limpeza Wisk.

3 - Anúncio múltiplo contra a Aids
A Chevron queria demonstrar sua luta contra a Aids e o New York Times ajudou criando este anúncio múltipo com diversas opções.

4 - Jamie Foxx invade a notícia
Este anúncio, feito para promover um concurso da Canon, fazia o ator Jamie Foxx sair da propaganda e invadir as notícias.

5 - Fugitivo na Home Page do jornal
O canal A&E queria lançar a série The Fugitive Chronicles e, para isso, desenvolveu este anúncio em que o fugitivo foge por meio das notícias.

Disponível em http://adnews.com.br/publicidade/e-preciso-reinventar-o-banner. Acesso em 30 jun 2013.

domingo, 16 de junho de 2013

Comunicar é deixar marcas

Victor Assis
03 de junho de 2013


Sabemos que um dos objetivos da propaganda é persuadir o consumidor, chamando a atenção para uma determinada mensagem através de imagem e texto. Campanhas mais chocantes são muitas vezes opção para garantir maior impacto. Mas não podemos nos esquecer de que sentimentos como repúdio, medo e indignação podem acompanhar a comunicação dependendo de quem for atingido por ela.

É preciso entender os valores do público alvo, antes de definir a linguagem e a partir daí tentar levar algo novo e, quem sabe, até ampliar a mentalidade da população. No final de 2012 o Ministério de Transporte de Londres veiculou peças sobre atenção na hora de atravessar a rua e evitar acidentes. Um dos anúncios mostrava o rosto de um jovem atropelado, caído no chão com um fone de ouvido e a mensagem “Meu amigo ouviu a música, mas ele não ouviu a van”. Em outro, um jovem aparecia com um celular e o texto: “Ele viu o SMS mas não viu o caminhão”.

O Ministério da Saúde Britânico fez um comercial falando sobre os males que o cigarro causa. As imagens mostravam um rapaz fumando, ao mesmo tempo, em que um tumor ia se desenvolvendo. Outro tipo de publicidade que seria considerada “fora dos padrões brasileiros”.

Estes são exemplos de campanhas que, provavelmente, escandalizariam o público brasileiro, que não tem o costume de receber uma publicidade tão direta. Ao meu ver, falta ousadia por parte das agências e principalmente para os clientes. Uma campanha, se não é bem recebida, é teoricamente “desperdício de verba”, por outro lado, acabamos não produzindo campanhas marcantes como as citadas.

Entendo que a cultura de um país deve ser levada em conta na hora de produzir uma campanha. Mas essa “cultura” também deve ser desafiada, com o bom senso, para que a publicidade tenha formas de surpreender e impactar o público de diferentes formas. Resta-nos convencer nossos clientes a apostar em uma publicidade fora da caixa, aquela mais forte, que realmente marque as pessoas.

Disponível em http://adnews.com.br/artigos/comunicar-e-deixar-marcas. Acesso em 10 jun 2013.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vitrine mistura mundo real e virtual

Renato Rogenski
19 de dezembro de 2012
Não é preciso dizer muito sobre o quanto a tecnologia é capaz de qualificar a comunicação de marcas, produtos e serviços. No ponto de venda, sobretudo em relação ao que já existe em alguns países do mundo, estamos ainda utilizando recursos digitais de uma maneira muito tímida, seja por questões culturais ou em relação ao encarecimento de custos proporcionados pelas ferramentas.

A Droid, empresa nacional focada em soluções de merchandising no ponto de venda, acaba de trazer ao Brasil uma tecnologia inédita no País. São as telas transparentes “Crystal Screen” que permitem a interação entre a exposição real e o conteúdo virtual.  Os produtos reais são iluminados em uma caixa e a luz que retorna para os olhos do consumidor atravessa a tela LCD transparente, criando uma superposição de imagens e um efeito bem chamativo e atraente.

De acordo com o CEO da Droid, Ronald Peach Jr, que conversou com exclusividade com o Adnews, as telas transparentes tem um enorme potencial de gerar não apenas a atratividade visual, como também dar informações interessantes sobre os produtos. “A vitrine deixa de ser uma coisa passiva e estática e passa a ser capaz de gerar conteúdo auxiliar na comunicação do produto”, defende.

Questionado sobre a capacidade deste recurso em se adaptar a produtos e ponto de vendas específicos, Ronald Peach argumentou que a ferramenta é absolutamente versátil, mas sinalizou algumas sugestões. “É uma ferramenta que tem muito potencial para itens premium. Eu a vejo com muito potencial, por exemplo, para roupas, sapatos e acessórios. Mas ela também pode ser utilizada para inúmeros outros produtos, inclusive, com um apelo forte para as lojas de experiência de marca, que estão em alta no momento e precisam enobrecer o produto para gerar um experiência sensorial mais rica para o consumidor”, afirma Peach.

A tecnologia, pelo menos por enquanto, está disponível inicialmente em telas de 22 e 46 polegadas e, segundo Ronald, não é um recurso tão caro quanto pode parecer. “A popularização da ferramenta pode fazer com que ela fique ainda mais barata. O custo médio para a tela de 22 polegadas gira em torno de 7,5 mil reais, já a tela de 46 polegadas, pode ser adquirida por cerca de 16,5 mil reais.”

Disponível em http://www.adnews.com.br/pt//tecnologia/vitrine-mistura-mundo-real-e-virtual.html. Acesso em 19 dez 2012.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Pesquisa revela perfis dos brasileiros nas redes sociais

Adnews
13 de dezembro de 2012
Recentemente foi concluída a maior pesquisa quantitativa já realizada no Brasil para entender quem são os brasileiros nas redes sociais, quais seus temas favoritos, os temas odiados, como os homens e mulheres estão agrupados, como são suas relações com amigos, seguidores e marcas, entre outros pontos. O estudo foi realizado pela Hello Research - agência brasileira de inteligência e pesquisa de mercado especializada na metodologia OnTarget - a partir de 1,3 mil entrevistas pessoais domiciliares feitas em 70 cidades espalhadas por todas as regiões do País. 

Intitulado de “Papo Social”, o estudo revela as opiniões, formas de comportamento e os principais temas procurados em canais como Facebook, Twitter, Linkedin, Twitter, MSN, Google Plus, Tumblr, Myspace e YouTube. A partir daí foram avaliados os principais temas de procura de seus usuários, tais como futebol, religião, política, trabalho, novela, auto-ajuda, humor e sexo.

Assim, concluiu-se que, do total de entrevistados, 1/3 se declarou usuário de, pelo menos, uma rede social, tendo esta sido acessada pelo menos uma vez nos últimos 90 dias. E o Facebook lidera a preferência nacional, sendo a mais usada em todas as regiões e níveis sócio-econômicos, com a adesão de 84% dos usuários, ou em números absolutos, 55 milhões de pessoas. Um detalhe importante: 60% destes usuários ainda usam o MSN e mais da metade utiliza o Orkut, principalmente nas classes DE.

No que se refere às regiões do Brasil, o Sudeste concentra a maior parte dos usuários, com 55% dos representantes, seguido pelo Nordeste (20%), Sul (12%), Norte (7%) e Centro-Oeste (6%). Nesta última localidade também são encontrados os “Heavy Users”, isto é, aqueles que dedicam grande parte de seus dias à navegação pelas redes sociais. Aproximadamente 36% se mantém conectados durante todo o dia, enquanto que 32% dedicam pelo menos um momento de seus dias a entrar no Facebook e demais canais de interação social. Fato curioso ocorre no Norte onde não se conectam o dia todo, mas 35% dos usuários se conectam todos os dias, patamar superior às demais regiões.

Outra particularidade do estudo foi identificar comportamentos de navegação similares entre usuários para poder segmentá-los a partir de características comuns significativas. Com esse exercício a pesquisa apontou os quatro principais grupos de usuários de redes sócias no país. São eles:

EM 1º COM 30% - “OS ARROZ DE FESTA”

Esse grupo é formado por indivíduos que estão presentes em todas as discussões. Aliás, não perdem uma. Para eles não existe um tema favorito. Comentam a rodada do futebol com a mesma habilidade que discutem o final da novela. E não param por aí. Falam de trabalho, publicam posts de humor e se metem até no tema mais odiado das redes sociais, política. Formam o grupo que tem mais acesso as redes, normalmente chamados de heavy users. Até por isso é um grupo bem distribuído, formado por homens e mulheres de todas as idades, classes sociais e regiões do país.

Características comuns do grupo:

▪ Quem faz parte: Homens e Mulheres
▪ Perfil demográfico: Todas as classes e idades
▪ Frequência de acesso: ALTA
▪ O que mais publica: De tudo um pouco
▪ Assunto preferido: TODOS
▪ Assunto odiado: NENHUM
▪ O que faz quando gosta de um conteúdo: compartilha
▪ O que faz quando não gosta de um conteúdo: ignora

EM 2º COM 27% - “OS DO CONTRA”

Basicamente não gostam de nada. Ou melhor, só gostam do que publicam e não perdem a oportunidade de falar mal sobre os posts alheios. Ainda assim são politizados é não odeiam tanto o tema política como outros grupos. Em sua composição possui gente de todas as classes sociais, mas é o grupo que conta com maior participação de indivíduos de classe A. Eles usam as redes mais para ver do que para serem vistos. É o grupo que menos posta e tem frequência de acesso esporádica. Conta com a participação de homens, mas apresenta uma proporção maior entre mulheres. A idade varia, mas tem sua maioria entre pessoas de 31 a 50 anos e se destaca pela maior presença de pessoas da região Nordeste. “Pense duas vezes antes de enviar um post polêmico para esse tipo de amigo virtual. Um post indesejado e tchau. Eles deletam seus amigos virtuais com a mesma facilidade com que postam uma foto”, acrescenta Davi.

Características comuns do grupo:

▪ Quem faz parte: Homens e Mulheres 
▪ Perfil demográfico: Classe A/B - 31 - 50 anos
▪ Frequência de acesso:  BAIXA
▪ O que mais publica: Não publicam
▪ Assunto preferido: TRABALHO
▪ Assunto odiado: SEXO
▪ O que faz quando gosta de um conteúdo: apenas vê
▪ O que faz quando não gosta de um conteúdo: deleta o amigo que enviou

EM 3º COM 22% - OS HOOLIGANS

Como o nome sugere, esse grupo é formado majoritariamente por homens que adoram discutir sobre esportes, em especial sobre futebol. Tem uma frequência de acesso moderada ainda assim são o grupo que mais postam quando acessam. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, é raro um integrante deste grupo deletar um amigo de sua rede. “Para eles, as redes sociais são como mesa de bar ou papo de banheiro masculino. Falam de bola, humor e claro, sexo.” – acrescenta Davi Bertoncello. 

Características comuns do grupo:

▪ Quem faz parte: Homens
▪ Perfil demográfico: Classe B/C - 16 - 30 anos
▪ Frequência de acesso:  MODERADO
▪ O que mais publica: Coisas pessoais e posts de humor
▪ Assunto preferido: ESPORTES / FUTEBOL
▪ Assunto odiado: POLÍTICA
▪ O que faz quando gosta de um conteúdo: DA LIKE
▪ O que faz quando não gosta de um conteúdo: IGNORA

4º COM 21% AS MARICOTAS

Formado basicamente por mulheres, seus temas favoritos são humor, autoajuda e novela. “Um verdadeiro clube da Luluzinha digital. Não perdem a oportunidade de comentar sobre aquele capítulo mais quente até porque conta com a presença de muitas donas de casa”, acrescenta Stella Mattos, diretora de contas da Hello Research. É o grupo com menos escolaridade formado em sua maioria por mulheres da classe C com idade entre 25 e 35 anos.

Características comuns do grupo:

▪ Quem faz parte: Mulheres
▪ Perfil demográfico: Classe C
▪ Frequência de acesso:  MODERADA
▪ O que mais publica: Correntes e fotos
▪ Assunto preferido: AUTO-AJUDA
▪ Assunto odiado: POLÍTICA
▪ O que faz quando gosta de um conteúdo: COMENTA
▪ O que faz quando não gosta de um conteúdo: comenta com Indignação

“O estudo “Papo Social” ainda conta com muitas outras informações essenciais para um maior entendimento do uso das redes sociais no Brasil, e foi interessante concluir que o agrupamento de pessoas se dá muito mais por afinidade de assuntos discutidos do que necessariamente por questões demográficas, não sendo segredo pra ninguém que um sujeito com mil amigos virtuais não tem nem perto deste montante formado por amizades que se estendam ao mundo real. E, esses amigos a mais, inegavelmente, são compostos por pessoas que tem alguma afinidade com o conteúdo postado pelo outro”, destaca Davi Bertoncello, CEO da Hello Research, idealizadora do estudo.

Disponível em http://www.adnews.com.br/pt//midia/pesquisa-revela-perfis-dos-brasileiros-nas-redes-sociais.html. Acesso em 14 dez 2012.

domingo, 28 de novembro de 2010

Internet bate revistas e vira 3ª maior mídia do mundo


Adnews
A mídia online ultrapassou as revistas em faturamento publicitário mundo afora e e se torna a terceira maior mídia em escala global. Os dados são resultado de um estudo realizado pela Zenith Optimedia, que mostra também uma aproximação da web com os jornais. A internet atraiu US$ 55 bilhões de investimentos em todo o mundo, com isso, já é dona de 12,6% do bolo publicitário no planeta, ficando atrás apenas dos jornais, com 23,1% e da televisão, com 39,4%. As revistas estão agora em quarto lugar, com 10,3%.
A projeção é de que em 2012, ano no qual deverá atingir o share de 17,1% do bolo, a internet se aproxime dos jornais, que deverão contar com 19,4%dos investimentos. Naquele ano, a internet deverá atrair investimentos de US$ 83,9 bilhões, contra US$ 95,4 bilhões dos jornais e US$ 199,7 bi da televisão – que deverá ter participação de 40,6%, um pouco superior à atual.
A Zenith também prevê um crescimento do mercado publicitário de 2,2% em 2010 na comparação com 2009, ano que teve uma queda próxima a 10%. A expectativa é que os investimentos cheguem à casa de US$ 456 bilhões em todo o mundo neste ano e que, para os anos seguintes, o mercado cresça mais 4,1% em 2011 e outros 5,3% em 2012.
Em um estudo anterior, a Zenith apontou a possibilidade de crescimento mundial de apenas 0,9%, portanto esse é o segundo relatório consecutivo com revisão para cima, após 18 meses revisando para baixo as expectativas.
Dividindo o estudo por regiões, a América Latina figura como destaque, que após um ano registrando o crescimento irrisório de 0,4%, 2010 promete uma alta de 9,3%, o que representa a movimentação de  cerca de US$ 33 bilhões, com possibilidade de chegar a US$ 38 bi em 2012.
A América do Norte é a região que passa por mais dificuldades, e a publicidade dos Estados Unidos deverá fechar com receitas abaixo de 2009, cerca de 2% menos. O mercado europeu deverá crescer 0,4%, enquanto a Ásia subirá na casa de 5,9%. Se  o Japão for retirado da lista asiática, o índice salta para 10%, o que colocaria a região como a melhor de 2010.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Patrocínio é eficiente no fortalecimento da marca

Adnews

Neste momento, com a recente aprovação, em Brasília, da nova Lei de Incentivos Fiscais ao esporte, vale a reflexão: será que a atual política nacional de Leis de Incentivos Fiscais vai realmente contribuir para o desenvolvimento do marketing de patrocínio no Brasil?

Segundo informações publicadas na imprensa brasileira, o plano inicial do governo é tornar disponível cerca de R$ 300 milhões para projetos esportivos - que seriam beneficiados com a isenção -, um valor alto, que corresponde à cerca de 17% do mercado brasileiro de patrocínio esportivo, considerando o investimento direto em eventos, atletas e entidades e compra de planos de mídia e anúncios nas transmissões esportivas.

O patrocínio, quando utilizado como disciplina estratégica de marketing, já provou ser um dos mecanismos mais eficientes em todo o mundo para fortalecer as marcas das empresas patrocinadoras, sendo em muitos casos, em função do caráter experiencial e intangível das propriedades adquiridas, mais eficiente que a utilização da mídia tradicional. O efeito positivo que os patrocínios agregam às marcas e sua correta utilização como estratégia de marketing fizeram com que o investimento em propaganda, por meio de diferentes mídias, se tornasse umas das variáveis de comunicação e não a única responsável por posicionar marcas e comunicar os benefícios, principalmente intangíveis, dos anunciantes. O investimento corporativo em patrocínio, em todo o mundo, segundo a empresa de pesquisas Sports Marketing Surveys movimentou, em 2005, US$ 30 bilhões, correspondendo à cerca de 7% do bolo publicitário global.

Em mercados mais desenvolvidos como EUA e Europa, as empresas patrocinadoras perceberam que os patrocínios deveriam ter seus objetivos bem definidos e não mais serem utilizados como uma ferramenta tática, sem nenhuma lógica. Os anunciantes/patrocinadores perceberam que assim como as outras ferramentas de comunicação, o patrocínio deveria estar alinhado com a estratégia global das empresas.

A alta direção começou a exigir de seus gerentes e agências a mesma criatividade e rigor estratégico utilizado na mídia convencional, no investimento em marketing de patrocínio. Essa mudança criou um ambiente propício para o desenvolvimento do patrocínio como estratégia mercadológica e deve ser usado como modelo para que o mesmo ocorra no Brasil e que a política de incentivos fiscais não seja o balizador das estratégias das empresas.

Essa política de incentivos fiscais para empresas que invistam um pequeno percentual de sua verba de marketing/comunicação em patrocínio, na prática, limita o crescimento do investimento no longo prazo e dificulta a criação dessa nova exigência corporativa do investimento nessa disciplina de marketing. Com o passar dos anos, o consumidor começará a cobrar das empresas uma série de exigências, e em cada mercado, as companhias dependerão, cada vez mais, das estratégias de patrocínio escolhidas e instituirão novos indicadores para gerenciar a eficiência de seu investimento em patrocínio.

Atualmente, os maiores contratos de patrocínio esportivo entre empresas privadas e entidades esportivas profissionais em vigência foram assinados com a NFL (Liga Profissional de Futebol Americano), Comitê Olímpico Internacional (COI) e equipes de F1, com cotas de patrocínio de mais de US$ 100 milhões/ano. Entre os grandes patrocinadores globais, nenhuma companhia é estatal como no Brasil, e a cada ano novos contratos são assinados com valores que ultrapassam US$ 500 milhões no período dos contratos.

No Brasil, ainda estarmos em um estágio abaixo dos principais mercados mundiais em virtude dos players do negócio, patrocinadores e entidades desportivas, não entenderem a abrangência e a profundidade do patrocínio esportivo. Boa parte das empresas patrocinadoras no mercado brasileiro, ainda não importou a tendência européia e americana, em que o anunciante/ patrocinador trabalha com suas agências de propaganda e promoção e fornecedor especializado em patrocínio lado a lado.

Portanto, a mudança do governo, empresas patrocinadoras, entidades desportivas e consultorias e agências de patrocínio deve partir por uma percepção do patrocínio como uma estratégia ampla e eficiente para todos. No Brasil ele permanece como ferramenta subaproveitada por ainda ser utilizada como política de isenção de débitos fiscais e como uma ferramenta tática de comunicação, muito mais focada na visibilidade de marca do que em ações integradas de marketing e vendas.

As empresas que souberem utilizar o patrocínio de forma estratégica e, principalmente, que o investimento realizado contribua para a sociedade, terão um fator crítico de sucesso frente a seus concorrentes, em um mercado global liderado por empresas com responsabilidade e envolvimento com o coletivo. Já no Brasil essa ferramenta continua sendo subaproveitada por ser utilizada, muitas vezes, somente para a isenção fiscal.

sábado, 26 de junho de 2010

Redes sociais, o desafio das empresas

Adnews

As empresas acreditam que para marcar presença nas redes sociais, tão em moda na tentativa de abrir frentes de contato com o consumidor, basta fazer em sua página uma bem-acabada propaganda institucional. Para Marcelo Perrone, diretor de estratégias digitais da agência Draft GiovanniFCB, não é bem assim que funciona.

As empresas precisam apostar em ações que envolvam os frequentadores desse universo. E isso requer mais recursos do que muitos deles estão habituados a aplicar em propaganda online.

"Há um consenso de que ações de mídia na internet são de baixo custo. Fica difícil convencer um cliente que a produção de um jogo interativo poderá custar tanto quanto um comercial de 30 segundos em rede aberta de televisão", conta Perrone.

A ação do hotsite criado pela Microsoft para o lançamento de seu game Prototype, por exemplo, desenvolvida em cima dos usuários do Facebook, não saiu barato, mas atingiu bons resultados. O game liderou as vendas nos EUA, no mês de lançamento.

"A Microsoft desenvolveu um vídeo promocional que utiliza fotos e dados do perfil do internauta no Facebook para criar uma experiência não só bastante imersível e única, porque é personalizada", conta ele.

Outro exemplo de iniciativa bem-sucedida na utilização de rede social é a do salgadinho Doritos, com um jogo que só pode ser acessado por 12 horas, entre 6 da tarde e 6 da manhã.

Ao entrar na partida, o usuário autoriza o site da empresa a acessar seu perfil no Facebook. A partir daí, o site vai interagir avisando todos os seus amigos que você está numa enrascada e precisa de ajuda.

Ao fim da jornada, o site sorteia dois deles para que o jogador decida qual quer salvar. O amigo escolhido é avisado e isso promove todo tipo de reação e indignação.
Perrone, que dedica tempo integral a estudar soluções no ambiente da internet, não conhece iniciativa desse porte no Brasil.

Um dos problemas ainda é a infraestrutura da rede de banda larga do País, que limita o uso de recursos mais ousados. Mas, como Perrone lembra, o futuro passa por esses canais de comunicação.

"Desportalização"

As redes sociais mais ativas, como YouTube, Orkut, Facebook e Twitter, são hoje em dia também uma porta de entrada para a navegação, o que merece atenção redobrada do anunciante. Esse fenômeno é denominado de "desportalização".

"Há 10 anos, todo mundo tinha um portal como página inicial no seu navegador. E era por aí que começava a navegação. O portal era o "índice" da internet. O volume de conteúdo disponível foi ficando tão grande e tão diversificado que entraram em cena as ferramentas de busca.

Em oito anos, o Google virou a página mais visitada do mundo. Vieram as redes sociais. E, agora a audiência dos portais diminuiu e sua função mudou. Se antigamente era lá que tudo começava, para muita gente a navegação começa pelas redes sociais. E vão para um portal após recomendação de um amigo."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

BBB 10 é sucesso comercial, mas tem a pior audiência

Adnews
A final do Big Brother Brasil 10 alcançou média de 40 pontos nesta terça-feira, segundo dados prévios do Ibope para a Grande São Paulo. O resultado é de dar inveja a muita gente, mas coloca a décima edição do reality show em último lugar entre as finais de todos os BBBs.

No ar das 22h17 às 00h00, o BBB atingiu pico de 43,5 em audiência e share de 60,8%. No horário, a Record ficou em segundo com 9 e o SBT em terceiro com 4 pontos.
Pedro Bial anunciou ainda que o programa bateu recorde mundial de votações: 150 milhões.

Confira as audiências de todas as edições:

BBB 1 - 59 pontos
BBB 2 - 45 pontos
BBB 3 - 55 pontos
BBB 4 - 56 pontos
BBB 5 - 57 pontos
BBB 6 - 51 pontos
BBB 7 - 48 pontos
BBB 8 - 46 pontos
BBB 9 - 41 pontos
BBB 10 - 40 pontos

Merchandising

A décima edição do BBB superou em merchandising a edição do ano passado. A Globo promoveu mais de 60 merchans, média que supera uma ação a cada dois dias. Na metade do programa, que teve 25 anunciantes, foram exibidos 50% a mais merchans do que em 2009.

Em entrevista a Folha de S. Paulo, Paulo Gregoraci, presidente da agência de publicidade W, diz que o reality show permite operações mais agressivas, por estarem integradas à competição (como provas do líder e de imunidade).

Do ponto de vista editorial, a grande sacada desta vez foi a aposta da direção do programa em redes sociais da internet. Quatro dos “brothers” já eram famosos em blogs, no Twitter e no YouTube e, a cada formação de paredão ou dia de eliminação, era no microblog que os debates mais interessantes e divertidos aconteciam.

A manifestação dos internautas foi tamanha que, no dia da eliminação da publicitária Tessália, a famosa @twittess, o nome da participante ficou por duas vezes entre os trending topics do Twitter, ranking que reúne os termos mais citados no microblog.