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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A importância dos aspectos emocionais no design

Robson Moulin
Donald A. Norman, professor de psicologia cognitiva, formado em Ciências da Computação e Engenharia Elétrica pelo MIT e Doutor em Filosofia e Psicologia pela Universidade da Pensilvânia, foi também professor de Ciência da Computação. Norman explica a importância dos aspectos viscerais, comportamentais e reflexivos no design, como a emoção implica nas escolhas feitas, assim como a qualidade e usabilidade dos produtos.

O autor cita uma coleção de bules, com variantes, seja por um belo design mais nada utilizável ou com um aspecto mais desajeitado, mas com muita praticidade. A escolha no uso de cada objeto depende do contexto: se pela necessidade de rapidez ou simplesmente por estética. Outro fator entra no meio dessas escolhas, a história e a emoção que o objeto traz.

Existem três tipos de design:
O design visceral. Preocupa-se com a aparência;
O design de comportamento. É o prazer e a eficácia de uso;
O design reflexivo. Traz os aspectos emocionais. Esse por sua vez é inseparável e faz parte de nossa cognição, no qual toda nossa percepção e pensamentos são tingidos em nosso subconsciente.

Muitos objetos trazem emoções fortes e positivas, criam o apego, amor e felicidade, assim como trazem emoções fracas e negativas criando raiva e infelicidade. Norman cita uma experiência que teve ao criticar uma criação do designer Michael Grave em um programa de radio, um bule que apesar de ser bonito possuía um difícil manuseio, onde se corria um risco de derramar a água.

Mas ficou impressionado quando um ouvinte ligou e disse: “eu amo meu bule”, pois quando acordava e se dirigia até a cozinha sorria ao ver o objeto e dizia que apenas era necessário ter um pouco de cuidado. O legal era sorrir pela manhã.

Na década 80, Em seu livro The Design of Everyday Things, Norman não levou em consideração a emoção, mas apenas a utilidade, função e usabilidade, criando objetos lógicos e mal concebidos, pois faltava a emoção necessária para que as pessoas se apaixonassem pelos produtos.

Hoje com os grandes avanços científicos pode-se ver a importância gerada por meio da cognição humana interligada com as emoções para a vida cotidiana, certamente a usabilidade é um fator de muito valor, mas sem diversão, prazer, alegria, ansiedade, medo, raiva nossa vida seria incompleta.

O afeto faz julgamentos e determina se as coisas no ambiente são perigosas ou seguras, boas ou ruins, a emoção é a experiência consciente do afeto. Para algumas pessoas, principalmente as mais lógicas, o design visceral ou o design da aparência já se torna suficiente para gerar algum tipo de emoção, mas essas por sua vez não são a maioria.

Hoje, graças a diversos estudos da psicologia cognitiva, tecnologia e design, essas questões são consideradas, pois se compreende: o valor atribuído a um objeto seja ele utensílio e/ou aparelho tecnológico está diretamente relacionado à experiência afetiva do usuário. O fetiche que as marcas causam e suas inovações estão sempre diretamente ligadas as necessidades de cada individuo por um todo, seja na usabilidade ou no impacto em suas emoções. 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Usabilidade em e-mail marketing

Paulo Roberto Kendzerski
Uma das palavras mais comentada hoje na Internet é “usabilidade” e ao observarmos não só os sites, mas principalmente os e-mail’s que chegam em nossa caixa postal é que percebemos a dificuldade de se criar algo que atinja o principal objetivo da empresa ao criar uma ação de e-mail marketing.

Qual é mesmo o principal objetivo da empresa ao fazer uma campanha de e-mail marketing?

Que o usuário perceba a importância daquela informação, seja para a sua atividade profissional ou simplesmente para seu conhecimento geral. Que se interesse pela empresa, seus produtos e serviços. Que faça um contato buscando estreitar relações.

Ah! Mas para isto o e-mail tem que ser lido e entendido.

E é este o ponto que queremos destacar neste artigo. É impressionante como existem e-mail’s que chegam em nossa caixa postal e não dizem nada. Ou pior, para entendermos muitas vezes necessitamos fazer um curso rápido de manuseio do mouse, pois as informações mais importantes estão fora da visão do usuário.

Uma das regras básicas do e-mail marketing eficiente, senão a principal, é que tenha uma visualização agradável e se reconheça o conteúdo sem a necessidade do usuário fazer malabarismos para chegar ao principal motivo daquele contato – a informação que se deseja transmitir.

Hoje recebemos uma quantidade impressionante de e-mail’s com animações pesadas, logotipos gigantescos como se todos internautas tivessem acesso de alta velocidade nas suas casas e empresas. Esquecem os webdesigners que criam (???) estes e-mail’s que mais de 94% do usuário WEB acessa através de conexão discada.

Mas voltamos ao e-mail. Hoje é uma das ferramentas preferidas para tentar dizer tudo que minha empresa faz. O problema que muitas vezes os e-mail’s não dizem nada de útil.

Observem alguns e-mail’s. Primeiro claro, vêm o nome da empresa. Porque não colocar por departamento ?? Ou melhor ainda. Pelo nome da pessoa responsável pelo envio.

Depois vem o assunto. Aqui algumas pérolas. Recebo um e-mail da empresa XYZ e o assunto é boletim edição XXX da Empresa XYZ. A propósito, alguém acha importante saber qual a edição do boletim XXX ???

Alguém sabe, por exemplo, qual a edição de hoje do melhor jornal impresso da sua cidade??

Claro que lá no cantinho aparece a edição nr. XXX. Mas isto não é o principal. Imagina o que acontecerá com um jornal impresso que colocar na 1ª página como notícia destaque EDIÇÃO XXX ??? Provavelmente ninguém vai querer ler.

Porque eles não fazem isto? Porque o principal seja num jornal impresso, num boletim eletrônico ou num e-mail marketing é o ASSUNTO. A informação que fará com que eu pare tudo para ler o que a sua empresa está me enviando.

Eu comparo alguns tipos de e-mail’s que recebo com uma comissão de frente de Escola de Samba. Muita alegoria e o principal onde está?? Preciso esperar 10/20 minutos para ver as alegorias, os destaques, a bateria. É isto que é importante numa escola de samba e não a comissão de frente.

Depois de superado este momento inicial de total falta de informação útil, vamos aos 2/3 cm. de visualização do e-mail. Surpresa!!!!!!

O que aparece??? O logotipo da empresa em formato gigante, ou uma imagem com metade da visualização fora da visão.

Para se chegar ao que interessa, como disse acima, é necessário possuirmos uma grande habilidade com o mouse e ficarmos rolando para direita/esquerda, para baixo/para cima.

Afinal temos tempo de sobra, não é???

Imagina quem recebe 100 e-mail’s por dia e precisa fazer todo este malabarismo para ler o que interessa. Mas será mesmo que esta empresa está interessada em que o usuário saiba o que estou lhe enviando ou simplesmente quer poder dizer - “minha empresa possui XXX milhares de e-mail’s cadastrados e envio XXX e-mail’s todos dias”.

Pense nisto na próxima edição do seu e-mail marketing.

Pense se você perderia seu tempo para ler esta “obra prima”.

Caso positivo, parabéns!!! Sua empresa está no caminho certo.

Caso negativo, lembre-se:

O modo como você se comunica com seu público é o espelho de sua empresa. É através do e-mail marketing que sua empresa irá despertar interesse, desprezo ou indiferença do mercado e irá definir como sua marca estará presente na mente destas pessoas.