sábado, 12 de novembro de 2011

Classe social: um terço da elite brasileira se considera de baixa renda

InfoMoney

Um terço da elite brasileira se considera baixa renda, enquanto mais da metade dos brasileiros da classe C tem a mesma percepção. Dos brasileiros nas classes AB, 35% se consideram na baixa renda. Já dos pertencentes da classe C, 66% compartilham da mesma opinião. Os dados são do levantamento Fato x Percepção, realizado pelo Data Popular.

De acordo com o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, é preciso entender a cabeça de cada classe. “O rico sempre acha que o rico é o outro. Eles pagam uma série de contas, como carro, seguro, escola, cursos, assistência médica e, quando o dinheiro acaba, não se acham ricos, mesmo pagando tudo isso”, explica.

Além disso, Meirelles afirma que os brasileiros das classes AB têm uma referência internacional  do que é ser rico. “A dificuldade do rico em não se reconhecer são as referências estrangeiras, além dos super-ricos”, completa.
Já em relação à classe média, Meirelles justifica que o pouco tempo neste grupo faz com que esses brasileiros se sintam pertencentes à baixa renda. “Porque muitos ainda não falarem outra língua e também não ter muito estudo, isso no caso dos mais velhos faz com que tenham uma percepção diferente da realidade”, explica.
Percepção das classes

Apenas 10% dos brasileiros da elite se consideram alta renda, enquanto 55% se julgam pertencer à classe média.
Dos brasileiros na classe C, 2% acreditam ser de alta renda e 33% acham que pertencem à classe média.
Entre os brasileiros das classes DE, 82% concordam que são pertencentes à baixa renda, enquanto 17% se veem como classe média e 2%, como alta renda.
Classe social do brasileiro

De acordo com o estudo, a percepção dos brasileiros com relação ao seu padrão de vida ainda não reflete a real distribuição por faixa de renda.
Da população brasileira, 0,5% se considera rico, ao passo que 4,2% acreditam ser da classe média. Já 9,7% dos brasileiros se acham pobres e 48,7% acreditam pertencer à classe média baixa.
Apesar de 36,9% dos brasileiros se considerar da classe média, de fato, 53,9% da população faz parte dessa classe.

O mapa da argumentação em vendas

Eduardo Zugaib

Na comunicação e na vida, o mapa nunca é igual ao território. Por maior que seja a preparação, sempre surgirão fatores incontroláveis. Lidar com o fator surpresa no meio do caminho requer um contínuo aperfeiçoamento comportamental, que estimule nossa flexibilidade e nossa capacidade de distanciamento e análise.

Ainda assim, é importante termos conosco o “mapa do caminho”, que vamos enriquecendo conforme as experiências vão se transformando em conhecimento.

Todo caminho tem começo, meio e fim. Na comunicação pessoal em vendas, podemos simplificá-lo em três partes:

O aquecimento

Toda atividade de performance pede aquecimento. Na comunicação pessoal em vendas ele acontece através da introdução do assunto para o cliente. É a hora de chamar a sua atenção, partindo sempre de contextos mais amplos para, gradativamente, verticalizar o assunto, até chegar no objeto em si.
Se o que vendemos são pneus, uma boa pedida é iniciar a abordagem falando sobre as condições das estradas, as chuvas do verão e as pistas escorregadias.

O assunto principal

Criado o contexto, é hora de inserir nosso produto ou serviço dentro dele, explorando suas vantagens e benefícios. Um passeio pelos argumentos tangíveis, como características, matérias-primas e modelos oferecidos, bem como pelos argumentos que criam identidade com o cliente: os benefícios, sensações e estilos de vida, ou seja, o panorama subjetivo da venda, que varia de cliente para cliente.

No caso do pneu, é a hora de falar de segurança, de estabilidade, de arrojo, sempre respeitando a pessoa que temos à frente.

O fechamento

Apresentamos o contexto; inserimos nele o nosso produto ou serviço, relacionando-o ao cliente; é hora de estimular a ação, buscando o comprometimento do mesmo na adoção daquilo para ele já não é mais o nosso produto, mas o melhor que ele poderá comprar para satisfazer sua necessidade ou desejo.

As objeções surgirão: em vendas, elas são os fatores não previstos no mapa, as pedras do caminho. Contorná-las é um exercício que requer confiança, a partir da investigação elegante das razões que estão colocando o cliente no panorama da “ainda-não-decisão”.

Somos assim: criaturas que, em linguagem, precisam sentir-se dentro de histórias de sucesso com começo, meio e fim. E que, se bem-sucedidas, sempre tendem a querer prolongar a experiência.