sábado, 28 de dezembro de 2013

Brasil perdoa quase US$ 900 milhões em dívidas de países africanos

BBC BRASIL
25 de maio, 2013
Entre os 12 países beneficiados estão o Congo-Brazzaville, que tem a maior dívida com o Brasil – cerca de US$ 350 milhões, Tanzânia (US$ 237 milhões) e Zâmbia (US$113 milhões).

As transações econômicas entre Brasil e África quintuplicaram na última década, chegando a mais de 26 bilhões no ano passado.

O anúncio foi feito durante a visita da presidente Dilma Rousseff à África – a terceira em três meses – para participar, na Etiópia, do encontro da União Africana para celebrar os 50 anos da instituição.

Além dos três países já citados, também serão beneficiados Senegal, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, República da Guiné, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau.

"O sentido dessa negociação é o seguinte: se eu não conseguir estabelecer negociação, eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado", disse Dilma. "Então o sentido é uma mão dupla: beneficia o país africano e beneficia o Brasil."

Estratégia

De acordo com o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann, quase todas as negociações envolvem cancelamento das dívidas. O restante, segundo, ele envolve menores taxas e prazos mais longos de pagamentos. "Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa do Brasil", disse. Ele afirmou ainda que praticamente o total das dívidas foi acumulado nos anos 70 e já havia passado por outras renegociações.

O Brasil vem expandindo suas relações econômicas com a África, que é rica em recursos naturais, na chamado coperação Sul-Sul. As negociações entre Brasil e países africanos subiram de U$ 5 bilhões em 2000 para US$ 26,5 bilhões no ano passado.

Na África, empresas brasileiras investem pesado em setores como o petrolífero e o de mineração e em grandes obras de infraestrutura. O Brasil também abriu 19 novas embaixadas na África na última década.

Problemas

Em artigo sobre a relação Brasil-África publicado em janeiro, o instituto Think Africa Press diz que a crescente ação de empresas brasileiras no continente pode sujar a "marca" do país na região. "Agentes privados com agendas distintas estão se tornando cada vez mais visíveis, e há um risco de que isso prejudique o projeto político do Brasil de se retratar como um parceiro que sempre prioriza o benefício mútuo num espírito de cooperação e igualdade", diz o texto.

Um dos principais exemplos ocorreu no mês passado, quando centenas de manifestantes em Moçambique bloquearam o acesso a uma mina de carvão da Vale. O grupo era formado por trabalhadores que diziam não ter recebido toda a indenização que haviam acordado com a empresa após serem realojados com o início das operações da mina.

A Human Rights Watch, ONG que defende os direitos humanos, afirma que eles foram realojados para terras áridas, onde não conseguem produzir, e por isso vêm sofrendo com falta de alimentos. A Vale e o governo de Moçambique prometeram melhoria para os trabalhadores.

A empresa também enfrenta resistência na Guiné, onde obteve licença para explorar uma reserva de minério de ferro. Em julho, moradores ocuparam um acampamento da empresa, acusando-a de descumprir acordo para a contratação de funcionários de etnias locais. Seis manifestantes foram mortos por soldados do governo em ação que, segundo políticos locais, contou com o respaldo da empresa.

A empresa nega qualquer participação no ocorrido na Guiné e diz buscar melhorar as condições de moradia das famílias deslocadas por sua operação em Moçambique.

Já em Angola, quem enfrenta problemas é outra companhia nacional, a construtora Odebrecht. Ativistas a criticam por manter negócios com políticos locais. A empresa nega ilegalidades.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130520_perdao_africa_mdb.shtml. Acesso em 28 dez 2013.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cinco dicas para quem deseja ter sucesso em um negócio

Camila Lam
27/12/2013
executivo
Você deseja empreender, mas não sabe por onde começar? Seja para abrir uma pequena empresa ou uma startup, o empreendedor precisa dedicar um tempo para validar a sua ideia de negócio e pesquisar bastante sobre o mercado que deseja atuar. Veja outras recomendações de especialistas:

1. Faça um planejamento
Existem alguns fatores que são determinantes para aumentar as chances da sua empresa dar certo. Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper, afirma que é imprescindível que o empreendedor questione se a sua ideia é mesmo uma boa oportunidade de negócio. Fazer um bom planejamento e escolher os sócios ideais são outras recomendações.

2. Saiba onde buscar o capital
Dá para começar um negócio sem dinheiro, pois o capital não precisa ser necessariamente do empreendedor. Neste vídeo, Maurício Galhardo, sócio da Praxis Business, explica que para que o negócio se torne possível é preciso usar recursos, mesmo que de terceiros. Bancos e investidores-anjo são algumas possibilidades, por exemplo.

3. Escolha um bom nome para a sua empresa
O nome da sua empresa remete o que você quer passar para o seu cliente? O seu cliente conseguirá pronunciar o nome? Além desses questionamentos, o professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, diz que o empreendedor precisa ter muita criatividade para escolher um nome que não tenha sido registrado ainda.

4. Contrate bons vendedores
A equipe de vendas é essencial para o sucesso de um negócio. Boa remuneração, um ambiente de trabalho agradável e treinamentos constantes são alguns fatores que chamam a atenção de bons profissionais do mercado. De acordo com Carlos Cruz, do IbVendas, formar internamente ou buscar vendedores da concorrência são algumas alternativas.

5. Aprenda a negociar
Donos de pequenas empresas e empreendedores precisam negociar com clientes, fornecedores e investidores. Para Mario Rodrigues, do IbVendas, criar empatia é essencial para que uma negociação seja bem feita. Dessa maneira, os dois lados conseguem se colocar um no lugar do outro. Neste vídeo, o especialista ensina algumas técnicas.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-para-quem-deseja-ter-sucesso-em-um-negocio?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 27 dez 2013.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Crianças: educação ou tecnologia?

Bruna Molina
19 de Dezembro de 2013
Um estudo da HSR Specialist Researchers, realizado pela Officina Sophia Retail em parceria com a eCGlobal Solutions, para detalhar o hábito de compra de brinquedos, mostra que presentear as crianças com jogos educativos e bonecos são preferência das mulheres em 25% e 23%, respectivamente. Já 26% dos homens dão jogos eletrônicos. A pesquisa foi realizada com 1849 pessoas da América Latina, sendo 517 brasileiras.

A lista segue com 13% de preferência por carrinhos e motos. Um dado interessante é que 36% dos consumidores do País assumiram que sempre compram o que as crianças pedem. Mais da metade dos entrevistados (57%) afirma que os eletrônicos são os preferidos pelos pequenos.

No Brasil, 62% dos consumidores preferem adquirir os produtos em lojas especializadas, opção de 53% da população de outros países da América Latina. Brasileiros que fazem compras pela internet correspondem a 14%, contra 7% da América Latina. A publicidade da televisão mostra sua força: 80% dos entrevistados compram produtos anunciados na TV.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/12/19/Criancas-educacao-ou-tecnologia.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-geral&utm_content=Crian%E7as:+educa%E7%E3o+ou+tecnologia?. Acesso em 25 dez 2013.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A força do branding na era do intangível

Claudia Penteado
23 de dezembro de 2013
 
Ao subir ao palco para receber seu prêmio de Destaque de Comunicação da ABP (Associação Brasileira de Propaganda) há algumas semanas, Ana Couto, da Ana Couto Branding, foi taxativa: “Fui indicada três vezes e finalmente ganhei. Se não ganhasse não viria mais à festa”. A impaciência procede: ela está no mercado desde 1993 e foi a primeira designer do país a aplicar os conceitos de branding a seu trabalho, quando sequer se falava do tema. Ela comenta nesta entrevista que mais do que nunca o branding se faz necessário.

Você praticamente inventou o branding no Brasil. Ou pelo menos foi quem o trouxe para perto do design?
Isso tem um fio condutor bem claro. Na verdade, eu fiz antropologia e design, dois anos de cada. Nos dois últimos anos de PUC eu já estava trabalhando, na época com o designer Giovanni Bianco. Quando casei, meu marido foi fazer doutorado na Filadélfia e acabei indo morar nos Estados Unidos por cinco anos, onde também fiz mestrado em design. Foi um novo mundo que se abriu: peguei a primeira turma da Pratt (Pratt Institute, NY) com computador, e havia muitas mudanças acontecendo. Fiz uma grande imersão no mercado americano, muito mais desenvolvido.

E ao voltar, há 20 anos, como foi chegar com esses novos conhecimentos ao mercado brasileiro?
Quando voltei, trouxe alguns clientes americanos – de um mercado maduro e muito globalizado. Montei a Ana Couto Design lá, na verdade. Ao voltar levei um choque ao me deparar com o desenvolvimento do serviço de design no Rio de Janeiro. Era um serviço terceirizado da agência de publicidade, o below do below the line. Ao mesmo tempo acontecia no Brasil algo interessante: alguns projetos de branding entraram em cena como as mudanças de marcas do Bradesco, da Varig, com valores “de verdade”. Quem fez os projetos foi a Landor, uma empresa grande, internacional. A Ipiranga também realizou um job semelhante na época. Me lembro que, por estar muito confiante, ter trabalhado fora, procurei os diretores de marketing dessas empresas e perguntei por que não haviam contratado a minha empresa, por exemplo. A resposta foi que eles recebiam um serviço completamente diferente dessas empresas, com uma grande estratégia por trás. Porque uma estratégia de marca não é uma logomarca. Ali vi que realmente o gap de serviços era muito grande.

Não havia ninguém que oferecia esse tipo de serviço no Brasil?
Não. Fiz então um road show e fui falar com essas empresas internacionais, me apresentar – a Landor e a Addison –, propondo uma parceria, uma joint-venture, disse que achava que poderia ser uma boa candidata a parceira delas no Brasil, um mercado promissor. Fiz associação com a Addison e realizamos alguns projetos juntos como Vésper, entre outros. Foram dois ou três anos e aprendemos muito. Depois me associei à Landor – e fizemos projetos para Embraer e Gerdau. Cresci muito e comecei a questionar: cadê as marcas brasileiras? Por que não somos um país global?

E a pergunta permanece atual. Por quê?
Pois é. Cadê as marcas brasileiras? Existe um contexto. Nunca há uma razão só para as coisas serem como são. Há um contexto econômico e outro cultural, ambos muito fortes. O contexto econômico é que o Brasil era um país muito fechado, uma economia com muitas barreiras. A gente esquece. Há 15 anos não se podia comprar nada – som, TV, enfim. Agora podemos comprar qualquer marca. A globalização não havia passado pelo Brasil ainda. Ser um país globalizado, com força global, veio pós-Brics, um marco, e com a revolução digital. Quando voltei ao Brasil sempre ouvia: “Olha essa marca lá de fora, vamos fazer algo parecido?”. Hoje isso acabou.

As marcas de fora vieram com tudo. E as brasileiras não “foram” com tudo?
Não chegamos às 100 mais valiosas do mundo. Os rankings são bons para lançar alguns critérios no mercado. O que não existe e acredito ser esta a próxima evolução do branding é uma estratégia de como medir o valor de uma marca. Como isso pode entrar em um balanço. A forma de gerir patrimônio hoje ainda é antiga, em cima de valor de troca. Se você hoje olhar o balanço da Nike, consta o valor em contrato da Nike, que é infinitamente inferior ao valor da marca Nike de fato. Ela só entra para o balanço contábil se é vendida. Eu acredito que é uma visão que precisa evoluir. O intangível é difícil de ser avaliado se não tiver “valor de troca”. Rankings servem em momentos de troca, venda, aquisição. Saímos de um século XX – em que fizemos produtos – e entramos no século XXI com outras premissas, do intangível, da comunicação virtual, do valor do planeta, do carbono. São novas questões e que justificam o valor do branding. Não se pode mais viver da premissa apenas da venda de um produto. O valor vai além da troca. O branding tem que criar valor para todos os stakeholders – diferente do marketing, cujo objetivo é fazer venda para seu consumidor: canal, preço, promoção. Gestão de marca é diferente de gestão de comunicação, do negócio. É um tripé que precisa estar bem azeitado.

O que mudou no branding, ao longo do tempo?
Hoje o nosso cliente é todo o time executivo da empresa. Todo o trabalho é feito para o CEO da empresa com os diretores-executivos. Há vários encontros. É uma reflexão pesada sobre qual é o papel da marca no seu negócio. Ocupamos um espaço muito diferente de quando éramos terceirizados por agências de publicidade. Acredito que a gestão da marca tem que estar no centro do negócio. Não acho que o branding esteja valorizado da forma que acredito, mas conquistamos esse território e a parceria com os gestores do negócio, que é muito importante. Marca tem cultura envolvida, valores, o que o gestor acredita, sua visão de mundo.

Como é a sua metodologia e como foi mudando, evoluindo?
Como sempre fomos independentes, sempre fomos focados em aprender e desenvolver a metodologia. Isso sempre foi uma questão muito forte. E o design thinking ajuda muito. É uma metodologia de processos. A “onda” do design thinking vinculada à inovação tem muito a ver com branding também. O bom design tem um processo de trabalho muito forte: análise, conhecimento do consumidor, conhecimento do seu objetivo e desenvolvimento de cenários e melhorias. Acredito muito – e dentro da visão do branding – que é algo que tem que durar, ter longo prazo. Nenhum designer nunca fez uma marca para acabar em dois ou três anos. E há marcas que duram 100 anos. Temos isso na nossa essência. Perguntam muito por que o branding veio para o design. Creio em dois pilares fortes para responder isso: a questão do design thinking e a longevidade da marca – que é diferente da propaganda, que é mais cíclica, pontual, com discurso de venda. Fomos também evoluindo nosso time: hoje temos um time de estratégia muito pesado – de estrategistas. Isso agrega muito. As pessoas vieram de marketing, de estratégia, de negócios. E temos uma bibliografia muito profunda sobre branding. Fiz diversos cursos de especialização – em Kellogg e em Harvard, por exemplo. Minha formação inicial em antropologia foi muito importante e estudei filosofia durante anos. Não há design, afinal de contas, que não esteja inserido em uma cultura.

O que é novo na sua área?
Acredito que o que há de novo e muito forte é trabalhar juntos. É o working in progress com o cliente. Não trabalhamos para o cliente, trabalhamos com o cliente, construímos juntos. Em geral faço seis reuniões com o time executivo e costumo dizer que é sempre uma construção e desconstrução, construção e desconstrução. Não trazemos nada pronto, construímos juntos. Temos uma metodologia e o cliente entende do negócio. Isso é muito potente. Porque no final do dia o cliente se sente dono do processo.

Como implementar, mudar a cultura de uma empresa?
Há dois stakeholders muito importantes nos processos: os colaboradores. Faz-se show-cases de lançamento de marca para os funcionários. Apresentações, palco, muitas pessoas. Empresas que acreditam conseguem com isso transformações internas muito grandes, as pessoas saem totalmente engajadas. É uma mudança forte, para dentro – transformar a cultura da empresa com uma proposta de valor. Que valores se quer para uma marca? A Apple quer desafiar o status quo. É preciso uma cultura de inovação, focada em criação e design para conseguir isso, na dimensão interna. E tem a dimensão externa – como fazer dessa proposta de valor um discurso de venda. O posicionamento. Não adianta prometer e não cumprir. É o segundo desafio: cumprir sua promessa.

Como você vê a construção – ou a falta de – da marca Brasil?
Acho que a marca Brasil tem muitas associações boas, positivas. Tem crédito, um goodwill bom, um campo associativo que tem uma ressonância na aspiração das pessoas globalmente. O estilo de vida, a alegria, a simpatia do brasileiro. Só que toda marca tem uma dimensão emocional e uma racional. Não acredito em “love brands” à toa. Elas precisam estar muito bem embasadas em uma entrega. Não adianta não ter uma entrega racional que faça também um contraponto à entrega emocional. Emocionalmente há um campo associativo positivo, mas racionalmente a entrega é pobreza, violência, falta de infraestrutura, corrupção. A marca é um duelo entre o que se promete e o que se cumpre. Isso corrói o crédito positivo. A Varig tinha um crédito emocional muito bom das pessoas – que foi sendo gasto e não sobrou nada. Apenas dívidas.

E não há branding que salve?
Não, o branding ajuda a construir valor.

O Rio de Janeiro, como marca, vem sendo bem trabalhado?
As duas capas da Economist que tiveram o Brasil como tema são bem simbólicas. Fico triste de estarmos sempre nessa marca que não acontece. É um país que vai e volta. Promessa quebrada em suas expectativas. É muito ruim. Por outro lado nunca voltamos para o mesmo lugar, estamos sempre andando um pouco, não é um caminho reto. Andamos 10, voltamos 3, andamos 3, voltamos 1. Andamos bastante. O Rio e o Brasil andaram bastante, deram passos de volta, mas não voltaram à estaca zero. No caminho, vamos implodindo certos viadutos. E é bom quando implode, porque não há mais caminho de volta.

Você tem marcas que trabalham há muito tempo com você. A Vale, por exemplo?
A Vale foi meu primeiro cliente brasileiro, há 20 anos. Hoje fazemos só comunicação com investidores. O branding vem muito nessa esfera de investimento, de bolsa, de capital pulverizado, mais gente investindo, ócios da sociedade. Coca-Cola, Itaú, Procter & Gamble também são clientes. O que acho bacana é trabalharmos com clientes grandes, internacionais, que já têm instrumental de gestão de marca muito forte vindo de fora, clientes nacionais em que implementamos gestão de marca e clientes de médio e pequeno porte – a nova geração de marcas brasileiras, que cresce com essa visão de gestão de valor.

Quem pode fazer branding?
Acho muito positivo que existam muitas empresas oferecendo o serviço de branding. Não acho que virou moda, mas é uma necessidade e de longo prazo. Como todo mercado, é muito grande, com empresas de perfis diferentes.


Disponível em http://propmark.uol.com.br/mercado/46773:a-forca-do-branding-na-era-do-intangivel. Acesso em 25 dez 2013.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sete erros que matam o seu poder de influência profissional

Camila Pati
24/12/2013
Executivos conversando
Em muitos momentos da vida profissional o resultado final de um projeto ou de uma tarefa depende da ação de várias pessoas. A falta de engajamento de um funcionário pode colocar todo o esforço em equipe a perder.

É neste momento que, mesmo sem ser chefe, o poder de influência vai fazer toda a diferença. O problema é que muitas pessoas, na tentativa de influenciar seus pares, acabam cometendo erros que têm o efeito contrário: criam ainda mais conflitos profissionais.

Confira quais são os equívocos e as atitudes recomendadas por Rubens Pimentel Neto, sócio da Ynner Treinamentos, reverter o cenário:

1 - Usar poder inexistente

Uma tática comum para influenciar uma pessoa é apostar no nome de alguém poderoso. Não é mais você quem está pedindo o relatório, é o diretor geral, é o presidente, é aquele cliente temido por todos.

“A pessoa acaba usando um poder que não existe”, diz Neto. Essa estratégia, diz ele, é bem sucedida por tempo limitado. “Até o outro perceber e usar como antídoto o nome de uma terceira pessoa”, diz o sócio da Ynner.

2 - Encarar o outro como inimigo

Se o atraso no trabalho de uma pessoa vai prejudicar o resultado de todos, não é difícil imaginá-la como “inimiga”. E para piorar o cenário ela não tem a menor obrigação de colaborar com você ou com a sua demanda e, mesmo assim você precisa dela para cumprir a meta.

De acordo com Neto, o viés negativo é o caminho mais rápido para criar conflitos. “É melhor ver o outro como aliado em potencial e não como inimigo”, diz.

3 - Não ser objetivo na comunicação

Usar o jargão técnico da sua área de atuação na hora comunicar as prioridades do projeto para a equipe de outro departamento é um tiro no pé. “Muitas vezes a forma com que a pessoa aborda o tema pode não deixar claro qual é a importância daquela atividade”, diz Neto.

Segundo ele, há que se fazer ajustes para que todos entendam. Da mesma forma, dizer que tudo é prioritário, tudo é urgente na tentativa de forçar o rápido engajamento pode ter o efeito inverso. Objetivos e prioridades devem ser definidos claramente e a distinção entre o que seria ideal conseguir e o que é absolutamente necessário também.

4 - Empatia zero

Não levar em conta a motivação, os interesses, os comportamentos e as possíveis reações do outro compromete o seu poder de influência. De acordo com Neto, a falta de empatia colabora para um clima de desconfiança.

A necessidade de influenciar alguém passa necessariamente pela compreensão do universo desta pessoa, segundo o especialista. É isso que servirá de base na hora de se preparar para fazer uma abordagem.

5 - Não cuidar da própria reputação

Como cobrar atitudes dos outros quando as suas não são as mais adequadas? Nunca atender às solicitações dos colegas, ficar de mau humor quando alguém pede uma informação ou faz uma pergunta são comportamentos que levam ao isolamento, diz Neto.

6 - Só pedir sem oferecer nada em troca

“Se a moeda de troca para a pessoa é a disponibilidade, mas eu nunca estou disponível naturalmente vou ter dificuldade em conseguir uma colaboração”, diz Neto. Identificar a moeda de troca é a regra de ouro na hora de influenciar.

“Saber que tipo de moeda de troca o outro valoriza é o caminho mais eficaz para conseguir atingir os resultados que precisa”, explica o especialista.

7 - Não investir no relacionamento interpessoal

O egoísmo é o vilão do relacionamento interpessoal. Usar o estilo de comunicação sem pensar nas preferências do outro é um dos erros de quem não desenvolve um comportamento colaborativo.

Há os que gostam de entender o sentido do trabalho e aqueles que querem sair logo executando algo. “Entender os diferentes estilos é melhor a forma de ajustar sua comunicação e evitar inseguranças e resistência”, diz Neto.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-erros-que-matam-o-seu-poder-de-influencia-profissional?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 24 dez 2013.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Como impressionar de cara em networking

Lucas Rossi
31/10/2013
Há dois anos e meio, a paulistana Marina Ramiro, de 32 anos, analista de comunicação da Ericsson, fabricante de equipamentos de telecomunicações, queria mudar de emprego.

Após dois anos e sete meses na chinesa Huawei, do mesmo ramo, Marina almejava novos desafios. resolveu, então, planejar uma mudança de emprego e mapeou quais seriam as alternativas. A primeira da lista era a Ericsson.

Como não conseguiu o e-mail do principal executivo de sua área, resolveu arriscar. Marina sabia que endereços de e-mail corporativos costumam conter o nome e o sobrenome da pessoa separados por um ponto ou a inicial do nome junto do sobrenome.

Numa mensagem, digitou o nome do possível chefe das duas maneiras, convidou-o para tomar um café e enviou. "Arrisquei", diz Marina. A tática funcionou. Depois de 2 horas, Marina recebeu uma resposta dizendo que a área de recursos humanos da Ericsson entraria em contato.

Quando enviou o e-mail, ela não sabia, mas naquele momento um processo seletivo estava em andamento e eles precisavam justamente do perfl e da experiência que ela tinha. A estratégia de Marina contou com uma pitada de sorte, afinal nem sempre existe uma vaga aberta, mas deu certo principalmente porque ela atendeu a uma regra básica do networking: tinha algo a oferecer em troca.

"No primeiro contato, você tem de fazer com que a outra pessoa perceba que você é ou tem a solução que ela precisa", afirma Gilberto Guimarães, professor da HSM Educação, de São Paulo.

Uma rede de contatos, de fato, demora a ser construída. Só o tempo consegue criar laços eficazes. No entanto, o primeiro contato é essencial para o sucesso dessa tarefa. "É a partir dele que você conseguirá um segundo encontro, e então poderá construir uma história", diz Paulo Campos, consultor e professor em instituições como Insper, LabSSJ e Sustentare.

Segundo uma pesquisa feita com 650 executivos e conduzida pelo Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos (IDCE), do Rio de Janeiro, 88% dos profissionais brasileiros, apesar de considerar o networking importante, não o fazem de maneira eficiente.

"O que é um erro, porque a rede de contatos serve para você ser promovido, mudar de emprego, fechar negócios e conseguir favores", diz Fabrício Barbirato, diretor do IDCE e responsável pela pesquisa.

Alguns culpam a falta de tempo e outros simplesmente se esquecem de cultivar a rede. Sem vínculos fortes, o profissional perde chances de crescer mais rapidamente e tem mais dificuldades na carreira.

A consultoria de recursos humanos De Bernt Entschev Human Capital, com sede em Curitiba, acompanhou a carreira de 100 executivos durante um ano. Chegou à conclusão de que 85% deles conseguiram uma recolocação a partir de sua rede de relacionamentos.

Para criar laços é preciso, acima de tudo, saber construir pontes com bases sólidas. Por isso o primeiro contato é essencial. "Não é ir direto ao ponto, mas criar empatia", diz Campos. Ou seja, a missão é estabele cer de cara um ponto em comum que não seja explicitamente o trabalho.

Pode ser um assunto que ambos gostem ou uma referência que o outro também tem, como a faculdade ou o setor em que atuam. Isso cria uma aproximação menos impositiva. Depois, com o tempo, é possível incluir troca de favores na relação. Mas Paulo recomenda que esse objetivo não fque explícito no início.

O risco de já pedir algo no primeiro contato é ser considerado um profissional interesseiro. O primeiro encontro pode acontecer naturalmente, em um evento ou em um convite para um café.

Caso você não conheça a pessoa, pode pedir para que alguém em comum a apresente. Se não houver nenhuma relação entre vocês, o melhor é enviar uma mensagem e pedir um contato pessoal. "O melhor é o olho no olho", diz Gilberto Guimarães. Com o vínculo, você
consegue navegar na relação e ter sucesso na sua estratégia. Com o tempo, a relação se fortalece e sua rede de contatos cresce.

Para não errar no primeiro encontro

Saiba o que fazer para acertar na primeira vez que encontrar um contato

Pesquise antes

Saber sobre a história da pessoa, suas referências e quais assuntos pode abordar em uma conversa é a base. Vale usar as redes sociais, amigos em comum e pesquisar na rede sobre quem é a pessoa. Com essas informações, você saberá qual é a melhor forma de entrar em contato.

Tiro ao alvo

Ao enviar uma mensagem, use o método da IMD, escola de MBA Suíça. Faça uma introdução sobre quem você é. Se tiver algum ponto em comum, deixe isso explícito. Essas coincidências ajudam a criar empatia. Depois, fale sobre a empresa da pessoa e o mercado. 

Ao fazer isso, você mostra conhecimento e convence o destinatário de que há uma boa razão para a mensagem. Por fim, peça um encontro e mostre como pode ser útil.

Escute e tenha o que dizer

Em um encontro pessoal, crie um clima de descontração. Fale sobre você, mas, principalmente, demonstre interesse. A regra é: ser interessado vale mais do que ser interessante. "A maioria dos executivos é tão egoísta que não ouve o que o outro fala", diz Gilberto Guimarães. Sem entender o problema do outro, você não consegue trazer soluções, não cria laços e sua rede não tem funções.

Não pare por aí

Depois do primeiro contato, cultive a rede. E isso exige tempo. Responda às mensagens, conte suas novidades à pessoa e pergunte o que está acontecendo com ela.

"Mantenha contato com as pessoas de sua rede regularmente", diz Osvaldo Barbosa, diretor-geral do LinkedIn Brasil. Com as redes sociais, fica mais fácil gerir os contatos. Mas nada substitui a conversa pessoal. Sempre que puder, marque um almoço ou um café.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/185/noticias/contatos-de-primeiro-grau?page=1. Acesso em 19 dez 2013.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Cinco formas de tirar proveito da nuvem

IBM  
12/11/2013
5 formas de tirar proveito da nuvem
Mais do que um modelo de computação, as plataformas de nuvem pública, privada e híbrida vêm sendo usadas por pequenas e médias empresas como um modelo de negócio. A grande vantagem é que, com esse tipo de solução, as companhias não precisam mais gastar fortunas para montar estruturas que caducam rapidamente. A seguir, cinco benefícios da nuvem:

1. Redução de custos
Com as plataformas de nuvem, as empresas pagam apenas pelo que utilizam, reduzindo gastos com servidores, equipamentos e licenças para o uso de softwares. O Grupo Ferrarin, por exemplo, um dos maiores no setor de agronegócio do Brasil, conseguiu, por meio da nuvem, aumentar em 100 vezes sua capacidade de armazenamento de mensagens

2. Flexibilidade
Por meio do que os especialistas chamam de escalabilidade, empresas como agências de notícias e de transmissão de conteúdo por streaming podem transferir suas operações para a nuvem sem ter que se preocupar com grandes aportes em infraestrutura. A agência France-Presse, por exemplo, conseguiu, graças à nuvem, armazenar o crescente volume de dados multimídia que passou a produzir: cerca de 2 500 fotos, 200 vídeos e 100 gráficos por dia

3. Foco no consumidor
Uma grande empresa de tecnologia usou os recursos da computação em nuvem para criar um assistente virtual capaz de compreender comandos de voz e interagir com as pessoas, respondendo o que lhe é perguntado. Com soluções desse tipo, empresas de todo o mundo conseguem analisar, em tempo real, o comportamento dos consumidores

4. Simplificar o que é complexo
Conectar uma impressora à nuvem requer recursos sofisticados de programação. Mas as facilidades oferecidas pelas gigantes da tecnologia permitem que o cliente que ordena que um documento seja impresso a partir de um dispositivo móvel use essa tecnologia sem notar a complexidade que exige

5. Conectar pessoas
Algumas soluções em nuvem podem aproximar grupos distintos dispostos a gerar e transferir conhecimentos. Uma empresa de tecnologia em saúde, por exemplo, usou uma plataforma em nuvem para conectar mais de 1 100 hospitais e 10 000 médicos. Com isso, conseguiu melhorar o atendimento aos pacientes sem gerar novos custos.


Disponível em http://exame.abril.com.br/publicidade/ibm/5-formas-de-tirar-proveito-da-nuvem/?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 19 dez 2013.