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domingo, 19 de janeiro de 2014

O fieldmarketing como fator de decisão de compras

Luciana Barreto
15/01/2014
 
Sabemos que o consumidor de hoje é exigente, dinâmico e tem, intrínseco aos hábitos de consumo, preferências por marcas. A experiência positiva de compra é um dos principais fatores de fidelização e aproximação de qualquer  produto ou marca de seu público-alvo. Contudo, muitas vezes, essa relação de confiança, admiração e preferência é abalada, seja por um ruído de comunicação ou pela ineficiência da exposição do produto no ponto de venda.

O ponto de venda é responsável por 70% do poder de decisão de compra do shopper. É neste ambiente que a marca estabelece vínculos e cria conexão com os desejos e necessidades do consumidor. Se bem aproveitado, o ponto de venda, ou ponto de contato, transforma-se em um grande aliado na conquista de público e impacta, positivamente, na relação com o shopper.

Há muitos varejos, atacados e até mesmo distribuidores, contudo, que esquecem da premissa básica do marketing no varejo: manter o ponto de venda abastecido, organizado, sinalizado e atraente. Hoje, apenas cerca de 30% do material destinado ao ponto de venda é utilizado corretamente. O restante perde-se no meio dos processos de entrega e exposição.

Uma execução de qualidade e com performance acima de 90%  de assertividade exige rigor e disciplina. É preciso checar todos os pontos, ter um acompanhamento diário e a certeza de que cada estratégia pensada para determinado produto em ponto de venda está em execução perfeita, alinhada com à necessidade da indústria e do varejista.

O fieldmarketing, neste sentido, é uma ferramenta que tem como principal objetivo aplicar no ponto de venda a estratégia traçada pela inteligência do marketing da empresa para aumento de vendas. Por meio desta técnica é possível acompanhar, mensurar, criar parâmetros e padronizar a execução para  milhares de ponto de venda simultaneamente.

Se, por um lado, o fieldmarketing fortalece a relação de compra e presença do produto em gôndola, por outro, torna-se fator de competitividade para marcas que buscam elevar o share de mercado. Com o fieldmarketing é possível, por exemplo, promover a ativação de uma marca e estabelecer conexão e desejo com o shopper. A execução bem realizada gera uma aproximação e pode reverter o desejo criado em venda.

Há números interessantes que comprovam a eficiência do fieldmarketing. A Índia, um dos principais países de atuação da Smollan, por exemplo, traz cases interessantes do uso do fieldmarketing. Em uma ação realizada na rede varejista de departamentos e perfumaria, foi possível converter 97% a mais de vendas com a correta exposição dos produtos, melhoria na navegação em loja e sinalização de marca.

Com um ponto de venda atrativo, organizado, bem sinalizado e, principalmente, abastecido com os produtos de preferência do consumidor, o processo de decisão de compra é muito mais rápido e, por vezes, automático. Ou seja, se o shopper entra em um varejo e, em seu mapa mental, já subentende que o produto de preferência está em determinado local da loja, a compra acontece automaticamente.

Ao mesmo exemplo, podemos citar uma situação contrária. Se o shopper não encontra o produto que busca no local de costume e entra em contato com uma outra marca com a execução perfeita, é provável que ele migre para um novo produto. Neste caso, a nova experiência de compra, pode ser o início de uma relação duradoura e fiel. Seja para manter ou para ativar, o fieldmarketing é um incremento certeiro de vendas e uma conexão muito mais próxima, fiel e de qualidade com o shopper.


Disponível em http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/luciana-barreto/29686/o-fieldmarketing-como-fator-de-decisao-de-compras.html. Acesso em 15 jan 2014.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Uma geração inteira movida a conexões

Esteban Walther
07 janeiro 2014

O crescimento vertiginoso do número de dispositivos conectados à internet fez surgir uma nova geração de consumidores. Para eles, a internet se tornou parte fundamental da forma como se comunicam e se expressam no dia a dia, transformando radicalmente seu estilo de vida. E é com muita naturalidade que vemos essa nova geração se envolver com conteúdo em todas as plataformas e todas as telas, quando e onde querem. Atingir esses novos e poderosos consumidores é um trabalho árduo, mas é também uma grande oportunidade para as marcas que realmente os compreenderem.

Geração C é o termo que usamos para descrever esse público. Isso porque seus integrantes são movidos por suas Conexões - armados de tecnologia, vivem o momento e estão sempre conectados; seu senso de Comunidade - com barreiras físicas praticamente inexistentes, formam novos grupos a cada momento, dos mais íntimos aos mais abrangentes; sua capacidade de Criar - a necessidade de expor sua identidade para o mundo guiam suas auto criações - desde fotos, vídeos, até conteúdos elaborados; sua vontade de Compartilhar - são os principais influenciadores dos dias de hoje, os propagadores de conteúdo que ajudam a moldar opiniões e liderar pensamentos.

Eles se envolvem em grupos distintos, misturando influências de conhecidos e do mundo ao seu redor às suas paixões para criar um único núcleo de diálogo e amizade. São movidos pelo medo de ficar "de fora" e uma curiosidade global por tendências. A febre de Porta dos Fundos, por exemplo, fez ainda mais sucesso com a criação de um aplicativo que avisa quando sai um novo episódio, para você ser o primeiro a assistir, a comentar e compartilhar, claro.

A criação é natural para a Geração C, mas eles são seletivos - apenas acrescentam algo quando acham que é relevante e que pode ter impacto. Fazer o upload de um vídeo pode significar produzir um conteúdo totalmente original, ou pode significar deixar sua própria marca sobre algo que já existe - por exemplo, a paródia Adele - Show das Poderosas, que une dois dos grandes fenômenos da música pop recente em um único vídeo. Qualquer que seja o conteúdo, para a Geração C, a criatividade é composta de duas partes: em primeiro lugar, há o ato de criar alguma coisa, e em segundo, o ato de compartilhá-lo, e ambas etapas servem para satisfazer essa necessidade de criação de uma identidade e de auto expressão.

A Geração C também busca dar mais do que recebe: são curadores natos, matam sua sede de conexão através da busca por conteúdo "que valha compartilhar", incluindo o conteúdo de anunciantes, que pode ser usado para provocar uma reação e reforçar conexões emocionais dentro de sua comunidade. Basta olhar para o fenômeno Harlem Shakers - marcas que criaram seus próprios vídeos receberam milhões de visualizações, como Pepsi (6,6 milhões), Red Bull (5,9 milhões) e Topshop (1,4 milhões), confirmando que um bom “shake” merece ser compartilhado. Porque, para a Geração C, consumir conteúdo é apenas o início do processo.

O conhecimento é a moeda da Geração C. Eles buscam inspiração e informação em uma ampla variedade de fontes e isso tem uma razão: esse público, além de valorizar seu tempo, já possui uma nova forma de consumir notícias, formar opiniões. Eles se voltam para referências das pessoas nas quais confiam, usando listas de e-mail, feeds de redes sociais e agregadores de conteúdo para traçar um ecossistema de mídia que satisfaça suas necessidades funcionais e emocionais. E, quando encontram algo que amam, vão fundo, se tornando uma valiosa fonte de informação.

De muitas maneiras, o YouTube é a voz da Geração C, oferecendo inspiração através de entretenimento, informação e educação. No YouTube a Geração C pode encontrar conteúdo de amigos, de outros criadores e de marcas, que avaliam, no contexto daquele momento. E se o conteúdo ajuda a expressar o seu propósito, eles vão compartilhá-lo.

A Geração C recebe abertamente marcas em seu círculo social. Ser atraente, autêntico e “valer o compartilhamento” é o custo de entrada. A publicidade que não tiver essas características estará fora do radar deles. Para evitar isso, as marcas devem enfatizar valores e paixões autênticos que podem ser mobilizados e, em seguida, fornecer um ponto de encontro. Também devem estimular a participação da Geração C, envolvendo-os em design de produtos ou conectá-los com as causas que importam. E devem fazê-lo o quanto antes, já que em apenas sete anos este será o maior grupo de consumidores em grandes países, como o Brasil.


Disponível em http://www.proxxima.com.br/home/conectados/2014/01/07/Uma-gera--o-movida-a-conex-es.-Por-Esteban-Walther.html. Acesso em 07 jan 2014.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Filmes do Super Bowl são menos eficazes

Jack Neff
07 de Janeiro de 2014
 
Um estudo realizado pelo instituto de pesquisa Communicus sugere 80% dos anúncios do Super Bowl não têm efeito sobre vendas. Na verdade, os US$ 4 milhões gastos numa inserção de 30 segundos compra uma chance muito maior de que os anúncios não funcionem, já que em média, de acordo com a empresa, só 60% dos anúncios que costuma testar não aumentam compra ou intenção de compra.

A empresa entrevistou mais de mil consumidores antes e depois de terem sido expostos aos anúncios nos jogos de 2012 e 2013. Antes da final, a Communicus perguntou o que compraram recentemente e o que pretendiam adquirir entre as categorias que abrangiam a base de anunciantes do Super Bowl. O instituto acompanhou o mesmo grupo nas duas semanas seguintes, voltando a fazer perguntas semelhantes e novas. Para categorias com ciclos mais longos de compra, como automóveis, o instituto usou outras medidas, incluindo a disposição de mudar o interesse de compra sobre determinada marca.

Jeri Smith, CEO da Communicus, disse que a primeira leitura de um anúncio costuma levar quatro semanas até causar algum efeito. Segundo ela, filmes do Super Bowl devem perder efeito pelo fato de muitos não voltarem ao ar regularmente após o jogo. “Achamos que só uma exposição do anúncio muitas vezes não é suficiente para fazer qualquer coisa acontecer”, afirma a executiva.

“As marcas realmente movimentam o quociente de entretenimento a ponto de atingirem o topo do ranking do USA Today”, diz. “Mas percebemos que a associação da empresa com comerciais do Super Bowl é muito mais baixa do que você conseguiria com uma compra de mídia típica, apenas por causa da maneira como a criação está estruturada.”

Filmes do Super Bowl realmente fazem melhor do que a média em awareness: 44% das pessoas lembram que viram uma peça veiculada durante a final, contra 32% para anúncios de GRP semelhante. Mas uma vez que o criativo se concentra menos sobre as marcas nos filmes do Super Bowl, os consumidores também acabam lembrando menos das empresas por trás dos anúncios.

Segundo Jeri, o Super Bowl funciona melhor para novos produtos, porque a mensagem tende a ser mais clara. No entanto, algumas marcas sem qualquer comunicação real nos filmes também têm se saído bem. A peça da Budweiser “Brotherhood”, do jogo de 2013, mostrando a relação entre um cavalo e seu treinador, teve bom desempenho tanto como entretenimento quanto em intenção de compra. “A cerveja é um produto de afinidade”, explica ela. “Eu quero uma cerveja que me faz sentir bem comigo mesma.” No entanto, o filme “Miracle Stain” da Tide, também de 2013, fez bem em branding e é muito lembrado, mas ainda não teve efeito sobre vendas ou intenção de compra, de acordo com Jeri. “Não disse às pessoas nada que já não soubessem e, ao contrário da Budweiser, eu não compro Tide por causa da minha ligação pessoal.” Longos filmes, como o de 60 segundos da Tide, “correm o risco de as pessoas serem tão envolvidas pela história que se esquecem da marca”.

A Communicus se utiliza de algumas das métricas de intenção de compra usadas pelas próprias empresas em seus pré-testes, diferenciando-se apenas na verificação do efeito de filmes sobre consumidores que viram ou não determinado produto no mundo real, em vez de visualização forçada. Perguntar sobre intenção de compra não é tão preciso como dados de vendas, mas tem bom resultado ao isolar o impacto da publicidade entre a amostragem, uma vez que as duas fases da pesquisa (pré e pós) leva em consideração os mesmos indivíduos e a única variável real é a audiência.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/2014/01/07/Filmes-do-Super-Bowl-sao-menos-eficazes.html?utm_campaign=filmes_super&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 07 jan 2014.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Marcas com similaridade sonora induzem consumidor a erro

Jomar Martins
4 de janeiro de 2014
Embora de grafias diferentes, termos como “three dogs” e “three cats”, foneticamente, em muito se assemelham a “free dogs” e “free cats”. Logo, a sonoridade das palavras pode vir a confundir os consumidores de ração animal.

Com esse entendimento, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmou liminar que determinou a um fabricante de ração que se abstenha de usar marcas semelhantes às do concorrente, já estabelecido no mercado.

Para o autor da decisão monocrática, desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, embora os radicais “cat” e “dog” sejam designativos unicamente do animal e, portanto, não possam ser objeto de proteção isoladamente, isso não implica a total ausência de amparo a tais termos. Afinal, tais sufixos associados a prefixos bastante semelhantes contribuem para a similitude das marcas, podendo, num mesmo mercado, induzir o consumidor em erro.

‘‘Ademais, a colidência entre os nomes deve ser analisada sob o aspecto da boa-fé objetiva, na medida em que várias marcas adotadas pela agravante guardam semelhança com aquelas adotadas pela agravada, como as marcas ‘pólux’ e ‘apolo’. A toda evidência, tais colidências não se tratam de mera coincidência’’, escreveu o relator na decisão, tomada no dia 25 de novembro.

O caso

A empresa Hercosul Alimentos ajuizou Ação Ordinária, com pedido de liminar, contra a Comercial de Alimentos Konzen Ltda, ambas com sede em Ivoti (RS), para que esta se abstivisse de usar os logotipos, as marcas (fonética) e as embalagens que identificam os produtos Free Cat, Free Dog, Pólux e Kiara, dentre outros de sua linha de produção.

Com base no laudo da perícia, a juíza Carolina Ertel Weirich, da Vara Judicial da comarca de Ivoti, entendeu que o pedido era procedente, por ver semelhanças dos produtos da ré com aqueles comercializado pela parte autora — Three Cats, Three Dogs e Apolo.

De acordo com a juíza, as semelhanças apontadas pelo laudo podem gerar confusão na cabeça do consumidor, seja ele esclarecido ou não. É que como esses produtos se destinam ao público em geral, algumas pessoas poderiam se confundir, e outras não.

‘‘Não há dúvida quanto a existência de perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, considerando os prejuízos que a parte autora vem sofrendo em razão da concorrência desleal da empresa ré, mormente se considerarmos que atua há muito tempo no mercado, com considerável investimento em publicidade e propaganda, impondo-se, portanto, o deferimento do pleito liminar neste ponto (uso das marcas)’’, escreveu a juíza na decisão.

Com a procedência do pleito, houve determinação expressa para que a Comercial de Alimentos Konzen se abstivesse de fazer uso das marcas Freesul, Free Dog, Spirit Free Dog, Free Cat, Spirit Free Cat e Pólux, com Mandado de Busca e apreensão desses produtos. Além da obrigação de alterar as embalagens dos itens listados, a ré foi compelida a retirar do mercado qualquer produto que imite ou reproduza as marcas e conjuntos-imagem da autora.

Em caso de descumprimento, a juíza fixou multa diária de R$ 5 mil, até o limite máximo de R$ 500 mil.

A julgadora indeferiu, no entanto, os pedido de apreensão dos grãos de rações da empresa ré e de proibição de produção das rações nos formatos em que são atualmente produzidas. É que a especialista assinou o laudo não emitiu parecer conclusivo quanto à similaridade dos grãos a ponto de confundir o consumidor, já que sua análise deu-se sobre as imagens das rações nas embalagens dos produtos, deixando de proceder à verificação direta dos grãos.

A decisão: http://s.conjur.com.br/dl/tj-rs-mantem-liminar-determinou.pdf

Disponível em http://www.conjur.com.br/2014-jan-04/marcas-foneticamente-iguais-nao-podem-conviver-mesmo-mercado-tj-rs. Acesso em 06 jan 2014.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A “geração do agora” e os novos desafios de agências e anunciantes em 2014

Revista Proxxima
Um desafio a ser enfrentado pelos anunciantes é a sensação de que tudo acaba antes mesmo de começar. Todos nós sabemos que a cultura está acelerando cada vez mais – temos oito temporadas de moda em vez de duas; o e-mail cedeu lugar para o Twitter e o Snapchat; #YOLO (sigla para you only live once, que significa você só vive uma vez, em tradução livre) é o mantra da geração pós-millenial. Tudo está mais rápido, imediato, mais “agora”. Nossa relação com o tempo está mudando.

Com tanta coisa acontecendo e tanta coisa para acompanhar, focar no “agora” se tornou estratégia essencial para consumidores e anunciantes. A prova disso está em toda parte. Os namoros efêmeros evoluíram com aplicativos como Tinder, Twine e Grindr, lojas e restaurantes pop-up são quase obrigatórios. Novos serviços eliminam a espera por um táxi, e houve um aumento considerável na demanda por delivery no mesmo dia, como o Instacart.

Agendar férias de última hora e assistir programas de TV em streaming deixam claro a nossa crescente falta de paciência e o desejo por resultados imediatos em cada aspecto de nossas vidas.

Um efeito colateral de toda essa aceleração cultural é que nossos cérebros estão ficando programados para obter gratificação instantânea. O acesso ilimitado à informação e o desejo por validação externa estão alterando o comportamento das pessoas, gerando implicações para os anunciantes. Queremos mais novidade. E queremos agora.

Marketing de momento

2014 é o ano em que os anunciantes devem dominar a revolução do “moment marketing”. Veremos um crescimento da comunicação voltada para o engajamento, alcance da social media e relevância cultural. O sucesso do tweet da Oreo durante o apagão no Superbowl mostrou o potencial desse tipo de abordagem. Outro exemplo é o case #lookup da British Airways, que usa o GPS para rastrear as origens e destinos de aviões.

Essa tendência também está sendo impulsionada por apps como BorderLeap, que analisa dados pessoais e ambientais para sugerir diversas atividades, ajudando pessoas aproveitar o dia. O ImpulsiveSave transforma atividades de longo prazo, como economizar dinheiro, em gratificações na forma de mensagens, que parabenizam usuários que cortaram despesas (como pular aquela ida matinal ao Starbucks).

Apps espontâneos

Ser parte da Generation Now também pode significar distanciar-se do virtual para aproveitar o momento presente. O termo “phubbing” descreve o ato de chamar a atenção de pessoas que, durante o convívio social, ficam olhando o celular em vez de prestar atenção ao redor.

Esse novo comportamento apresenta oportunidades e inspirações para o marketing inteligente. Recentemente, o bar paulistano Salve Jorge criou o “Offline Glass”, um copo de cerveja que só fica em pé com o apoio de um celular.

Aplicativos como o “Soundhalo” refletem a demanda para viver melhor o momento. O serviço disponibiliza vídeos de artistas logo depois do show ter sido executado. A ideia é que fazer com que os amantes de música parem de gravar o show e apenas aproveitem aquele instante.

Marcas e anunciantes deveriam pensar mais sobre como podem aderir a essas tecnologias para ajudar as pessoas a ser mais espontâneas e aproveitar o momento que é agora.


Disponível em http://www.proxxima.com.br/home/negocios/2014/01/02/--A--gera--o-do-agora--e-os-novos-desafios-de-ag-ncias-e-anunciantes.html?xxi_campaign=portal&xxi_source=destaque&xxi_medium=principal. Acesso em 02 jan 2014.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Patrocínio esportivo movimentou R$ 665 milhões em 2013

Propmark
Segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Os anunciantes investiram pelo R$ 665 milhões em patrocínio esportivo em 2013 e confirmaram o futebol como a modalidade que mais recebe dinheiro de marcas neste formato de comunicação. Os dados foram revelados por um estudo divulgado na última semana pela Brunoro Sport and Business (BSB), empresa que atua no ramo dos negócios esportivos.

O estudo considerou o valor investido no patrocínio das 89 equipes que disputaram a principal liga de quatro modalidades - futebol, futsal, basquete e vôlei. O futebol concentrou 68% do investimento de patrocinadores, seguido por vôlei, com 16%, e basquete, com 9%. O futsal deteve 7% da verba.

Os números demonstram a preferência das marcas em buscar clubes de futebol para patrocinar, afirma Eduardo Rezende, vice-presidente da BSB. "O futebol concentra a maior parte deste universo por criar um grande elo emocional entre as marcas e o cliente torcedor, atraindo assim um número maior de empresas interessadas em investir no esporte", diz.

A BSB também mapeou os setores envolvidos e constatou que instituições públicas e empresas de comunicação e saúde, assim como de construção civil e do setor bancário são as que mais investem em esportes. Governos estaduais e municipais também ganham destaque em modalidades como o futsal, o basquete e o vôlei.


Disponível em http://propmark.uol.com.br/mercado/46791:patrocinio-esportivo-movimentou-r-665-milhoes-em-2013. Acesso em 02 jan 2014.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A força do branding na era do intangível

Claudia Penteado
23 de dezembro de 2013
 
Ao subir ao palco para receber seu prêmio de Destaque de Comunicação da ABP (Associação Brasileira de Propaganda) há algumas semanas, Ana Couto, da Ana Couto Branding, foi taxativa: “Fui indicada três vezes e finalmente ganhei. Se não ganhasse não viria mais à festa”. A impaciência procede: ela está no mercado desde 1993 e foi a primeira designer do país a aplicar os conceitos de branding a seu trabalho, quando sequer se falava do tema. Ela comenta nesta entrevista que mais do que nunca o branding se faz necessário.

Você praticamente inventou o branding no Brasil. Ou pelo menos foi quem o trouxe para perto do design?
Isso tem um fio condutor bem claro. Na verdade, eu fiz antropologia e design, dois anos de cada. Nos dois últimos anos de PUC eu já estava trabalhando, na época com o designer Giovanni Bianco. Quando casei, meu marido foi fazer doutorado na Filadélfia e acabei indo morar nos Estados Unidos por cinco anos, onde também fiz mestrado em design. Foi um novo mundo que se abriu: peguei a primeira turma da Pratt (Pratt Institute, NY) com computador, e havia muitas mudanças acontecendo. Fiz uma grande imersão no mercado americano, muito mais desenvolvido.

E ao voltar, há 20 anos, como foi chegar com esses novos conhecimentos ao mercado brasileiro?
Quando voltei, trouxe alguns clientes americanos – de um mercado maduro e muito globalizado. Montei a Ana Couto Design lá, na verdade. Ao voltar levei um choque ao me deparar com o desenvolvimento do serviço de design no Rio de Janeiro. Era um serviço terceirizado da agência de publicidade, o below do below the line. Ao mesmo tempo acontecia no Brasil algo interessante: alguns projetos de branding entraram em cena como as mudanças de marcas do Bradesco, da Varig, com valores “de verdade”. Quem fez os projetos foi a Landor, uma empresa grande, internacional. A Ipiranga também realizou um job semelhante na época. Me lembro que, por estar muito confiante, ter trabalhado fora, procurei os diretores de marketing dessas empresas e perguntei por que não haviam contratado a minha empresa, por exemplo. A resposta foi que eles recebiam um serviço completamente diferente dessas empresas, com uma grande estratégia por trás. Porque uma estratégia de marca não é uma logomarca. Ali vi que realmente o gap de serviços era muito grande.

Não havia ninguém que oferecia esse tipo de serviço no Brasil?
Não. Fiz então um road show e fui falar com essas empresas internacionais, me apresentar – a Landor e a Addison –, propondo uma parceria, uma joint-venture, disse que achava que poderia ser uma boa candidata a parceira delas no Brasil, um mercado promissor. Fiz associação com a Addison e realizamos alguns projetos juntos como Vésper, entre outros. Foram dois ou três anos e aprendemos muito. Depois me associei à Landor – e fizemos projetos para Embraer e Gerdau. Cresci muito e comecei a questionar: cadê as marcas brasileiras? Por que não somos um país global?

E a pergunta permanece atual. Por quê?
Pois é. Cadê as marcas brasileiras? Existe um contexto. Nunca há uma razão só para as coisas serem como são. Há um contexto econômico e outro cultural, ambos muito fortes. O contexto econômico é que o Brasil era um país muito fechado, uma economia com muitas barreiras. A gente esquece. Há 15 anos não se podia comprar nada – som, TV, enfim. Agora podemos comprar qualquer marca. A globalização não havia passado pelo Brasil ainda. Ser um país globalizado, com força global, veio pós-Brics, um marco, e com a revolução digital. Quando voltei ao Brasil sempre ouvia: “Olha essa marca lá de fora, vamos fazer algo parecido?”. Hoje isso acabou.

As marcas de fora vieram com tudo. E as brasileiras não “foram” com tudo?
Não chegamos às 100 mais valiosas do mundo. Os rankings são bons para lançar alguns critérios no mercado. O que não existe e acredito ser esta a próxima evolução do branding é uma estratégia de como medir o valor de uma marca. Como isso pode entrar em um balanço. A forma de gerir patrimônio hoje ainda é antiga, em cima de valor de troca. Se você hoje olhar o balanço da Nike, consta o valor em contrato da Nike, que é infinitamente inferior ao valor da marca Nike de fato. Ela só entra para o balanço contábil se é vendida. Eu acredito que é uma visão que precisa evoluir. O intangível é difícil de ser avaliado se não tiver “valor de troca”. Rankings servem em momentos de troca, venda, aquisição. Saímos de um século XX – em que fizemos produtos – e entramos no século XXI com outras premissas, do intangível, da comunicação virtual, do valor do planeta, do carbono. São novas questões e que justificam o valor do branding. Não se pode mais viver da premissa apenas da venda de um produto. O valor vai além da troca. O branding tem que criar valor para todos os stakeholders – diferente do marketing, cujo objetivo é fazer venda para seu consumidor: canal, preço, promoção. Gestão de marca é diferente de gestão de comunicação, do negócio. É um tripé que precisa estar bem azeitado.

O que mudou no branding, ao longo do tempo?
Hoje o nosso cliente é todo o time executivo da empresa. Todo o trabalho é feito para o CEO da empresa com os diretores-executivos. Há vários encontros. É uma reflexão pesada sobre qual é o papel da marca no seu negócio. Ocupamos um espaço muito diferente de quando éramos terceirizados por agências de publicidade. Acredito que a gestão da marca tem que estar no centro do negócio. Não acho que o branding esteja valorizado da forma que acredito, mas conquistamos esse território e a parceria com os gestores do negócio, que é muito importante. Marca tem cultura envolvida, valores, o que o gestor acredita, sua visão de mundo.

Como é a sua metodologia e como foi mudando, evoluindo?
Como sempre fomos independentes, sempre fomos focados em aprender e desenvolver a metodologia. Isso sempre foi uma questão muito forte. E o design thinking ajuda muito. É uma metodologia de processos. A “onda” do design thinking vinculada à inovação tem muito a ver com branding também. O bom design tem um processo de trabalho muito forte: análise, conhecimento do consumidor, conhecimento do seu objetivo e desenvolvimento de cenários e melhorias. Acredito muito – e dentro da visão do branding – que é algo que tem que durar, ter longo prazo. Nenhum designer nunca fez uma marca para acabar em dois ou três anos. E há marcas que duram 100 anos. Temos isso na nossa essência. Perguntam muito por que o branding veio para o design. Creio em dois pilares fortes para responder isso: a questão do design thinking e a longevidade da marca – que é diferente da propaganda, que é mais cíclica, pontual, com discurso de venda. Fomos também evoluindo nosso time: hoje temos um time de estratégia muito pesado – de estrategistas. Isso agrega muito. As pessoas vieram de marketing, de estratégia, de negócios. E temos uma bibliografia muito profunda sobre branding. Fiz diversos cursos de especialização – em Kellogg e em Harvard, por exemplo. Minha formação inicial em antropologia foi muito importante e estudei filosofia durante anos. Não há design, afinal de contas, que não esteja inserido em uma cultura.

O que é novo na sua área?
Acredito que o que há de novo e muito forte é trabalhar juntos. É o working in progress com o cliente. Não trabalhamos para o cliente, trabalhamos com o cliente, construímos juntos. Em geral faço seis reuniões com o time executivo e costumo dizer que é sempre uma construção e desconstrução, construção e desconstrução. Não trazemos nada pronto, construímos juntos. Temos uma metodologia e o cliente entende do negócio. Isso é muito potente. Porque no final do dia o cliente se sente dono do processo.

Como implementar, mudar a cultura de uma empresa?
Há dois stakeholders muito importantes nos processos: os colaboradores. Faz-se show-cases de lançamento de marca para os funcionários. Apresentações, palco, muitas pessoas. Empresas que acreditam conseguem com isso transformações internas muito grandes, as pessoas saem totalmente engajadas. É uma mudança forte, para dentro – transformar a cultura da empresa com uma proposta de valor. Que valores se quer para uma marca? A Apple quer desafiar o status quo. É preciso uma cultura de inovação, focada em criação e design para conseguir isso, na dimensão interna. E tem a dimensão externa – como fazer dessa proposta de valor um discurso de venda. O posicionamento. Não adianta prometer e não cumprir. É o segundo desafio: cumprir sua promessa.

Como você vê a construção – ou a falta de – da marca Brasil?
Acho que a marca Brasil tem muitas associações boas, positivas. Tem crédito, um goodwill bom, um campo associativo que tem uma ressonância na aspiração das pessoas globalmente. O estilo de vida, a alegria, a simpatia do brasileiro. Só que toda marca tem uma dimensão emocional e uma racional. Não acredito em “love brands” à toa. Elas precisam estar muito bem embasadas em uma entrega. Não adianta não ter uma entrega racional que faça também um contraponto à entrega emocional. Emocionalmente há um campo associativo positivo, mas racionalmente a entrega é pobreza, violência, falta de infraestrutura, corrupção. A marca é um duelo entre o que se promete e o que se cumpre. Isso corrói o crédito positivo. A Varig tinha um crédito emocional muito bom das pessoas – que foi sendo gasto e não sobrou nada. Apenas dívidas.

E não há branding que salve?
Não, o branding ajuda a construir valor.

O Rio de Janeiro, como marca, vem sendo bem trabalhado?
As duas capas da Economist que tiveram o Brasil como tema são bem simbólicas. Fico triste de estarmos sempre nessa marca que não acontece. É um país que vai e volta. Promessa quebrada em suas expectativas. É muito ruim. Por outro lado nunca voltamos para o mesmo lugar, estamos sempre andando um pouco, não é um caminho reto. Andamos 10, voltamos 3, andamos 3, voltamos 1. Andamos bastante. O Rio e o Brasil andaram bastante, deram passos de volta, mas não voltaram à estaca zero. No caminho, vamos implodindo certos viadutos. E é bom quando implode, porque não há mais caminho de volta.

Você tem marcas que trabalham há muito tempo com você. A Vale, por exemplo?
A Vale foi meu primeiro cliente brasileiro, há 20 anos. Hoje fazemos só comunicação com investidores. O branding vem muito nessa esfera de investimento, de bolsa, de capital pulverizado, mais gente investindo, ócios da sociedade. Coca-Cola, Itaú, Procter & Gamble também são clientes. O que acho bacana é trabalharmos com clientes grandes, internacionais, que já têm instrumental de gestão de marca muito forte vindo de fora, clientes nacionais em que implementamos gestão de marca e clientes de médio e pequeno porte – a nova geração de marcas brasileiras, que cresce com essa visão de gestão de valor.

Quem pode fazer branding?
Acho muito positivo que existam muitas empresas oferecendo o serviço de branding. Não acho que virou moda, mas é uma necessidade e de longo prazo. Como todo mercado, é muito grande, com empresas de perfis diferentes.


Disponível em http://propmark.uol.com.br/mercado/46773:a-forca-do-branding-na-era-do-intangivel. Acesso em 25 dez 2013.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Alcance do Facebook derruba engajamento

Revista Proxxima
19 de Dezembro de 2013
O indexSocial acaba de revelar, em sua análise de novembro, que as marcas chegaram a cerca de 640 milhões conexões no mês passado nas redes Facebook, Twitter e YouTube. Apesar do crescimento em audiência, a média de engajamento, que registrou índice de 0.12%, foi inferior à média de 0.35% do primeiro semestre do ano. A queda é reflexo da redução constante do alcance orgânico dos posts.

Audiência

O aumento de 7% na audiência das marcas (40 milhões de novas conexões) mexeu também com o ranking Top 10. O destaque do mês fica para a Garoto, que conquistou 1.2 milhão de novos fãs, ocupando o 4° lugar. Guaraná segue na liderança, com mais de 16.4 milhões de pessoas conectadas à marca, seguido de perto pela 2ª colocada no ranking, Coca-Cola. Skol (3ª) cresceu em ritmo menos acelerado que o mercado. O top 10 de audiência conta ainda com Hotel Urbano (5ª), Claro Brasil (6ª), Lacta (7ª), Brahma Futebol (8ª), Netshoes (9ª) e L’Oreal (10ª).

Crédito: Reprodução

Engajamento

O índice que mostra a interação entre consumidores e marcas segue liderado por Brahma Futebol (união dos diversos perfis de Brahma relacionados a futebol), que voltou a crescer no período e chegou a 4.7% de engajamento em novembro. Use Huck, CVC Viagens, Chiclets e Jack Daniels saem do ranking, que deixa de ser dominado por marcas de bebidas alcoólicas. Adidas Futebol (2ª) entra pela primeira vez na lista, assim como Emirates (4ª), Melissa (5ª) e Lenovo Brasil (7ª). Completam o top 10: Arezzo (3ª), Skol (6ª), adoro FARM (8ª), Garoto (9ª) e Loja Melissa (10ª).

Crédito: Reprodução

Share de engajamento

As 10 maiores marcas nesse segmento representam, no período analisado, 59.4% de todas as interações medidas pelo indexSocial. Só Brahma Futebol (líder em share de engajamento) representa 37% desse índice em novembro. Skol segue na segunda posição, apesar de registrar queda de 16.1% para 5.7%. Adidas Futebol estreia no ranking na terceira colocação com 3.5% de share de engajamento. O top 10 ainda é formado por: Garoto (4ª), Guaraná (5ª), Emirates (6ª), Stella Artois Brasil (7ª), Arezzo (8ª), Melissa (9ª) e a estreante Samsung Mobile Brasil (10ª).

Crédito: Reprodução

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/12/19/Alcance-do-Facebook-derruba-engajamento-das-marcas?utm_campaign=fb_marcas&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 19 dez 2013.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Momento família ou data promocional?

Meio & Mensagem
27 de Novembro de 2013
 
Ainda existe o espírito de Natal ou o feriado se tornou essencialmente uma data comercial? Qual a importância dada aos presentes? Para responder essas e outras perguntas sobre a principal data do calendário ocidental a McCann Worldgroup decidiu fazer um levantamento em 13 países da América Latina onde realizou 2.500 entrevistas, sendo 1.000 delas no Brasil.

A pesquisa online ouviu homens e mulheres de 30 a 60 anos, pais e mães de família de todas as classes sociais, da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, México, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai, além do Brasil. O estudo foi realizado pelo Instituto Opinaia.

Para 66% da amostra, o Natal é a data mais importante do ano, sendo que reunir a família é a principal razão para celebrar (93%). O aspecto religioso também se destaca: para 81% dos entrevistados a celebração do nascimento de Jesus Cristo é muito importante. Já 63% afirmam que não existe Natal sem orações, enquanto 50% dizem que não existe a data sem cerimônias religiosas.

Quando o assunto é o aspecto promocional, 60% consideram o Natal uma data comercial na qual se gasta demais. No entanto, 64% não veem lado negativo na data e 52% acreditam que sem presentes não há Natal. As principais motivações para presentear são ver as pessoas que ama felizes (75%) e expressar carinho (74%). E comprar o presente é parte dos festejos que mais provoca stress: 49% contra 48% para arrumar a casa e 44% para a comida.

Apesar de 61% da base acha uma dor de cabeça sair na rua ou ir para os centros comerciais pela quantidade de gente e tráfego, 81% declaram se empenhar muito para comprar os mimos e 71% dizem curtir muito sair para comprar presentes. E a promoção não é o único fator que pesa no momento da decisão.

 
Crédito: Truth about Next Promo: Natal - McCann Worldgroup

O momento de escolha dos presentes é uma grande oportunidade para as marcas iniciarem um diálogo com os consumidores. Segundo os resultados da pesquisa, 60% dos entrevistados agradecem as marcas que, em sua comunicação, dão ideias do que presentear na data. Além das dicas, o público espera que as marcas lembrem, em suas campanhas, o verdadeiro sentido do Natal, e passem mensagens de esperança e sonho. “Não é a promoção pela promoção. As marcas devem ajudar os consumidores de aliar o bom preço ao presente pertinente”, aponta Daniel Palma, gerente de planejamento da WMcCann e responsável pela pesquisa no Brasil.

Crédito: Truth about Next Promo: Natal - McCann Worldgroup

Crédito: Truth about Next Promo: Natal - McCann Worldgroup

Crédito: Truth about Next Promo: Natal - McCann Worldgroup


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/11/27/Momento-familia-ou-data-promocional.html?utm_campaign=natal_familia&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 27 nov 2013.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Storytelling e o propósito das marcas

Milena Seabra
15 agosto 2013
 
O termo storytelling tem sido muito utilizado nas estratégias de comunicação das marcas, pois as empresas utilizam cada vez mais esta ferramenta para criar emoções, desejos, ganhar a confiança, o coração e a mente dos consumidores. Mas é importante lembrar que a arte de contar histórias é um processo que precisa começar muito antes da criação de uma campanha.

A construção da história de uma marca passa principalmente pelo processo de criação de uma conexão pessoal entre consumidores e empresa. Essa conexão somente ocorre quando essa história cria um sentimento em torno daquilo que a empresa faz, gerando uma empatia que leva a marca e a empresa a interagirem, acreditando compartilhar do mesmo estilo, dos mesmos valores e das mesmas visões de mundo.

Sabemos que o storytelling não é novidade e já é muito utilizado pelo mercado publicitário e pelas empresas na construção da identidade da marca, conexão com o público e consequentemente na busca pela perpetuação da marca, pois quando uma história mobiliza emocionalmente as pessoas, estas a repassam e a mensagem se amplifica. O ponto aqui é que essa prática tem se tornado uma tendência muito forte e a habilidade para contar histórias realmente engajadoras tem ficado cada dia mais complexa.

Na verdade, o que me motivou a escrever sobre isso foi o dossiê sobre storytelling publicado na última edição da Revista HSM (jul/ago), com uma série de artigos e entrevistas. A revista apresenta o tema como a arte de contar histórias que, além de ser cada vez mais importante na comunicação e na publicidade, passa a ocupar um espaço de destaque também no ambiente corporativo. As empresas que realmente entenderam o papel do storytelling passam agora a utilizar suas ferramentas no ambiente do negócio, no envolvimento dos colaboradores e dos principais stakeholders, já que é o modo mais eficaz de captar a atenção das pessoas, agitá-las emocionalmente e satisfazê-las com uma conclusão que as motiva a agir. A revista apresenta ainda o paralelo com o mundo do cinema e cita cursos para aqueles que querem se desenvolver ainda mais nessa arte.

Uma reflexão interessante sobre o tema é a relação entre a percepção e a memória, estudada pela psicóloga Nicole Speer, da Universidade do Colorado. Após pesquisar essa relação, ela mostra que as histórias não apenas nos permitem processar as informações, mas também nos conectam emocionalmente com a outra pessoa. Por isso, aproximadamente 70% de tudo aquilo que aprendemos acontecem através de histórias que são contadas das mais variadas formas, da escrita, oral ou visualmente e dentro dos mais variados contextos, um livro, um filme, um poema ou até uma biografia, mas o fato é que as histórias transformam informações em significado.

Fazendo um paralelo ao ambiente em que vivemos, no qual o bombardeio de informações que diariamente é direcionado a nós consumidores é cada vez maior, podemos perceber que muitas vezes nossos ouvidos se fecham quando somos alvo de uma campanha de marketing, mas quando nos contam uma história interessante e envolvente, é provável que estejamos mais abertos a escutar. Outro ponto importante que não podemos esquecer quando falamos de storytelling é que o mundo digital potencializou muito os canais para que essas histórias sejam disseminadas. As redes sociais como o Facebook, Twitter, LinkedIn, além de blogs e website se tornaram uma fortíssima ferramenta para esse compartilhamento.

Mas para mim dois pontos são essenciais para que o storytelling seja realmente um sucesso. Primeiro é necessário que as marcas tenham um forte propósito e suas histórias sejam genuinamente verdadeiras, exclusivas e reais. Segundo ponto é que as histórias sejam aderentes à promessa de entrega de sua marca, pois somente marcas que têm um propósito claro e um posicionamento sólido são aquelas que realmente têm histórias para contar e compartilhar com propriedade, e isso ninguém é capaz de copiar.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/ponto_de_vista/2013/08/16/Storytelling-e-o-proposito-das-marcas.html. Acesso em 24 nov 2013