quinta-feira, 10 de junho de 2010

O poder da assertividade

Ana Cristina Chaer Dib Netto
No mundo corporativo, é muito comum a assertividade ser confundida com agressividade. De fato, a linha que separa as duas posturas é tênue e, por isso, nem sempre elas são adotadas corretamente. Alguns executivos acham que ser assertivo é sinônimo de grosseria, petulância e autoritarismo. Eles exageram na dose de autoconfiança (característica que, segundo especialistas, toda pessoa assertiva deve possuir) e não raro partem para o ataque verbal quando são contrariados. Outros preferem adotar uma postura submissa e não defendem ideias porque têm medo de criar atritos.

Porém, apesar da confusão, a assertividade nada mais é do que um comportamento direto, honesto e dinâmico. Pessoas que a adotam são confiantes, produtivas e sabem dizer sim ou não sempre que necessário. Sem drama.

Do ponto de vista empresarial, um líder ou funcionário assertivo pode ajudar:
* A reduzir a improdutividade causada por desentendimentos na comunicação
* A propagar novas ideias e programas
* A eliminar reuniões intermináveis e o adiamento das decisões tomadas por líderes que preferem manter a paz aparente do que se posicionar

Segundo a revista americana INC, atitudes assertivas também contribuem para o estreitamento das relações de trabalho, reduzem o estresse, melhoram a auto-estima e aumentam as chances de sucesso da empresa.

Em um mercado cada vez mais competitivo, não há espaço para a adoção de atitudes extremas. Saber se posicionar corretamente é determinante para o êxito. Por isso, se após uma autoavaliação você constatou que não está no caminho certo, confira as dicas abaixo e aprenda a usar a assertividade a seu favor:

Seja específico

Nunca diga: “Precisamos do trabalho pronto assim que possível”. O correto é falar: “Preciso do trabalho concluido na minha mesa, às 18h, na sexta-feira. Como posso te ajudar para que ele seja feito no prazo?”. Usar o assim que possível não transmite clareza porque pode ser entendido como hoje ou daqui a um mês, dependendo da interpretação e disposição do funcionário.

Saiba dizer não

Nunca responda sim apenas para manter o clima de paz. Saiba discordar e expor seus argumentos, porém sem ofender. Não leve para o lado pessoal opiniões distintas da sua. Quando não concordar com algo dito em uma reunião, por exemplo, fale: “Tenho uma outra sugestão que gostaria de compartilhar com vocês”.

Planeje

Procure anotar metas e pensamentos. Troque-os com pessoas de diferentes áreas da empresa. Ao pedir opinião, esteja preparado para as possíveis críticas.
Não tenha vergonha de esclarecer dúvidas

Se algo não ficou claro, não finja que entendeu. Uma segunda explicação irá poupá-lo de refazer o trabalho e pode ajudar a desenvolver a tarefa com mais confiança.
Mantenha o autocontrole

Em situações difíceis, use a racionalidade para dominar emoções. Não há nada pior do que trabalhar com pessoas que perdem a linha e tornam o ambiente de trabalho pesado.

Boca-a-boca e opiniões postadas na internet são as propagandas mais confiáveis

Ibope
Sugestões de amigos e opiniões de consumidores expressas online são as formas mais confiáveis de propaganda global, de acordo com a última Pesquisa de Consumidor da Nielsen Online, realizada duas vezes ao ano com 25.000 consumidores da internet, em 50 países.

A pesquisa da Nielsen, a maior de sua categoria, mostra que nove entre cada dez consumidores da internet no mundo (90%) confiam nas sugestões de pessoas conhecidas, enquanto sete em cada dez (70%) confiam na opinião de consumidores expressas online. Porém, nesta nova era de controle do consumidor, os publicitários serão motivados pelo fato dos sites das marcas - a forma mais confiável de propaganda conduzida por publicitários - terem a confiança da mesma quantidade de pessoas (70%) que as opiniões de consumidores expressas online.

“A explosão na Mídia Gerada pelo Consumidor (Consumer Generated Media – CGM) nos últimos dois anos indica que a confiança dos consumidores no boca-a-boca durante o processo de tomada de decisão, seja por pessoas conhecidas ou por consumidores online não conhecidos, tem crescido significativamente”, diz Jonathan Carson, presidente da Nielsen Online. Porém, o executivo acrescenta: “Vemos que todas as formas de propaganda conduzidas por publicitários, exceto anúncios em jornais, também têm tido um aumento nos níveis de confiança; é provável que a revolução CGM tenha forçado os publicitários a usar maneiras mais realistas nas mensagens com base nas experiências dos consumidores ao invés dos nobres ideais publicitários.”

A pesquisa apresenta ainda uma relação de diferenças regionais entre os 50 países pesquisados. “Essas diferenças fornecem um claro guia aos publicitários sobre como focar suas estratégias de publicidade em diferentes países”, explica.

Embora os sites das marcas alcancem altos índices de confiança, outras formas de publicidade digital ficaram com índices abaixo do anúncios da mídia tradicional, à exceção dos jornais, nos quais a propaganda apresenta queda nos níveis de confiança.

Carson conclui, “Apesar do maior número de internautas e do tempo despendido online, a indústria ainda necessita atrair renda publicitária de acordo com os atuais níveis de consumo da mídia online. A habilidade para mudar a renda publicitária da forma tradicional de mídia para a internet está em superar a forma com que a propaganda é exposta online, tornando-a um meio mais eficiente para os anunciantes das marcas e uma forma mais confiável de anunciar na mente do consumidor.”

terça-feira, 8 de junho de 2010

Anote aí 2: faturamento publicitário; redes sociais; Google; futebol; ponto-de-venda

PEREIRA, Eliane. Início de ano promissor Faturamento publicitário cresce 25% no primeiro trimestre e fatia da TV aberta chega a 63%. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1410, 24 de maio de 2010, p. 40.


DISALVO, David. Redes sociais: o universo do encontro virtual Cai por terra a visão de que sites como o Facebook, o Orkut e o Twitter criam ilusões de relacionamento e evitam contatos reais. Estudos começam a mostrar que esses espaços virtuais funcionam como novo ponto de encontro. Mente & Cérebro, ano XVII, nº 208, maio de 2010, pp. 44-49.


FALLETI, Felipe. Diga ao Google que você existe Não importa se seu empreendimento passa longe do comércio eletrônico. De pizzarias a escritórios de advocacia, toda empresa precisa ter um endereço na web. Para especialistas, além de aparecer em resultados de buscas, lojas devem ter estratégia para redes sociais. Meu Próprio Negócio, ano 8, nº 87, pp. 32-34.


ALONSO, Viviana. O que as empresas querem Reportagem mostra as empresas de vários setores de atividade que investem somas cada vez mais altas para associar seu nome ao futebol. Elas querem capitalizar a capacidade do esporte de atrair um tipo muito especial de consumidor: o consumidor-torcedor. HSM Management, ano 14, volume 5, nº 80, maio-junho de 2010, pp. 84-90.


ROSA, André. Escolha do ponto de venda pode garantir o sucesso do comércio Segundo Sebrae-SP, êxito ou fracasso do negócio pode estar relacionado ao local do estabelecimento. Diário de S. Paulo, 30 de maio de 2010, Caderno Negócios, p. 6.

Cultura brasileira garante o sucesso do Orkut, diz criador

Marcelo Gripa

"Sempre quis visitar e aprender sobre o Brasil". A definição não é de qualquer gringo curioso para conhecer de perto as aclamadas belezas naturais do país, mas sim de quem quer entender a fórmula do sucesso de um negócio. O turco Orkut Buyukkoten, criador do site de relacionamentos Orkut, visitou São Paulo e Rio de Janeiro e confirmou viver dias de celebridade por causa da febre que se tornou o projeto. A palestra aconteceu no evento Marketing Show , realizado em um hotel da capital paulista. Em tom humorado, o gerente de Projetos da Google, empresa dona do site, iniciou sua apresentação explicando sobre os motivos que o levaram a construir a idéia. A proposta era encontrar um meio pelo qual fosse mais simples promover socialização virtual entre indivíduos. Não importa o nível de relacionamento. O objetivo era facilitar a promoção desde encontros amigáveis até casos de romance entre usuários.

O Brasil responde atualmente por mais da metade dos 43 milhões de adeptos mundiais do serviço. Mais precisamente 56,97% segundo estatísticas mostradas durante a apresentação. Buyukkoten atribui tal sucesso à natural cultura de socialização exercida por aqui. Segundo ele, o povo brasileiro tem a característica de ser "amistoso, comunicativo e interativo".

O gerente de Projetos não escondeu a surpresa com relação à aceitação. Nos primeiros seis meses em prática, houve um crescimento "inesperado". Com isso, foi necessária uma reestruturação para acompanhar tal evolução. Já em outros países como EUA, o Orkut não tem tanta repercussão assim. Serviços como MySpace ou Facebook são mais populares.

Publicidade no Orkut

Embora sustente um número expressivo de usuários, o site ainda não trabalha diretamente com inserção de publicidade. Mas isso deve mudar em breve. Buyukkoten confirmou conversas e testes iniciais com parceiros e empresas da área de Marketing para agregar rentabilidade ao serviço. Estratégias estão sendo desenvolvidas e pensadas para oferecer interesse à navegabilidade por meio de anúncios de acordo com seus perfis e preferências.

Casos de venda de comunidades hospedadas no Orkut foram criticadas pelo palestrante. "Não é justo lucrar em um serviço que a própria empresa fundadora não ganha nada. Por isso sugiro mais de um moderador por comunidade", alertou.

Por falar em lucros, ele preferiu omitir se ficou rico com sua invenção. Entretanto, disse que na Google os funcionários costumam ser incentivados e recompensados de acordo com suas idéias.

História do site

O modelo inicial do Orkut foi criado em 2001, mas lançado apenas em 2004. O desenvolvimento da estrutura foi possível graças aos 20% do tempo de trabalho permitido pela Google para que os funcionários construam idéias pessoais. De acordo com o idealizador, quando era ainda um estudante na universidade de Stanford, havia dificuldades de aproximação social. Para conhecer outras pessoas, precisaria haver alguma pessoa intermediária. "Agora é mais fácil, pois as pessoas vêem interesses em comum", finaliza.

Opinião online influencia 48% dos 64,5 milhões de internautas no Brasil

Daniela Braun

Dos 64,5 milhões de brasileiros com mais de 16 anos que acessam a internet, segundo a pesquisa F/Radar conduzida pela agência F/Nazca com o DataFolha, quase metade (48%) considera a opinião de seus pares publicada na Internet antes de comprar produto ou serviço.

O levantamento divulgado mostra que 55% dos internautas já incluíram algum conteúdo na rede, 51% citam a busca de informação como principal motivo da navegação. Além disso, 26% deles já publicaram opinião e 20% fizeram reclamação online sobre algum produto ou serviço.

O ativismo do consumidor online é proporcional à renda e à escolaridade, segundo o estudo. Entre os internautas com ensino superior completo, por exemplo, 45% já publicaram opinião sobre produto ou serviço.

Na avaliação do F/Radar, os dados ganham mais relevância quando se leva em consideração o fato de que 87% dos internautas entram na rede pelo menos uma vez por semana e 38% o fazem todos os dias. Em agosto, os internautas residenciais brasileiros ultrapassaram a média de 24 horas conectados, de acordo com o Ibope Net//Ratings.

Nesta edição da pesquisa semestral sobre internet no Brasil, a F/Nazca realizou 3.003 entrevistas em 172 municípios brasileiros, no mês de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.