PORCIÚNCULA, Felipe. Líderes do varejo se fortalecem – Movimentos de fusões e aquisições devem
gerar novos desdobramentos em 2010. Meio & Mensagem Especial: Agências
& Anunciantes, ano XXXII, nº 1411, 31 de maio de 2010, pp. 64-68.
CASTELLÓN, Lena et
all. O novo boom dos genéricos – Com estratégias de marketing diferenciadas,
o segmento que mais cresce na indústria farmacêutica entra em nova fase com o
fim da patente do Viagra. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1413, 14 de
junho de 2010, p. 36-37.
BORGES, Thiago. Sinceridade no balcão – Além dos antigos desafios, o varejo ganha
novas nuances com a entrada de consumidores emergentes e mais informados no
mercado. Como conquistar o cliente que não tolera mais o tapinha nas costas
dado pelo vendedor e usufruir dessa nova fase? . Consumidor Moderno, ano
15, nº 148, pp. 92-96.
MESTRINER, Fabio. Embalagem da pequena empresa não precisa
ser pequena – As pequenas empresas
precisam saber que podem utilizar a embalagem como uma poderosa ferramenta de
marketing. Revista da ESPM, ano 16, volume 17, nº 3, maio-junho de 2010,
pp. 60-63.
ROSA, André. Oferecer serviços de parceiros aumenta a
clientela e o lucro – Empreendedor pode
ampliar sua atuação sem precisar investir muito, somente repassando trabalhos. Diário
de S. Paulo, 11 de julho de 2010, Caderno Negócios, p. 6.
O Consultor é o profissional que diagnostica e formula soluções para problemas empresariais, que podem ter origem em qualquer área da empresa, seja ela de caráter eminentemente técnico ou operacional e administrativo. Estando a par de modelos consagrados de análise e de gestão e em consonância com as prioridades estabelecidas pelo mercado, o Consultor pode ajudar estas empresas a se posicionarem adequadamente frente à concorrência.
domingo, 11 de julho de 2010
Anota aí 9: varejo; farmacêutica; balcão; embalagem; parceria
Marcadores:
atendimento,
balcão,
Borges,
Castellón,
clientela,
embalagem,
farmácias,
genéricos,
liderança,
lucro,
Mestriner,
MPEs,
parcerias,
Porciúncula,
Rosa,
serviços,
varejo
sábado, 10 de julho de 2010
Por que transformar o PDV em ponto de relacionamento
Sylvia
de Sá

O mix cada vez mais extenso e variado oferecido por
praticamente todos os tipos de varejo transpôs o foco do produto para o
consumidor. Hoje, as lojas não podem ser apenas pontos-de-venda. Elas devem ser
encaradas como pontos de relacionamento, em que a preferência do cliente por
preços mais baixos dá espaço à valorização de elementos como atendimento,
conforto, qualidade e conveniência.
Os pontos-de-venda, muito mais do
que pontos de contato, devem ser ferramentas para fidelizar e reter
consumidores. Pão de Açúcar, Fnac, Havaianas e Shopping Cidade Jardim são
algumas marcas que conseguiram transformar seus espaços físicos em verdadeiros
canais de relacionamento. “O consumidor busca soluções e não apenas produtos,
que atualmente são acessíveis em qualquer lugar”, diz Ricardo Pastore,
coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM.
Estes canais de relacionamento
não podem abrir mão de elementos tradicionais como preço, promoção, localização
estratégica e sortimento de produtos adequado. No entanto, é necessário somar
outros valores como serviços para os clientes, ter produtos e atendimento de
qualidade e ser uma marca multicanal, que possibilite que o consumidor encontre
o item desejado onde for mais conveniente, seja um canal virtual ou físico.
Compartilhando
experiências
“A somatória destes fatores dá aos varejistas condições de proteção contra a concorrência e garantia de relacionamento mais duradouro com os clientes”, sugere Pastore durante palestra na HSM ExpoManagement 2009. As soluções oferecidas por cada marca em seus pontos-de-venda variam de acordo com a categoria em que está inserida, o perfil do público-alvo, suas necessidades e seus desejos. Neste cenário, lojas com produtos exclusivos, marcas próprias e que ofereçam experiências diferenciadas têm chances de construir um relacionamento mais efetivo com seus consumidores.
“A experiência varia
especialmente entre categorias, mas percebemos cada vez mais o que se chama de
experimentação. O que antes era feito apenas com alimentos se transporta para
outras segmentos como cosméticos, eletrônicos e bens duráveis”, aponta Célia
Silva, diretora de Shopper da GfK, em entrevista ao Mundo do Marketing. Para o
consumidor, é fundamental ter a certeza de que o produto entrega o que está
propondo.
Nas lojas da Fnac, os visitantes
sentem-se à vontade para experimentar os produtos. O relacionamento com os
clientes faz parte do DNA da marca francesa, como indica Frederico Pabst,
diretor de Comunicação e Marketing da Fnac no Brasil. “As lojas são lugares
para compartilhar experiências, testar uma câmera fotográfica, ouvir um cd
antes de comprar, ler um livro. Isso faz parte da estratégia de Marketing de
deixar o cliente à vontade, tirando o peso da compra. Acreditamos em uma
relação de longo prazo”, comenta o executivo em entrevista ao Mundo do
Marketing.
Lojas reproduzem essência da
marca
As lojas da rede são ambientadas para criar uma atmosfera confortável, desde o design, até o mobiliário especializado e o carpete, onde, não raro, é possível ver consumidores sentados lendo revistas e livros. Além das soluções oferecidas nos pontos-de-venda, os valores e o life style da marca também são importantes.
Nas lojas da Havaianas, por
exemplo, os clientes encontram muito mais do que as famosas sandálias de
borracha. Os produtos são expostos de acordo com o conceito de cada linha e
transmitem a personalidade da marca. O maior exemplo disso é o Espaço
Havaianas, na Oscar Freire, em São Paulo. A loja conta com a linha completa,
produtos exclusivos para o mercado exterior, lançamentos e customização.
Na Fnac, o consumidor também
percebe a essência da marca e o seu foco em entretenimento. Tudo é pensado para
que haja uma troca de experiências entre os apaixonados por cultura, desde os
funcionários até os eventos gratuitos realizados, como pocket shows e
exposições. “Na Fnac, o vendedor do setor de música conhece música, assim como
o de livros conhece livros. Ele também compartilha sua paixão, tem um ponto de
vista e recomenda produtos”, conta Pabst.
Quando
menos é mais
A afinidade da equipe de colaboradores com a marca é tão importante para a Fnac que a empresa seleciona cuidadosamente seus funcionários. Para uma loja em Ribeirão Preto, por exemplo, o processo de seleção contou com cerca de sete mil inscritos que disputavam apenas 80 vagas. “Atraímos o talento e, a partir disso, damos a formação necessária”, explica.
Mas, nos pontos-de-venda, além de
funcionários preparados para atender os consumidores, é importante também que o
cliente não dependa de vendedores. Encontrar um ponto de equilíbrio para não
exagerar na quantidade de informações é essencial. “Quanto mais merchandising
no PDV, menos a pessoa percebe. É necessário organizar uma loja, uma gôndola de
forma a esclarecer mais sobre o produto”, aconselha Célia, da GfK.
O Pão de Açúcar sabe desta
necessidade e trabalha em duas principais frentes quando o assunto é informação
no ponto-de-venda. “A primeira é aquilo que chamamos de “atendimento mudo”,
através de materiais de PDV. A segunda diz respeito aos treinamentos e
capacitações que damos aos nossos colaboradores para que possam transmitir este
conteúdo e conhecimento aos nossos clientes”, conta Silvana Balbo, Gerente de
Marketing da Rede Pão de Açúcar, em entrevista ao site.
Uma solução para o varejo são os
cantinhos especiais em que as marcas expõem seus produtos e esclarecem sobre
seus benefícios sem criar muito tumulto no ponto-de-venda. Outra saída é
organizar os itens de acordo com o passo a passo no caso de categorias como
produtos de limpeza, infantis e cosméticos. O importante é saber que as
informações devem estar presentes no momento em que o consumidor deseja, seja a
partir de um vendedor ou não, e que a demanda por instruções varia de acordo
com a categoria e a complexidade do produto.
Atendimento personalizado
Assim como cada categoria e cada produto exigem um tratamento diferenciado no ponto-de-venda, o perfil do público-alvo também dita quais são os elementos que devem estar presentes. “No conceito de PDV há uma lógica muito racional, enquanto no conceito de relacionamento há emoção. Precisamos privilegiar esta emoção dentro da loja e transformar a experiência de compra em algo melhorado. O consumidor quer que a loja seja preparada para atendê-lo de acordo com o seu perfil de consumo”, ensina Pastore, da ESPM.
O Shopping Cidade Jardim, de São
Paulo, entendeu a importância de se oferecer um atendimento especializado. O
empreendimento é voltado para os clientes do segmento de luxo. Nestes casos, as
experiências sensoriais criam uma identidade própria para o ponto-de-venda que
é reconhecida pelo consumidor. “O cheiro está cada vez mais sendo trabalhado,
assim como uma iluminação adequada. Esse tipo de experiência sensorial auxilia
a ‘linkar’ a marca e é interessante de ser trabalhada no PDV”, aposta Célia.
O empreendimento percebeu a
mudança do consumidor e adaptou o conceito de luxo para a demanda atual.
"As pessoas não buscam mais apenas bens materiais que estão focados em
qualidade e exclusividade, mas também procuram curtir seus momentos de lazer,
passar mais tempo com a família e amigos, além de valorizar cada vez mais a
qualidade de vida. Pensando nisso, o Shopping Cidade Jardim foi concebido para
mudar o conceito de fazer compras, proporcionando a possibilidade de nossos clientes
poderem resolver as necessidades do dia a dia de uma maneira prazerosa",
diz Maria Luisa Pucci, diretora de Marketing do Cidade Jardim.
Lojas
virtuais complementam lojas físicas
A tecnologia também ajuda as empresas a tornarem o processo de compra mais prático e conveniente. O Pão de Açúcar utiliza a ferramenta Personal Shop em sua unidade do Shopping Iguatemi. Com a ajuda de um coletor de dados capaz de armazenar em sua memória as listas habituais dos clientes participantes do programa de relacionamento Mais é possível economizar tempo no supermercado e fazer compras personalizadas.
Na primeira vez que usa o
Personal Shop, o consumidor faz seu cadastro e pode, inclusive, informar se
utilizará o sistema de entregas em domicílio ou não. A iniciativa teve como
resultado um ticket médio seis vezes superior à média da bandeira. Por
enquanto, a ferramenta está presente apenas na loja do Iguatemi, mas
a rede pretende levá-la para outras unidades. “Estamos avaliando os resultados
obtidos no Pão de Açúcar Iguatemi para traçarmos os próximos passos de
expansão”, planeja Silvana.
A comodidade oferecida pela
tecnologia também está presente nas lojas virtuais. A da Fnac, por exemplo,
possui uma oferta de produtos que não poderia existir nos estoques das lojas
físicas. Além disso, sites de e-commerce têm um mecanismo de busca mais rápido.
“Com a loja virtual, o cliente não pode experimentar o produto, mas tem a
rapidez na busca. A experiência oferecida em cada canal é adequada ao público e
ao momento”, acredita o diretor de Comunicação e Marketing da Fnac.
Uma solução para integrar os dois
canais são os terminais de e-commerce presentes na loja da rede no bairro de
Pinheiros, em São Paulo, há cerca de um mês. O mecanismo tem obtido sucesso e
deve se expandir também para as outras unidades. Tudo pelo conforto e
satisfação deste consumidor cada vez mais exigente.
“Se o cliente percebe que a
comunicação foi feita para ele, que toda aquela solução de varejo funciona para
ele, é como se fizesse parte de um clube de consumo que o conhece
profundamente, respeita e direciona todas as suas ações para lhe atender”,
Ricardo Pastore dá a dica.
Jovens da geração Y podem ser divididos em quatro tipos de profissionais
Gladys
Ferraz Magalhães

Quando o
assunto é trabalho, os jovens da chamada geração Y (nascidos depois de 1980)
podem ser divididos em quatro tipos de profissionais. Ao menos, é o que revela
a pesquisa “O que os jovens buscam no mercado de trabalho?” realizada pela
professora e coordenadora adjunta de graduação em Administração do Ibmec/RJ,
Lucia Oliveira.
De acordo
com o estudo, os jovens profissionais podem ser agrupados como Engajados,
Preocupados, Céticos e Desapegados, sendo os primeiros os mais ambiciosos da
lista, já que desejam status, prestígio, poder, conhecimento e auto-realização.
Além
disso, os engajados são os que mais aceitam as condições do mercado de
trabalho, sem muito questionamento, e confiam plenamente que, com o grau de
qualificação que alcançaram, conseguirão conquistar uma posição privilegiada no
mercado de trabalho.
Para este
perfil, a carreira é importante, o que faz com que este profissional invista
tempo e dinheiro em sua qualificação. No mais, eles são caracterizados pela
posse de capitais econômico, cultural e social, o que, por consequência, na
maior parte das vezes, leva-os a ocuparem posições de prestígio em empresas privadas grandes e renomadas.
Preocupados
Os
Preocupados, por sua vez, são assim chamados por sentirem-se preocupados em
relação à sua capacidade de encontrar uma posição condizente com suas
expectativas, construídas a partir do momento em que ingressaram em uma boa
faculdade.
Este
receio, de acordo com o levantamento, origina-se, em grande parte, na percepção
de que lhes falta o capital cultural e social exigidos pelo mercado, carência
esta decorrente de sua origem socioeconômica.
Assim
como os engajados, estes profissionais consideram o trabalho e a carreira muito
importantes e aceitam as condições do mercado de trabalho, que eles enxergam,
porém, como competitivo e exigente.
No que
diz respeito às metas, eles querem sair de
cargos operacionais e trabalhar com algo que gostam, preferencialmente, em empresas privadas. Contudo, não descartam
a carreira pública, sobretudo por conta da pressão familiar.
Céticos e
desapegados
Quanto
aos Céticos e Desapegados, estes são os que menos se preocupam com a carreira.
Em comum, têm ainda a predileção por trabalharem em cargos públicos, sendo que,
no primeiro caso, também há o desejo de trabalhar em organizações
não-governamentais.
Quanto às
ambições, os Céticos esperam realização, enquanto os Desapegados buscam poder
conciliar vida profissional e pessoal.
Os
Céticos são assim chamados por serem críticos em relação às condições do
mercado de trabalho, que acreditam serem nocivas para os trabalhadores, por
conta da competição exagerada. Já os Desapegados não possuem uma percepção
elaborada do mercado.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Anote aí 8: pequenas empresas; sociedade; parcerias; gestão; padaria
BALIAN, José Eduardo
Amato. Pequenas e médias empresas: erros
e acertos? – Por que tantas PMEs
morrem todos os anos no Brasil? Saiba quando pessoas e idéias podem falhar
perante o desafio do empreendedorismo. Revista da ESPM, ano 16, volume 17,
nº 3, maio-junho de 2010, pp. 26-34.
CASCIANO, Marcelus. A sociedade ideal – entrar numa sociedade pode ser tão fácil quanto iniciar um relacionamento amoroso, mas não deveria. Afinal, a meta não é atender a uma empolgação, mas sim ao bolso, que tem demandas bem distintas. Por isso, deixe esse impulso só para incentivar o esforço necessário para se construir um negócio promissor. Meu Próprio Negócio, ano 8, nº 89, pp. 46-53.
BEDINELLI, Talita. Médicos fazem ‘parcerias’ com famosas para divulgar clínicas – Celebridades pagam menos ou nada por cirurgias plásticas e, em troca, divulgam médicos. Folha de S. Paulo, 27 de junho de 2010, Caderno Cotidiano, p. C10.
HSM MANAGEMENT. Gestão voltada para o cérebro – O especialista em neurociência David Rock apresenta o conceito de ‘cérebro social’, que desautoriza a hierarquia de necessidades de Abraham Maslow e rompe com outras idéias tradicionais das empresas, e propõe o sistema ‘scarf’, nova maneira de gerenciar pessoas que leva a fisiologia humana em conta. HSM Management, ano 14, volume 2, nº 79, março-abril de 2010, pp. 60-66.
PRIMI, Lilian. Padaria organizada é bom negócio – Setor cresceu mais de 12% em 2009, ultrapassando até a taxa das grandes redes de supermercados, e começa a se profissionalizar. O Estado de S. Paulo, 9 de maio de 2010, Caderno Oportunidades, p. Co4-Co-5.
CASCIANO, Marcelus. A sociedade ideal – entrar numa sociedade pode ser tão fácil quanto iniciar um relacionamento amoroso, mas não deveria. Afinal, a meta não é atender a uma empolgação, mas sim ao bolso, que tem demandas bem distintas. Por isso, deixe esse impulso só para incentivar o esforço necessário para se construir um negócio promissor. Meu Próprio Negócio, ano 8, nº 89, pp. 46-53.
BEDINELLI, Talita. Médicos fazem ‘parcerias’ com famosas para divulgar clínicas – Celebridades pagam menos ou nada por cirurgias plásticas e, em troca, divulgam médicos. Folha de S. Paulo, 27 de junho de 2010, Caderno Cotidiano, p. C10.
HSM MANAGEMENT. Gestão voltada para o cérebro – O especialista em neurociência David Rock apresenta o conceito de ‘cérebro social’, que desautoriza a hierarquia de necessidades de Abraham Maslow e rompe com outras idéias tradicionais das empresas, e propõe o sistema ‘scarf’, nova maneira de gerenciar pessoas que leva a fisiologia humana em conta. HSM Management, ano 14, volume 2, nº 79, março-abril de 2010, pp. 60-66.
PRIMI, Lilian. Padaria organizada é bom negócio – Setor cresceu mais de 12% em 2009, ultrapassando até a taxa das grandes redes de supermercados, e começa a se profissionalizar. O Estado de S. Paulo, 9 de maio de 2010, Caderno Oportunidades, p. Co4-Co-5.
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sociedade empresarial
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Brasileiras controlam 66% do consumo das famílias brasileiras
Sophia Mind

Responsáveis
pelo consumo anual de U$ 20 trilhões, valor maior do que duas vezes os mercados
de India e China juntos, as mulheres são hoje o maior mercado consumidor do
mundo. Por aqui, elas também ocupam o topo quando o assunto é consumo. Um estudo
realizado pela Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do
grupo Bolsa de Mulher, com 1.917 mulheres das cinco regiões do país, no
primeiro trimestre de 2010, revelou que elas são responsáveis pela
decisão de compra de nada menos que 66% de tudo o que é consumido pelas
famílias brasileiras. Ou seja, dos R$ 1,972 trilhão gastos anualmente com
bens e serviços no país, R$ 1,3 trilhão são decididos por
elas, valor que transforma o Brasil em um dos maiores mercados femininos no
mundo. O estudo faz parte do livro “Poderosas Consumidoras – o que quer e pensa
a nova mulher brasileira”, que o Bolsa de Mulher lança em julho.
“Administrando
um montante superior à sua massa salarial, as brasileiras não apenas decidem e
compram diretamente, mas também influenciam e controlam os gastos masculinos.
E, mais do que a própria renda, elam gerenciam o orçamento familiar como um
todo”, afirma Andiara Petterle, CEO do Grupo Bolsa de Mulher.
Mercados – O
estudo da Sophia Mind identificou quatro grupos de mercado, que juntos somam
79% do consumo total das famílias – os outros 21% referem-se a gastos que não
implicam em decisão de compra, como impostos e contas de serviços públicos como
luz, gás e água.
O
primeiro deles agrupa os segmentos em que predominam as
escolhas femininas. Produtos específicos para mulheres (vestuário, beleza e
cuidados pessoais), produtos para o domicílio (alimentação, produtos de
limpeza, decoração) e bens e serviços ligados à educação dos filhos possuem
83% de suas decisões de compra em mãos femininas. Desse total, o controle
feminino chega a 93% em gastos nos salões de beleza, 82% na alimentação
familiar e 73% na educação dos filhos.
O segundo
grupo contempla os mercados em que a participação feminina é maior do
que a masculina, somando-se compra direta (total controle do processo
decisório) e influência (parte que cabe a ela das decisões em
conjunto com outros membros da família). Estão nessa categoria
lazer e entretenimento, saúde, serviços para a família (telefonia, internet) e
gastos de maior valor, como reforma da casa ou compra de eletrodoméstico, por
exemplo. As mulheres controlam 67% desses mercados. Elas são
responsáveis por 66% dos gastos em restaurantes e 63% nos com planos de saúde e
na telefonia celular.
O
terceiro grupo é formado pelos mercados cujas decisões de compra são
equilibradas. Dele fazem parte os serviços bancários e a compra de
produtos eletrônicos. As mulheres são responsáveis por 53% dos gastos
no segmento. Elas controlam 58% dos gastos com TVs, sons e DVDs e 51%
dos com vestuário masculino e bebidas.
O quarto
e último grupo reúne os mercados com menor participação feminina nas
decisões de compra. São eles os serviços ligados ao setor automobilístico,
ao cuidado pessoal masculino e à manutenção de aparelhos domésticos. As
mulheres decidem 36% do total gasto no segmento. Mesmo assim, 43% da
decisão da compra de carros já são controlados por elas e 46% dos serviços de
concertos de eletrônicos e eletrodomésticos também.
Ocupando
os três primeiro lugares no ranking dos principais gastos familiares estão a
compra de alimentos, a manutenção de veículos e a alimentação fora de casa. Com
base nesses dados, é importante ressaltar que os poucos mercados onde o homem
ainda tem maior domínio nas decisões de compra são mercados em que as despesas
familiares são significativas – caso específico do mercado automobilístico.
Mesmo assim, o estudo mostra que as mulheres ganham cada vez mais espaço em
setores antes dominados pelos homens, como a compra de automóveis e a escolha
dos serviços financeiros.
Insatisfação feminina – Em pouco tempo, a participação feminina no
consumo das famílias brasileiras deve crescer em grandes proporções. Mas,
apesar de representarem o mais importante mercado consumidor do país, as
mulheres não estão felizes com os produtos e serviços disponíveis atualmente
para elas. Nada menos que 89,25% delas se disseram insatisfeitas com
pelo menos um segmento de produto ou serviço.
Os
mercados de planos de saúde (38%), fitness (29%) e serviços financeiros (28%)
são apontados por elas como os setores que menos entendem as necessidades
femininas e que não conseguem atendê-las de forma satisfatória. A
maior parte das reclamações está relacionada à oferta de produtos e serviços
que não são planejados levando em consideração suas necessidades, tais como a
falta de tempo e uma comunicação mais eficiente e atenta.
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