TAUHATA, Sergio. O que não pode ficar de fora dos contratos?
– Faça a checagem dos aspectos mais
importantes a prever em documentos sobre a sociedade, a locação de imóveis e as
negociações de compra e de venda. Pequenas Empresas Grandes Negócios,nº 262,
novembro de 2010, pp. 100-101.
RIO, Marcelo. O negócio é trocar – O velho sistema de trocas de produtos e
serviços ganha força e nova roupagem no mercado brasileiro. Negócios da
Comunicação, ano VII, nº 41, pp. 26-28.
FLORESTI, Felipe. Produtos vão e vem. Clientes ficam – O marketing tradicional, com foco em vendas
e no que é vendido, como o conhecemos há anos, está com os dias contados. Em
entrevista à Consumidor Moderno, Roland Rust, autor da tese ‘Repensando o
marketing’, aponta que sai na frente quem focar em atender às necessidades dos
clientes e contabilizar o valor do cliente ao invés do market share. Consumidor
Moderno, ano 15, nº 151, setembro de 2010, pp. 78-82.
BORIN, Bruno. O consumidor é só verde? – Pesquisa mostra que o conceito ainda é mal
interpretado pela maioria das pessoas. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1431, 18 de outubro de 2010, p. 57.
AGUILHAR, Ligia. Os desafios na gestão das micro e pequenas
empresas – Especialistas apontam
dificuldades para abrir e manter um negócio próprio e mostram alternativas para
fugir dos obstáculos. O Estado de S. Paulo, 10 de outubro de 2010, Caderno
Oportunidades, p. 3.
O Consultor é o profissional que diagnostica e formula soluções para problemas empresariais, que podem ter origem em qualquer área da empresa, seja ela de caráter eminentemente técnico ou operacional e administrativo. Estando a par de modelos consagrados de análise e de gestão e em consonância com as prioridades estabelecidas pelo mercado, o Consultor pode ajudar estas empresas a se posicionarem adequadamente frente à concorrência.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Os profissionais que levaram a Havaianas para o mundo
Luciana Carvalho
Saindo dos básicos chinelos azuis e brancos para chegar às sandálias
multicores e com design moderno, a Havaianas, a tradicional marca de sandálias
da Alpargatas, passou por uma grande mudança e, em 2007, iniciou um processo de
globalização. Hoje, a marca é conhecida mundialmente graças ao trabalho
conjunto de profissionais inovadores e apaixonados.
Para o especialista em marketing e estratégia
Dominique Turpin, a Havaianas é um exemplo de como montar uma boa equipe.
Turpin, que também é presidente do IMD (Institute for Management Development),
considera que não existe um perfil de gestor ideal para toda e qualquer
empresa, mas há algumas características mais desejáveis. Confira a seguir as
qualidades citadas por ele.
Boa comunicação
"Os gestores precisam ter características,
habilidades e competências de um bom comunicador", afirma. Não é à toa que
ele diz isso. Com um trabalho intenso de comunicação, publicidade e relações
públicas, a Havaianas teve seu status elevado e se expandiu para a Europa.
Devido ao trabalho de comunicação dos profissionais
da Alpargatas, em parceria com agências especializadas, o produto passou a ser
conhecido e, mais importante, usado por celebridades internacionais, como
Catherine Zeta-Jones, Jennifer Aniston, Britney Spears e Julia Roberts.
"Em Paris, também foi colocada uma 'Havaianas' gigante em frente a um
famoso hotel, para que a mídia pudesse dar notícia", diz.
Inovação e flexibilidade
Não adianta ter habilidades de comunicação se o
produto não está adequado. Até chegar ao potencial de expansão, a Havaianas mudou
de cara. "Quando se quer criar uma grande marca, é preciso ter algo
diferente. A primeira coisa que Havaianas fez foi transformar um produto comum,
chato, em algo da moda", diz Turpin.
Todo
esse trabalho de reformulação do produto requer uma cabeça fresca, maleável e
sem preconceitos para gerar inovações de valor, que não sejam apenas mais uma
coisa maluca que não vai dar certo. "Inovação é muito importante para
manter a sustentabilidade da marca. Se não há inovação, a marca vai morrer,
pois a empresa vai perder a próxima geração de consumidores", afirma.
Trabalho
em equipe
Um
trabalho da magnitude do que foi feito com a Havaianas requer profissionais de
várias áreas e origens. Por isso é essencial que eles saibam trabalhar em
equipe e lidar com pessoas de diferentes tipos, desde o executivo que planeja a
expansão do produto até o artista que pensa nas estampas dos chinelos.
"Eles,
da Havaianas, também não trabalham sozinhos. Junto com eles há também agências
de criação, comunicação, propaganda, designers... É um trabalho que partiu da
empresa, mas envolveu todos os outros níveis", diz Turpin. O líder tem
grande participação neste processo, pois deve ser aberto a ideias de opiniões
de todos da equipe, deixando de lado a característica ultrapassada de
"chefe mandão".
Liderança
apaixonada
Para
fazer uma marca ou produto emplacar, os profissionais precisam estar motivados
para realizar um trabalho interessante e positivo. O papel do líder é essencial
neste sentido, uma vez que tem a responsabilidade de fazer com que os membros
da equipe queiram fazer o melhor trabalho possível.
"Se
os líderes na Havaianas tivessem sido chatos e entediantes, eles não teriam
tido bons resultados. Normalmente essas pessoas têm uma espécie de paixão pelo
que fazem e isso é o que importa", diz. Mas, segundo o especialista, não é
qualquer pessoa que pode ser assim. Turpin acredita que paixão não pode ser
ensinada: é algo que o líder tem ou não tem.
Cliente misterioso como ferramenta de marketing
Thiago
Terra
Um cliente que entra no
ponto-de-venda precisa receber um atendimento de alto nível que atenda suas
necessidades e que explore todas as possibilidades de vendas para a empresa.
Porém, nem sempre assim. Por isso que empresas investem cada vez mais em
pesquisas de cliente misterioso. Esta metodologia usa pessoas comuns que
simulam uma compra e avaliam os pontos determinantes para um bom ou mal
atendimento feito pelas empresas contratantes.
Pensamos na satisfação do cliente
como o foco principal do atendimento, mas nem sempre é o mais importante. De
acordo com Paulo Carramenha, diretor geral da GfK Brasil, empresa do Grupo GfK,
especializado em pesquisa, medir a satisfação é preciso, porém deve haver a
percepção se os clientes mais importantes estão satisfeitos. Outros aspectos
como retenção e lealdade estão ligados ao atendimento e com a ajuda da pesquisa
de cliente misterioso é possível saber onde a empresa precisa melhorar para
suprir necessidades racionais e emocionais do consumidor.
Longe de ser um mistério para os
colaboradores, este tipo de pesquisa pode ser aplicado em diversos segmentos e,
segundo Maria Cecília Perez, gerente de desenvolvimento da Bare Associates
International, empresa mundial de cliente misterioso, é preciso que os
funcionários saibam da ação para que dêem o melhor em cada atendimento.
Cliente misterioso, mas nem tanto
Durante o Fórum ABA Rio de
Pesquisa, que ocorreu no Rio de Janeiro este mês, o cliente misterioso foi
desvendado, pelo menos com relação à sua aplicação nas empresas. Com o objetivo
de monitorar a qualidade e aumentar a retenção de clientes, companhias do ramo
de serviços saem em desvantagem com relação ao varejo, por exemplo. “A
qualidade de serviços é mais difícil de ser avaliada que a qualidade de
produtos. O cliente misterioso não deve ser usado para traçar planos
estratégicos. É eficiente para uma empresa que busca uma decisão rápida, de
objetivo tático”, diz Paulo Carramenha, da GfK.
Esta ferramenta funciona para
melhorar e treinar a linha de frente das equipes de atendimento, mostrando e,
principalmente, aplicando a forma correta e o comportamento adequado do
funcionário diante do consumidor. Além disso, uma pesquisa de cliente
misterioso pode ajudar a descobrir novos benchmarks. “É possível descobrir o
que os concorrentes estão fazendo e definir os pontos de destaque destas
empresas”, aponta Carramenha.
Para que um programa de cliente
misterioso dê resultado é preciso que os funcionários estejam envolvidos e
saibam que serão avaliados. “Sempre orientamos as empresas a falar para seus
funcionários porque assim eles tratarão todos os clientes da mesma maneira. O
que podem ocultar é a periodicidade”, conta Maria Cecília Perez, da Bare. De
acordo com ela, o período da pesquisa é definido pela empresa, mas a
recomendação é de que seja feita quatro vezes no mínimo por ano ou todo mês.
Satisfação dos verdadeiros
clientes
A retenção de clientes pode ser
mais importante do que adquirir um novo, de acordo com Carramenha. “Reter um
cliente é cinco vezes mais rentável para a empresa do que adquirir um novo. Mas
um cliente retido nem sempre é feliz ou está satisfeito”, acredita. “Ao se
sentir um “prisioneiro” de uma marca, ele mudará de marca na primeira
oportunidade”, completa o diretor geral da GfK Brasil.
Por isso é necessário definir os
clientes-chave das empresas, aqueles que representam 20% dos consumidores, mas
que geram 80% das receitas. Por conta destes clientes, as companhias precisam
entender os seus padrões de comportamento e suas principais necessidades. Como
todo consumidor, as formas práticas de relacionamento são baseadas nas
necessidades racionais, ou seja, quando o que antecede uma compra é a questão
‘o que eu ganho com isso?’.
Por outro lado, todo cliente
possui necessidades emocionais e o motivo da compra está no sentimento que ele
terá usando aquela marca. Tudo isso está envolvido na pesquisa de cliente
misterioso já que o objetivo é medir a aderência dos funcionários aos padrões
definidos para o atendimento no ponto-de-venda.
A escolha do misterioso ideal
Para realizar estas pesquisas,
empresas contratam e treinam pessoas para desenvolverem uma avaliação anônima
dos padrões de atendimento das empresas e identificar as possíveis operações
que não se coligam. “Avaliamos a atitude dos funcionários frente a uma situação
específica. Além disso, percebemos a presença e a correta utilização de materiais
promocionais, sinalização, posicionamento, limpeza, tempo de espera ou resposta
e a qualidade de produtos e serviços”, diz Carramenha.
Na Bare Associates International
a escolha dos pesquisadores não segue um perfil profissional necessariamente.
Qualquer pessoa maior de 18 anos e que tenha o 2º grau completo pode fazer a
pesquisa. Hoje temos cerca de 25 mil cadastrados no site e cada empresa avalia
os seus pesquisadores”, explica Maria Cecília ao site. “O ideal é usar pessoas
comuns, com o mesmo perfil dos clientes que se quer estudar. Não é bom usar
entrevistador porque ele é treinado para fazer perguntas”, completa Carramenha.
Entre os projetos desenvolvidos
pela Bare, estão postos de gasolina, restaurantes, empresas do ramo de varejo,
de franquias, bancos e redes de hotelaria. “Um dos que sempre fazem pesquisa de
cliente misterioso é a Vivenda do Camarão assim como a adidas no Brasil”,
aponta a gerente de desenvolvimento da Bare em entrevista ao site.
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Mulheres da classe C têm mais autonomia socioeconômica, revela Ibope
Camila
F. de Mendonça
Há
tempos, as mulheres vêm se destacando na economia doméstica. E continuam
ocupando mais espaço na liderança do orçamento familiar. Pesquisa mostra que
entre as classes econômicas, as mulheres que pertencem
à classe C são as que centralizam mais as decisões da
família.
O Ibope,
juntamente com o Target Group Index, constatou que as mulheres da classe C
exercem mais responsabilidade sobre a família. “Elas têm, portanto, mais
autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo”, apontam os
pesquisadores.
Ao todo,
considerando a classe C1, 31% das mulheres são chefes de família. Entre as que
pertencem à classe C2, o percentual sobe para 32%.
De acordo
com a pesquisa, a classe C é uma das que mais cresce no País e já representa
praticamente 50% da população com renda entre R$ 600 e R$ 2.099. Esse
segmento é dividido em dois grupos, o C1 e o C2. O primeiro se identifica mais
com a classe B, ao passo que a C2 tende mais aos índices das classes D e E.
Para a
pesquisa, o Ibope Mídia e o Target Group Index realizaram 20 mil
entrevistas.
Outros
segmentos
Segundo o
levantamento, as mulheres das classes mais abastadas têm menos autonomia
nas finanças da família do que aquelas que
estão na base da pirâmide socioeconômica. Na classe AB1, 23% das mulheres
chefiam a família e na B2 o percentual alcança os 26%.
Já entre
aquelas que pertencem à classe DE, 41% das mulheres chefiam suas famílias. Ao
todo, 32% das mulheres são chefes de família.
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Cuidado: não misture seu negócio com sua vida pessoal!
Carlos
Miranda
Outro dia estava conversando com um empreendedor que precisava de financiamento para pagar dívidas geradas por conta de ter colocado suas despesas pessoais e familiares dentro de sua empresa.
Esse empreendedor tem um negócio extremamente promissor, mas hoje essas dívidas estão tornando o empreendimento praticamente inviável.
Quando perguntei a ele como foi esse processo, me disse que basicamente foram dívidas criadas de duas formas: o seu pró-labore, que tinha um valor extremamente generoso para o tamanho de seu negócio, e as despesas de sua vida pessoal, tais como compra de automóveis para ele e a esposa e pagamento de empregados, clube e caseiro da casa de praia, entre outros.
O pior é que ele e a família foram se acostumando com o padrão de vida ligado a essas despesas, e a empresa (que era a única fonte de renda da família) estava entrando em um processo de falta de recursos para investimentos. Agora, não só o seu negócio mas também a família caminham para um colapso financeiro. Da forma mais traumática possível, esse empresário começou a aprender o perigo de misturar as pessoas físicas com as jurídicas.
Durante a nossa conversa, esse empresário comentou que achava incrível como os empreendedores de origem mais simples, que passaram mais dificuldades na vida, foram muito mais bem-sucedidos do que aqueles com melhores condições sociais.
Realmente, ele está certo. Quando olhamos as histórias de empreendedores brasileiros de sucesso, ficamos impressionados com a grande quantidade daqueles que começaram do zero ou, como diz um grande empreendedor meu amigo, do “menos dez”.
Não pretendo fazer aqui nenhum tratado sobre isso, mas, quando analisamos a história de todos eles e a forma que administram seus negócios e suas vidas, percebemos que essas pessoas são extremamente cuidadosas ao administrar os próprios recursos e os de sua organização. Na grande maioria das vezes, aprenderam desde cedo que só se gasta o que dá e guarda-se um pouco para os períodos mais difíceis. Mais importante, sabem que seu padrão de vida deverá sempre ser compatível com a remuneração que o seu negócio pode oferecer.
Um dos grandes inimigos das pessoas, e mais ainda daqueles que pretendem empreender, é a vaidade. Às vezes, empreendedores se endividam e usam a operação de suas organizações em benefício próprio, por conta de manter um “status” e mostrar uma imagem de bem-sucedido. Essa fachada irá rapidamente desmoronar se não souberem ter a humildade suficiente para viver dentro de seus recursos ou, se for o caso, dar um passo para trás para proporcionar um grande salto para frente.
Costumo dizer que, apesar dos avanços das formas de se administrar um negócio e das inúmeras formas de se financiar o mesmo, existem procedimentos que de tão básicos são esquecidos, mas que nunca devem mudar. Por exemplo: custos e despesas devem ser menores que receita, pró-labore deve ser proporcional ao tamanho do negócio e só se tira dinheiro da empresa se ela der lucro, depois de pagar todas as suas obrigações com colaboradores e com o governo.
Realmente, isso pode parecer muito básico, e é mesmo. Isso deveria ser um mantra a ser repetido diariamente aos empreendedores, tal como um treinamento de esporte, em que os movimentos são repetidos à exaustão até serem incorporados naturalmente pela pessoa.
Esse procedimento, embora simples e óbvio, será extremamente importante ao longo da vida de uma organização, principalmente para aqueles que estão com foco em crescimento.
Fazer crescer uma organização pressupõe fazer certo desde o início. Ou seja: saber fazer contas, pagar impostos e, principalmente, respeitar o negócio, seus colaboradores e seus sócios antes de tudo.
Essas atitudes simples e óbvias serão decisivas no processo de crescimento da organização, pois trarão equilíbrio, credibilidade e, certamente, pessoas e instituições dispostas a investir no negócio. Lembre-se: menos é mais.
Outro dia estava conversando com um empreendedor que precisava de financiamento para pagar dívidas geradas por conta de ter colocado suas despesas pessoais e familiares dentro de sua empresa.
Esse empreendedor tem um negócio extremamente promissor, mas hoje essas dívidas estão tornando o empreendimento praticamente inviável.
Quando perguntei a ele como foi esse processo, me disse que basicamente foram dívidas criadas de duas formas: o seu pró-labore, que tinha um valor extremamente generoso para o tamanho de seu negócio, e as despesas de sua vida pessoal, tais como compra de automóveis para ele e a esposa e pagamento de empregados, clube e caseiro da casa de praia, entre outros.
O pior é que ele e a família foram se acostumando com o padrão de vida ligado a essas despesas, e a empresa (que era a única fonte de renda da família) estava entrando em um processo de falta de recursos para investimentos. Agora, não só o seu negócio mas também a família caminham para um colapso financeiro. Da forma mais traumática possível, esse empresário começou a aprender o perigo de misturar as pessoas físicas com as jurídicas.
Durante a nossa conversa, esse empresário comentou que achava incrível como os empreendedores de origem mais simples, que passaram mais dificuldades na vida, foram muito mais bem-sucedidos do que aqueles com melhores condições sociais.
Realmente, ele está certo. Quando olhamos as histórias de empreendedores brasileiros de sucesso, ficamos impressionados com a grande quantidade daqueles que começaram do zero ou, como diz um grande empreendedor meu amigo, do “menos dez”.
Não pretendo fazer aqui nenhum tratado sobre isso, mas, quando analisamos a história de todos eles e a forma que administram seus negócios e suas vidas, percebemos que essas pessoas são extremamente cuidadosas ao administrar os próprios recursos e os de sua organização. Na grande maioria das vezes, aprenderam desde cedo que só se gasta o que dá e guarda-se um pouco para os períodos mais difíceis. Mais importante, sabem que seu padrão de vida deverá sempre ser compatível com a remuneração que o seu negócio pode oferecer.
Um dos grandes inimigos das pessoas, e mais ainda daqueles que pretendem empreender, é a vaidade. Às vezes, empreendedores se endividam e usam a operação de suas organizações em benefício próprio, por conta de manter um “status” e mostrar uma imagem de bem-sucedido. Essa fachada irá rapidamente desmoronar se não souberem ter a humildade suficiente para viver dentro de seus recursos ou, se for o caso, dar um passo para trás para proporcionar um grande salto para frente.
Costumo dizer que, apesar dos avanços das formas de se administrar um negócio e das inúmeras formas de se financiar o mesmo, existem procedimentos que de tão básicos são esquecidos, mas que nunca devem mudar. Por exemplo: custos e despesas devem ser menores que receita, pró-labore deve ser proporcional ao tamanho do negócio e só se tira dinheiro da empresa se ela der lucro, depois de pagar todas as suas obrigações com colaboradores e com o governo.
Realmente, isso pode parecer muito básico, e é mesmo. Isso deveria ser um mantra a ser repetido diariamente aos empreendedores, tal como um treinamento de esporte, em que os movimentos são repetidos à exaustão até serem incorporados naturalmente pela pessoa.
Esse procedimento, embora simples e óbvio, será extremamente importante ao longo da vida de uma organização, principalmente para aqueles que estão com foco em crescimento.
Fazer crescer uma organização pressupõe fazer certo desde o início. Ou seja: saber fazer contas, pagar impostos e, principalmente, respeitar o negócio, seus colaboradores e seus sócios antes de tudo.
Essas atitudes simples e óbvias serão decisivas no processo de crescimento da organização, pois trarão equilíbrio, credibilidade e, certamente, pessoas e instituições dispostas a investir no negócio. Lembre-se: menos é mais.
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