segunda-feira, 5 de maio de 2014

A verdade sobre seus pontos fortes

Gisele Meter
28 de abril de 2014
 
Durante muito tempo acreditei que ponto forte era algo que se sabia fazer bem feito, ao passo que ponto fraco era algo que precisava ser desenvolvido.

Estudando um pouco mais sobre o tema, percebi que tudo o que imaginava se tratava de um grande equívoco, pois o que sempre acreditei ser um ponto forte era na verdade uma habilidade bem desenvolvida.

Sendo assim, podemos pensar de maneira mais simplificada o que é visto como ponto fraco, ponto forte e habilidade. Dentre as várias definições para ponto fraco, a que mais me identifico é aquela que denomina ser qualquer atividade que te faça se sentir mais fraco, entediado e desmotivado, mesmo que seu desempenho seja excelente, pois é algo que esgota energias e causa tédio ou faz com que você se desvie de seu objetivo principal, aquele idealizado por você ao longo dos anos. Ponto fraco é aquela atividade que só em pensar causa desânimo, angústia ou tristeza. Vemos muito isso a nossa volta. Um emprego enfadonho pode sim ser o ponto fraco de alguém – algo que enfraquece, mesmo que seja realizado de maneira excelente e inquestionável.

Já o ponto forte é algo que como o próprio nome diz, faz sentir mais fortalecido, é aquilo que desperta a vontade em fazer, que motiva e que não precisa de esforço para manter a concentração, porque é prazeroso, realiza e faz bem. Algo que quando é concluído, gera uma sensação imensa de bem estar.

Muitas pessoas confundem ponto forte com habilidades bem desenvolvidas e é aí que mora o perigo, pois podem acabar por anos a fio fazendo o que no fundo não suportam simplesmente porque consideram que aquilo é o ponto forte delas, não percebendo que levaram anos treinando tal habilidade para serem exímios executores daquilo que fazem de maneira quase que automática.

Deve ser por isso que vemos tantas pessoas infelizes no trabalho, na carreira e na vida de forma geral, porque passam grande parte do tempo focando nas habilidades e não nos pontos fortes. Fazendo isso, geram insatisfação, potencializando ainda mais os pontos fracos. Parece algo contraditório, mas é totalmente válido e real. Basta olhar a sua volta ou pior – e espero que este não seja o seu caso – basta olhar para si mesmo.

É preciso entender que habilidade desperdiçada com algo que você não gosta de realizar acaba se transformando em ponto fraco, trazendo uma sensação de angústia, frustração e até mesmo desespero, como se você estivesse sempre no lugar errado, andando em círculos sem caminhar para a direção que sonhou um dia.

É quase assustador pensar que se pode passar uma vida profissional distante de seus pontos fortes, apenas alimentando suas fraquezas – mas é isto que torna um profissional medíocre, a falta de reflexão acerca daquilo que realiza.

Talvez por acomodação ou falta de coragem as pessoas acabam vivendo de maneira medíocre, em um emprego que não agrega, não desenvolve e não realiza e por fim desperdiçam toda sua energia em algo que não faz bem. Sabemos que estamos desenvolvendo um ponto forte, quando ao final do dia, temos aquela sensação de missão cumprida, de ser valioso e principalmente de sentir que está no lugar certo, fazendo o que é certo, sem procurar atender expectativas alheias ou aquilo que os outros acham que você faz bem. Ninguém sabe melhor de suas potencialidades do que você mesmo.

E lembre-se, ponto forte não é aquilo que você faz bem, isto é habilidade. Ponto forte é aquilo que te fortalece e te faz sentir realizado, o resto é apenas uma tentativa frustrada de agradar aos outros e enganar a si mesmo.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-verdade-sobre-seus-pontos-fortes/77042/. Acesso em 05 mai 2014.

domingo, 4 de maio de 2014

A lógica do empreendedorismo

Jerônimo Mendes
26 de agosto de 2013
 
Peter Drucker costumava dizer que empreender não é ciência nem arte, apenas uma prática. De fato, ao ler a história de empreendedores de sucesso, descobre-se que uma boa parte deles não tinha a menor ideia de onde queriam chegar. Sua única certeza era o fato de que queriam empreender de qualquer forma.

Se você leu o clássico Feitas para Durar, de James Collins e Jerry Porras, vai lembrar que das 100 empresas pesquisadas no livro, somente três iniciaram com uma ideia grandiosa: Ford, General Electric (GE) e Johnson & Johnson.

As demais empresas, portanto, 97% delas, segundo os autores, foram iniciadas por muitos empreendedores rotulados como péssimos líderes e desprovidos de qualquer senso de planejamento e gestão. Alguns eram “fora da casinha”.

Era o caso de Soichiro Honda, por exemplo, um obstinado, porém um líder de difícil relacionamento, e de Bill Hewlett e Dave Packard, fundadores da HP que iniciaram a empresa sem saber o que ela faria.

A despeito de todas as dificuldades existentes ao longo do caminho, a maioria prosperou, diferente de muitos outros que iniciaram com uma boa ideia, de maneira planejada e os quais, num primeiro momento, sabiam onde queriam chegar.

Era o caso da Texas Instruments, cujas raízes eram fundamentadas num conceito muito bem-sucedido, formada para explorar uma oportunidade tecnológica e mercadológica específica na época, portanto, uma excelente ideia na época.

Com exceção das três primeiras empresas citadas, as demais empresas foram construídas por empreendedores com uma característica imprescindível para quem deseja prosperar no mundo dos negócios: disciplina.

Por experiência, posso afirmar que a maioria dos empreendedores, salvo casos raros como Steve Jobs (Apple) ou Dean Kamen (Segway), não nascem com nada especial ou diferente das demais pessoas. O fato é que, além da disciplina, a maioria deles é dotada de uma capacidade inquestionável de pensar em produtos e serviços que mudam a vida das pessoas ao redor do mundo.

Quantos empreendedores bem-sucedidos você conhece? Selecione e tente avaliar a sua trajetória de sucesso. A maioria começou sem capital, sem projeto, sem produto ou serviço bem definido, a ponto de a gente se perguntar: como é esse cara conseguiu chegar aonde chegou?

Por tudo isso, não há como discordar de Peter Drucker. Tem muito a ver com disciplina, força de vontade e persistência.  O empreendedorismo não segue as regras tradicionais de ensino. Tem a ver com a prática.

A lógica de empreender é que não há lógica a ser seguida. A lógica fica por conta do “se”, ou seja, se você planejar, se você persistir, se você estudar, se você tiver foco, se você tiver sorte e assim por diante. Como diria Jeffrey Timmons, estudioso do assunto, o segredo é que não há segredos.

Dessa forma, o empreendedorismo deve ser visto e pensado como uma disciplina. Pode até ser ensinado nas escolas, mas nunca será bem-sucedido se não houver aprendizado de fato, por meio de erros e acertos, escolhas e consequências. Nesse caso, não existe garantia de sucesso.

Nesse sentido, o conselho de Raúl Candeloro foi uma benção para mim: “pare de falar de empreendedorismo e comece a praticar o que você diz nas aulas, nos artigos e também nas palestras”.

Aos 50 anos de idade, estou fazendo o que já deveria ter feito há quase dez anos, ao ser demitido de uma grande empresa. De certa forma, estou empurrando a minha vaquinha morro abaixo para enfrentar um novo desafio, sem a menor certeza de que vai dar certo e com a enorme esperança de que vai dar certo.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-logica-do-empreendedorismo/72553/. Acesso em 02 mai 2014.

sábado, 3 de maio de 2014

Habilidades socioemocionais são chave para empregos do futuro

Paula Adamo Idoeta
2 de maio, 2014
Crianças estudando (BBC) 
Muitas dessas profissões ainda nem existem, mas a pergunta tem mobilizado especialistas em educação e mercado de trabalho – em busca de aperfeiçoamentos nos sistemas de ensino atuais.

E cresce entre analistas a percepção de que muitas habilidades cruciais não serão técnicas, mas, sim, sociais e emocionais: resiliência, curiosidade, colaboração, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, por exemplo.

"Com o acesso abundante ao conteúdo, o que a pessoa precisa é saber escolher, separar fatos de opiniões, saber navegar em meio a muitas informações não filtradas", explica Denis Mizne, diretor-executivo da fundação educacional Lemann.

"Daí a importância do pensamento crítico. E a resiliência tem a ver com um mundo menos previsível. Se não sei que profissões existirão, preciso me adaptar."

Mas como ensinar habilidades desse tipo, sem descuidar do conteúdo escolar? E será que muitas delas têm sido pouco exercitadas pelas últimas gerações?

Para a professora Carmen Migueles, especialista em educação e desenvolvimento organizacional da EBAPE-FGV, parte das novas gerações – crescidas na internet – "perdeu o contato com o sacrifício e a capacidade de vencer obstáculos".

"Eles entram no mercado de trabalho achando que serão recebidos em um palco iluminado pronto para eles", opina a professora à BBC Brasil. "Mas o sucesso é algo que se consegue em meio às dificuldades."

Segundo ela, essas habilidades socioemocionais – chamadas também de "soft skills" ou habilidades não cognitivas – foram citadas por todas as empresas quando questionadas sobre o que queriam em seus funcionários, em pesquisas feitas pelo MBA da FGV no Rio.

"É um cultivo de virtudes, como paciência, solidariedade e entendimento de diferenças em uma sociedade multicultural", diz ela. "Isso ajuda, por exemplo, a lidar com o choque de culturas quando uma empresa é comprada por uma estrangeira."

Debate

As habilidades das gerações futuras foram debatidas recentemente em eventos nacionais e internacionais: no seminário Educar Para as Competências do Século 21, em março, no Brasil, e na Conferência de Educação Privada, realizada em abril em San Francisco (EUA) pela International Finance Corporation, ligada ao Banco Mundial. Um dos participantes da conferência internacional foi o especialista americano Brian Waniewski.

Habilidades socioemocionais consideradas importantes para profissionais do futuro
Criatividade
Espírito colaborativo
Pensamento crítico
Resiliência
Habilidades de comunicação

Experiências para estimulá-las
Com jogos que envolvam superação de desafios, pensamento crítico e colaboração; há experiências educacionais envolvendo desde jogos de tabuleiro até videogames.
Levando aos alunos debates sobre estudos de casos reais e práticos e estimulando o questionamento da utilidade do conteúdo aprendido.
Estimulando atividades que envolvam criação e criatividade; na infância, blocos de montar, programas de design e programação e lápis de cor ajudam nessa tarefa

"Um dos fatores mais importantes é aprender a aprender – e a curiosidade não é algo que seja muito estimulado pelos sistemas educacionais atuais", diz ele à BBC Brasil. "O mercado de trabalho se move mais rápido do que o educacional."

Mas já existem diversos experimentos em curso para ensinar e mensurar essas habilidades. Um deles é do próprio Waniewski, ex-diretor do Institute of Play, empresa que desenvolve métodos de ensino baseados em jogos.

Na prática

Waniewski argumenta que o uso de jogos na sala de aula ajuda a simular a resolução de problemas na vida real. "Você progride de um nível para outro, supera desafios e é um agente proativo", diz.

A mesma lógica vale para levar casos concretos e questões da vida real – por exemplo, problemas da comunidade - para o debate entre alunos, em vez de focar apenas o conteúdo teórico.

"Isso passa por tirar o aluno de seu papel e colocá-lo para desenvolver problemas complexos e em equipe", diz Migueles.

Ainda que isso já seja estimulado em alguns cursos superiores ou pós-graduações, ainda é algo incipiente nas escolas, diz sua colega na FGV-SP, a professora de economia Priscilla Tavares.

"Hoje aprende-se muito mais o conteúdo do que o que fazer com ele", opina, citando o exemplo do logaritmo, elemento matemático comumente usado por profissionais de finanças. "Mas, quando aprendemos logaritmo, não aprendemos para que ele pode ser aplicado."

A dica, aí, é que os alunos tentem estudar não apenas para passar na prova, mas buscar entender a aplicação prática do conteúdo e como relacioná-los a outras disciplinas aprendidas.

"Muita gente trata o debate como se fosse preciso escolher entre ensinar essas habilidades e o conteúdo tradicional, como matemática e português", afirma Mizne, da Fundação Lemann. "Mas os alunos precisam das duas coisas – e essas habilidades ajudam no aprendizado do conteúdo."

A tecnologia também colabora. Um grupo do Laboratório de Media do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) dedica-se a desenvolver métodos de aprendizado criativo.

Uma de suas maiores apostas é uma linguagem de programação chamada Scratch (disponível no site http://scratch.mit.edu/), que estimula o aprendizado de programação mas também "estratégias para resolução de problemas, design de projetos e ideias de comunicação".

E pais podem estimular os filhos a desenvolver essas habilidades desde cedo, diz Resnick, com brincadeiras que envolvam design e criação, como blocos de montar, desenhos e jogos.

Experimentos

Aqui no Brasil, o Instituto Ayrton Senna e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) fizeram um estudo, recém-divulgado, com 24,6 mil alunos da rede estadual do Rio de Janeiro, com uma ferramenta desenvolvida para a medição de competências socioemocionais.

Algumas das conclusões são de que ter em casa mais de uma estante de livros aumenta em 40% a chance de uma criança ser mais aberta a novas experiências; e que estimular habilidades como planejamento e o protagonismo entre os alunos melhora seu desempenho em matemática e português, respectivamente.

"Notamos que as escolas em geral já praticam essas habilidades em seu cotidiano, mas de maneira não intencional", explica à BBC Brasil Mozart Neves Ramos, diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. "Se as escolas conseguirem trabalhar esses valores, eles serão potencializados."

E eles podem ser potencializados por atividades esportivas e culturais, pela incorporação de jogos que colaborem no aprendizado das diferentes disciplinas e pelo estímulo à pesquisa entre os alunos, agrega Ramos.

O Instituto agora testa a incorporação dessas habilidades no currículo escolar do Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio – incluindo treinamento de professores, projetos interdisciplinares envolvendo capacidades socioemocionais e estímulo a que os alunos elaborem "projetos de vida", com planos para o futuro.

"A vantagem é que essas habilidades não cognitivas se desenvolvem ao longo da vida, basta criar um ambiente adequado para isso", diz Ramos.

Para Resnick, do MIT, mais do que ajudar na busca de empregos, o estímulo dessas habilidades ajudará os jovens do futuro a serem "uma parte mais ativa da sociedade, pessoas que pensam melhor, inovam e são e capazes de articular suas ideias. E todo o mundo precisa disso".


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140429_habilidades_empregos_futuro_pai.shtml?ocid=socialflow_facebook. Acesso em 02 mai 2014.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O alto custo da burocracia informatizada

Roberto Duarte
27 de março de 2014
 
R$ 388.097.363,22. Digna de um “Impostômetro”, esta cifra generosa é a que o governo federal desembolsou, de 2005 até hoje, em investimentos para a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital. Em 2014, estão previstos outros R$ 4,22 milhões a serem gastos com o SPED e seus subprojetos, de acordo com o Serviço Federal de Processamento de Dados.

Vultosos à primeira vista, esses números merecem uma análise detida com relação ao retorno gerado tanto para o seu mentor, o governo, quanto todos nós contribuintes, que na prática representam sua grande clientela.

Um primeiro aspecto digno de atenção reside no fato de - quando toda essa sistemática começou a ser implantada, há quase dez anos - o índice da economia subterrânea, segundo a FGV, ainda corresponder a 20,4% do PIB. No ano passado, caiu para 15,9% – uma significativa redução de R$ 152 bilhões.

Tamanha queda não se deve integralmente ao SPED, é verdade, mas também a uma série de ações promovida nos últimos anos, como a criação do Micro Empreendedor Individual – um fator indiscutível para a incorporação de novos trabalhadores à economia formal – e a várias melhorias e ampliações introduzidas no Simples Nacional.

Por outro lado, um dos tripés do SPED – a redução do custo Brasil – infelizmente ainda deixa muito a desejar. Embora o Sistema tenha conseguido integrar os fiscos e identificar os ilícitos tributários com mais eficiência, na prática tem sido pouco fiel à sua proposição de racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias. Pesquisa recente da consultoria Deloitte, por exemplo, mostra que apenas 5% das empresas efetivamente reduziram seus custos após a implantação do SPED.

Em breve, com a chegada do eSocial, obrigações acessórias como o Caged, a Rais, GFIP e Dirf serão suprimidas, mas novamente passaremos longe da redução efetiva no volume de dados fornecido ao fisco. Não sem antes, é claro, nossas empresas terem gasto expressivas somas para se estruturar melhor em áreas como TI e RH.

Novamente, portanto, o Brasil deve automatizar a própria burocracia, ação aparentemente sofisticada, mas que em nada contribui para desatar os muitos nós que amarram o nosso crescimento. Mais certo ainda é que não restarão dúvidas quanto a quem, de fato, mais uma vez sairá lucrando.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-alto-custo-da-burocracia-informatizada/76405/. Acesso em 02 mai 2014.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Os sete elementos que formam uma marca

Marcos Hiller
11 de julho de 2012
 
Quando olhamos para um logo da Coca-Cola, do símbolo da Nike, do ícone do Android ou até mesmo para o boneco gordinho da Michelin, às vezes esquecemos que aquilo representa uma organização. Na verdade, tudo isso são exemplos de elementos que compõem uma marca. Alguns autores já chegaram a listar até quarenta elementos que podem formar a identidade de uma. Eu elenco sete grandes e menciono aqui o que é cada um, para que servem e como enxergá-los com a sua devida importância.

Nome

Você já reparou que toda santa marca tem um nome? Claro! O nome é o principal elemento que identifica uma marca, seja ela qual for: Danone, Guaraná Jesus, Casas Bahia, Pampers, Facebook, entre outras milhares. Muito mais do que simplesmente identificar e comunicar o que representa, o nome da marca na contemporaneidade deve ter sonoridade, ser bonito de ver, de escrever, de digitar e gostoso de pronunciar, como é o caso de Häagen Dazs, uma marca de sorvetes de Nova York e que não significa nada. Já BlackBerry quer dizer amora em inglês e não tem nada a ver com celular, mas é gostoso de falar, ouvir e ler.

Logotipo

É a forma como se escreve ou a tipologia que se usa para escrever o nome da marca. E a escolha da fonte deve obedecer à essência de sua marca, ou seja, uma fonte mais chapada como Brastemp ou uma fonte e variações de cores que a Google usa, ou então algo mais caligráfico e rebuscado como é o caso da Coca-Cola. O fato é: dependendo da tipologia adotada, a percepção da marca pelo consumidor pode ser mais distinta do que se imagina. Vale a pena perder um pouco de tempo com isso.

Símbolo

É a imagem ou figura que representa sua marca. É a parte que pode ser identificada, mas não falada pelo consumidor. Como exemplo, temos a maçã da Apple, ou o swoosh da Nike, ou o jacaré da Lacoste, ou então o ninho de passarinhos da Nestlé. E por que quase todas as marcas que conhecemos sempre elegem um símbolo para se identificar e se comunicar conosco? Simplesmente pelo motivo de que nosso cérebro memoriza melhor imagem do que palavra. Pode ser mesmo uma questão de psicologia cognitiva, pois o ser humano reconhece e grava melhor um símbolo do que palavras. Apenas isso.

Mascote

É aquele ser que representa a sua marca, como, por exemplo, o Ronald McDonald's; o Assolino, da Assolan; os Minus, da Minuano, ou então os três personagens do Blue Man Group, que representam a marca TIM. E por que grandes marcas se utilizam desses seres, na maioria das vezes, um tanto quanto esquisitos? Por que essas criaturas carregam aspectos lúdicos, que se conectam conosco de forma ainda mais intensa. Assim como o símbolo da marca, criar uma mascote intensifica ainda mais o processo de memorização da marca por parte de seu público-alvo.

Embalagem

É a roupa da sua marca, é o invólucro que se elege para vestir um produto e sua marca. E quando falamos de embalagem, desde o material até o design escolhido, ela também carrega potentes elementos de identidade e diferenciação de uma marca.

Registro

Tão importante quanto selecionar nomes, símbolos, logotipos, mascotes e embalagem para sua marca, a sua proteção legal é uma etapa de fundamental importância. Criou um nome para sua marca? Vá ao site do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e consulte se há registros dos elementos que você criou.

Brand equity (valor de marca)

O autor Joel Axelrod definiu com perfeição o conceito de brand equity: "É a importância a mais que um consumidor paga para obter a sua marca preferida e não um produto parecido sem o nome de sua marca". Podemos dizer que a Diesel, por exemplo, tem um brand equity fantástico, pois quando alguém paga cerca de R$ 2 mil para ter uma calça jeans, a pessoa poderia comprar outra, fisicamente parecida, por módicos R$ 79,90. Dessa forma, todo esforço de branding que você imprime na sua marca deve visar ao aumento do brand equity do produto.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/os-7-elementos-que-formam-uma-marca/64750/. Acesso em 30 abr 2014.