SODERI, Catia. Consumidor multicanal – Ações em vários canais devem ser pensadas de
forma sistêmica para otimizar resultados e reforçar o relacionamento das
empresas com os clientes. Consumidor Moderno, ano 15, nº 149, julho de
2010, pp. 62-64.
BORGES, Bruna. Pequeno lojista não se previne contra
perdas – Furtos e danos a mercadorias
reduzem a lucratividade de empresários. Folha de S. Paulo, 29 de agosto de
2010, Caderno Negócios, pp. 1-3.
FERREIRINHA, Carlos
et al. O mercado de luxo no Brasil
2009-2010 – Estudo MCF/GFK mostra que
setor vem resistindo bem à crise no país e mais investimentos das marcas
confirmam que mercados emergentes como este são maior aposta que os mercados
maduros. HSM Management, ano 14, nº 82, volume 5, setembro de 2010, pp.
42-52.
GHIURGHI, Flavia. Saúde financeira – Saiba por que ter um bom suporte na área de contabilidade é vital para
qualquer empresa. Gestão & Negócios, nº 24, pp. 36-38.
TURLÃO, Felipe. Hora da verdade – O segmento de shopper marketing começa a ser discutido no Brasil. Meio
& Mensagem, ano XXXII, nº 1.426, 13 de setembro de 2010, p. 28.
O Consultor é o profissional que diagnostica e formula soluções para problemas empresariais, que podem ter origem em qualquer área da empresa, seja ela de caráter eminentemente técnico ou operacional e administrativo. Estando a par de modelos consagrados de análise e de gestão e em consonância com as prioridades estabelecidas pelo mercado, o Consultor pode ajudar estas empresas a se posicionarem adequadamente frente à concorrência.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Anote aí 19: Consumidor; Perdas; Luxo; Financeira; Shopper
Marcadores:
Borges,
Brasil,
consumidor,
estudo,
Ferreirinha,
financeiro,
furtos,
Ghiurghi,
lojista,
luxo,
multicanal,
perdas,
pesquisa,
shopper marketing,
Soderi,
Turlão
Seja um empreendedor gestor e aumente as suas chances de sucesso
Marco Túlio Fumis
Você tem uma ideia, muita coragem, ousadia e
vontade de empreender. Faz as contas, aperta daqui, puxa dali e finalmente abre
seu negócio. A satisfação é enorme e a convicção de que tudo dará certo é o
maior combustível para investir toda a sua energia no projeto. E com muito suor
e trabalho, as coisas começam a acontecer. O negócio prospera, a empresa
cresce, é necessário contratar mais gente, criar áreas específicas e pensar nas
próximas etapas. De repente você começa a perceber que está faltando braço e
cabeça para tomar conta de tudo que é necessário. No entanto, as oportunidades
continuam a aparecer... E a escapar de suas mãos.
Se você caro empreendedor, já passou por isto ou
está enfrentando esta situação não se desespere. Você não e o único! Esta cena
é muito frequente e acontece com grande parte dos empreendedores que criam
negócios de sucesso em sua fase inicial. Porém, o próximo passo é o responsável
por definir a continuidade do seu sonho ou o começo da decadência. Costumo
defini-lo como o dilema “EXECUTOR X GESTOR”.
A maioria dos empreendedores que alcançam sucesso
no início de seus negócios são exímios executores. Conseguem transferir suas
ideias para a prática e colocam a mão na massa para levar o projeto adiante.
São, ao mesmo tempo, estratégico e operacional, comercial e financeiro,
comprador e vendedor. Participam de todos os processos e têm a confiança de
quem sabe o que está fazendo. Muitos acreditam que serão capazes de continuar a
fazer isto conforme o negócio vai prosperando.
Poucos se lembram que, em algum momento, é
necessário mudar a estratégia e começar a delegar antes que seja tarde. Pois, a
medida que um negócio cresce e prospera, novos desafios aparecem e o volume de
atividades diferentes aumenta. Se um empreendedor não percebe este momento ou
não abre mão de sua vontade ou habilidade de executar, poderá ter sérios
problemas e colocar tudo a perder.
Um negócio possui três fases: start-up, crescimento
e maturidade. A fase da maturidade é a que requer mais atenção, grande dose de
humildade e visão por parte do empreendedor. Este é o momento de parar de
executar e começar a gerir seu empreendimento. Ou seja, gerir significa
encontrar maneiras e processos para manter o negócio em trajetória ascendente,
sem que tudo ou a maioria das ações seja efetuada apenas pelos fundadores.
É a hora de compartilhar responsabilidades com as
pessoas que vem mostrando capacidade de assumir tarefas mais importantes e
essenciais para o bom andamento do negócio. Para que isso aconteça, este
capital humano deve ter sido criado e desenvolvido ao longo do tempo sob o
risco de não atender as demandas quando estas aparecerem.
Os empreendedores que pensam grande sabem quando
esta hora chega; quando é preciso dividir para ganhar mais. Sabem que, a partir
de determinado momento, por mais competentes que sejam, não conseguirão dar
conta de tudo e para o negócio continuar crescendo terão que pendurar a camisa
de executores e vestir, com orgulho e serenidade, a farda de gestores,
contribuindo e muito para a prosperidade de seu sonho.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Classe C quer cores, extravagância e fartura
Priscila Zuini
A classe
C já reúne 50% da população brasileira e carrega no bolso um terço da renda do
país. São 37 milhões de famílias com renda mensal entre 3 e 10 salários
mínimos, que respondem por 430 bilhões reais da renda anual da população. Para
Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, a classe C não é um segmento,
ela é o próprio mercado e muitas empresas já estão aprendendo a vender para
ela.
Uma fatia que engorda ainda mais o mercado consumidor da classe C é a mulher. Na classe A, 25% da renda vem da mulher, enquanto na classe C essa participação chega a 41%. Meirelles acredita que a saída da mulher para o mercado de trabalho potencializa o poder de consumo, principalmente em relação aos serviços e produtos de beleza.
A velha história de que a classe C compra pelo preço também é derrubada por Meirelles. "O grande desafio das empresas é oferecer um produto que tenha bom custo-benefício", explica. Para entender melhor onde o que quer este público, o site Exame conversou com Renato Meirelles, que falou ainda sobre a melhor maneira de atingir a classe C.
EXAME - O mercado já conhece o potencial desta nova classe média?
Renato Meirelles - Se pegarmos um histórico dos últimos 15 anos, estamos no que eu costumo chamar de terceira fase do mercado de baixa renda. Na primeira fase, as empresas ignoravam esse público, pensavam nele como um segmento. Na segunda fase, que foi entre 2000 e 2002, elas começaram a pensar que ele existia e que tinham que olhar melhor para ele. Depois da queda do Lehman Brothers, ficou claro que aquele não era um novo mercado, era o mercado da maioria. Eles representam 81% dos cartões de crédito e 88% das compras em supermercados. Movimentam 834 bilhões de reais. Não é um segmento, é o verdadeiro mercado brasileiro.
EXAME - O Brasil tem estrutura para atender essa demanda?
Meirelles - O Brasil vive em 2010 o primeiro ano da melhor década da história, tudo aponta para isso, os números do consumidor e da macroeconomia. Quem souber entender como funciona o consumo dessa nova classe média vai ser uma empresa de sucesso.
EXAME - As pequenas empresas também têm chance com a classe C?
Meirelles - Sim, isso abre uma enorme chance para os empreendedores. Elas tem um grande diferencial competitivo, que é estar perto desse público. Elas conhecem os consumidores, têm barriga no balcão e isso traz uma experiência real, do dia a dia mesmo. O outro lado positivo é que com a economia crescendo cada vez mais o potencial empreendedor tem ainda mais oportunidades.
Uma fatia que engorda ainda mais o mercado consumidor da classe C é a mulher. Na classe A, 25% da renda vem da mulher, enquanto na classe C essa participação chega a 41%. Meirelles acredita que a saída da mulher para o mercado de trabalho potencializa o poder de consumo, principalmente em relação aos serviços e produtos de beleza.
A velha história de que a classe C compra pelo preço também é derrubada por Meirelles. "O grande desafio das empresas é oferecer um produto que tenha bom custo-benefício", explica. Para entender melhor onde o que quer este público, o site Exame conversou com Renato Meirelles, que falou ainda sobre a melhor maneira de atingir a classe C.
EXAME - O mercado já conhece o potencial desta nova classe média?
Renato Meirelles - Se pegarmos um histórico dos últimos 15 anos, estamos no que eu costumo chamar de terceira fase do mercado de baixa renda. Na primeira fase, as empresas ignoravam esse público, pensavam nele como um segmento. Na segunda fase, que foi entre 2000 e 2002, elas começaram a pensar que ele existia e que tinham que olhar melhor para ele. Depois da queda do Lehman Brothers, ficou claro que aquele não era um novo mercado, era o mercado da maioria. Eles representam 81% dos cartões de crédito e 88% das compras em supermercados. Movimentam 834 bilhões de reais. Não é um segmento, é o verdadeiro mercado brasileiro.
EXAME - O Brasil tem estrutura para atender essa demanda?
Meirelles - O Brasil vive em 2010 o primeiro ano da melhor década da história, tudo aponta para isso, os números do consumidor e da macroeconomia. Quem souber entender como funciona o consumo dessa nova classe média vai ser uma empresa de sucesso.
EXAME - As pequenas empresas também têm chance com a classe C?
Meirelles - Sim, isso abre uma enorme chance para os empreendedores. Elas tem um grande diferencial competitivo, que é estar perto desse público. Elas conhecem os consumidores, têm barriga no balcão e isso traz uma experiência real, do dia a dia mesmo. O outro lado positivo é que com a economia crescendo cada vez mais o potencial empreendedor tem ainda mais oportunidades.
EXAME - As
empresas já estão de olho nisso?
Meirelles - A gente tem observado que elas estão no gerúndio, ainda no processo de estar indo melhorar, estar indo conhecer. Os pequenos tem isso mais claro. O mercado mudou, ele é mais sensível a esse tipo de demanda. Percebemos que o varejo entendeu a classe C primeiro, a indústria veio atrás e os bancos só agora estão prestando atenção.
EXAME - Quais os principais setores que podem ganhar com o crescimento desse mercado consumidor?
Meirelles - Diria que, principalmente, a indústria de serviços de beleza, por uma saída maior da mulher no mercado de trabalho que exige que ela cuide mais de aparência. Tecnologia e informática, como venda de computadores, cursos e manutenção, e o setor ligado à educação, como o de cursos profissionalizantes também têm destaque. Isso potencializa o pequeno empreendedor que quer abrir uma franquia de informática, por exemplo. Na classe C, o dinheiro que usam nesse tipo de coisa não é visto como gasto, mas como investimento. Quando ela gasta com isso, entende que está gastando para melhorar a qualidade de vida.
EXAME - Para atender a essa demanda, as empresas devem ter projetos específicos?
Meirelles - Elas precisam entender se o portfólio de produtos dialoga ou não com o consumidor. Se você quer vender para todos, mire na classe C. É a verdadeira classe média brasileira. Se você puder vender para esse público, pode atender as classes A, B, D e E. A classe C se sente excluída se você falar só com a classe A e B, por exemplo. E tem mais, essa história de produto vagabundo e baratinho já não atrai esse público. O grande desafio das empresas é oferecer um produto que tenha bom custo-benefício. A baixa renda não compra mais só pelo preço.
EXAME - Existe uma maneira correta de se comunicar com a nova classe média?
Meirelles - Ele quer ter uma linguagem própria. Se for tratado como a classe A e B ele vai sentir um certo estranhamento. Ele gosta de uma comunicação mais colorida, por que as referências culturais e os padrões estéticos são outros. É alegre, é colorido, é extravagante, é farto. Diferente dos tons pasteis que a classe A gosta tanto.
Vale lembrar que esse público é mais fiel às marcas do que nas outras classes sociais, já que o custo do erro é muito maior. Na hora de precificar, por exemplo, a linguagem direta funciona muito melhor. Se custa 100 reais e tem 30% de desconto, é melhor falar que de 100 sai por 70. Ele prefere um relacionamento pessoal, aquele do varejo tradicional e não o autoserviço. Quem tem um atendimento assistido, em que o vendedor oferece e mostra o produto, tende a ganhar vantagem.
Meirelles - A gente tem observado que elas estão no gerúndio, ainda no processo de estar indo melhorar, estar indo conhecer. Os pequenos tem isso mais claro. O mercado mudou, ele é mais sensível a esse tipo de demanda. Percebemos que o varejo entendeu a classe C primeiro, a indústria veio atrás e os bancos só agora estão prestando atenção.
EXAME - Quais os principais setores que podem ganhar com o crescimento desse mercado consumidor?
Meirelles - Diria que, principalmente, a indústria de serviços de beleza, por uma saída maior da mulher no mercado de trabalho que exige que ela cuide mais de aparência. Tecnologia e informática, como venda de computadores, cursos e manutenção, e o setor ligado à educação, como o de cursos profissionalizantes também têm destaque. Isso potencializa o pequeno empreendedor que quer abrir uma franquia de informática, por exemplo. Na classe C, o dinheiro que usam nesse tipo de coisa não é visto como gasto, mas como investimento. Quando ela gasta com isso, entende que está gastando para melhorar a qualidade de vida.
EXAME - Para atender a essa demanda, as empresas devem ter projetos específicos?
Meirelles - Elas precisam entender se o portfólio de produtos dialoga ou não com o consumidor. Se você quer vender para todos, mire na classe C. É a verdadeira classe média brasileira. Se você puder vender para esse público, pode atender as classes A, B, D e E. A classe C se sente excluída se você falar só com a classe A e B, por exemplo. E tem mais, essa história de produto vagabundo e baratinho já não atrai esse público. O grande desafio das empresas é oferecer um produto que tenha bom custo-benefício. A baixa renda não compra mais só pelo preço.
EXAME - Existe uma maneira correta de se comunicar com a nova classe média?
Meirelles - Ele quer ter uma linguagem própria. Se for tratado como a classe A e B ele vai sentir um certo estranhamento. Ele gosta de uma comunicação mais colorida, por que as referências culturais e os padrões estéticos são outros. É alegre, é colorido, é extravagante, é farto. Diferente dos tons pasteis que a classe A gosta tanto.
Vale lembrar que esse público é mais fiel às marcas do que nas outras classes sociais, já que o custo do erro é muito maior. Na hora de precificar, por exemplo, a linguagem direta funciona muito melhor. Se custa 100 reais e tem 30% de desconto, é melhor falar que de 100 sai por 70. Ele prefere um relacionamento pessoal, aquele do varejo tradicional e não o autoserviço. Quem tem um atendimento assistido, em que o vendedor oferece e mostra o produto, tende a ganhar vantagem.
E-commerce sem planejamento quebra PMEs
Natan
Sztamfater
Em 2009, o e-commerce brasileiro somou um faturamento de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão contabilizado apenas no período do Natal.
O e-commerce exige tecnologia, agilidade,
inovação, parcerias diferenciadas e acompanhamento do perfil do target. O
empreendedor precisa de ajuda profissional para não errar no começo do
e-commerce.
Em 2009, o e-commerce brasileiro somou um faturamento de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão contabilizado apenas no período do Natal.
De olho nesses dados, empresas se movimentam e
investem cada vez mais neste oceano de oportunidades proporcionado pelos
recursos da venda online.
Ter uma loja virtual não é a mesma coisa que manter
uma loja física, ainda mais em tempos onde a mudança é mais rápida que no
“mundo real”.
Diversos pequenos varejistas virtuais quebram logo
no início do negócio. O que devemos fazer para mudar esse cenário?
O primeiro passo é o planejamento, enriquecido de
pesquisas de mercado, análise de concorrência e planos de expansão alinhados
com metas bem definidas, além de muito, muito trabalho e dedicação.
Alguns dos fatores que contribuem para os problemas
vivenciados no e-commerce são:
·
Ideia de que o negócio virtual é mais barato por
conta da falta de um plano de marketing sem pesquisas fundamentadas com profissionais
do mercado;
·
Investimento em plataformas de tecnologia de baixa
qualidade pelo preço;
·
Pouca análise de concorrência e falta de pesquisa
sobre a viabilidade de venda pela web de determinada linha de produtos. As
perguntas aqui são: Esse produto vai vender na web? Este produto já está
saturado na web? Mesmo que a resposta seja não, o produto é próprio para venda
na internet?
·
Atendimento falho, o que contribui para
insatisfação de clientes que acabam não sendo fidelizados;
·
Falta de conhecimento e profissionalismo para atuar
com a internet.
Confira agora os principais pontos que suprem os
desafios a serem superados, mencionados nos itens anteriores.
Marketing
digital e redes sociais no e-commerce
O plano de marketing deve ser muito bem definido e
com grande parte de seu investimento voltado às mídias digitais e sociais,
principalmente quando a marca ainda não é fortemente conhecida entre os
consumidores.
Aproveite o cliente quando ele está perto do
momento de decisão de compra.
Os
mecanismos de busca e sites comparadores de preços estão no topo do ranking. Em
seguida, boas ações de email marketing,
personalizadas e segmentadas, contribuem para maior taxa de conversão em vendas
no e-commerce.
Porém, isso não é regra, há uma necessidade
eminente de testar qual ou quais ferramentas de marketing digital são mais
adequadas à realidade de cada e-commerce e, a partir daí, então aplicar o que
traz mais ROI.
Nesse
caso, também é preciso contar com a ajuda de profissionais da área para que
todo investimento não seja em vão. Ele pode criar ações ainda mais inteligentes para
conseguir o melhor retorno sobre o investimento e, não se esqueça, na internet
tudo pode ser mensurado.
Tecnologia
adequada ao e-commerce
Em relação ao investimento em tecnologias de
e-commerce, mesmo no início, pense em ferramentas que, acima de tudo, sejam completas,
mesmo que o valor seja superior.
Verifique se ela possui hoje todas as
funcionalidades que seu negócio demanda. Se baseie em modelos de e-commerce que
atuam no mesmo mercado que o seu e já possuem sistemas adequados para o giro do
negócio.
A plataforma deve estar preparada para integrar-se
com ferramentas de análise de resultados na web, como o Google Analytics, por
exemplo.
Concorrência,
atendimento e fidelização no e-commerce
Na análise de concorrência, veja como as lojas
virtuais do mesmo segmento se comportam fora do país, faça pesquisas em sites
internacionais.
Para fidelizar o cliente, o atendimento é um dos
fatores fundamentais. A partir dessa conquista, a probabilidade de viralização
(boca a boca) aumenta consideravelmente.
O ideal é igualar o atendimento de excelência
baseado nos grandes lojistas virtuais. Se a estrutura de atendimento for
pequena no início, gerencie a expectativa de seu cliente.
Se você
já possui um negócio no ambiente físico e quer abrir um portal de e-commerce
com o mesmo business da loja física, tem tudo da mão: a garantia de que seus
fieis clientes e a sabedoria de como ter e manter um empreendimento.
Estamos vivendo um momento de migração de compras
do mundo físico ao digital. Como cliente, você certamente, ao decidir comprar
pelo e-commerce, vai querer adquirir um produto, cuja marca já conhece no
ambiente offline.
Antes de
tomar qualquer decisão relacionada à abertura de uma empresa no e-commerce ou
mesmo tomar novas atitudes para alavancar as vendas de quem está presente na
internet, é essencial conversar com pessoas experientes do mercado, seja com uma
consultoria ou contratação.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Dez princípios para uma gestão responsável de produtos
Georjean
Adams
Parece
haver um pressuposto crescente de que é possível fazer produtos totalmente
seguros, sem riscos para a saúde ou o meio ambiente, que não esgotem os
recursos naturais, sem uso de energia líquida, sem resíduos, sem o aquecimento
global e que isentem seus usuários de responsabilidade.
Desculpa,
mas até onde eu saiba a segunda lei da termodinâmica ainda persiste, ou em
português claro, não existe almoço grátis (do ditado americano “there’s no free
lunch”). Não podemos desfrutar dos benefícios de alguns produtos sem a
degradação do meio ambiente e alguns riscos para a saúde. Mas podemos ser mais
seguros e sustentáveis na forma como fazemos e utilizamos esses produtos, se
adotarmos a gestão de produtos.
Minha
definição de gestão de produtos: ocorre quando todos os envolvidos em seu ciclo
de vida assumem a responsabilidade de reduzir o risco de efeitos adversos dos
impactos ambientais, à saúde e à segurança, para obter o máximo valor desse
produto.
O uso
deste termo por parte de governos e ONGs, como o Product Stewardship Institute
(Instituto de Gestão de Produtos), para transferir aos fabricantes os custos de
reciclagem (ou seja, "responsabilidade ampliada do produtor"), não é
o objetivo desse artigo. Enquanto a logística reversa de produtos pode ser a
solução correta para alguns fabricantes, o gerenciamento de produtos possui um
valor mais amplo, que se aplica a todos os participantes do ciclo de vida de um
bem e encoraja a consideração desse ciclo por todos.
Os 10
princípios abaixo são a chave para alcançar a responsabilidade pelo produto e
se aplicam a cada uma das etapas de vida de qualquer mercadoria:
1. Responsabilidade
compartilhada: assumir a responsabilidade para garantir que os
produtos sejam geridos de forma segura em todo o seu ciclo de vida, sejam eles
fornecidos, fabricados, distribuídos, utilizados, descartados ou reciclados. O
fabricante de um produto não tem o controle completo sobre todos os atores ao
longo da vida desse item. Não importa quão "infalível" um produto
seja, cada um de nós tem a obrigação de garantir a melhor gestão.
2. Pensar
no ciclo de vida: trabalhar para prevenir ou reduzir
significativamente os riscos e aumentar a sustentabilidade em todo o ciclo de
vida do produto. Isto pode variar desde o redesenho do produto até a
regulamentação para a retirada do item do mercado. Um programa de devolução de
produtos pode ser um componente efetivo e eficiente de gestão, em alguns casos,
assim como seria substituir componentes por versões mais seguras. Mas cuidado
com as consequências inesperadas, pois você pode corrigir um problema apenas
para criar outro.
3. Conhecimento: compreenda
os potenciais riscos ambientais, para saúde e segurança de suas ações – os
perigos inerentes associados aos materiais aplicados e os riscos que podem
causar. Além disso, compreenda os outros impactos do ciclo de vida. O maior
peso para o desenvolvimento do conhecimento dos perigos de um produto recai
sobre o fabricante, pois é ele quem define o que é o produto. Compreender
outros componentes de risco e exposição é mais difícil. Os desafios de adquirir
o tipo correto de informação são abordados por alguns dos princípios a seguir e
são temas de debates vigorosos em torno da ciência, das informações comerciais
de propriedade, da transparência e das políticas públicas sobre como e quando
algo é "suficientemente seguro".
4. Comunicação
com a cadeia de fornecimento: compartilhe as informações necessárias
com os outros, a fim de compreender os riscos e gerenciá-los em sua parte da
cadeia de abastecimento. Os produtos fazem parte de sistemas complexos que
envolvem uma série de fornecedores e clientes (incluindo manipuladores de
resíduos). Você precisa ajudar as pessoas atrás e à frente na cadeia, a fim de
minimizar o impacto do ciclo de vida total e promover práticas mais
sustentáveis.
5. Stakeholders: compreenda
as preocupações do conjunto de participantes que influenciam o sucesso do
produto – funcionários, acionistas, fornecedores, vizinhos, governos, parceiros
e grupos de interesse público. Determine o que você precisa fazer para garantir
a esses interessados que um produto é gerido de forma segura. Trabalhe em
conjunto para encontrar as melhores soluções para preservar os benefícios e
reduzir os riscos. Os stakeholders determinarão o que é "suficientemente
seguro".
6. Trabalho
em equipe: determine quem sabe o quê, onde, por que e o como de um
produto, para assim encontrar soluções mais sustentáveis. Gestores de produtos
não trabalham sozinhos. Eles devem trabalhar em estreita colaboração e confiar
nos especialistas de cada aspecto do ciclo de vida de um produto. De modo que
os riscos possam ser caracterizados e controlados (marketing de fabricação,
pesquisa, jurídica, saúde e meio ambiente, relações públicas etc). Equipes de
peritos também são necessárias para continuar a desenvolver padrões confiáveis
para avaliar e comunicar informações sobre os riscos para os clientes.
7. Consciência: procure
novas informações relativas a riscos e produtos mais seguros. Disponha de
processos que gerenciam e respondam rapidamente às mudanças que podem afetar a
segurança do produto, tais como mudanças em recursos, processos, ciência,
tecnologias, usos, usuários/clientes e as expectativas de regulamentação. Tente
antecipar-se e chegar à frente das mudanças.
8.
Inovação: um compromisso com a gestão do produto estimula a inovação para
reduzir riscos e melhorar o valor, para assim atender ao cliente e as
necessidades da sociedade com novos processos e produtos melhores.
Sustentabilidade e segurança aliadas ao processo de concepção do produto é a
maneira mais eficaz de uma empresa realizar a gestão do produto.
9.
Gestão: implemente práticas que se modifiquem continuamente para o
gerenciamento de produtos. Crie um ciclo contínuo de planejamento, ação,
verificação e modificação em curso e todas as outras ferramentas de gestão que
você já usa para aplicar a gestão de produtos, tal como qualquer outra
atividade. Mais importante ainda, a gestão do produto não é um projeto de uma
única empreitada, é uma maneira de pensar e agir responsavelmente.
10.
Integração: a gestão do produto deve ser parte integrante
da atuação e cultura de uma empresa. Não pode ser um programa descolado do dia
a dia da empresa, realizado por um grupo de funcionários de uma filial,
afastado do organograma. Cada função contribui para o impacto do ciclo de vida
de um produto. Os consumidores individuais também devem ser guardiões do
produto, sempre que comprarem, usarem e descartarem qualquer mercadoria. Todos
nós devemos nos perguntar: "Isso é a coisa responsável a fazer?" Os
princípios da boa gestão de produtos devem se tornar senso comum.
Assinar:
Postagens (Atom)