terça-feira, 2 de novembro de 2010

O poder de compras das avós

Cristina Pacheco

A convivência pode dar à avó o conhecimento sobre as necessidades das crianças e também do que elas gostam, para que os presentes que ela porventura dê para o neto tenham maior chance de agradar. O consultor de marketing Arnaldo Rabelo (Birigüi/ SP) estudou o poder da influência não só da criança, como de outras pessoas, e detectou que a mãe é a principal responsável por esta decisão.

“No caso da avó, a incidência é menor, mas também importante, especialmente junto da criança”, comenta. “Apesar dos adultos gostarem deste ou daquele modelo, é fundamental a aprovação da criança e para isso deve ser dada uma certa autonomia a ela”, recomenda. Segundo o consultor, a avó quer agradar a criança e escolher algo que será apreciado e usado. “Nesse momento, o vendedor auxilia para verificar o que a criança gosta, os personagens com os quais ela tem afinidade, e a avó deve conhecer e explicar as preferências do neto, para que o vendedor possa oferecer um produto afim com o que a criança gosta”, explica.

A publicitária com especialização em marketing para o mercado infantil Cinira Baader percebe que as avós sabem mais que se imagina sobre o mundo das crianças. “As avós de hoje são bem mais jovens e antenadas do que as avós de antigamente. Por isso, dificilmente elas estão ‘por fora’ do que a garotada gosta”, afirma.

Via de regra, segundo ela, a alta motivação de consumo da avó leva a uma compra por impulso. “As avós são totalmente movidas pela emoção, assim como acontece no processo das compradoras mamães. Especialmente quando se trata das crianças menores. A diferença é que na medida em que os filhos vão crescendo, as mamães vão se tornando mais racionais nas compras, enquanto as avós, continuam ‘bobas’, apaixonadas e comprando de tudo para os seus preciosos netinhos”, avalia Cinira. “Assim, a recomendação para o varejo deve ser a mesma: criar e manter um ambiente voltado para as emoções maternais e o universo das crianças. Isso vale para o visual da loja, a exposição dos produtos, e o atendimento pessoal das vendedoras.”

Para aproveitar o impulso da compra, Rabelo lembra ainda que o atendente da loja pode incentivar a realização do negócio. “O vendedor não deve dar oportunidade de deixar para pensar, voltar outro dia. Ela está predisposta, mas o vendedor deve estimular a venda”, sugere o consultor, lembrando que um atendimento preparado e preocupado em auxiliar na escolha da melhor opção para o cliente faz diferença nessa hora. “A melhor compra é aquela que é usada, e a melhor venda é a que conquista o cliente para vendas futuras”, diz. Na avaliação de Cinira, a melhor argumentação de venda consiste na informação e verdade sobre as marcas e produtos, aliada à paixao pelas crianças e o seu mundo, e à emoção de ser mãe ou avó.

Relação de afeto

O cuidado e a generosidade são as características mais marcantes da relação dos avós com os netos, na opinião da psicóloga clínica Patrícia Spindler, mestre em psicologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Avós são generosos no melhor sentido”, observa. “Dizem que a família atualmente pode estar mais fragilizada, as estruturas familiares não seriam mais as mesmas, mas hoje é um tempo em que as crianças ficam muito com os avós, alguns são mais presentes que os pais, assumindo papéis de cuidadores enquanto os pais trabalham”, pondera Patrícia.

Neste cenário, os avós podem se permitir ter com os netos relação diferente do que tiverem com seus filhos, mas mesmo assim as crianças seguem precisando de regras e limites. Não há problemas em presentear e oferecer pequenas regalias, desde que isso não seja feito de forma compensatória. “Muitas avós fazem bem o papel de impor limites, mas por outro lado às vezes os avós tentam suprir a ausência dos pais sendo permissivos”, alerta a psicóloga.

A convivência entre avós e netos é superimportante, saudável, faz parte da construção da vida da criança, segundo Patrícia, tanto pela ligação direta com os avós como pelo que os pais passam às crianças em relação a estes avós.

“Nesse ciclo, a vó conta lembranças e episódios de seus filhos para os netos, quando os pais daquela criança eram crianças. Assim, a avó vai preparando os netos para um dia serem pais e mães. Para os avós, essas trocas e convivências permitem a riqueza de reviver as histórias com os netos e aprender também coisas novas com eles”, completa.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Anote aí 27: Skype; Venda; Email Marketing; Copa 2014; Estratégia

SANCHEZ, Ligia. Simples, fácil e barato Confira a agilidade e a economia que a utilização do Skype pode trazer para rotina de sua empresa. Meu Próprio Negócio, ano 8, nº 90, pp. 34-37.


COSTA, Dani. A venda vem da vitrine Rotisserias com produtos bem apresentados conseguem aumentar o consumo de seu clientes e garantem retorno. Diário de S. Paulo, 01 de agosto de 2010, Caderno Negócios, p. 12.


DITOLVO, Mariana. Uma ferramenta em adaptação E-mail marketing conquista espaço nas estratégias de comunicação direta, mas ainda sofre com a má utilização. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1.422, 16 de agosto de 2010, pp. 24-26.


FALCETA JUNIOR, Walter. O jogo começou Mercado se movimenta para explorar as oportunidades geradas desde já pela próxima Copa, a de 2014, e estender atuação até para depois das Olimpíadas de 2016, no Rio. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1.424, 30 de agosto de 2010, pp. 37-48.


KLEINER, Art. Os 4 sistemas da organização viva Para mudar uma organização, é importante compreender quatro sistemas básicos, análogos a sistemas biológicos, afirma Art Kleiner, autor da área de estratégia. HSM Management, ano 14, nº 82, volume 5, setembro de 2010, pp. 120-124.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Apenas 7% dos idosos brasileiros reservaram dinheiro para a velhice

Gladys Ferraz Magalhães


Apenas 7% dos brasileiros reservaram algum dinheiro para velhice, segundo revela estudo realizado pela Bupa Health Pulse. De acordo com o levantamento, no Brasil, 64% das pessoas não se preparam para a velhice em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio, sendo que 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.

A pesquisa revelou ainda que 53% dos 1005 entrevistados no Brasil nem sequer começaram a pensar na velhice, sendo que 46% dos brasileiros não se preocupam em envelhecer. Ao todo, o estudo ouviu 12.262 pessoas em 12 países.

“É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e acolhem bem a chegada da velhice, mas as pessoas não podem ficar despreocupadas com o envelhecimento. O Brasil, assim como muitos países, vem enfrentando uma crise na assistência médica e social. Muitos pensam que seus parentes estarão prontos para cuidar deles, mas nossas estruturas familiares estão mudando e as pessoas precisam começar a planejar e conversar o quanto antes sobre a futura assistência que terão”, disse o diretor-médico da Bupa International, Dr. Sneh Khmka.

Outros dados

Ainda de acordo com o relatório, os brasileiros são os mais otimistas quanto à terceira idade (17%) contra a média global de 3%, sendo que 95% dos brasileiros com 54 anos ou mais não se consideram velhos.

Apesar de 84% dos entrevistados no País dizerem que o padrão de assistência ao idoso  no Brasil é pobre e 96% acharem que a assistência governamental precisa melhorar, 42% dos brasileiros acreditam que o Estado deve bancar a assistência ao idoso, enquanto que 39% pensam que a assistência do governo deve ser apenas para pessoas de baixa renda.

Por outro lado, de fato, apenas 3% dos brasileiros pensam que o governo cuidará deles quando envelhecer, com 35% das pessoas planejando usar as próprias economias e investimentos quando chegarem na velhice.

Empresários brasileiros gastam 2.600 horas com obrigações fiscais

Karla Santana Mamona


Os sistemas tributários da América Latina têm alto custo de transação. Segundo estudo realizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), as empresas da América Latina e Caribe gastam em média 320 horas para calcular, preparar, registrar e pagar seus tributos, quase o dobro se comparado a países mais desenvolvidos. No caso do Brasil, a situação se agrava, já que a média dos empresários é de 2.600 horas.

A pesquisa aponta que os complexos sistemas fiscais desses países podem prejudicar decisões de investimentos das empresas, pois reduzem a eficiência dos mercados e limitam o investimento em infraestrutura, educação e outros serviços públicos.

Além disso, as taxas elevadas de impostos podem desincentivar o investimento em tecnologia e outras formas de melhorar a produtividade, já que reduzem os impostos sobre lucro potenciais gerados a partir desses investimentos.

Sistemas fiscais inteligentes

De acordo com o levantamento, se os governos da América Latina e do Caribe adotassem sistemas fiscais mais inteligentes poderiam aumentar suas receitas, financiar programas sociais e expandir sua receita.

Esses países necessitam promover melhor alocação de recursos que facilitariam uma maior produtividade. Segundo os autores da pesquisa, isso não significa apenas simplificar os impostos, mas também reduzir os tributos cobrados das empresas, afim de diminuir a informalidade.

Impostos das empresas

O levantamento apontou também que, nos países dessa região, 61% das receitas fiscais são decorrentes das empresas, enquanto nos países mais desenvolvidos, as empresas contribuem apenas com 25% da receita total.

Apesar da elevada carga tributária, as receitas fiscais na América Latina e Caribe representam apenas 17% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto nos Estados Unidos o percentual é de 27%, e de 36% nos países industrializados.

Micro e Pequenas Empresas

Como as taxas de impostos e custos de transação são altas, segundo o estudo, não é surpreendente que a evasão prevaleça na América Latina. Segundo o estudo, em alguns países como Brasil e Panamá, as MPEs chegam a declarar apenas 60% das vendas.

Uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey & Company revela que no México quase 70% das MPEs não são registradas, portanto, não pagam impostos. Entre as pequenas e médias empresas, o índice é de 63%. Já entre as grandes, 48% não pagam impostos.

"O alto nível de sonegação é prejudicial, uma vez que impede que o governo tenha receitas suficientes para investir em bens públicos que podem aumentar a produtividade, tais como infraestrutura e educação”, finaliza a coordenadora do estudo, Carmen Pages.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Empresas do Brasil lideram no uso de redes sociais para negócios, diz estudo


BBC BRASIL
O Brasil está entre os países que mais adotaram aplicativos de rede social da Internet -- como Facebook e Twitter -- como ferramentas de negócios, segundo um estudo feito pela fabricante de softwares McAfee em 17 países, empresas do Brasil, Índia e Espanha estão entre as que mais adotaram as tecnologias conhecidas genericamente como Web 2.0, que incluem redes sociais como Facebook e Twitter.

Nos 17 países, mais de 75% das empresas pesquisadas utilizam algum tipo de software como Facebook ou Twitter nos seus negócios. Em Brasil, Espanha e Índia, o índice superou 90%.
Três entre quatro empresas que utilizam ferramentas Web 2.0 afirmam que estão conseguindo ganhar dinheiro com os aplicativos. No Brasil, nove em cada dez empresas afirmam que estão lucrando com as ferramentas. O mesmo índice foi registrado na Índia, Emirados Árabes Unidos e México.

Segundo o estudo da McAfee, o Brasil e a Índia foram os únicos países do estudo onde as empresas disseram receber pressão do mercado para adotar ferramentas como Facebook e Twitter nos seus negócios. No Brasil, 58% das empresas pesquisadas afirmam que seus consumidores ou clientes exigem aplicativos Web 2.0.

De acordo com a consultora brasileira em informática Vanda Scartezini, citada no relatório da McAfee, o fato de os brasileiros "amarem novidades e se adaptarem rapidamente a novas tecnologias" explica o sucesso da Web 2.0 no país.

A analista de tecnologia Charlene Li, também citada no relatório, destaca que o uso empresarial das ferramentas Web 2.0 reflete a penetração das redes sociais nos países. Uma grande parcela de internautas no Brasil e na Coreia do Sul, por exemplo, participam de redes sociais.

Facebook

Apesar de funcionarem como plataformas importantes de negócios, o estudo sugere que os empresários não veem com bons olhos o uso de redes como Facebook pelos seus empregados durante o horário de trabalho.

O Facebook é bloqueado por quase metade das empresas pesquisadas. Na Itália e na Espanha, mais de 60% das empresas restringem o uso do Facebook. Já no Brasil, Japão e Alemanha, menos de um terço das empresas impõe restrições ao site.

A pesquisa afirma que as empresas de Índia e Brasil também estão entre as mais preocupadas com os riscos de segurança e golpes na internet através de aplicativos.
Segundo o estudo da McAfee, cada empresa brasileira perde, em média, US$ 2,5 milhões devido a problemas de segurança relativo à Internet. O valor é superado apenas pelo Japão, onde cada empresa perde em média US$ 3 milhões.

O estudo foi encomendado pela McAfee à universidade americana de Purdue. Os pesquisadores ouviram 1.055 empresários em 17 países diferentes, dos setores público e privado.