terça-feira, 5 de novembro de 2013

Metade das casas em favelas tem TV de plasma e computador

Roberta Pennafort
05 de novembro de 2013
Pesquisa feita com dois mil moradores de 63 favelas brasileiras mostra que a classe média dobrou de tamanho nas comunidades na última década, a exemplo do crescimento que aconteceu no País como um todo. A média salarial é de R$ 910 e metade das casas tem TV de plasma ou de LCD, computador e micro-ondas. A renda anual dos 11,7 milhões de brasileiros que vivem em favelas - população maior do que a do Rio Grande do Sul, o 5.º Estado mais populoso da federação - é estimada em R$ 63,8 bilhões.

Segundo o Instituto Data Popular, que aplicou os questionários, o objetivo é tirar da invisibilidade uma camada da população que tem muitas demandas e grande potencial de consumo. As perguntas foram elaboradas com a ajuda de moradores e foram direcionadas a hábitos de consumo, nível cultural e serviços públicos. Dados do IBGE embasaram o estudo.

Os dados mostram que 59% dos habitantes de favelas não têm conta corrente e 65% não possuem cartão de crédito. Práticas informais, como o pagamento fiado, persistem. A divulgação foi ontem, no lançamento do Data Favela, instituto de pesquisa criado pelo Data Popular, de Renato Meirelles, e a Central Única das Favelas, ONG fundada por Celso Athayde. O Data Popular tem o intuito de identificar oportunidades de negócio nas comunidades.

Dos jovens, 65% já foram revistados pela polícia, o que dá a medida do preconceito contra quem mora nas comunidades. A média de revistas relatada foi de 5,8 vezes. Em relação ao nível educacional e cultural, a pesquisa mostrou que mais de um terço das casas não tem um livro sequer, e que a média de escolaridade dos moradores é de apenas seis anos.


Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,metade-das-casas-em-favelas-tem-tv-de-plasma-e-computador,1093246,0.htm. Acesso em 05 nov 2013.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quer entender o consumo? Estude a cultura!

Marcos Hiller
23 de outubro de 2013
Só no Brasil fogão tem tampa. No sul do Brasil, uma parcela da população come pizza com maionese. No Rio de Janeiro, se tem o hábito de colocar catchup na pizza. Peça catchup numa pizzaria tradicional da cidade de São Paulo para você ver a olhada de repressão que o garçom te dará. Em algumas regiões do Nordeste se tem o costume de comer catchup no meio do feijão com arroz. Só no Brasil, alguns carros modelo SUV, como a EcoSport, por exemplo, possuem aquele pneu do step afixado na traseira do veículo à mostra para os demais motoristas da rua verem e, geralmente, envolvidos com capas estilizadas ou até personalizadas.

Só no Brasil máquina de lavar tem a abertura na parte superior e, geralmente com tampa de vidro, para a dona de casa brasileira poder ver a roupa revirando pra lá e pra cá, limpando e lavando. Há quem diga que uma parcela de pessoas que usam dentadura no estado de Mato Grosso do Sul tem o costume de colocar aparelho dentário na dentadura, justamente para que o fato de possuir aparelho tente negar a existência de uma prótese dentária. No Brasil, a cor do luto é o preto e no Japão a cor do luto é o branco (vi isso outro dia numa cena de funeral em um dos filmes do Bruce Lee).

Todos esses fatos, por mais esquisitos e até mesmo pitorescos que possam parecer, se dão fortemente por conta de um elemento chamado cultura. Estudar marketing, comunicação, branding e práticas do consumo em geral nos requer cada vez mais, na contemporaneidade, que compreendamos a cultura do consumidor. E o que é a cultura? Nada mais é do que esse acervo de conhecimentos que modela e modula boa parte das relações entre as pessoas. Cultura é aquele elemento central formado por uma mistura de questões sociais, econômicas, políticas de um determinado grupo.

É na cultura onde encontramos as respostas mais profundas para desafios e dilemas do processo de marketing hoje em dia. Ferramentas mercadológicas, teoremas de Paretto, cinco forças de Porter, teorias de estratégia competitiva, os exaustivos quatro “pês” de marketing, entre outros modelos são fundamentais para entender os processos de marketing e consumo em dia? Acho que sim. Mas quer compreender um pouco mais a fundo as verdadeiras motivações, desejos e comportamentos das pessoas? Vá estudar a cultura. Tire o snorkel e coloque o tubo de oxigênio. Mergulhe. E nada melhor do que se ancorar em outras áreas do conhecimento.

Vamos com outro exemplo! Recentemente um amigo que trabalha na área de pesquisa de mercado da Kibon/Unilever me disse que fizeram algumas seções de pesquisa, por meio da técnica de grupo focal (ou focus group, como habitualmente se fala no mercado), com grupos de crianças para se detectar novas cores de picolé que a Kibon deveria lançar no Brasil. E após as discussões com a criançada, quais foram as cores preferidas? Rosa? Laranja? Vermelho? Verde? Amarelo? Azul? Quem respondeu alguma dessas, errou. A cor favorita da molecada foi o preto. Sim, um picolé de cor preta. Absolutamente imprevisível e inusitado. E se lançarmos um picolé preto seria um tremendo sucesso? Eu não apostaria nisso. E justamente por isso que esse negócio chamado pesquisa é tão fascinante.

Mas por que o preto? Confesso que não sei a razão exata. Precisaria me aprofundar um pouco mais para encontrar respostas críveis. Mas acredito que a razão do porquê o preto foi a cor vencedora não esteja no marketing, mas sim na antropologia, na sociologia, na psicologia, na semiótica. No chamado Neuromarketing talvez? Eu acho que também não. Aliás, não quero soar como uma percepção leviana, mas eu acho que misturar Marketing com Medicina é forçar um pouco a barra. Pra mim, mergulhar nas ciências sociais e ler autores como Nestor Garcia Canclini, Jesus Martín Barbero, Gilles Lipovetsky, Gisela Castro, Rose de Melo Rocha e Maria Aparecida Baccega tem me dado respostas bastante lúcidas para todos esses dilemas e complexidades das relações entre pessoas e marcas. Aliás, estudar mais a fundo o porquê de o preto ter sido a cor favorita das crianças na pesquisa talvez nos traga evidências sobre por que a meninas piram hoje em dia nessas bonecas vestidas de vampiras e monstros. Isso particularmente me inquieta.

Muito de minha visão nesse despretensioso texto é fruto de um curso de mestrado que estou para concluir hoje na ESPM/SP na área de comunicação e práticas do consumo. Estudamos o consumo não como consumismo, não como uma mera relação de troca entre bens e valores monetários. Discutimos o consumo não à luz de teorias clássicas de comportamento do consumidor, como a de Abraham Maslow e tantos outros. Pensamos o consumo como uma apropriação social, sinérgica e simbólica. Consumir hoje em dia é estar na sociedade. Consumir é se inscrever em algo. Consumimos o tempo todo, desde um maço de cigarros que compramos na esquina até mesmo uma lata de Coca-Cola que seguramos na mão ou uma telenovela a que assistimos. Consumimos sempre. Negar o consumo é negar que vivemos em sociedade.

Ah, por que diabos só no Brasil fogão tem tampa? Oras, por conta de uma questão cultural. Mais que isso: para a dona de casa brasileira, e só para a brasileira, por mais que a cozinha não esteja com aquele brilho impecável, o ato sígnico de se abaixar uma tampa de fogão significa: “Pronto! Missão cumprida! Posso curtir minha novela e meu maridão”.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/quer-entender-o-consumo-estude-a-cultura/73788/. Acesso em 29 out 2013.

domingo, 3 de novembro de 2013

Brasileiro busca novidade e promoção quando vai às compras

Raphael Sparvoli
outubro 29th, 2013  
É o que aponta o estudo Consumer Watch Express Shopper, da Kantar Worldpanel, realizado em algumas cidades na América Latina com 6.400 consumidores. No Brasil, o estudo foi realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para 42% dos brasileiros, a busca por ações promocionais, inovação e pelos melhores preços é a marca principal de seu comportamento no momento da compra.

A pesquisa mostra ainda que 74% dos consumidores sempre compram produtos em oferta e promoção e 61% da população brasileira compara preços entre lojas e produtos, o que destaca a preocupação com o orçamento mensal. “O consumidor está mais atento e sabe que existe uma concorrência forte de preços entre as marcas”, conta Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel.

Pratos congelados

Com quase 7 milhões de brasileiros que moram sozinhos, de acordo com o IBGE, quem tem se destacado é o mercado de congelados. Em busca de rapidez e praticidade, os pratos congelados já compõem a mesa da maioria dos brasileiros. De acordo com o estudo, o Brasil é o País que mais consome pratos congelados na América Latina. Esses produtos são opção de 61% dos compradores, enquanto a média latina representa apenas 33%. “São consumidores atentos às novidades nas prateleiras. Isso mostra que o mercado ainda tem muitas oportunidades nesse segmento”, afirma Christine.

Disponível em http://varejo.espm.br/9428/brasileiro-busca-novidade-e-promocao-quando-vai-as-compras. Acesso em 29 out 2013.

sábado, 2 de novembro de 2013

Aporte em decoração sobe para atrair clientes

DCI
28 Out 2013
As administradoras de shopping centers devem gastar até 30% a mais em decoração natalina este ano. A ação busca reverter as expectativas menores de incremento nas vendas no Natal este ano. Entre as apostas dos grupos, estão ações em rede social e antecipação da decoração dos empreendimentos para incrementar a ida dos consumidores aos malls.

Segundo Bruno Donato, empresário à frente da Innova Natal - empresa especializada em decoração natalina fundada há mais de 10 anos -, a interatividade com os consumidores foi o mote de alguns shoppings de São Paulo. "Para o shopping Pátio Paulista desenvolvemos a campanha 'um Natal para compartilhar' com a qual o consumidor poderá tirar e compartilhar sua foto em um dos oito tronos espalhados pelo shopping com a hashtag #natalpatiopaulista". O cliente que o fizer, ganhará a sua imagem impressa via Printgram, uma espécie de Polaroid. O diferencial, além da ação on-line, é que os tronos do Papai Noel que estarão no shopping foram customizados por artistas plásticos como: Reynaldo Berto, Eduardo Kobra, Wânia Rodrigues e outros.

O Pátio Paulista investiu quase R$ 1 milhão para as ações de Natal e o executivo da Innova afirmou que com o uso da rede social o empreendimento conseguirá mensurar a efetividade da iniciativa. "Como serão usadas hashtag e o nome do shopping, eles conseguirão medir o alcance e traçar as novas estratégias de marketing baseado nesses resultados", disse ele, lembrando que a perspectiva é de incremento em 7% nas vendas e 8% em fluxo de pessoas.
A estratégia do Shopping Ibirapuera foi pensada para o microblog Twitter. 'Noeletes' vão circular pelo shopping e incentivarão os consumidores que usam o Twitter a mandar mensagens para o Papai Noel e seus amigos. "O consumidor não quer ver mais aquelas interações antigas com bonecos que falam", explicou Donato. Na iniciativa, o Ibirapuera investiu quase R$ 800 mil.

Na opinião do especialista em shopping center e varejo e diretor da Make it Work, Michel Cutait, fazer com que o consumidor se surpreenda é a forma mais eficaz de fidelização e garantia que o mesmo retornará para fazer suas compras em um shopping. "Hoje temos um consumidor mais atento e exigente. Mais que a experiência de compra, esse cliente quer ser surpreendido com as decorações de Natal", explicou.

Cutait afirmou também que de alguns anos para cá, os empreendimentos têm adiantado a inauguração de suas decorações de Natal para que o consumidor antecipe suas compras. "Isso é um fator observado no País. Os shoppings tentam fazer com que o consumidor não deixe para fazer suas compras de fim de ano na última hora. Isso garante também que ele vá mais de uma vez ao espaço", explicou.

Na opinião do gerente de marketing do Continental Shopping, Rodrigo Rufino, por mais que as decorações natalinas fiquem prontas no final de outubro e começo de novembro, o consumidor nem sempre adianta as aquisições para o Natal. "Pode ser que inaugurar o espaço com bastante antecedência dê certo em shoppings mais periféricos, aqui no Continental isso não acontece", argumentou, complementando: "Tentamos fazer com que o consumidor vá ao shopping sem ter transtornos, como corredores lotados, mas não adianta, o maior fluxo de clientes que compram e trocam seus cupons para participar dos sorteios de prêmios ocorre no dia 24 de dezembro."

Os cupons mencionados por Rufino referem-se a outro chamariz utilizado pelo Continental - e tantos outros shoppings - que sorteia um carro. Além do automóvel, a cada R$ 400 em compras o consumidor poderá trocar por panetones, limitado a três unidades.

O executivo afirmou, em entrevista ao DCI, que o investimento nas ações do Natal 2013 tiveram incremento de 30%. "Este ano decidimos investir mais no Natal para atrair o consumidor por conta da conjuntura econômica", explicou. O maior fluxo de clientes - 60% superior a um dia normal - é esperado para a segunda quinzena de novembro, "quando o consumidor começa a receber o décimo terceiro", disse. Com todas as estratégias, Rufino espera que as vendas do Continental sejam 100% superiores aos meses anteriores. "Espero que as vendas dobrem na data". Outro ponto ressaltado por Rufino foi que as decorações que são entregues com muita antecedência ao período de Natal ficam comerciais demais, e isso pode ter efeito contrário nas vendas. "O Natal não é só uma data comercial", concluiu o executivo.

Já para a superintendente do Shopping Interlagos, Carla Bordon Gomes, inaugurar a decoração de Natal em outubro é tradição e o consumidor do empreendimento já está acostumado. "Desde que inauguramos, há 25 anos, decoramos o shopping no final de outubro", disse. Segundo a superintendente, este ano foram investidos R$ 2 milhões - enfeites e campanha promocional -, montante esse 10% superior ao do ano passado, para um esperado incremento nas vendas de 15% na data comemorativa.

Carla explicou que, devido à importância do período, o shopping começa a se programar entre janeiro e fevereiro para que tudo fique pronto entre outubro e novembro. "Como é um projeto que demanda tempo para ser estruturado, nos preparamos com quase um ano de antecedência", disse.

A preocupação com a data deve-se ao pequeno número de empresas que prestam esse tipo de serviço no País.

Com investimentos 20% a 25% superior a 2012, o Shopping Taboão tentará atrair o consumidor ao empreendimento com a sua fábrica de panetones. "Vamos levar aos clientes todos os passos na produção de um dos maiores símbolos do Natal, o panetone. Tudo será interativo e o cliente sentirá o aroma do panetone saindo do forno", argumenta a superintendente do Taboão, Carla Mautone.

A executiva informou ao DCI que a decoração do empreendimento será inaugurada no dia 10 de novembro, junto com a chegada do Papai Noel ao shopping. "Este ano investimos R$ 1 milhão e esperamos que o fluxo de clientes cresça 40% enquanto o de nossas vendas, cerca de 30%", argumentou Carla.

Disponível em http://www.gsmd.com.br/pt/noticias/shopping-centers/aporte-em-decoracao-sobe-para-atrair-clientes. Aceso em 29 out 2013.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Consumidores brasileiros querem mais das marcas

Adnews 
25/10/2013 17:40
Com o avanço da internet, as novas mídias digitais, os dispositivos móveis, além de outras tecnologias e formatos de mídia, o consumidor está cada vez mais exigente. Além disso, ele ganhou voz ativa e muito mais poder no diálogo com as marcas. Todo esse cenário aumentou significativamente o desafio das empresas.

Estudos ajudam a iluminar os difíceis caminhos que precisam ser trilhados para manter um trabalho de marketing de qualidade. A Edelman Significa apresentou o seu estudo Brandshare, em sua primeira edição, que foi conduzido junto a 11 mil pessoas em oito países.

Foram avaliadas globalmente 212 marcas - 68 no Brasil -, o que permitiu traçar um mapa dos comportamentos que influenciam na propensão ao uso, recomendação e compra.

Confira os principais insights da pesquisa:

Compartilhar entra definitivamente na agenda estratégica das marcas no Brasil. A esmagadora maioria dos brasileiros (87%) deseja que as empresas, por meio dos seus produtos e serviços, realizem isso de forma mais eficaz. No entanto, apenas 16% consideram que as marcas efetivamente o façam.

No Brasil, em geral, o nível de expectativa em relação ao compartilhamento das marcas é muito superior às médias globais.

“Conseguimos definir um novo princípio para estratégias de marca. A partir da premissa de que o consumidor deve ser o elemento central, os maiores retornos são alcançados quando são priorizados conteúdos e atividades planejadas a partir de suas necessidades e interesses", constata Jennifer Cohan, presidente global da prática de Consumo da Edelman.

Marcas que compartilham suas trajetórias, tanto no Brasil quanto no mundo, têm um ganho proporcional na propensão ao consumo, ainda que este não seja particularmente o comportamento mais desejado.

Neste sentido, as formas de compartilhamento mais relevantes no Brasil, ou seja, desejadas porém ainda não atendidas, são aquelas relacionadas a objetivos comuns e produtos, o que sinaliza, por exemplo, um grande potencial para envolvimento de consumidores em programas de cocriação. Quanto mais abertas e transparentes, maior será o potencial de engajamento das marcas.

"A abordagem do marketing agora deve ser multidisciplinar", diz Alan Vandermolen, presidente de práticas globais na Edelman.

"Os profissionais da área devem evoluir, passar de um modelo linear e tradicional de grupos focais, no qual o consumidor é envolvido apenas nas etapas finais, para um modelo que envolva os consumidores em absolutamente todas as fases do desenvolvimento de produtos. Marcas também devem integrar o marketing com as narrativas da comunicação corporativa e emitir uma mensagem única e forte. Neste cenário, os canais de engajamento devem ser adaptados para permitir cada vez mais o compartilhamento eficaz".

Diálogo: uma via de mão dupla

Haver canais que permitam fazer perguntas e expressar opiniões é o comportamento mais importante nesta dimensão (74%) para os brasileiros. Entretanto, a performance percebida das marcas fica muito aquém (15%). Outra importante diferença é identificada na forma como as marcas escutam e respondem às demandas. O nível de importância é de 72% e a entrega, de 12% apenas.

Em geral, as pessoas desejam que marcas as escutem, mostrem interesse genuíno naquilo que têm a dizer e, acima de tudo, tomem atitudes a partir do que escutam. Essa expectativa é válida para todas faixas etárias, em especial para aqueles acima de 45 anos. No Brasil, 53% deste grupo afirmam querer se engajar em conversas mais relevantes com as marcas.

Experiência: todas as ocasiões são especiais

86% dos brasileiros dizem querer se engajar em experiências promovidas por marcas e 64% consideram esta atitude importante.

Sobre o dado, Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa, comenta: “temos visto uma grande evolução das marcas neste terreno, que aplicam cada vez mais a promoção de experiências como estratégia para reforçar suas mensagens e atributos. O impacto dessas ações, entretanto, será maior quando considerados os interesses e expectativas do público que deseja engajar”.

Objetivos: queremos atingir as mesmas coisas

Equilibrar a vida financeira ou desenvolver a comunidade local podem ser objetivos almejados tanto por consumidores quanto por marcas. Quando esses objetivos se encontram, isso é reconhecido. No Brasil este é o elemento que apresenta a maior correlação entre valor gerado ao negócio e demanda não atendida.

Dentre os entrevistados brasileiros, 87% valorizam marcas que os ajudam a atingir seus objetivos. O número é similar globalmente – 90%. Esta é também a dimensão que apresenta o maior gap entre importância (80%) e percepção de entrega (15%).

Valores: acreditamos nas mesmas coisas

Os valores da marca também são relevantes na propensão ao consumo. 88% dos brasileiros desejam fazer negócios com marcas cujas crenças vão ao encontro das suas. Outro aspecto demandado é o aumento da transparência em relação à cadeia produtiva - 43% no Brasil e 47% globalmente. Ampliar a contribuição para a comunidade onde se opera também é apontado por 43% dos brasileiros como prioridade.

Produto: criamos juntos

Trazer os consumidores para os processos de criação de produtos é a segunda variável em termos de correlação entre expectativa e influência nas decisões de compra no Brasil. Aqui, o interesse em cocriar é citado por 88% dos entrevistas. No mundo, trata-se da principal variável e 91% dos entrevistados desejam ser envolvidos nos processos de design e desenvolvimento de produtos. Nesta dimensão, os brasileiros se destacam em relação à importância atribuída à transparência e honestidade sobre a performance dos produtos, com a média mais elevada dentre todos países pesquisados – 87%.

História: nós crescemos juntos

A demanda às marcas para compartilhar suas histórias é a mais baixa dentre todas dimensões, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Ainda que não desejada, em todos lugares identifica-se que o fato de marcas falarem sobre sua trajetória tem a mais alta influência na propensão ao consumo.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/consumidores-brasileiros-querem-mais-das-marcas?page=1. Acesso em 29 out 2013.