segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Como calcular o custo do capital próprio no seu negócio

Priscila Zuini
25/11/2013
O custo médio ponderado de capital (wacc, em inglês) revela quanto custa para a empresa financiar suas atividades, usando como fontes o capital próprio e o de terceiros. Para determinar o wacc em situações reais, a única variável difícil de ser mensurada é o custo do capital próprio. O custo de capital de terceiros é uma informação fácil de ser extraída, pois o setor financeiro da empresa sabe o quanto paga de juros em cima das suas linhas de crédito.
Em empresas de capital aberto, o wacc é obtido através do capital asset pricing model (CAPM). Nesse modelo, o custo do capital próprio é obtido por meio da estimação de um prêmio de risco que compara a taxa de juros livre de risco e o prêmio de risco do mercado como um todo.

O cálculo do custo de capital próprio não é simples nem direto, seja para empresas listadas em Bolsa ou empresas de capital fechado. Uma forma mais pragmática é pegarmos informações diretamente dos acionistas das empresas. Afinal, se um empreendedor consegue entender seu papel de acionista, deverá saber responder a uma simples pergunta: qual o prêmio de risco aceitável para manter seus recursos investidos na empresa?

O premio de risco é a diferença entre a remuneração exigida pelos acionistas e a taxa de juros livre de risco. Essa taxa, no Brasil, é a SELIC. Poupadores brasileiros podem, sempre que quiserem, comprar letras financeiras do tesouro (LFT), que paga aos investidores a taxa SELIC anual.

Em diversos grupos empresariais, o conselho de administração da holding determina o custo de capital próprio a ser utilizado nas outras empresas do grupo. Isso torna o cálculo do wacc direto e simples para a gestão da empresa. Assim, um empresário que considere um prêmio de risco de 7% como razoável exigiria, da sua empresa, um retorno sob o capital de 16,5% ao ano (9,5% da SELIC mais 7% do prêmio de risco).

Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-calcular-o-custo-do-capital-proprio-no-seu-negocio/. Acesso em 30 dez  2013.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Três lições para salvar os jornais

Barbara Sacchitiello
07 de Novembro de 2013
Assunto debatido à exaustão em eventos da indústria da mídia, a sobrevivência dos jornais diante da diária transformação da tecnologia e dos hábitos de consumo de informação ainda não conseguiu elaborar uma cartilha definitiva a ser seguida.

Representantes de quatro dos maiores jornais do Brasil, contudo, demonstraram não estar mais totalmente à deriva no mar revolto da mídia impressa e pontuaram estratégias claras que vêm adotando como parâmetro para garantir um futuro promissor para seus veículos.

O primeiro dia de seminários da International News Media Association (Inma), nos dias 6 e 7 de novembro, em São Paulo, reuniu no mesmo palco os responsáveis pelas redações dos jornais Zero Hora, O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Concorrentes – e ao mesmo tempo parceiros nesse desafio de conservar a importância do meio jornal – eles falaram sobre o dia a dia em suas redações e usaram cases próprios para mostrar os caminhos que parecem ser mais promissores.

Em suma, pode-se considerar que os tradicionais jornais do País vêm trabalhando com três premissas:

1- Não fazer apenas um jornal

“Jornal não é só um produto impresso, mas um conjunto de interfaces informativas”. A frase, dita por Ascânio Seleme, editor executivo da Infoglobo Comunicações, expressa bem a intenção de tratar os veículos como uma marca, geradora de diversos produtos. Isso, segundo eles, é importante não apenas para diversificar as fontes de receitas, como também para oferecer um cardápio mais atrativo aos leitores.

Defensora dessas estratégias, a diretora de redação do Zero Hora, do Grupo RBS, Marta Gleich, usou um caderno feminino do jornal para exemplificar essa diversificação de produtos. Segundo ela, há alguns meses a redação do supletivo dominical Donna foi separada fisicamente do restante do título gaúcho. Também foram contratados gerentes de produtos e especialistas no desenvolvimento de novos negócios para fazer do caderno uma estrutura multiplataforma. Atualmente, além do caderno aos domingos, o Donna também realiza eventos ao público feminino, publica edições pocket (que podem ser customizadas por marcas), promove cursos de maquiagem e está prestes a lançar sua primeira linha de cosméticos, em parceria com a rede de farmácias Panvel. “Estamos com vários outros projetos para o próximo ano e estudamos maneiras de replicar essa estratégia do Donna em outras áreas do Zero Hora”, explicou Marta.

2- Pensar como marca e não como diferentes canais

Se as novas tecnologias alteraram completamente o modo de operação dos jornais, é preciso aproveitá-las da forma mais inteligente possível. Ascânio Seleme deu vários exemplos de como O Globo tenta utilizar a tecnologia em prol de seu conteúdo informativo, como as reportagens especiais – que originam cadernos independentes e plataformas interativas com fotos e vídeos –, o uso de drones para captar imagens durante as manifestações do Rio de Janeiro, etc.

Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Estado de S.Paulo, é defensor da mesma estratégia, mas acredita que os veículos nacionais ainda não alcançaram o ponto exato. “Ainda usamos o sistema multimídia como enfeite; não o incorporamos na concepção da pauta e acabamos pecando pelo anseio de fazer um monte de coisas. Acredito que, em breve, perceberemos que, para o uso dos recursos multimídia nos jornais, também vale a máxima de que o menos é mais”, opinou.

3- Tratar a informação como algo valioso (e caro)

Ao narrar o passo a passo de toda a implementação do sistema de paywall na Folha de S.Paulo, o editor executivo do jornal, Sérgio Dávila, usou uma explicação simples para justificar o motivo que levou o veículo a fechar seu conteúdo. “Embora muita gente falasse que a informação na internet precisa ser livre, os nossos jornalistas precisavam ser pagos. E chegou um momento em que essa equação não mais se equilibrava”, contou. Segundo ele, mais de um ano depois da adoção do modelo, o número de page views e de assinantes digitais da Folha cresceu, bem como a publicidade digital. “Conteúdo jornalístico de qualidade é caro e, por enquanto, essa é a forma com que os grandes jornais do mundo vêm lidando com suas contas”, afirmou.

Gandour endossou a opinião de Dávila e ressaltou a necessidade dos jornais brasileiros superarem a era da gratuidade. Assim que a internet se disseminou, nos anos 1990, os jornais quiserem copiar o modelo da TV aberta, fornecendo tudo gratuitamente. Com isso, criamos um problema. Precisamos valorizar nossas marcas, nossos profissionais e a nossa informação”, pontuou o representante do Estadão. 



Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/11/07/Tres-licoes-para-salvar-os-jornais.html?utm_campaign=licoes_jornais&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 29 dez 2013.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Brasil perdoa quase US$ 900 milhões em dívidas de países africanos

BBC BRASIL
25 de maio, 2013
Entre os 12 países beneficiados estão o Congo-Brazzaville, que tem a maior dívida com o Brasil – cerca de US$ 350 milhões, Tanzânia (US$ 237 milhões) e Zâmbia (US$113 milhões).

As transações econômicas entre Brasil e África quintuplicaram na última década, chegando a mais de 26 bilhões no ano passado.

O anúncio foi feito durante a visita da presidente Dilma Rousseff à África – a terceira em três meses – para participar, na Etiópia, do encontro da União Africana para celebrar os 50 anos da instituição.

Além dos três países já citados, também serão beneficiados Senegal, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, República da Guiné, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau.

"O sentido dessa negociação é o seguinte: se eu não conseguir estabelecer negociação, eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado", disse Dilma. "Então o sentido é uma mão dupla: beneficia o país africano e beneficia o Brasil."

Estratégia

De acordo com o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann, quase todas as negociações envolvem cancelamento das dívidas. O restante, segundo, ele envolve menores taxas e prazos mais longos de pagamentos. "Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa do Brasil", disse. Ele afirmou ainda que praticamente o total das dívidas foi acumulado nos anos 70 e já havia passado por outras renegociações.

O Brasil vem expandindo suas relações econômicas com a África, que é rica em recursos naturais, na chamado coperação Sul-Sul. As negociações entre Brasil e países africanos subiram de U$ 5 bilhões em 2000 para US$ 26,5 bilhões no ano passado.

Na África, empresas brasileiras investem pesado em setores como o petrolífero e o de mineração e em grandes obras de infraestrutura. O Brasil também abriu 19 novas embaixadas na África na última década.

Problemas

Em artigo sobre a relação Brasil-África publicado em janeiro, o instituto Think Africa Press diz que a crescente ação de empresas brasileiras no continente pode sujar a "marca" do país na região. "Agentes privados com agendas distintas estão se tornando cada vez mais visíveis, e há um risco de que isso prejudique o projeto político do Brasil de se retratar como um parceiro que sempre prioriza o benefício mútuo num espírito de cooperação e igualdade", diz o texto.

Um dos principais exemplos ocorreu no mês passado, quando centenas de manifestantes em Moçambique bloquearam o acesso a uma mina de carvão da Vale. O grupo era formado por trabalhadores que diziam não ter recebido toda a indenização que haviam acordado com a empresa após serem realojados com o início das operações da mina.

A Human Rights Watch, ONG que defende os direitos humanos, afirma que eles foram realojados para terras áridas, onde não conseguem produzir, e por isso vêm sofrendo com falta de alimentos. A Vale e o governo de Moçambique prometeram melhoria para os trabalhadores.

A empresa também enfrenta resistência na Guiné, onde obteve licença para explorar uma reserva de minério de ferro. Em julho, moradores ocuparam um acampamento da empresa, acusando-a de descumprir acordo para a contratação de funcionários de etnias locais. Seis manifestantes foram mortos por soldados do governo em ação que, segundo políticos locais, contou com o respaldo da empresa.

A empresa nega qualquer participação no ocorrido na Guiné e diz buscar melhorar as condições de moradia das famílias deslocadas por sua operação em Moçambique.

Já em Angola, quem enfrenta problemas é outra companhia nacional, a construtora Odebrecht. Ativistas a criticam por manter negócios com políticos locais. A empresa nega ilegalidades.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130520_perdao_africa_mdb.shtml. Acesso em 28 dez 2013.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cinco dicas para quem deseja ter sucesso em um negócio

Camila Lam
27/12/2013
executivo
Você deseja empreender, mas não sabe por onde começar? Seja para abrir uma pequena empresa ou uma startup, o empreendedor precisa dedicar um tempo para validar a sua ideia de negócio e pesquisar bastante sobre o mercado que deseja atuar. Veja outras recomendações de especialistas:

1. Faça um planejamento
Existem alguns fatores que são determinantes para aumentar as chances da sua empresa dar certo. Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper, afirma que é imprescindível que o empreendedor questione se a sua ideia é mesmo uma boa oportunidade de negócio. Fazer um bom planejamento e escolher os sócios ideais são outras recomendações.

2. Saiba onde buscar o capital
Dá para começar um negócio sem dinheiro, pois o capital não precisa ser necessariamente do empreendedor. Neste vídeo, Maurício Galhardo, sócio da Praxis Business, explica que para que o negócio se torne possível é preciso usar recursos, mesmo que de terceiros. Bancos e investidores-anjo são algumas possibilidades, por exemplo.

3. Escolha um bom nome para a sua empresa
O nome da sua empresa remete o que você quer passar para o seu cliente? O seu cliente conseguirá pronunciar o nome? Além desses questionamentos, o professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, diz que o empreendedor precisa ter muita criatividade para escolher um nome que não tenha sido registrado ainda.

4. Contrate bons vendedores
A equipe de vendas é essencial para o sucesso de um negócio. Boa remuneração, um ambiente de trabalho agradável e treinamentos constantes são alguns fatores que chamam a atenção de bons profissionais do mercado. De acordo com Carlos Cruz, do IbVendas, formar internamente ou buscar vendedores da concorrência são algumas alternativas.

5. Aprenda a negociar
Donos de pequenas empresas e empreendedores precisam negociar com clientes, fornecedores e investidores. Para Mario Rodrigues, do IbVendas, criar empatia é essencial para que uma negociação seja bem feita. Dessa maneira, os dois lados conseguem se colocar um no lugar do outro. Neste vídeo, o especialista ensina algumas técnicas.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-para-quem-deseja-ter-sucesso-em-um-negocio?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 27 dez 2013.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Crianças: educação ou tecnologia?

Bruna Molina
19 de Dezembro de 2013
Um estudo da HSR Specialist Researchers, realizado pela Officina Sophia Retail em parceria com a eCGlobal Solutions, para detalhar o hábito de compra de brinquedos, mostra que presentear as crianças com jogos educativos e bonecos são preferência das mulheres em 25% e 23%, respectivamente. Já 26% dos homens dão jogos eletrônicos. A pesquisa foi realizada com 1849 pessoas da América Latina, sendo 517 brasileiras.

A lista segue com 13% de preferência por carrinhos e motos. Um dado interessante é que 36% dos consumidores do País assumiram que sempre compram o que as crianças pedem. Mais da metade dos entrevistados (57%) afirma que os eletrônicos são os preferidos pelos pequenos.

No Brasil, 62% dos consumidores preferem adquirir os produtos em lojas especializadas, opção de 53% da população de outros países da América Latina. Brasileiros que fazem compras pela internet correspondem a 14%, contra 7% da América Latina. A publicidade da televisão mostra sua força: 80% dos entrevistados compram produtos anunciados na TV.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/12/19/Criancas-educacao-ou-tecnologia.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-geral&utm_content=Crian%E7as:+educa%E7%E3o+ou+tecnologia?. Acesso em 25 dez 2013.