segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Geração Y não acredita em publicidade

Mauro Segura
29-AUG-2013
 
O estudo chamado "Millenials as Brand Advocates", da Social Chorus, publicado em julho de 2013, traz informações interessantes a respeito de como a geração Y lida com as marcas e com o marketing das empresas. A pesquisa, que alimentou o estudo, foi feita nos EUA, mas creio que a maioria das conclusões se aplica muito bem ao mercado brasileiro.

Geração Y são todos aqueles nascidos entre 1980 e 2000. Uma boa parte desse povo já compõe a população ativa economicamente, são consumidores e fazem parte da força de trabalho nas empresas. Nos EUA, são 79 milhões da geração Y versus 48 milhões da geração X (nascidos entre 1965 e 1980).

É evidente que a geração Y reina absoluta nas redes sociais. Se analisarmos o Twitter, 50% dos usuários são Ys. A conclusão mais impactante do estudo é que os Ys não acreditam em publicidade. Apenas 6% dos pesquisados disseram acreditar na publicidade on-line. Existe uma insatisfação com histórias patrocinadas postadas nas redes sociais. 67% disseram que nunca clicaram numa história patrocinada.

Ironicamente, um estudo recente da Edelman Berland, também realizado junto à Geração Y, apontou que somente 3% acham que a publicidade é chata. O mesmo estudo concluiu que 70% dos Ys se sentem responsáveis em publicar feedbacks a respeito de suas experiências com as empresas, sejam positivas ou negativas. Parece que existe um compromisso tácito entre eles de fazer isso.

Em contraponto ao descrédito com a publicidade, o estudo da Social Chorus diz que os Ys confiam no que seus amigos e comunidades falam. 91% dos Ys consideram comprar um produto recomendado por um amigo e 98% deles são mais propensos a se engajar num post de um amigo do que num post de uma marca.

Estamos diante de um novo desafio para o marketing das empresas: buscar métodos para incentivar os Ys a compartilhar suas ações nas redes sociais. Ou seja, falamos de uma espécie de co-marketing entre empresas e jovens. Em vez de marketing para eles, estamos falando de marketing com eles.

As empresas devem investir em plataformas para incentivar que os Ys contem suas experiências com as marcas para seus amigos e comunidades. Essa é uma relação que precisa ser construída de forma genuína, não o tradicional marketing forçado usado por muitas empresas.

Os Ys, de maneira geral, são mais propensos a fornecer suas informações pessoais e preferências do que outras gerações, as empresas devem se aproveitar dessa característica se associando a eles, criando um relacionamento mais aberto e aceitando bem os riscos inerentes a uma convivência mais espontânea e transparente.

A conclusão é que estamos diante de uma transformação profunda do marketing. As marcas já sabem disso, mas não existe uma clareza de como fazer. É evidente a corrida atual das empresas na adoção de uma estratégia diferenciada para lidar com a Geração Y. Quem está no poder são eles, não mais as organizações.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/08/29/Geracao-Y-nao-acredita-em-publicidade.html?utm_campaign=ponto_de_vista_fb&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 09 fev 2014.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A fuga da humanidade da miséria: entre ricos, a estagnação

Eduardo Pegurier
06/01/2014
Sem-teto nos Estados Unidos
Em 1944, em um campo alemão de prisioneiros de guerra, ocorreu uma fuga em massa de 76 soldados das forças aliadas, que conseguiram cavar um túnel para escapar. A busca pelos fugitivos levou semanas, mas quase todos, com exceção de três, foram recapturados, e 50 terminaram mortos em um fuzilamento sumário feito pela Gestapo.

A aventura virou livro e, na década de 60, um filme hollywoodiano de sucesso, com astros da época, como Steve McQueen. Ela também serviu de inspiração para o novo livro de Angus Deaton, professor de economia da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Famoso na academia, mas pouco conhecido do grande público, Deaton usou o filme como metáfora de outra história — a porta de saída da miséria, aberta desde a Revolução Industrial, permitiu que cerca de 80% da humanidade escapasse da pobreza absoluta.

No mesmo período de 200 anos, a população dos países ricos atingiu níveis de afluência impensáveis até para reis que viveram antes desse tempo. A expectativa de vida nessas nações dobrou, e a mortalidade infantil, que ceifava a vida de cerca de um terço das crianças, caiu para quase zero.

Tal trajetória aos poucos é imitada pelos países em desenvolvimento. Mas, como em toda boa trama, há nuances e riscos. Um bilhão de pessoas no mundo ainda são miseráveis e, nos Estados Unidos, país símbolo do sucesso econômico e da mobilidade social, o progresso das classes média e pobre estagnou, enquanto os ricos dispararam na concentração de renda.

O fenômeno não é exclusividade americana. Países como China e Índia, de rápida expansão nas últimas décadas, também se tornaram mais desiguais.

No livro The Great Escape: Health, Wealth, and the Origins of Inequality (algo como “A grande fuga: saúde, riqueza e as origens da desigualdade”), Deaton faz de maneira acessível ao grande público uma culta descrição do salto humano, impensável antes do século 19, em direção à prosperidade e à saúde. E reflete se a porta continua aberta para aqueles que ainda são pobres ou se a desigualdade está aumentando.

Há dois lados da desigualdade de renda, um bom e outro ruim, segundo o autor. A parte positiva é que, sem alguma desigualdade, não há progresso. O crescimento do padrão de vida está ligado a novas tecnologias, e elas não surgem de forma bem distribuída entre os países ou ao longo do tempo.

Costumam acontecer em uma área definida, como a indústria da Inglaterra no século 19 ou as startups do mundo digital do Vale do Silício no fim do século 20. A difusão de novas tecnologias demora, não só pela velocidade de compartilhamento das novas ideias mas também porque é preciso infraestrutura e capital humano para utilizá-las.

A teoria do germe, um dos exemplos do livro, surgiu no fim do século 19 e estabeleceu que microrganismos eram a causa das doenças infecciosas. Ela gerou uma revolução em saneamento nos países ricos e, em seguida, no mundo. Entretanto, essas melhorias ainda hoje não alcançam 30% da população mundial.

Mais lobistas

O lado ruim da desigualdade é concentrar o poder político com a renda, um fenômeno americano intensificado nos últimos 30 ou 40 anos. Entre os indícios, a fatia de trabalhadores do setor privado que era sindicalizada diminuiu de 24%, em 1973, para 6,6%, em 2012.

Na direção oposta, o número de lobistas de grandes empresas registrados na capital americana, Washington, cresceu de 175, em 1971, para 2 500, em 1982. Por fim, a renda dos 5% mais ricos, em 1966, era 11 vezes maior do que a dos 20% mais pobres. Em 2010, essa proporção havia subido 21 vezes.

Deaton afirma que o fenômeno tem um lado interessante. Há 100 anos, 90% da renda dos americanos mais ricos derivava de dividendos. Hoje, 75% dela vem de salários. Os ricos contemporâneos trabalham e chegaram lá porque têm mais educação. “Se o sistema educacional se tornar flexível o suficiente para produzir novas habilidades tão rapidamente quanto elas se tornam necessárias, o aumento da desigualdade deverá chegar ao fim”, diz Deaton.

No contexto brasileiro, sua análise dá calafrios, porque implica que temos um longo caminho na contramão de uma tendência que parece mundial. A despeito da melhoria recente na distribuição de renda, o Brasil conserva os mesmos vícios de origem: renda desigual ao extremo, Justiça cara e educação pública de baixa qualidade. Nossa fuga, na melhor das hipóteses, ainda levará tempo.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1055/noticias/a-longa-fuga-da-miseria?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 09 fev 2014.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

São Paulo aprova publicidade nos pontos

Barbara Sacchitiello
16 de Dezembro de 2013
Campanha da empresa usava uma suposta declaração de amor para provar o potencial do meio 
O primeiro ano de retorno do mobiliário urbano à cidade de São Paulo teve uma repercussão positiva, de acordo com avaliação da Ótima, empresa responsável pela instalação e administração dos novos abrigos de ônibus da cidade.

Uma pesquisa encomendada pela empresa ao Instituto Datafolha aponta que 89% das pessoas admitem que a propaganda exposta nos pontos e ônibus chama a atenção e que 85% dos entrevistados aprovam que tais espaços urbanos exibam publicidade. Ainda de acordo com a pesquisa, 30% das pessoas declarou lembrar-se de pelo menos alguma das campanhas exibidas nos abrigos durante este ano. O Datafolha ouviu 540 pessoas na cidade de São Paulo, entre os dias 8 e 10 de novembro de 2013.

Para fortalecer a imagem do mobiliário como mídia, a ótima fez uma campanha misteriosa, espalhando cartazes com uma suposta declaração de amor assinados com o apelido de “Môzi”. A ideia da campanha era justamente provar o quão forte o mobiliário urbano é para a difusão de mensagens. “A pesquisa mostra que a campanha “Volta Mari” obteve 8% de lembrança espontânea das pessoas que conhecem os abrigos, valor maior que a média de recall das top 10 campanhas de TV , segundo parâmetros Datafolha. Esse resultado é muito expressivo em apenas uma semana de exposição”, comenta Alessandra Caramico, diretora de Marketing da Otima. 



Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/12/16/Sao-Paulo-aprova-publicidade-nos-pontos.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-geral&utm_content=S%E3o+Paulo+aprova+publicidade+nos+pontos. Acesso em 09 fev 2014.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Como lidar com os oito principais tipos de clientes

Newtrade
14-01-2014
Um estudo realizado pela e.life identificou o perfil dos consumidores que mais falam com as marcas nas redes sociais. Do amante ao pidão, o estudo mapeou 7 mil posts para identificar estes oito perfis. Entender quem é o consumidor do outro lado, seja nas redes ou no atendimento pessoal, ajuda a tomar decisões de como as pequenas empresas devem reagir.

Segundo Ingrid Mantovani, coordenadora de Social CRM da empresa, ter uma resposta padrão e generalista para todo tipo de contato é um erro comum. No perfil especialista, por exemplo, este tipo de resposta pode demonstrar falta de preparo. “Se for genérico, vai dar a impressão de que a empresa sabe menos que ele”, indica. Veja a seguir os principais perfis e como lidar com cada um deles.

1. O agitador
Este cliente costuma organizar as pessoas em prol de suas causas, podem ser ativistas, piadistas ou apenas provocadores. Eles criam páginas contra a empresa e interagem com outros falando mal do negócio nas redes. “Tem a característica de chamar os outros para participar da ação ou reclamação dele. A empresa precisa de uma resposta assertiva e detalhista”, diz. A agilidade na resposta é essencial, para evitar que ele chame outros para participarem da reclamação.

2. O amante da marca
Eles defendem a marca e fazem declarações públicas de admiração. Os amantes costumam usar linguagem simples e podem ser um canal de divulgação. “A empresa pode mapear estes clientes para fazer ações especificas. Chamar para conhecer e enviar um brinde, por exemplo”, indica Ingrid.

3. O colaborador
O colaborador é o tipo que poderia ser funcionário da empresa. Geralmente, são identificados por deixarem várias sugestões de novos produtos, melhorias e ideias. Neste caso, o melhor é agradecer e avaliar se a sugestão pode mesmo ser desenvolvida. “O discurso é como se tivesse em uma reunião da empresa, já que ele dá dicas. A gente recomenda que ouça a sugestão, agradeça, dê uma resposta e veja se é possível”, diz.

4. O decepcionado-traído
Este cliente era amante da marca e por algum problema passou a se sentir traído. Geralmente, eles não querem alarde, mas compartilhar seus problemas com a marca. Costumam falar do valor que a marca tinha em suas vidas e deixou de ter depois do problema. “A empresa deve resolver o problema, mas geralmente ele não volta a ser consumidor”, afirma.

5. O especialista
O cliente especialista conhece todos os detalhes de um produto, decora números e referências antes de entrar em contato. “A nossa recomendação é que seja um pouco mais técnico com essa pessoa para tentar convencê-la da sua resposta. Se for genérico, vai dar a impressão de que a empresa sabe menos que ele”, explica. Use termos técnicos e procure a resposta com especialistas da área abordada se não souber como responder.

6. O pidão
Este tipo de consumidor é o que vive perguntando se a empresa tem amostras grátis. Ele quer, de alguma forma, tirar vantagem por ser um cliente antigo ou por ocupar um cargo importante. Nestes casos, cuidado para não desmerecer o cliente. “É aquele que chega e quer alguma coisa da empresa. Tem que ser muito amável, mas não dê o produto nem gere uma expectativa. Se der, muita gente vai pedir”, diz Ingrid. Uma boa saída é indicar ao cliente que acompanhe as promoções e novidades da marca.

7. O reclamão
O cliente reclamão costuma ser dramático e fala muito. Mesmo com problemas resolvidos, ele pode continuar expressando insatisfação com o negócio. “A priori, ele quer ter seu problema resolvido”, diz. Se ele insistir muito, é aconselhável levar a discussão para o privado. Diferente do agitador, este perfil só quer resolver o problema e não atrair atenção de outras pessoas.

8. O tira-dúvidas
Os clientes com este perfil costumam ser educados e objetivos. Eles querem tirar uma dúvida pontual sobre o produto ou a empresa. “Este é o mais simples. A dica é esclarecer com detalhes a dúvida, que pode ser de outros também”, indica.


Disponível em http://www.newtrade.com.br/noticia/como-lidar-com-os-8-principais-tipos-de-clientes. Acesso em 09 fev 2014.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

#CeiadaArvore engorda Natal da Sadia

Raissa Coppola
09 de Dezembro de 2013
#CeiadaArvore no Instagram: mais de 600 fotos postadas 
O Natal, historicamente uma das datas mais rentáveis para a Sadia, começou mais cedo em 2013. No final de novembro, a marca deu início à campanha #ceiadaarvore, que propôs que as pessoas reservassem o primeiro domingo de dezembro, quarto domingo antes do Natal e início do período cristão do Advento, para a montagem da árvore de Natal em família. Popularizada pela marca, a data caiu no gosto dos consumidores.

A hashtag #ceiadaarvore rendeu 609 fotos no Instagram. Segundo dados da Sadia, a campanha gerou 80% de buzz positivos e neutros no Facebook e 98% no Twitter. Mais de 30 milhões de perfis no microblog foram impactados pela campanha. Cerca de 27 mil pessoas confirmaram presença no evento criado pela marca no Facebook para a montagem da árvore. A Sadia também contabilizou a chegada de 70 mil novos fãs à sua fanpage na rede social desde o início da campanha.

O retorno nas vendas também foi sentido. A companhia registrou um aumento nas vendas superior a 120% em relação ao mesmo período no ano passado. “Notamos que o Natal ficava cada vez mais apertado, espremido entre a ceia dos dias 24 e 25. Com a campanha, queríamos resgatar a magia e possibilitar a reunião das famílias em uma comemoração que já existia, mas não era muito conhecida pelo público em geral. Deu certo”, explica Patricia Cattaruzzi, gerente executiva de marketing da BRF.

Surpreendida pela adesão ao projeto, a marca deu início à segunda fase da campanha, que deixa chesters e perus de lado para focar em outros produtos do portfólio. Nessa etapa, a Sadia propõe a realização de diversos “Natais”, pequenas reuniões com pessoas queridas que não poderão estar juntas na celebração oficial. “O brasileiro é muito ligado em reuniões e nossa intenção é lembrar que é possível fazer pequenas confraternizações com pessoas queridas até o Natal”. O filme e as ações digitais ficam novamente por conta de F/Nazca e AgênciaClick.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/2013/12/09/-CeiadaArvore-engorda-Natal-da-Sadia.html. Acesso em 09 fev 2014.