sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Frequência de compra é maior em lares com crianças

Supermercado Moderno
13/04/2012
É o que revela pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel. Os dados do estudo mostram que 49% dos domicílios do País têm presença de crianças. A presença delas indica maior zelo dos pais e preocupação em oferecer os melhores produtos. Com isso, o consumo cresce bastante – estes lares representam 56% do volume de vendas em unidades entre 2005 e 2011, enquanto os domicílios sem crianças representam 44% do volume comprado.

“As donas de casa estão tendo filhos um pouco mais tarde e isso gera impactos no orçamento doméstico. Elas preferem ter uma situação mais confortável para dar uma vida melhor aos filhos. Por isso, os gastos são consideráveis”, explica Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel.

Em 2005, os lares com crianças, com donas de casa de até 29 anos, somavam 77% e os sem crianças 23%. No ano passado, essa situação mudou: 74% e 26%, respectivamente. Já na faixa entre 30 e 39 anos, a situação se manteve igual com 76% nos lares com crianças e 24% nos sem crianças.

Segundo a pesquisa, ter um bebê muda todo o orçamento da casa e os gastos ficam até 35% maiores do que em um domicílio sem a criança. Quando há presença de menores no lar, os pais são sempre mais cuidadosos e oferecem mais produtos para agradá-los. Esse comportamento impacta na cesta de compras. Nos lares com crianças, entram no carrinho de compras produtos como leite em pó e leite aromatizado, somando 42 categorias, em um total de 65 itens.

Na lista de compras dos lares com crianças de atém dois anos de idade, também entram o petit suisse e fralda descartável, aumentando para 44 categorias. Entre três e 12 anos, quem se consolida é apenas o leite aromatizado e são 41 categorias na cesta. Em ambas as idades, além de leite aromatizado, leite em pó, petit suisse e fraldas descartáveis, também entra deo colônia. Com isso, a cesta sobe para 45 itens. Nos lares sem crianças, essa mesma cesta tem em média 39 categorias.


Disponível em http://www.sm.com.br/Editorias/Ultimas-Noticias/Frequencia-de-compra-e-maior-em-lares-com-criancas-16815.html?utm_campaign=NEWSLETTER_2012_04&utm_content=utm_content%3DNEWSLETTER&utm_medium=e-mail&utm_source=mail2easy&utm_term=utm_term%3Dnoticias%2Bnewsletter. Acesso em 24 ago 2014.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mídias sociais são grandes aliadas na busca por clientes

Andressa Trindade
07.10.2010
 
As micro e as pequenas empresas, na disputa por espaço no mercado e por destaque entre os maiores negócios, devem (e têm) que usar todos os recursos disponíveis para buscar e conquistar novos clientes. Nesse momento, as mídias sociais são as melhores aliadas do pequeno empreendedor: são gratuitas, atingem um público imenso de consumidores e, melhor ainda, fazem tudo isso de maneira natural e dinâmica.

Ontem, navegando pelo Facebook, dois anúncios chamaram minha atenção. O espaço publicitário nessa rede social é bem estratégico e favorável, fica localizado em uma barra lateral do lado direito da tela. As imagens dos produtos anunciados, sapatos e maquiagem, eram bem coloridas e muito chamativas. Difícil não dar um clique.

Muitas lojas e empresas já têm conta no Twitter e usam essa mídia social para promover produtos, serviços e comunicação com o cliente. Além de atualizar o seguidor com as novidades mais quentes do negócio e fazer sorteios e promoções exclusivas, esse recurso também pode servir como meio de fidelização do consumidor com a marca. Atualmente, nada é mais decepcionante do que não encontrar sua loja ou marca preferida no Twitter. No site da PEGN, inclusive, uma matéria mostra quem os empreendedores seguem nessa rede.

A revista Entrepreneur fez uma lista com cinco ferramentas do Twitter que podem ser úteis na caça aos consumidores. Essa mídia, inclusive, foi considerada a “arma mais popular na guerrilha do marketing”.

1. Twitter Search – À procura do público perfeito
É uma ferramenta que busca exclusivamente conversas públicas do Twitter que tenham no conteúdo a frase que foi procurada. É uma mina de ouro que aproxima o empresário dos pensamentos e conversas de 200 milhões de usuários no mundo todo – na verdade, 200 milhões de consumidores potenciais. Também é uma maneira de monitorar o que é comentado sobre sua marca – e sobre a dos concorrentes também.

2. Twitter Grader – Onde estão os mais influentes
É um ranqueador geográfico de usuários. O algoritmo do sistema leva em consideração o número de followers, follows, tweets, conversas e retweets. Esse recurso não é infalível, mas pode ser uma boa opção para identificar as pessoas mais influentes em uma região ou cidade.

3. Backtype.com – Feedback on-line
A ferramenta reúne comentários e conversas sobre um tema específico que estão dispersos na rede – em blogs, Twitter e até sites de compras. A ideia é monitorar todas as menções feitas sobre a sua empresa ou sobre seu produto comercializado.

4. Backtweets.com – Até os links curtos
O Twitter Search não monitora links encurtados, usado pela maioria de usuários da rede social (em razão da limitação de espaço de um tweet, são apenas 140 caracteres). O Backtweets.com também mostra quem está tweetando sites com URL comprimida.

5. Twellow.com – Binóculo para perfis
Um diretório, infelizmente só para América do Norte, Austrália e algumas partes da Europa, que pesquisa usuários de acordo com as informações que constam da sua biografia: cidade, região e palavras-chave. A ferramenta é muito cômoda porque é totalmente integrada ao Twitter, isso é, já tem ícones para seguir ou dar unfollow em usuários – não é preciso sair do site e abrir outra página para isso.


Disponível em http://www.papodeempreendedor.com.br/tecnologia/midias-sociais-sao-grandes-aliadas-na-busca-por-clientes/. Acesso em 24 ago 2014.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A classe C não é uma massa homogênea

Carolina Feitoza
4 ago 2014 
 
Muito se fala do advento da classe C, da nova classe média, dos hábitos de consumo desta nova classe. No entanto, a cada momento surge uma nova estatística, uma nova diretriz, um novo dado voltado para este público.

Gostaria de entender, de modo profundo, o que quer dizer “os hábitos de consumo da nova classe C”, como especialistas repetem por aí. Não consigo compreender um estudo científico em que não são levadas em consideração as variedades existentes na formação cultural, na história de vida de seus indivíduos. É claro que quando se estudam sociedades, percebe-se que (muitos) padrões se repetem, mas não podemos tratar um grupo de milhões de pessoas – das mais diversas origens, dotadas de visões variadas e de diferentes formações – colocando-os no mesmo saco.

É muito provável que pessoas cujo acesso ao consumo sempre foi muito pequeno estejam ávidas a consumir. É inegável que existe um mercado em potencial a ser desenvolvido para um público que historicamente esteve excluído dos planos estratégicos de mercado. Entretanto, como em qualquer plano estratégico de negócios, é importante conhecer seu público profundamente, levando em consideração as variações ali contidas.

A classe C, como qualquer outro grupo economicamente expressivo, não é uma comunidade. Ela não tem um único, restrito ou imutável sistema de valores, não tem uma única história de vida, não tem uma única origem ou padrão de escolaridade. Os dados referentes à renda ou à situação material em geral de uma população podem ser representativos do poder de compra destas pessoas, mas pouco explica ou descreve o que estas pessoas estão valorizando, procurando, em quais modelos estão se espelhando. Ou seja, pouco indicam ao posicionamento estratégico de uma marca.

É necessário a qualquer empreendimento pesquisar seu público alvo, mas para além disso é tão importante quanto sair das esferas macro da análise e atingir as nuances existentes neste grupo.

Admitir apenas um padrão de consumo representa criar uma teoria para encaixar na realidade, o que invariavelmente fracassará. É passar por cima de toda a variedade e, consequentemente, do potencial variado de consumo do grupo em questão.

Dentro de qualquer classe, haverá diferenças entre valores, cultura, religião, orientação de gênero e visão de mundo. Haverá aqueles grupos que valorizam mais a educação dos filhos, acesso a cultura, haverá os que valorizam lazer, experiência, os que valorizam as marcas e rótulos representativos de celebridades. Para além das questões relacionadas a preço e capacidade de pagamento, é necessário entender que esta classe, como qualquer outra, abarca uma variedade incontável de valores, e isto estará diretamente relacionado às escolhas de serviços ou produtos. Assim como qualquer outro grupo, o consumo não está exclusivamente relacionado a preço e formas de pagamento, ainda que estes sejam fatores importantes no momento de escolha.

É necessário entender a lente que o seu grupo, classe C ou qualquer outra, está usando para enxergar o mundo, a lente que usam para fazer suas escolhas, a lente responsável pela identidade que a sua marca pretende assumir. Esta lente só pode ser reconhecida a partir da observação atenta dos estilos de vida e visões de mundo existentes, aliados sim aos dados econômicos e estatísticos, mas não isoladamente partir destes.


Disponível em http://www.ideiademarketing.com.br/2014/08/04/a-classe-c-nao-e-uma-massa-homogenea/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ideiademkt+%28Ideia+de+Marketing%29. Acesso em 24 ago 2014.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O princípio da vulnerabilidade e as técnicas de neuromarketing: aprofundando o consumo como vontade irrefletida

Gilson Martins Mendonça; Katya Kozicki; Sérgio Reis Coelho
SCIENTIA IURIS, Londrina, v.18, n.1, p.135-152, jul.2014


Resumo: Este artigo faz reflexão sobre o significado do neuromarketing e qual o impacto de suas técnicas no aprofundamento da vulnerabilidade do consumidor. Parte do princípio de que a legislação brasileira não se encontra ainda dotada de dispositivos aptos a proteger a vontade do consumidor quando esta esteja diante de técnicas que utilizem os conhecimentos do neuromarketing. Defende que a semelhança do que ocorre no campo da publicidade, sejam introduzidos no Código de Defesa do Consumidor ou em legislação apartada dispositivos sobre a matéria, sob pena da repercussão negativa na vulnerabilidade e na intimidade do consumidor.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Como criar uma experiência encantadora para o cliente

Leila Velez
23/04/2014
Todo ano vou à maior feira mundial do setor de varejo, a NRF (National Retail Federation), realizada em Nova Iorque. Apesar de minha empresa ser focada em serviços, acho fundamental me atualizar com tecnologias de ponta em atendimento, novas formas de comunicação com os clientes, engajamento das marcas com seus consumidores e layout de lojas físicas e virtuais, além de descobrir como o desejo do consumidor vem mudando. Na coluna deste mês, gostaria de dividir com vocês as questões que foram destaque na última edição do evento.

Várias novidades tecnológicas foram apresentadas, como uma câmera que reconhece, pela expressão, se o cliente está feliz ou zangado. Vimos também uma cabine virtual na qual a roupa é projetada no cliente e a troca de cores e modelos é feita com um mero apertar de um botão no painel. Tudo isso é muito interessante, mas o mais importante é pensar em como usar essas tecnologias para promover uma experiência bacana para o cliente em sua loja.

Em uma era na qual os produtos e serviços se tornam cada vez mais parecidos, todo negócio tem de lutar para se diferenciar. O cliente, quando chega à loja, quer mais do que apenas produtos e serviços. Para se diferenciar dos concorrentes físicos e virtuais, o comerciante vem transformando suas lojas em um local de entretenimento, onde o atendimento se destaca e cria uma ligação emocional com o cliente.

Qual é a graça de ir a uma loja se comprar a mesma coisa pela internet for mais rápido e mais barato? Como tornar essa experiência mais interessante? Para conquistar o cliente, é preciso pensar em atmosfera, experiência no ponto de venda e qualidade no atendimento. Brigar somente para ser o mais barato não é suficiente, e gera uma relação meramente “interesseira”, que dura somente enquanto o preço for o menor encontrado.

Quando se fala em serviço e experiência do cliente, a preocupação com a equipe tem de vir em primeiro lugar. Gente mal tratada, mal treinada e mal paga jamais vai tratar bem o cliente, muito menos criar uma experiência maravilhosa de atendimento.

O cliente quer comprar onde, quando e do jeito que quiser. Criar novos canais de vendas e estar presente de diferentes formas é importante, mas requer coerência. A loja física e a virtual devem “falar a mesma língua”. O design, a linguagem e toda a estratégia devem fazer o público reconhecer a sua marca e tudo o que ela representa. Se a loja é alegre e divertida, o site, as redes sociais e todos os pontos de contato com a marca também devem ser assim.

Análise de dados

Também é importante ter informações sobre o cliente para tomar decisões sobre produtos, preços, meios de comunicação e técnicas de atendimento. Não basta saber o que ele compra e quando; é preciso conhecer suas preferências, seu comportamento e tudo o que possa ser usado como insumo para criar soluções adaptadas a necessidades específicas.

Também não é suficiente confiar em seu “feeling”. O empreendedor deve acreditar em seu faro, mas uma dose de análise profunda e séria ajuda – e muito – a traçar estratégias. Informação não falta: segundo a IBM, 80% dos dados disponíveis no mundo foram criados nos últimos dois anos.

Por fim, saber um caminhão de informações sobre os clientes não significa que podemos bombardeá-los com mensagens que não são interessantes para eles. Tornar-se relevante e oferecer informações que sejam importantes, divertidas ou interessantes para o público chama mais atenção e cria mais empatia com a marca do que mandar 500 e-mails dizendo que sua empresa é o máximo.

O mundo muda muito rápido, por isso precisamos ter a capacidade de abraçar e implementar a mudança como parte da rotina. É para isso que nossa garra empreendedora nos impulsiona. Afinal, empreender é também se apaixonar pelo desafio que muitos consideram impossível.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Colunistas/Leila-Velez/noticia/2014/04/como-criar-uma-experiencia-encantadora-para-o-cliente.html. Acesso em 24 ago 2014.