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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Brasil deve ganhar 17 mil novos milionários em 2014

João Pedro Caleiro
29/01/2014
Nota de 100 reais presa em garfo

Mais de 17 mil brasileiros se tornarão milionários em 2014, de acordo com estimativas da consultoria Wealth Insight.

Isso significa uma alta de 8,9% em relação aos 194.300 milionários que o país registrou em 2013.

Será o quinto maior aumento percentual no mundo, atrás apenas de Indonésia, Índia, Nigéria e Estados Unidos. 

Os EUA lideram tanto em número absoluto de milionários (5,2 milhões) quanto em novos integrantes deste grupo em 2014 (496.945).

Chama a atenção o número de novos milionários nos países que formam os MINTs e no Reino Unido, que está crescendo no ritmo mais rápido em 6 anos.

Brasil

De acordo com estimativas do Credit Suisse, o Brasil tinha 221 mil milionários em outubro do ano passado e vai ganhar 186 mil nos próximos 5 anos - um aumento de 84%.

As discrepâncias entre a Wealth Insight e o Credit Suisse são provavelmente resultado de metodologias diferentes na hora de medir o valor de propriedades imobiliárias.

Cinquenta brasileiros são bilionários, de acordo com a Wealth X.

Veja o número de milionários e o aumento de um ano para o outro em cada país, de acordo com a Wealth Insight:

      
 PaísNúmero de milionários (2013)Número de novos milionários (2014)Crescimento no número de milionários
1Indonésia37.0008.36222,6%
2Índia251.00042.92117,1%
3Nigéria15.9001.59010,0%
4Estados Unidos5.231.000496.9459,5%
5Brasil194.30017.2938,9%
6Turquia94.1008.0008,5%
7China1.279.800101.1047,9%
8México145.00010.1507,0%
9Reino Unido675.10044.5576,6%
10Rússia159.6007.6614,8%


Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-vai-ganhar-17-mil-novos-milionarios-em-2014. Acesso em 30 jan 2014.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Brasil pegou firme no ensino online

Denis Mizne
29 de dezembro de 2013
 
O papel da tecnologia na educação teve uma inflexão importante em 2013: a velocidade com que soluções inovadoras chegaram ao ensino e o impacto que tiveram na aprendizagem mudou de patamar.

Um aspecto importante dessa pequena “revolução” chegou com força ao Brasil: a disseminação de conteúdo de alta qualidade de forma aberta e gratuita. Inicialmente restrito aos Estados Unidos, os Moocs (cursos abertos massivos online em sua sigla em inglês) começaram a ganhar o mundo. O Coursera, maior provedor de Moocs do mundo, com 85 universidades e quase 6 milhões de alunos, e o edX, união de MIT e Harvard, ficaram mais próximos do Brasil. Com seus primeiros cursos traduzidos para o português, o Coursera viu o número de alunos aqui aumentar 90%.

Um dos professores mais assistidos do mundo, Michael Sandel, do curso Justiça, de Harvard, criou sua primeira sala de aula global, em que alunos de cinco países, incluindo o Brasil, puderam assistir aulas e debater simultaneamente. Muito além de transmitir aulas online, em 2013, os Moocs inovaram nas experimentações para aumentar a retenção de estudantes (menos de 10% dos inscritos concluem o curso).

Inteligência artificial para corrigir questões dissertativas, peer grading – os colegas de curso corrigem as tarefas – e uma gama enorme de exercícios e fóruns de apoio aos alunos fizeram com que a interação dos alunos com as plataformas avançasse significativamente. Nesse mercado, o Brasil foi mais do que mero consumidor. A startup Veduca lançou os primeiros Moocs brasileiros, com professores da USP e do ITA.

Em novembro, Google e Fundação Lemann juntaram forças para lançar o YouTube Edu, plataforma organizada e com curadoria, que oferece gratuitamente as melhores vídeo-aulas de professores brasileiros. Com mais de 8 mil aulas e focada inicialmente no ensino médio, a plataforma cobrirá os 12 anos do ensino básico e vai realizar concursos para identificar os melhores professores de todo o Brasil em 2014.

O uso das ferramentas online para estudar já começa a entrar também no cotidiano dos candidatos ao Enem. O desafio Geekie Games, no qual estudantes se prepararam para o exame em uma plataforma adaptativa, teve mais de 500 mil alunos inscritos. Se o acesso a tanto conteúdo de alta qualidade certamente ajuda os alunos que querem melhorar sua formação, a maior novidade talvez seja a incorporação da tecnologia dentro das salas de aula.

No Brasil, a experiência de maior alcance é a da Khan Academy: mais de 10.000 alunos, de 8 a 10 anos de idade, de escolas públicas do Ceará ao Paraná puderam aprender matemática com o auxílio de uma plataforma de exercícios, vídeos e colaboração online. Os professores têm informação em tempo real sobre os alunos e podem incorporar à sua estratégia de aula maneiras de garantir o progresso de cada aluno.

A partir de janeiro, a plataforma ficará aberta gratuitamente na internet e chegará a 100 mil alunos. Estamos ainda no começo. Formar os professores, avaliar os efeitos na aprendizagem, melhorar a experiência para o usuário e garantir infraestrutura de qualidade para que a internet chegue de verdade às escolas são alguns dos enormes desafios pela frente.

É claro também que estas novidades são fruto de um processo que não é recente. Ha décadas pesquisadores e professores trabalham para trazer soluções para a educação e utilizar o potencial da tecnologia para melhorar o ensino.

Mas o alcance da internet e a abertura das redes de ensino para a inovação criam um atual cenário poderoso e promissor, que nos faz acreditar que o grande impacto da tecnologia na educação ainda está por vir.


Disponível em http://blogs.estadao.com.br/link/ensino-online-pega-firme-no-brasil/. Acesso em 07 jan 2014.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CNN lidera entre a população de alto poder aquisitivo da América Latina

Propmark
03 de Janeiro de 2014 
Os canais CNN International e CNN en Espanõl foram apontados como os mais vistos pela população de alto poder aquisitivo da América Latina, alcançando o topo da lista na categoria de notícias internacionais, em televisão e nos meios online na região. Os dados são da pesquisa Ipsos Affluent Survey Latin America, que considera os hábitos de consumo desse público.

Somados, os canais alcançam semanalmente 29% dessa parcela da população latino-americana. Somente no Brasil, a CNN International tem mais de 370 mil espectadores mensais, além de ser considerada uma das principais redes de informação para executivos brasileiros.

Em âmbito digital, os canais também são líderes. Os sites da CNN alcançam mais de 1 milhão de pessoas a cada mês na América Latina e os aplicativos para dispositivos móveis atingem quase 300 mil pessoas de alto poder aquisitivo.

"A CNN é a marca número 1 de notícias da América Latina. Somadas, a CNNI e CNNE alcançam semanalmente 29% da camada superior de consumidores, com os quais nossos anunciantes desejam falar. Ambas fornecem os espaços ideais para os clientes exporem seus produtos e marcas", comenta a vice-presidente-executiva de vendas publicitárias da Turner América Latina, Gretchen Colón.

A pesquisa foi realizada na América Latina entre junho e agosto de 2013 e ouviu 15% das pessoas mais influentes, social e economicamente, da região. Foram 1,9 mil entrevistados, entre 25 e 64 anos, na Argentina, no Brasil e no México.


Disponível em http://propmark.uol.com.br/midia/46802:cnn-lidera-entre-a-populacao-de-alto-poder-aquisitivo-da-america-latina. Acesso em 06 jan 2014

sábado, 28 de dezembro de 2013

Brasil perdoa quase US$ 900 milhões em dívidas de países africanos

BBC BRASIL
25 de maio, 2013
Entre os 12 países beneficiados estão o Congo-Brazzaville, que tem a maior dívida com o Brasil – cerca de US$ 350 milhões, Tanzânia (US$ 237 milhões) e Zâmbia (US$113 milhões).

As transações econômicas entre Brasil e África quintuplicaram na última década, chegando a mais de 26 bilhões no ano passado.

O anúncio foi feito durante a visita da presidente Dilma Rousseff à África – a terceira em três meses – para participar, na Etiópia, do encontro da União Africana para celebrar os 50 anos da instituição.

Além dos três países já citados, também serão beneficiados Senegal, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, República da Guiné, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau.

"O sentido dessa negociação é o seguinte: se eu não conseguir estabelecer negociação, eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado", disse Dilma. "Então o sentido é uma mão dupla: beneficia o país africano e beneficia o Brasil."

Estratégia

De acordo com o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann, quase todas as negociações envolvem cancelamento das dívidas. O restante, segundo, ele envolve menores taxas e prazos mais longos de pagamentos. "Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa do Brasil", disse. Ele afirmou ainda que praticamente o total das dívidas foi acumulado nos anos 70 e já havia passado por outras renegociações.

O Brasil vem expandindo suas relações econômicas com a África, que é rica em recursos naturais, na chamado coperação Sul-Sul. As negociações entre Brasil e países africanos subiram de U$ 5 bilhões em 2000 para US$ 26,5 bilhões no ano passado.

Na África, empresas brasileiras investem pesado em setores como o petrolífero e o de mineração e em grandes obras de infraestrutura. O Brasil também abriu 19 novas embaixadas na África na última década.

Problemas

Em artigo sobre a relação Brasil-África publicado em janeiro, o instituto Think Africa Press diz que a crescente ação de empresas brasileiras no continente pode sujar a "marca" do país na região. "Agentes privados com agendas distintas estão se tornando cada vez mais visíveis, e há um risco de que isso prejudique o projeto político do Brasil de se retratar como um parceiro que sempre prioriza o benefício mútuo num espírito de cooperação e igualdade", diz o texto.

Um dos principais exemplos ocorreu no mês passado, quando centenas de manifestantes em Moçambique bloquearam o acesso a uma mina de carvão da Vale. O grupo era formado por trabalhadores que diziam não ter recebido toda a indenização que haviam acordado com a empresa após serem realojados com o início das operações da mina.

A Human Rights Watch, ONG que defende os direitos humanos, afirma que eles foram realojados para terras áridas, onde não conseguem produzir, e por isso vêm sofrendo com falta de alimentos. A Vale e o governo de Moçambique prometeram melhoria para os trabalhadores.

A empresa também enfrenta resistência na Guiné, onde obteve licença para explorar uma reserva de minério de ferro. Em julho, moradores ocuparam um acampamento da empresa, acusando-a de descumprir acordo para a contratação de funcionários de etnias locais. Seis manifestantes foram mortos por soldados do governo em ação que, segundo políticos locais, contou com o respaldo da empresa.

A empresa nega qualquer participação no ocorrido na Guiné e diz buscar melhorar as condições de moradia das famílias deslocadas por sua operação em Moçambique.

Já em Angola, quem enfrenta problemas é outra companhia nacional, a construtora Odebrecht. Ativistas a criticam por manter negócios com políticos locais. A empresa nega ilegalidades.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130520_perdao_africa_mdb.shtml. Acesso em 28 dez 2013.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Crianças: educação ou tecnologia?

Bruna Molina
19 de Dezembro de 2013
Um estudo da HSR Specialist Researchers, realizado pela Officina Sophia Retail em parceria com a eCGlobal Solutions, para detalhar o hábito de compra de brinquedos, mostra que presentear as crianças com jogos educativos e bonecos são preferência das mulheres em 25% e 23%, respectivamente. Já 26% dos homens dão jogos eletrônicos. A pesquisa foi realizada com 1849 pessoas da América Latina, sendo 517 brasileiras.

A lista segue com 13% de preferência por carrinhos e motos. Um dado interessante é que 36% dos consumidores do País assumiram que sempre compram o que as crianças pedem. Mais da metade dos entrevistados (57%) afirma que os eletrônicos são os preferidos pelos pequenos.

No Brasil, 62% dos consumidores preferem adquirir os produtos em lojas especializadas, opção de 53% da população de outros países da América Latina. Brasileiros que fazem compras pela internet correspondem a 14%, contra 7% da América Latina. A publicidade da televisão mostra sua força: 80% dos entrevistados compram produtos anunciados na TV.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/12/19/Criancas-educacao-ou-tecnologia.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-geral&utm_content=Crian%E7as:+educa%E7%E3o+ou+tecnologia?. Acesso em 25 dez 2013.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As empresas estão com muita grana, mas investindo pouco

Vicente Vilardaga
09/12/2013

Um paradoxo ronda a economia dos Estados Unidos. Cinco anos após a crise financeira que ameaçou levá-lo à lona, o país ainda se recupera timidamente. O desemprego continua perto de 7% — altíssimo para os padrões americanos. E o PIB avança no máximo 3% ao ano.

Os consumidores continuam assustados. As empresas nunca investiram tão pouco — o que, por sua vez, derruba ainda mais a economia. Mas é aí que surge o paradoxo. A “América corporativa” nunca esteve em melhor forma. As bolsas atingiram recordes em novembro.

O lucro das companhias chegou a 12,5% do produto interno bruto americano, também um recorde. E  sobra dinheiro. Um levantamento da consultoria Economatica revela que o caixa das empresas abertas americanas chegou a 1,5 trilhão de dólares em 2013 — ante 1,1 trilhão de dólares em 2009. O que diabos está acontecendo com a maior economia do mundo?

A “incerteza” em relação ao futuro da economia americana é o culpado mais frequentemente citado para explicar o fenômeno descrito acima. De fato, mudanças abruptas nas regras do jogo econômico, crises e más notícias afetam decisões de investimento. Mas essa sempre pareceu uma explicação capenga para o caso americano.

O temor de uma hecatombe ficou no passado, e a economia, mal ou bem, avança. Mas o investimento teima em não voltar, e as empresas seguem acumulando caixa como se estivessem se preparando para o fim dos tempos. Coube ao economista britânico Andrew Smithers o mérito de trazer mais perspicácia à discussão.

Ele acaba de lançar o livro The Road to Recovery: How and Why Economic Policy Must Change (algo como “O caminho para a recuperação — como e por que a política econômica precisa mudar”). Ele defende que a principal causa da demora na recuperação da economia desde a crise de 2008 é a miopia corporativa que se alastrou pelos países ricos, especialmente Estados Unidos e Inglaterra. A culpa, para resumir, é do bônus.

Os excessos da remuneração variável foram, como se sabe, responsabilizados pelo comportamento desvairado de executivos de bancos que quebraram na crise de 2008. Seu incentivo era fazer apostas pesadas para ganhar uma bolada ao fim do ano. Se desse errado, perderiam no máximo o emprego. Para eles, portanto, o incentivo era arriscar o máximo possível para aproveitar os bons anos.

Smithers é o primeiro a ver nessa lógica a culpa também pela anemia econômica dos últimos anos. Para ele, quanto mais uma empresa paga em bônus atrelados ao desempenho de suas¬ ações, menos interesse seus executivos têm em investir o dinheiro que está no caixa. E mais a economia sofre.

O bônus atrelado à variação das ações surgiu para resolver um problema: executivos e acionistas pensavam diferente, e por razões financeiras. Executivos tinham incentivos para se dar bem no curto prazo, mesmo que, para isso, fosse preciso sacrificar o futuro da empresa e dos acionistas. Pagando em ações, segue a tese, o executivo é obrigado a pensar como acionista. A moda pegou. Até 1970, apenas 1% da remuneração de um executivo era baseada em ações. O percentual chegou a 70%.

No Brasil, a média é de 50%, segundo a consultoria Hay Group. Quanto melhor a empresa for na bolsa, mais dinheiro essa turma ganha. Smithers alega que esse “alinhamento” faz com que a cúpula das companhias abertas se transforme em escrava do curto prazo — e, no fim das contas, tome decisões que prejudicam o acionista no longo prazo. Ou seja, o contrário do que o tal “alinhamento” propunha. 

Recompra de ações

O investimento das empresas em novos projetos acaba se tornando a maior vítima. As companhias americanas nunca gastaram tão pouco na compra de máquinas e equipamentos. Investir em inovação e construir novas fábricas esvazia o caixa e só traz retorno depois de alguns anos. Investir, portanto, é mau negócio para quem está preocupado com o preço da ação hoje. Com o caixa abarrotado, as empresas têm usado parte do dinheiro para recomprar ações — também em escala inédita.

De acordo com Smithers, no início dos anos 70 as empresas devolviam aos acionistas (em forma de dividendos ou recompra de ações) 1 dólar para cada 15 investidos. Hoje, devolvem 1 dólar a cada 2 investidos. A multinacional General Electric, por exemplo, nunca teve tanto dinheiro em caixa — são 130 bilhões de dólares. E seus investimentos caíram todos os anos desde 2009. Em compensação, é uma campeã de recompras.

Em fevereiro de 2012, a empresa anunciou uma ampliação de 10 bilhões em seu programa de recompras para 2013, para 35 bilhões de dólares. A combinação das duas medidas tem como efeito prático a valorização das ações. É bom para o mercado acionário, é bom para os executivos. Mas, como o investimento de hoje é o lucro de amanhã, o efeito desse jogo para o futuro das empresas — e da economia — é deletério.

No Brasil, onde também há uma queda dos investimentos, os possíveis efeitos da cultura do bônus são muito menores. Isso acontece porque a representatividade das empresas de capital aberto é relativamente pequena e há um grande número de empresas familiares e estatais.

Um estudo publicado em 2013 por três pesquisadores das universidades de Nova York e Harvard revela que as empresas fechadas investem, em média, duas vezes mais do que as companhias abertas, justamente porque não têm a preocupação de elevar o valor de suas ações no curto prazo.

Assim, podem investir enquanto as outras colocam o pé no freio. Em tese, é a melhor maneira de gerar o lucro do futuro. As famílias Cargill e MacMil¬lan, que controlam a gigante americana do agronegócio Cargill, reinvestem na empresa 80% de seus dividendos. A companhia tem capital fechado. No Brasil, o  maior exemplo dessa dinâmica tem sido a Odebrecht. Controlada pela família desde a sua fundação, nos anos 40, a empresa vai investir 17 bilhões de reais em 2013, 30% mais que no ano passado.

Recentemente, fez uma aposta de 19 bilhões de reais ao ganhar o leilão de concessão do aeroporto do Galeão (junto com um sócio de Singapura) e também ganhou a concessão da rodovia BR-163. Até 2015 serão 53 bilhões de reais de investimento.

Como conciliar investimentos de longo prazo com o imprescindível papel do mercado de capitais numa economia moderna? É um debate tão antigo quanto insolúvel. Smithers propõe criar novas formas de unir os interesses de acionistas e executivos, incluindo nos critérios para o pagamento de bônus metas de investimento, por exemplo.

O problema será convencer o acionista, eufórico com o atual preço das ações, de que o sucesso de hoje pode significar seu próprio fracasso amanhã. O maior viciado em ganhos de curto prazo, afinal, é ele.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1055/noticias/muita-grana-pouca-acao?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 dez 2013.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Uma em cada cinco pessoas no mundo usa redes sociais, diz pesquisa

IDG Now
25 nov 2013
 
Uma em cada cinco pessoas no mundo usam um site de rede social pelo menos uma vez por mês, e esse número deve crescer significativamente nos próximos anos, de acordo com um estudo recente da consultoria eMarketer.

Cerca de 1,61 bilhão de pessoas vão usar uma rede social, como Facebook, Google+, Instagram, ou Twitter, neste mês, aponta o levantamento da empresa. Esse número significa um aumento de 14,2% em relação a 2012. Para o próximo ano, é esperado um aumento de dois dígitos.

Até 2017, é esperado que 2,33 bilhões de pessoas estejam usando redes sociais, segundo a companhia.

Segundo o World Bank, a população mundial era de 7,046 bilhões de pessoas. Isso significa que neste ano 22,8% da população usa redes sociais pelo menos uma vez por mês.

Até 2017, quando algumas pessoas estimam que a população mundial alcance 7,44 bilhões de pessoas, 31,3% da população do mundo estará usando redes sociais, aponta a eMarketer.

A companhia também destaca que, apesar de o número de usuários de redes sociais estar crescendo, essa taxa de aumento está diminuindo.

Por exemplo, 2012 registrou um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior, enquanto que 2013 viu esse aumento cair para 14,2%. Em 2017, é esperado que a taxa de crescimento caia para 7,6%.

Líderes

De acordo com a eMarketer, o Facebook, maior rede social do mundo, deve alcançar 1,026 bilhão de usuários mensais até o final deste ano. Os EUA lideram os acessos ao site, com 146,8 milhões de usuários.

Atualmente, a Holanda registra a maior penetração de usuários de redes sociais com 63,5%. A Noruega aparece em segundo, com 63,3%. Já os EUA, com população bem maior do que esses dois países, aparece apenas em sexto lugar, com 51,7%.

As áreas de maior crescimento no segmento ficam em países menos desenvolvidos, como a Índia, que teve aumento de 37,%, e a Indonésia, com crescimento de 28,7%.

Brasil

O Brasil ocupa atualmente o 17° lugar no ranking de penetração de redes sociais no mundo, com 34,4%, à frente de locais como Itália, México e China.

Disponível em http://www.wbibrasil.com.br/blog/uma-em-cada-cinco-pessoas-no-mundo-usa-redes-sociais-diz-pesquisa/2013/11/25/?utm_source=news&utm_medium=email&utm_content=blog-95&utm_campaign=newsWBI171. Acesso em 27 nov 2013.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Brasil é 8.º país com mais potencial no comércio eletrônico

João Pedro Caleiro
18/11/2013
O Brasil é o 8.º país do mundo com maior potencial no varejo on-line, segundo o Índice de E-Commerce de Varejo Global criado pela A.T. Kearney e divulgado hoje.

A consultoria avaliou 186 países em nove variáveis separadas em quatro dimensões fundamentais: atratividade do mercado on-line, comportamento do consumidor, infraestrutura e potencial de crescimento.

A partir daí, 30 países receberam notas em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais alto no ranking, maior o potencial de retorno sobre o investimento (ROI) a curto prazo em varejo on-line naquele país.

Com exceção da China, todos que estão na frente do Brasil são países desenvolvidos pertencentes ao G8.

Categorias

China, Brasil e Rússia lideram os mercados da próxima geração, onde também estão países como Itália e Chile. Em cada um deles falta alguma dessas capacidades: acesso à Internet, sistemas financeiros ou infraestrutura logística.

No nosso caso, é a última: "As principais deficiências do Brasil continuam sendo relacionadas aos investimentos em infraestrutura logística, que não tem acompanhado o crescimento do mercado online.", aponta Esteban Bowles, sócio da A.T. Kearney no Brasil e líder da prática de Varejo e Bens de Consumo na América do Sul.

Ele cita a menor densidade urbana como outra variável ruim para mercado brasileiro de comércio eletrônico, cuja receita é de 11 bilhões de dólares por ano. Já a força das redes sociais no Brasil é vista como vantagem.

O crescimento anual de 27% do varejo on-line na América Latina nos últimos 5 anos supera a média mundial (17%) e da região Ásia-Pacífico (25%).

"Os consumidores nos mercados em desenvolvimento estão adotando rapidamente comportamentos similares àqueles dos países mais desenvolvidos". nota Mike Moriarty, sócio da A.T. Kearney e co-autor do estudo.

"O número de telefones celulares per capita na Rússia (1,8) e Emirados Árabes Unidos (1,7) é muito maior do que muitos mercados desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos (1,0) e França (1,0), por exemplo", completa.

Austrália, Canadá, Estados Unidos e países nórdicos e da Europa Ocidental entram na classificação da consultoria como "Mercados estabelecidos e em crescimento".

Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Nova Zelândia são os "Mercados de DNA digital", onde o crescimento deve ser mais lento a partir de agora justamente pelo seu já avançado grau de maturidade.


Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-8o-pais-com-mais-potencial-no-comercio-eletronico?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 20 nov 2013.

sábado, 9 de novembro de 2013

Brasil tem mais de 11 milhões de favelados, revela IBGE

Wilson Tosta
06 de novembro de 2013
 
Um País com 11.149 moradias fincadas em aterros sanitários, lixões e áreas contaminadas, 27.478 casas erigidas nas imediações de linhas de alta tensão, 4.198 domicílios perto de oleodutos e gasodutos, 618.955 construções penduradas em encostas. Sinais de precariedade, informalidade, improvisação e até perigo, em graus variados, ajudam a formar o retrato do Brasil desenhado pela pesquisa Aglomerados Subnormais - Informações Territoriais, divulgados nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O trabalho, uma espécie de mapa das habitações pobres e/ou à margem dos serviços públicos do Brasil - favelas, mocambos, loteamentos e outros - baseia-se no Censo 2010 e aponta, naquele ano, 3.224.529 domicílios particulares ocupados por 11.425.644 pessoas nessas áreas à margem das regras do planejamento urbano.

Para fins de pesquisa, um aglomerado subnormal é definido como "uma área ocupada irregularmente por certo número de domicílios, caracterizada, em diversos graus, por limitada oferta de serviços urbanos e irregularidade no padrão urbanístico", diz o trabalho.

"É um conjunto de no mínimo 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa."

Os aglomerados são caracterizados por ocupação ilegal (atual ou recente) da terra (quando existente, título de propriedade há menos de dez anos), urbanização fora dos padrões e/ou precariedade de serviços essenciais.

"A pesquisa foi aplicada no País inteiro, mas em 323 municípios foram detectados aglomerados subnormais", explicou Maria Amélia Vilanova Neta, técnica da Coordenação de Geografia do IBGE. As Regiões Sudeste e Nordeste concentram a maior parte dos domicílios em aglomerados subnormais, constataram os pesquisadores do IBGE.

O trabalho apontou, nessas cidades, 6.329 aglomerados subnormais - para fins estatísticos, reuniram os dados de 15.868 dos cerca de 317 mil setores em que o País foi dividido para o Censo 2010. Isso não quer dizer que não haja moradias precárias em outros municípios, mas que apenas nos primeiros sua quantidade foi suficiente para se enquadrar nos critérios de pesquisa do IBGE.

Em números menores, domicílios com essas características são assunto de instituições estaduais ou municipais, por isso não entram nas contas federais. Mesmo assim, é possível afirmar que a maior parte das moradias do Brasil com essas características precárias e/ou informais foi mapeada no estudo.

Perfil. A pesquisa constatou que 77% dos domicílios dessas áreas de moradia informal, precária, pobre e/ou com serviços precários ficavam, em 2010, em Regiões Metropolitanas com mais de 2 milhões e habitantes. O IBGE descobriu ainda que 59,4% da população de aglomerados subnormais estava em cinco RMs: São Paulo (18,9%), Rio de Janeiro (14,9%), Belém (9,9%), Salvador (8,2%) e Recife (7,5%). Outros 13,7% acumulam-se em outras quatro RMs: Belo Horizonte (4,3%), Fortaleza (3,8%), Grande São Luís (2,8%) e Manaus (2,8%). Essas nove RMs abrigam 73,1% da população de áreas informais identificadas na pesquisa.

Em seu levantamento, o IBGE constatou que a imagem da favela carioca pendurada em uma elevação íngreme não é o perfil majoritário desse tipo de área no País. A pesquisa constatou que 1.692.567 (52,5%) dos domicílios em aglomerados subnormais do País estava em áreas planas; 862.990 (26,8%) em aclive/declive moderado; e apenas 68.972 (20.7%) em aclive/declive acentuado.

Curiosamente, foi na Região Metropolitana de São Paulo que os pesquisadores do IBGE encontraram mais domicílios em áreas com predomínio de aclive/declive acentuado (166.030). Em seguida, veio a RM de Salvador (137.283). A Região Metropolitana do Rio de Janeiro é apenas a terceira nesse quesito, com 103.750.

Entre as regiões nacionais, o Centro-Oeste se destacou com 47% de seus domicílios em aglomerados subnormais situados em áreas de aclive moderado, enquanto Nordeste e Sudeste tinham 25%, cada um, em aclive acentuado.

Nos aglomerados subnormais com predomínio de áreas planas, observou-se uma significativa predominância de construções de um pavimento, quadras com lotes regulares e vias de circulação que permitiam a passagem de caminhões e carros", afirma o texto. "Este padrão de aglomerado subnormal é o mais característico, por exemplo, no município de Macapá, que possui também grande espaçamento entre as construções." Já em áreas com predomínio de aclives/declives moderados ou acentuados, o IBGE detectou forte correlação com a predominância de construções de mais de um pavimento, baixa presença de arruamento (predominantemente becos e vielas), com predomínio de locomoção através de bicicleta/a pé ou motocicletas e de edificações sem espaçamento.

"Na Região Metropolitana do Rio (...), foram identificados muitos exemplos de aglomerados subnormais que reuniram tais características", diz o estudo.

O levantamento do IBGE constata que 51,8% dos domicílios em aglomerados subnormais ficavam em localidades onde as vias eram, predominantemente, ruas (pelas quais era possível passar automóvel ou caminhão). No Nordeste e no Sudeste, porém, predominavam escadarias, becos, travessas e rampas - em correlação com a forte presença de aclives e declives moderados e acentuados. As RMs de São Paulo e do Rio de Janeiro tinham metade dos domicílios com acesso predominante por becos e travessas.

Córregos e rios. "Em termos nacionais, a grande maioria dos domicílios em aglomerados subnormais do País apresentou predominância de nenhum espaçamento entre as construções (72,6%) e de verticalização de um pavimento (64,6%)", observa o estudo. "Nas Regiões Metropolitanas de Natal e Maceió, esse foi o padrão predominante em mais de 90% dos domicílios pesquisados."


Em termos regionais, porém, há variações. No Norte, Sul e Centro-Oeste, a predominância nos domicílios de aglomerados subnormais é de domicílios com espaçamento médio entre si e construções de um pavimento. Assim são mais de 90% das construções encontradas em Rio Branco e Porto Velho, por exemplo. No Nordeste e Sudeste, porém, há maiores porcentuais de domicílios predominantemente sem espaçamento entre si e com dois ou três pavimentos.

"Exemplos desse padrão de ocupação foram encontrados nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Estas regiões apresentaram uma expressiva quantidade de setores de aglomerados subnormais em áreas não propícias à urbanização regular, como encostas, em locais onde o solo possui menor valorização", observa o estudo.

Outra constatação do IBGE é que os sítios mais procurados para o estabelecimento dos aglomerados subnormais é a margem de córregos, rios ou lagos/ lagoas, com 12% dos domicílios do País. A liderança nesse ponto é da Região Metropolitana de São Paulo, com 148.608 domicílios nessa condição.


Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,brasil-tem-mais-de-11-milhoes-de-favelados-revela-ibge,1093773,0.htm. Acesso em 06 nov 2013.

domingo, 3 de novembro de 2013

Brasileiro busca novidade e promoção quando vai às compras

Raphael Sparvoli
outubro 29th, 2013  
É o que aponta o estudo Consumer Watch Express Shopper, da Kantar Worldpanel, realizado em algumas cidades na América Latina com 6.400 consumidores. No Brasil, o estudo foi realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para 42% dos brasileiros, a busca por ações promocionais, inovação e pelos melhores preços é a marca principal de seu comportamento no momento da compra.

A pesquisa mostra ainda que 74% dos consumidores sempre compram produtos em oferta e promoção e 61% da população brasileira compara preços entre lojas e produtos, o que destaca a preocupação com o orçamento mensal. “O consumidor está mais atento e sabe que existe uma concorrência forte de preços entre as marcas”, conta Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel.

Pratos congelados

Com quase 7 milhões de brasileiros que moram sozinhos, de acordo com o IBGE, quem tem se destacado é o mercado de congelados. Em busca de rapidez e praticidade, os pratos congelados já compõem a mesa da maioria dos brasileiros. De acordo com o estudo, o Brasil é o País que mais consome pratos congelados na América Latina. Esses produtos são opção de 61% dos compradores, enquanto a média latina representa apenas 33%. “São consumidores atentos às novidades nas prateleiras. Isso mostra que o mercado ainda tem muitas oportunidades nesse segmento”, afirma Christine.

Disponível em http://varejo.espm.br/9428/brasileiro-busca-novidade-e-promocao-quando-vai-as-compras. Acesso em 29 out 2013.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Consumidores brasileiros querem mais das marcas

Adnews 
25/10/2013 17:40
Com o avanço da internet, as novas mídias digitais, os dispositivos móveis, além de outras tecnologias e formatos de mídia, o consumidor está cada vez mais exigente. Além disso, ele ganhou voz ativa e muito mais poder no diálogo com as marcas. Todo esse cenário aumentou significativamente o desafio das empresas.

Estudos ajudam a iluminar os difíceis caminhos que precisam ser trilhados para manter um trabalho de marketing de qualidade. A Edelman Significa apresentou o seu estudo Brandshare, em sua primeira edição, que foi conduzido junto a 11 mil pessoas em oito países.

Foram avaliadas globalmente 212 marcas - 68 no Brasil -, o que permitiu traçar um mapa dos comportamentos que influenciam na propensão ao uso, recomendação e compra.

Confira os principais insights da pesquisa:

Compartilhar entra definitivamente na agenda estratégica das marcas no Brasil. A esmagadora maioria dos brasileiros (87%) deseja que as empresas, por meio dos seus produtos e serviços, realizem isso de forma mais eficaz. No entanto, apenas 16% consideram que as marcas efetivamente o façam.

No Brasil, em geral, o nível de expectativa em relação ao compartilhamento das marcas é muito superior às médias globais.

“Conseguimos definir um novo princípio para estratégias de marca. A partir da premissa de que o consumidor deve ser o elemento central, os maiores retornos são alcançados quando são priorizados conteúdos e atividades planejadas a partir de suas necessidades e interesses", constata Jennifer Cohan, presidente global da prática de Consumo da Edelman.

Marcas que compartilham suas trajetórias, tanto no Brasil quanto no mundo, têm um ganho proporcional na propensão ao consumo, ainda que este não seja particularmente o comportamento mais desejado.

Neste sentido, as formas de compartilhamento mais relevantes no Brasil, ou seja, desejadas porém ainda não atendidas, são aquelas relacionadas a objetivos comuns e produtos, o que sinaliza, por exemplo, um grande potencial para envolvimento de consumidores em programas de cocriação. Quanto mais abertas e transparentes, maior será o potencial de engajamento das marcas.

"A abordagem do marketing agora deve ser multidisciplinar", diz Alan Vandermolen, presidente de práticas globais na Edelman.

"Os profissionais da área devem evoluir, passar de um modelo linear e tradicional de grupos focais, no qual o consumidor é envolvido apenas nas etapas finais, para um modelo que envolva os consumidores em absolutamente todas as fases do desenvolvimento de produtos. Marcas também devem integrar o marketing com as narrativas da comunicação corporativa e emitir uma mensagem única e forte. Neste cenário, os canais de engajamento devem ser adaptados para permitir cada vez mais o compartilhamento eficaz".

Diálogo: uma via de mão dupla

Haver canais que permitam fazer perguntas e expressar opiniões é o comportamento mais importante nesta dimensão (74%) para os brasileiros. Entretanto, a performance percebida das marcas fica muito aquém (15%). Outra importante diferença é identificada na forma como as marcas escutam e respondem às demandas. O nível de importância é de 72% e a entrega, de 12% apenas.

Em geral, as pessoas desejam que marcas as escutem, mostrem interesse genuíno naquilo que têm a dizer e, acima de tudo, tomem atitudes a partir do que escutam. Essa expectativa é válida para todas faixas etárias, em especial para aqueles acima de 45 anos. No Brasil, 53% deste grupo afirmam querer se engajar em conversas mais relevantes com as marcas.

Experiência: todas as ocasiões são especiais

86% dos brasileiros dizem querer se engajar em experiências promovidas por marcas e 64% consideram esta atitude importante.

Sobre o dado, Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa, comenta: “temos visto uma grande evolução das marcas neste terreno, que aplicam cada vez mais a promoção de experiências como estratégia para reforçar suas mensagens e atributos. O impacto dessas ações, entretanto, será maior quando considerados os interesses e expectativas do público que deseja engajar”.

Objetivos: queremos atingir as mesmas coisas

Equilibrar a vida financeira ou desenvolver a comunidade local podem ser objetivos almejados tanto por consumidores quanto por marcas. Quando esses objetivos se encontram, isso é reconhecido. No Brasil este é o elemento que apresenta a maior correlação entre valor gerado ao negócio e demanda não atendida.

Dentre os entrevistados brasileiros, 87% valorizam marcas que os ajudam a atingir seus objetivos. O número é similar globalmente – 90%. Esta é também a dimensão que apresenta o maior gap entre importância (80%) e percepção de entrega (15%).

Valores: acreditamos nas mesmas coisas

Os valores da marca também são relevantes na propensão ao consumo. 88% dos brasileiros desejam fazer negócios com marcas cujas crenças vão ao encontro das suas. Outro aspecto demandado é o aumento da transparência em relação à cadeia produtiva - 43% no Brasil e 47% globalmente. Ampliar a contribuição para a comunidade onde se opera também é apontado por 43% dos brasileiros como prioridade.

Produto: criamos juntos

Trazer os consumidores para os processos de criação de produtos é a segunda variável em termos de correlação entre expectativa e influência nas decisões de compra no Brasil. Aqui, o interesse em cocriar é citado por 88% dos entrevistas. No mundo, trata-se da principal variável e 91% dos entrevistados desejam ser envolvidos nos processos de design e desenvolvimento de produtos. Nesta dimensão, os brasileiros se destacam em relação à importância atribuída à transparência e honestidade sobre a performance dos produtos, com a média mais elevada dentre todos países pesquisados – 87%.

História: nós crescemos juntos

A demanda às marcas para compartilhar suas histórias é a mais baixa dentre todas dimensões, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Ainda que não desejada, em todos lugares identifica-se que o fato de marcas falarem sobre sua trajetória tem a mais alta influência na propensão ao consumo.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/consumidores-brasileiros-querem-mais-das-marcas?page=1. Acesso em 29 out 2013.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A vez da gastronomia, lazer e diversão nos shoppings

Marcos Hirai
29 Out 2013
Os brasileiros, definitivamente, querem cada vez mais comida, diversão e arte. Com a melhoria da renda, o orçamento doméstico da classe média começa a comportar despesas com itens que seriam impensáveis há alguns anos. Sinais de um país que se sofistica e que adquire hábitos e costumes das sociedades mais organizadas, o brasileiro quer cada vez mais ter acesso a novos sabores, viver novas experiências, sentir novas sensações e buscar seu bem-estar. Com o consumo em alta nos últimos anos, nosso mercado tem atraído cada vez mais varejistas internacionais. Foram registrados o ingresso de pelo menos 45 redes dos 5 continentes que anunciaram o seu desembarque por aqui nos últimos 18 meses.

O Brasil neste momento está no epicentro mundial de atratividade entre os grandes varejistas. Pelo lado dos shoppings o cenário é semelhante: 122 novos shopping centers abrirão suas portas nos próximos 3 anos. À exemplo dos varejistas o Brasil também está no epicentro mundial do mercado de shopping centers.

Com tanta ABL (Área Bruta Locável) disponível, mesmo com os novos entrantes, os empreendedores de shoppings precisarão de muita criatividade e imaginação para preencher os espaços. Criar diferenciais para tornar um shopping mais atrativo que o outro será o grande desafio. Por conta disto, prevê-se que o modelo clássico de shoppings repletos de lojas âncoras e satélites, com um complexo de cinemas e uma praça de alimentação tende a sofrer alterações significativas. 

Seguindo uma tendência mundial dos malls, a área gastronômica terá cada vez mais opções, os restaurantes  casual dining devem proliferar numa quantidade cada vez maior, formando grandes áreas gourmets. Favorece para isto o anúncio recente da entrada de 9 grandes redes internacionais deste segmento, além de outras tantas nacionais que têm se destacado neste cenário. Prevê-se a abertura de cerca de 150 lojas nos próximos 5 anos. A maior parte destes restaurantes terá os shoppings como locais preferenciais para a instalação das suas unidades. As metragens variam entre 200 a 1.500m².

Teatros em shoppings? Por conta de incentivos e benefícios fiscais, os teatros começam a fazer cada vez mais parte do cenário dos frequentadores de shoppings. Junto com os cinemas, estes teatros oferecem conforto e segurança, além de beneficiar os empreendimentos com uma imagem de vanguarda. Tendem a crescer o número de empreendimentos com teatros nos seus projetos.

Parques de diversões temáticos, mega aquários e game centers, devem protagonizar novos empreendimentos, ocupando grandes espaços e devem ser tendência, tornando mais do que operações âncoras, referências de turismo em seus bairros ou cidades. Nos próximos meses São Paulo receberá a primeira unidade do Kidzania no Brasil. Serão 8.500m² no espaço ocupado anteriormente pelo Parque da Mônica no Shopping Eldorado, na capital paulista. À exemplo deles, diversos outros players internacionais têm estudado o mercado brasileiro e devem desembarcar por aqui nos próximos anos. O potencial é muito grande, pois existe forte  carência de lazer nas cidades brasileiras e a força de atratividade de público destes negócios é muito alta. Entendam que estes players representam modelos consagrados e de sucesso em shopping centers do mundo inteiro.

Por conta destes movimentos que estão ocorrendo, nos próximos anos, o hábito de ir a um shopping center no Brasil representará certamente além de compras, cada vez mais um lugar para se divertir e viver momentos agradáveis com seus amigos e familiares. Boa diversão!

Disponível em http://www.gsmd.com.br/pt/eventos/pontos-comerciais-i/a-vez-da-gastronomia-lazer-e-diversao-nos-shoppings. Acesso em 29 out 2013.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Brasileiro já compra até pastel na feira com cartão de crédito

Diário do Comércio
29 Outubro 2013
É cada vez mais raro receber balas de troco ao comprar qualquer coisa no Brasil. As máquinas de cartão de débito e crédito estão em franca proliferação no comércio. Entre 2006 e o primeiro semestre deste ano, cresceu em 127% o número de aparelhos no País, aponta a Associação de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Há mais de 4,2 milhões de maquininhas. E, caso se confirmem os cerca de R$ 800 bilhões estimados em 2013, o valor transacionado nos aparelhos terá crescido pelo menos 276% em apenas sete anos.

O presidente da Abecs, Marcelo Noronha, atribui esse avanço no uso dos cartões, principalmente, à tecnologia. É ela quem permite, por exemplo, que um entregador de pizzas cobre pela redonda no cartão de débito ou crédito na porta da casa do cliente.

Outro ponto destacado pelo executivo é a expansão do número da massa de consumidores no Brasil. Mais de 40 milhões de cidadãos subiram da classe D à C nos últimos anos. E o afrouxamento do crédito explica em parte o fenômeno. Em 2007, a quantidade de crédito na praça em relação ao PIB (produção de bens e serviços) no País era de 35,5%. Atualmente, essa proporção pulou para 55,5%.


Disponível em http://www.dcomercio.com.br/index.php/economia/sub-menu-comercio/117256-brasileiro-ja-compra-ate-pastel-na-feira-com-cartao-de-credito. Acesso em 29 out 2013.