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domingo, 4 de agosto de 2013

Torpedos atraem empresários pela agilidade e preço baixo

Patricia Basilio
01/04/2012
QUER TECLAR? Uso do torpedo como estratégia de marketing
Digitar o texto. Selecionar o destinatário. Apertar o botão de enviar. Pronto. Em segundos o cliente recebe a mensagem da empresa direto em seu celular.

A agilidade e a objetividade do SMS atraíram companhias norte-americanas e têm ganhado destaque entre as brasileiras de todos os portes.

Pesquisa feita em dezembro pela Acision, consultoria de comunicação móvel, mostrou que 80% dos 1.493 brasileiros consultados receberam mensagem de texto ou multimídia com publicidade no terceiro trimestre de 2011. O conteúdo foi lido atentamente por 55% deles.

Para se ter uma ideia do quanto isso significa, o índice de cliques em anúncios pela internet é abaixo de 0,5%, afirmam especialistas em propaganda. Ou seja, ainda que indesejado, o SMS é lido.

"Enquanto comunicadores instantâneos [como o MSN] exigem conexão, o SMS não, além de ser confiável e universal", afirma Vancrei Oliveira, vice-presidente da Acision na América Latina.

O acesso à internet oferecido pelos smartphones levanta outra questão: quando tudo e todos se comunicam on-line, ainda vale a pena investir no SMS?

No passado

"O torpedo ficou no passado do marketing", contrapõe Gil Giardelli, sócio da agência Gaia Creative.

Depois que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) exigiu a autorização dos clientes para o envio de mensagens, o recurso perdeu sua funcionalidade como canal de propaganda, diz.

"Tudo está virando aplicativo para smartphone, que além de acessível, é barato ou gratuito. Nos EUA, o SMS é mais forte porque não há restrições como há aqui", frisa.

Ainda assim, a rapidez e o custo do SMS (R$ 0,30 por mensagem) têm chamado a a atenção de empresários interessados em estreitar os laços com os seus clientes.

Esse é o caso de Fernanda Amorim, 30, gerente de marketing da concessionária Caraigá Veículos.

A partir deste mês, a loja enviará torpedos para clientes avisando, entre outros assuntos, sobre o dia da revisão do automóvel. "Queremos que o cliente tenha um tratamento especial."

Custo

Utilizar o SMS como ferramenta de marketing não se resume ao envio de mensagens aos clientes.

Por trás desse recurso, deve haver um time de profissionais especializados - contratados pela empresa ou terceirizados, diz Fábio Saad, diretor da agência de publicidade DM9DDB. "Sem equipe específica, o SMS resume-se a um simples spam", argumenta.

Enquanto a implantação de um sistema de torpedo sai por até R$ 20 mil, cada mensagem custa R$ 0,30.

O salário inicial médio de um analista de comunicação digital, responsável pelo conteúdo publicado nas plataformas, é de R$ 2.000.

Há um ano usando o torpedo para atrair alunos, a Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, tem equipe de quatro profissionais de comunicação.

Entre as funções do SMS, diz a gerente Stephania Fincatti, está a de alerta sobre o dia do vestibular. "Tivemos redução de 15% no volume de atendimentos pelo call-center."

Disponível em http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/1069825-torpedos-atraem-empresarios-pela-agilidade-e-preco-baixo.shtml. Acesso em 04 ago 2013.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nossas expressões faciais são universais?

Forebrain
27/06/2012
As expressões faciais são a maneira mais forte de transmitirmos informações sobre nossas emoções para as outras pessoas. De maneira recíproca, quando observamos a fisionomia de alguém, podemos obter informações sobre seu estado de humor e dizer se esta pessoa está com raiva, triste, alegre ou preocupada, por exemplo. As expressões faciais são tão importantes para comunicar aos outros o que sentimos que o nosso cérebro possui um processamento bastante rápido e específico, altamente qualificado, para o reconhecimento de expressões faciais.

A importância das expressões faciais foi observada pela primeira vez por Charles Darwin em 1872, no livro “A Expressão das Emoções no Homem e nos animais”, onde sugeriu que os mamíferos revelariam suas emoções através de suas faces, e que algumas expressões faciais básicas teriam uma função biológica adaptativa. Os diferentes estudos na área de neurociências têm considerado como básicas seis tipos de emoções: alegria, tristeza, raiva, nojo, medo e surpresa. Estas emoções seriam comuns à maioria dos povos e poderiam ser facilmente reconhecidas por suas respectivas expressões faciais, que seriam compostas pelo recrutamento de músculos faciais específicos para cada emoção. A expressão de alegria, por exemplo, é marcada pelo sorriso e uma leve contração dos olhos, enquanto que a expressão de surpresa é associada a uma boca entreaberta e olhos arregalados. As expressões de raiva e nojo, por sua vez, são marcadas pelo franzir do cenho.

Em virtude de suas origens biológicas evolutivas, durante muitos anos acreditou-se que estas emoções básicas, reveladas através de suas expressões faciais específicas, poderiam ser reconhecidas por diferentes populações, em diferentes regiões do planeta, independente de fatores culturais. Esta hipótese, chamada de hipótese da universalidade, considera que as seis emoções básicas e suas respectivas expressões faciais seriam a linguagem universal para sinalizar os estados emocionais internos. Porém, nas últimas décadas, alguns pesquisadores começaram a questionar esta hipótese devido a algumas evidências neurocientíficas.

Um estudo publicado em 2005 demonstrou que quando japoneses e caucasianos visualizavam fotos de faces expressando medo, regiões cerebrais diferentes eram ativadas em resposta à visualização. Mais ainda, este mesmo estudo observou que as regiões ativadas nos indivíduos caucasianos estavam associadas mais diretamente a uma percepcão emocional do estímulo, enquanto que os japoneses não pareciam atribuir uma valência emocional (ou seja, considerá-las como negativas) para as faces.

Um outro estudo mais recente, publicado pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS,) avaliou indivíduos caucasianos ocidentais e indivíduos do leste asiático, enquanto visualizavam animações de faces expressando as seis emoções básicas. Os resultados obtidos indicaram que os caucasianos eram capazes de reconhecer as seis emoções básicas de forma coerente, enquanto que os asiáticos não conseguiam realizar essa tarefa, havendo uma considerável sobreposição no reconhecimento das diferentes faces, especialmente as de surpresa, medo, nojo e raiva. Os resultados desses e de outros estudos mostram que as expressões faciais de emoção são percebidas de maneira diferenciada por indivíduos pertencentes a culturas diferentes, colocando em xeque a ideia de que a emoção humana seria universalmente representada pelo mesmo conjunto básico de somente seis expressões faciais distintas.

Considerando que o estudo das expressões faciais é de grande relevância para o Neuromarketing, é de extrema importância termos em mente que aspectos culturais podem influenciar no reconhecimento de padrões emocionais, antes aceitos como universais. Desta maneira, as ferramentas, que utilizam a avaliação das expressões faciais como instrumento de avaliação de reação de consumidores frente a estímulos de Marketing devem ser consideradas com cautela.


Disponível em http://www.forebrain.com.br/nossas-expressoes-faciais-sao-universais/. Acesso em 11 jul 2013.

domingo, 14 de julho de 2013

Veja sete maneiras para empreender melhor nas redes sociais

Olhar Digital
08 de Julho de 2013
Alguns empreendedores têm dúvidas de como promover sua empresa nas redes sociais. O Facebook, Twitter, Google+ e outros sites similares são excelentes para alavancar negócios, mas, é preciso ter foco e objetivo definidos para alcançar resultados. A maneira como os clientes se relacionam com uma marca nas redes merece atenção e cuidado. Confira abaixo sete dicas valiosas, fornecida por especialistas à Exame, que vão te ajudar a obter sucesso nos canais de comunicação.

Não ignore comentários

As redes sociais são espaços de diálogos, por isso é importante estimular a participação e, obviamente, responder aos questionamentos dos usuários. A principal vantagem é ter acesso às críticas e elogios sobre a empresa que não chegariam de forma tão sincera por outros meios. Para Alexandre Suguimoto, presidente da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), se abrir um canal de comunicação esteja preparado para atendê-lo. Caso contrário é melhor nem criar uma conta.

Defina onde quer estar

Para Grazielle Mendes Rangel, consultora de inovação digital e coordenadora do curso de Inovação Digital, Planejamento e Estratégia em Redes Sociais do Ibmec/MG, o perfil do consumidor da marca é que vai ajudar o empreendedor a escolher a melhor rede para atuar. O Pinterest, por exemplo, pode ser interessante para empresas que tenham boas fotos de produtos. O presidente da APADi ainda sugere avaliar os sites como se fossem vitrines, e criar contas com nome da empresa para garantir a conta, mesmo que não sejam usadas no futuro.

Produza conteúdo correto

As redes sociais são espaços para conteúdos diferentes e não campanhas tradicionais de marketing. O ideal, segundo a coordenadora da Ibmec/MG, é produzir conteúdos que tenham a ver com a marca. Saiba quem é o publico, que tipo de informação é relevante para ele e quais são os valores da empresa. Com estes aspectos definidos, publique temas de interesse do consumidor, e se certifique de que as imagens e textos usados não tenham direitos autorais. Caso contrário, o post pode ser removido da página.

Foco no planejamento

Para um dono de uma pequena empresa, montar uma equipe para se dedicar ao gerenciamento das redes sociais pode não ser viável. Mas, ter planejamento e acompanhamento é indispensável. "É um espaço para desenvolver os produtos e monitorar a concorrência. O que acontece nas redes tem que fazer parte da reunião de pauta das decisões estratégicas", afirma Grazielle.

Tenha consistência

Muitas vezes as empresas começam empolgadas nas redes sociais e depois perdem a freqüência de posts. Isso é muito ruim, pois limita a criação de um relacionamento contínuo com os consumidores. Os posts precisam de consistência: nem o excesso e muito menos a escassez são permitidos.

Crie regras de conduta

Mensagens desrespeitosas, xingamentos e palavrões são comuns em reclamações de consumidores. O recomendável é criar uma política de utilização da página, informando aos usuários que mensagens com esse tipo de conteúdo não serão aceitas.

Integre as redes com os outros canais da empresa

Ter bastante conteúdo nas redes sociais pode ser bom e valorizar a marca, mas não deve ser o único foco do empresário. Não é bom apostar tudo nas redes sociais e substituir até mesmo o site da empresa por uma página no Facebook, por exemplo. De acordo com Grazielle, é importante que exista um alinhamento entre os canais e que cada um tenha um planejamento e papel diferentes, porém, complementares.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/7-dicas-para-empreender-melhor-nas-redes-sociais. Acesso em 10 jul 2013.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Chegou a hora de reinventar o banner?

Adnews
27 de junho de 2013

Há algum tempo se discute a relevância dos banners na comunicação efetiva com o internauta. Um estudo da Adobe, na Europa, Ásia-Pacífico e Estados Unidos, mostra que 49% dos consumidores e 36% dos profissionais de marketing afirmam que anúncios em banners não funcionam.

A informação é do estudo Click Here: The State of Online Advertising, divulgado pela Adobe Systems. Para David C. Edelman, um dos líderes mundiais de marketing digital e prática de vendas da McKinsey & Company, o formato de banners que ainda se prática em alguns sites é “intrusivo e manipulador, chama a atenção de maneira exagerada e usa informações capturadas clandestinamente”, diz.

Entretanto, o especialista também comentou que existe muito conteúdo de marketing online que fomenta a interação do cliente. Segundo ele, a era da criatividade que explora as ferramentas que realmente funcionam está apenas começando.

Alguns veículos já sacaram a necessidade de incrementar cada vez mais os formatos de banners, principalmente utilizando criatividade e interação para gerar real engajamento e, de fato, produzir resultados eficientes. 

O site do The New York Times é um bom exemplo de como pode ser possível reinventar a ferramenta e fugir do lugar comum. Pensando nisso, o veículo  criou o Ideas Lab. É neste local que criativos que trabalham para o periódico pensam, durante horas, em novas maneiras de entreter o leitor e agradar os anunciantes. É no Ideas Lab que o jornal tem colaborado na criação e desenvolvimento de propagandas para seus anunciantes. É lá que o formato banner renasce.

Recentemente o veículo criou um banner que pode ser um case nesse aspecto.  Tratava-se de um anúncio interativo, onde os leitores eram habilitados a "apagar" uma pintura de Picasso para revelar o que estava por baixo da imagem. O resultado foi excelente, pois aumentou o tempo de permanência do leitor e passou a mensagem do anunciante com entretenimento.

É sinal de que o leitor, e potencial consumidor, quer mais do que mensagens, mas também novas experiências, mesmo em formatos mais complexos como o banner.

Confira outros cinco cases interessantes criados pelo site:

1 - NYT Vira jornal russo
Para lançar a série "The Americans", do canal FX, trama que trata de espiões russos, o site se transformou num periódico russo.

2 - Anúncio mostra a sujeira da roupa limpa
E se o mouse pudesse revelar a sujeira de sua roupa limpa? Foi o que aconteceu nesta ação para o produto de limpeza Wisk.

3 - Anúncio múltiplo contra a Aids
A Chevron queria demonstrar sua luta contra a Aids e o New York Times ajudou criando este anúncio múltipo com diversas opções.

4 - Jamie Foxx invade a notícia
Este anúncio, feito para promover um concurso da Canon, fazia o ator Jamie Foxx sair da propaganda e invadir as notícias.

5 - Fugitivo na Home Page do jornal
O canal A&E queria lançar a série The Fugitive Chronicles e, para isso, desenvolveu este anúncio em que o fugitivo foge por meio das notícias.

Disponível em http://adnews.com.br/publicidade/e-preciso-reinventar-o-banner. Acesso em 30 jun 2013.

sábado, 22 de junho de 2013

A força do geomarketing

Claudio Tonello
05 jun 2013
Incrível como alguns administradores veem o marketing apenas como tradução de "comunicação", ou mais ainda, apenas como "propaganda, folheteria e eventos".

Uma pena que esta visão um tanto quanto míope e distorcida seja realidade ainda nos dias de hoje. Sorte, é verdade, que estes profissionais são, cada vez mais, a minoria. Comunicação é apenas uma das várias disciplinas que compõe o mix do marketing moderno.

Uma das disciplinas que mais podem nos ajudar atualmente no setor de saúde, é o Geomarketing. Com ele conseguimos entender e atender vários de nossos públicos-alvo, sejam eles, pacientes, médicos ou operadoras de saúde.

Vejamos como o Geomarketing pode atuar no caso do setor hospitalar. Comecemos pelo público–alvo: "os pacientes". Através de um cadastro eficiente, podemos, por exemplo, imputar informações básicas como o CEP de moradia e do trabalho dos pacientes na ferramenta de Geomarketing, e, assim, descobrir, através do cruzamento de informações, de qual região da cidade são oriundos os clientes que passam atualmente pelo pronto-socorro.

Com isso, podemos entender os polos regionais dos clientes atuais, se vêm de casa ou do trabalho, e identificar áreas geográficas que não atraem clientes. A partir destas informações podemos traçar planos de captação de clientes. Ainda no campo das hipóteses, podemos identificar se moradores de um determinado bairro de classe alta, embora vizinhos do hospital, não sejam clientes e não se sintam atraídos para frequentarem esta instituição. Entender o porquê e traçar os planos de correção para gerar atratividade e captação já é um segundo estágio.

Por falar em captação, entra aqui também um outro, e por que não dizer, um dos mais importantes clientes de uma instituição hospitalar: os médicos.

Através da identificação das especialidades estratégicas que podem aumentar receita e margem de uma determinada instituição hospitalar, podemos inserir toda a base de médicos de uma determinada cidade ou região, por especialidade, por operadora, etc, e identificar onde geograficamente estão localizados. Na sequência entram outras ferramentas táticas do marketing, como comunicação, visitação, abordagem, pesquisa da identificação e levantamento das necessidades destes profissionais e, finalmente, a captação médica para que a ampliação desta determinada especialidade estratégica seja de fato alcançada.

Claro que um programa bem feito pode significar atração e captação, mas se enganam aqueles que pensam que o trabalho encerra-se aí. Tão importante quanto atrair e captar é reter os bons talentos e os bons profissionais. Para isso, uma consistente plataforma de relacionamento que atenda as necessidades deste público é de fundamental importância. Percebam que não estamos falando de investimentos vultuosos. Muitas vezes atender uma reivindicação muito simples e de baixo custo de implementação já é o suficiente e pode gerar um grande e positivo impacto. Pode ser a contratação de um manobrista de carros para os médicos não perderem tempo para estacionarem seus veículos e seguirem para o centro cirúrgico com maior agilidade. O importante é saber que não vale a pena investir um alto volume de capital nas duas primeiras fases e descuidar da terceira, a de retenção, pois todo o trabalho, tempo, esforço e dinheiro, podem ser jogados fora. O equilíbrio entre eles me parece o mais sensato.

Muito valorizado hoje em dia, um bom trabalho de aproximação com empresas, também podem ser iniciado através do Geomarketing. Tudo começa com um mapeamento das empresas de uma determinada região alvo e, claro, com o cruzamento de dados importantes, como o número e perfil dos colaboradores, quais são as operadoras e planos de saúde que oferecem aos seus funcionários. Cabe aqui uma regra bastante importante: respeitar e fazer tudo em linha com a operadora de saúde que atende esta empresa, pois ela é, acima de tudo, um dos clientes do próprio hospital.

Mas como o geomarketing pode ser útil para o hospital em se tratando do cliente operadora de saúde? Dentro do Marketing, a área de inteligência de mercado deve levantar a participação das operadoras em termos de receita e margem. Definir quais os "gaps"e oportunidades com determinadas operadoras e definir um plano de ação em conjunto com o a área comercial e de operações, para aumentar a participação desta operadora no negócio do hospital. Pode ser a melhoria da distribuição numérica e ponderada das especialidades, "pricing" ou a captação de médicos que trabalham com esta determinada operadora. Neste caso, basta que a operadora divulgue sua lista de médicos credenciada que o Geomarketing faz o restante. Como disse anteriormente, podemos mapear os médicos de determinada operadora, por especialidade, região, rua, etc…

Através do Geomarketing, até a comunicação passa a ser cirúrgica, mais focada e dirigida, muito mais eficaz, sem dispersão e com baixo custo.

Particularmente, gosto também de usar esta disciplina para conhecer com muito mais profundidade qualitativa, o perfil da população de determinada região. Este conhecimento se dá através de informações disponíveis na ferramenta como: participação das diversas faixas etárias da população, classe socioeconômica, número de habitantes por domicílio, nível de instrução e formação, número de escolas na região, de hospitais concorrentes, além de vários outros indicadores de fontes oficiais como IBGE, MEC, IPEA entre outros.

É por essas e outras que os profissionais que pensam que marketing é apenas folheteria se tornam cada vez mais escassos no mercado.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/06/05/Geomarketing-um-aliado-na-estrat-gia-e-no-aumento-de-receita-e-margem.html. Acesso em 10 jun 2013.

terça-feira, 18 de junho de 2013

CRM. Como assim?

Gustavo Rocha,
28 de maio de 2013


Quando abordo a palavra CRM muitos pensam que estou falando do Conselho Regional de Medicina e outros sequer tem a ideia do que esta sigla significa.

Nada contra os médicos, mas não discorro sobre esta sigla. CRM é uma sigla em inglês que significa: Custumer Relationship Management, ou seja, gestão do relacionamento com o cliente.

O colega Fabiano Zanoni me escreveu solicitando a abordagem deste tema, justamente porque na advocacia ele é um tema quase esquecido e por demais controverso.

Esquecido, pois muitos nunca ouviram falar ou sequer sabem do básico do CRM. Controverso, pois alguns ligam CRM apenas a vendas de produtos e serviços e não ao trabalho do advogado em si.

Uma pena, pois a advocacia poderia melhorar muito com conceitos de CRM.

Como assim?

Primeiro, que gerir o relacionamento com os clientes é baseado e tem como basilar o registro das informações com este cliente.

Em bom português, saber tudo que se comunicou com o cliente faz a diferença. E também faz diferença com aquele com quem se deseja ser cliente (o famoso prospect ou possível cliente).

Exemplo com prospect: Você visita um cliente ou ele lhe procura. Você diz algumas orientações e ele vai embora. Se você tem isto registrado no seu sistema de gestão interno, quando ele retornar ou quando você agendar para verificar um possível retorno dele, você saberá o que foi dito, se a proposta foi enviada, se cada passo foi feito. Já imaginou a surpresa de uma pessoa ingressar no seu escritório e você saber do seu caso porque já foi registrado?

Quantos erros minimizados de informações ao cliente se cada atendente deste cliente registrar o que foi que conversou com ele?

Isto é o mínimo que podemos ter em um CRM jurídico. Divido com vocês algumas dicas práticas (conceitos) dentro de um software de CRM:

Sistemas de CRM que integram a gestão da comunicação, agregam valores e boas práticas. Podemos listar 5 dicas onde estes dois conceitos trabalham junto:

1. Identificar as partes Interessadas: Saber com quem se comunicar é fundamental para o sucesso deste processo! Sistemas como o CRM, como já citado, oferecem canais ágeis e práticos que auxiliam nessa identificação.

2. Planejar as comunicações: Identificar as necessidades dos envolvidos e definir os estilos e ferramentas de comunicação, bem como sua periodicidade. Assim, é preciso ter espaço onde será possível traçar perfis e estratégias a partir daí.

3. Distribuir as Informações: Seguir e executar o que foi planejando disponibilizando as informações para os interessados, assim tudo estará compartilhado e acessível a todos. Informação não pode faltar, muito menos se perder!

4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas: Personalizar todo trabalho e agir ativamente nas exceções. Esta é uma das partes mais delicadas, pois a não execução ou execução ineficaz pode colocar a perder todo trabalho realizado em outro processo e a comunicação passa a ser um processo burocrático mal modelado que não funciona.

5. Reportar o desempenho: Relatar o desempenho e andamento de todas as atividades desenvolvidas, medições e previsões. Este processo deve demonstrar a realidade do projeto e se estes estão cumprindo as metas e satisfazendo as partes interessadas, portanto o bom desempenho das outras áreas de conhecimento são fundamentais.Para isso, sistemas de CRM oferecem relatórios em tempo real, onde lá pode-se mensurar em estatísticas e assim mapear todo um cenário.
Fonte: http://blog.sthima.com.br/?p=25

Por óbvio, você não precisa sair hoje e comprar um software específico de CRM. Muitos softwares jurídicos já ofertam esta possibilidade em módulos específicos ou naqueles menores, podemos adequar esta realidade com filtros, tipos e subtipos e relatórios.

O importante é criar a cultura de cadastrar tudo que se refere a clientes. Com a cultura criada, temos que cadastrar com os filtros necessários para que possamos tirar relatórios depois.

Exemplo: Todos atendimento a cliente, cadastramos com o filtro atendimento. Toda ligação, cadastramos com filtro ligação, todo atendimento que gerar insatisfação, geramos um tipo de insatisfação.

Depois, com relatórios podemos identificar a quantidade de atendimentos por dia, semana e mês, quantos foram insatisfeitos, quantos foram pessoais e quanto foram por telefone, etc... Dados que podem fazer mudar a gestão interna, não é mesmo?

E o que você gerencia hoje no seu negócio? Quais dados você tem para tomar decisões?

CRM é mais do que gestão de relacionamento com clientes: É um passo para gerenciar o seu negócio de maneira mais adequada!


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/crm-como-assim/70905/. Acesso em 10 jun 2013.

domingo, 16 de junho de 2013

Comunicar é deixar marcas

Victor Assis
03 de junho de 2013


Sabemos que um dos objetivos da propaganda é persuadir o consumidor, chamando a atenção para uma determinada mensagem através de imagem e texto. Campanhas mais chocantes são muitas vezes opção para garantir maior impacto. Mas não podemos nos esquecer de que sentimentos como repúdio, medo e indignação podem acompanhar a comunicação dependendo de quem for atingido por ela.

É preciso entender os valores do público alvo, antes de definir a linguagem e a partir daí tentar levar algo novo e, quem sabe, até ampliar a mentalidade da população. No final de 2012 o Ministério de Transporte de Londres veiculou peças sobre atenção na hora de atravessar a rua e evitar acidentes. Um dos anúncios mostrava o rosto de um jovem atropelado, caído no chão com um fone de ouvido e a mensagem “Meu amigo ouviu a música, mas ele não ouviu a van”. Em outro, um jovem aparecia com um celular e o texto: “Ele viu o SMS mas não viu o caminhão”.

O Ministério da Saúde Britânico fez um comercial falando sobre os males que o cigarro causa. As imagens mostravam um rapaz fumando, ao mesmo tempo, em que um tumor ia se desenvolvendo. Outro tipo de publicidade que seria considerada “fora dos padrões brasileiros”.

Estes são exemplos de campanhas que, provavelmente, escandalizariam o público brasileiro, que não tem o costume de receber uma publicidade tão direta. Ao meu ver, falta ousadia por parte das agências e principalmente para os clientes. Uma campanha, se não é bem recebida, é teoricamente “desperdício de verba”, por outro lado, acabamos não produzindo campanhas marcantes como as citadas.

Entendo que a cultura de um país deve ser levada em conta na hora de produzir uma campanha. Mas essa “cultura” também deve ser desafiada, com o bom senso, para que a publicidade tenha formas de surpreender e impactar o público de diferentes formas. Resta-nos convencer nossos clientes a apostar em uma publicidade fora da caixa, aquela mais forte, que realmente marque as pessoas.

Disponível em http://adnews.com.br/artigos/comunicar-e-deixar-marcas. Acesso em 10 jun 2013.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Logotipo: importante para o negócio?

Abraham Shapiro
10/05/2013

A Dako é uma importante e antiga fabricante de eletrodomésticos brasileira que decidiu recentemente mudar o logotipo da empresa. Desenvolvido por sua equipe de marketing em parceria com uma agência, o logotipo atual mudou de cor – do vermelho para o roxo – e traz agora um “sorriso”.
 A nova marca Dako

Segundo a empresa, esta nova identidade visual busca deixar a marca mais jovem e próxima da nova geração de consumidoras: a mulher moderna, jovem e que leva a vida de uma forma leve.

A empresa investiu algo em torno de R$ 4 milhões no projeto de rejuvenescimento da marca, incluindo o desenvolvimento de novos produtos e ações de marketing.

Um logotipo não é apenas um desenho. Ele é, antes de qualquer coisa, uma ideia transmitida através de uma imagem.

Em poucos dias faremos a repaginação do nosso blog Profissão Atitude (emprofissaoatitude.com.br). O  logotipo que foi desenvolvido pela designer Beatriz Boock para esta página – veja figura –  é composto pela imagem estilizada de um homem caminhando, parcialmente limitado a um quadrado de bordas arredondadas na cor amarelo-ouro.

Logotipo do blog Profissão Atitude

A ideia transmitida é a de que ele está “saindo do quadrado”, caminhando para fora das limitações, em busca de um propósito que só poderá ser realizado com atitude e impulso à ação.  O nosso logo fala sobre superação de limites atuais. Sua mensagem é: levante-se, saia em busca, caminhe, invista em si, faça da atitude a sua profissão… que é exatamente o conceito que utilizamos neste boletim diário.

O logotipo da sua empresa é importante demais. Não deve ser apenas um desenho, forma ou cores. Tem de haver um conceito a ser comunicado por meio dele.

Mas só isso não basta.

Sabe aqueles pássaros estilizados que se veem em todos os tênis, shorts e camisetas da Nike? Eles relativamente dão muito pouco valor à marca. Na verdade é a Nike que dá sentido ao símbolo do pássaro. Boa propaganda, produtos ótimos, bonitos e maravilhosamente colocados no ponto de venda.

Entrega do que se vende! Ser o que se promete ser… Isto é a força de um logotipo. Isto é a força de uma marca!


Disponível em http://www.hsm.com.br/blog/2013/05/logotipo-importante-para-o-negocio/. Acesso em 02 jun 2013.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vitrine mistura mundo real e virtual

Renato Rogenski
19 de dezembro de 2012
Não é preciso dizer muito sobre o quanto a tecnologia é capaz de qualificar a comunicação de marcas, produtos e serviços. No ponto de venda, sobretudo em relação ao que já existe em alguns países do mundo, estamos ainda utilizando recursos digitais de uma maneira muito tímida, seja por questões culturais ou em relação ao encarecimento de custos proporcionados pelas ferramentas.

A Droid, empresa nacional focada em soluções de merchandising no ponto de venda, acaba de trazer ao Brasil uma tecnologia inédita no País. São as telas transparentes “Crystal Screen” que permitem a interação entre a exposição real e o conteúdo virtual.  Os produtos reais são iluminados em uma caixa e a luz que retorna para os olhos do consumidor atravessa a tela LCD transparente, criando uma superposição de imagens e um efeito bem chamativo e atraente.

De acordo com o CEO da Droid, Ronald Peach Jr, que conversou com exclusividade com o Adnews, as telas transparentes tem um enorme potencial de gerar não apenas a atratividade visual, como também dar informações interessantes sobre os produtos. “A vitrine deixa de ser uma coisa passiva e estática e passa a ser capaz de gerar conteúdo auxiliar na comunicação do produto”, defende.

Questionado sobre a capacidade deste recurso em se adaptar a produtos e ponto de vendas específicos, Ronald Peach argumentou que a ferramenta é absolutamente versátil, mas sinalizou algumas sugestões. “É uma ferramenta que tem muito potencial para itens premium. Eu a vejo com muito potencial, por exemplo, para roupas, sapatos e acessórios. Mas ela também pode ser utilizada para inúmeros outros produtos, inclusive, com um apelo forte para as lojas de experiência de marca, que estão em alta no momento e precisam enobrecer o produto para gerar um experiência sensorial mais rica para o consumidor”, afirma Peach.

A tecnologia, pelo menos por enquanto, está disponível inicialmente em telas de 22 e 46 polegadas e, segundo Ronald, não é um recurso tão caro quanto pode parecer. “A popularização da ferramenta pode fazer com que ela fique ainda mais barata. O custo médio para a tela de 22 polegadas gira em torno de 7,5 mil reais, já a tela de 46 polegadas, pode ser adquirida por cerca de 16,5 mil reais.”

Disponível em http://www.adnews.com.br/pt//tecnologia/vitrine-mistura-mundo-real-e-virtual.html. Acesso em 19 dez 2012.

terça-feira, 5 de junho de 2012

As habilidades que todo empreendedor deve ter

Camila Lam
Ter uma boa ideia e paixão pelo negócio não bastam para que você seja um empreendedor de sucesso. Para Fernando Campos, investidor-anjo e gestor da Devise, dominar técnicas de gestão de negócios é a habilidade que ele mais sente falta nos empreendedores brasileiros. “Você pode ter capacidade técnica, domínio de conhecimento e ótimas ideias, mas também é preciso ter visão de negócios, saber gerir e liderar pessoas”, afirma.

Edison Kalaf, professor de inovação e empreendedorismo da Business School São Paulo (BSP), conta que o essencial é acreditar no negócio e se dedicar. “É o trabalho que importa, não basta só investir”, diz.

Com a ajuda de Campos, Kalaf e Rose Mary Lopes, coordenadora do Centro de Empreendedorismo da ESPM, Exame.com listou algumas habilidades indispensáveis para ser um empreendedor de sucesso.

Ser determinado

Por mais que uma pessoa tenha cursos e certificados, dificilmente acertará seu negócio de primeira. “Tem que ser persistente usando a razão, pois alguns empreendedores se apaixonam pela ideia e não conseguem enxergar além disso”, explica Kalaf.

Para Campos, o empreendedor não pode desistir por qualquer barreira. “É preciso ter essa energia para, por exemplo, ligar para amigos e pedir indicações e também para bater na porta de clientes”, afirma. “Um empreendedor tem que matar vários leões por dia, mas tem que ter claro quais são os seus objetivos para poder casar com as oportunidades que surgirem”, explica Rose.

Dominar técnicas de gestão

Contabilidade, recursos humanos e áreas de suporte ao negócio exigem conhecimento formal. Mesmo em uma empresa muito pequena é preciso identificar em quais áreas ele precisa de ajuda e gerir. “Uma boa forma de aprender é frequentar competições de startups, quem ganha fala de seus negócios e conta como se prepara”, explica Campos.

Kalaf conta que o empreendedor precisa assumir que não é genial para tudo. “Improvisação em geral dá certo, mas não dá para improvisar sempre”, afirma. Para Rose, não é um aprendizado fácil: um empreendedor tem que aprender a demitir pessoas, por exemplo.

Manter-se informado

Para os especialistas, além da importância de se atualizar sobre o mercado em que atua, é preciso estar atento também com o que está acontecendo dentro de sua empresa. “Verifique se há insatisfações. Cocê pode não estar canalizando talentos adequadamente”, explica Rose.

“De nada adianta entrar em um negócio em que pouco se entende. Naturalmente que o empreendedor não precisa ter anos de experiência em um determinado segmento para poder empreender, mas ele deverá no mínimo fazer um belo dever de casa estudando tudo o que puder sobre o tema antes de se aventurar”, explica Campos.

Além disso, é bom o empreendedor circular em eventos de outros setores e trocar informações com pessoas de seu segmento.

Saber ouvir

“Muita gente acha que tem essa capacidade, mas alguns empreendedores têm uma postura muito confiante e não estão dispostos a ouvir opiniões que podem lhe ajudar e ajudar seus negócios”, afirma Campos. Ele explica que um empreendedor precisa, sim, ser confiante, mas precisa aceitar que algumas vezes ele pode estar errado. “Alguns fingem que sabem ouvir, mas depois acabam ignorando ou abandonando tudo que você falou “, diz.

Saber se comunicar

Kalaf diz que todo empreendedor precisa saber vender suas ideias e produtos bem. “Ele tem que ser capaz de comunicar a sua visão de negócios e valores para outros e conseguir inspirar as pessoas com quem trabalha”, explica. Essa habilidade o tornará líder para conseguir apoio para suas ideias e incentivará inovação.

Ter autocrítica

O empreendedor precisa se conhecer bem para identificar quais são os seus pontos fortes e fracos. “Caso contrário, ele pode extrapolar no otimismo, na sua vontade de achar que pode dar tudo certo e que pode fazer tudo sozinho”, afirma.

Ela explica que muitos empreendedores não conseguem perceber alguns sinais de alerta, como de que precisam de um parceiro que seja experiente em uma área que ele não domina.

domingo, 27 de maio de 2012

Observe cinco elementos para ter uma comunicação altamente eficaz

Viviam Klanfer Nunes
Um dos principais problemas em qualquer equipe e em qualquer área é a comunicação. Saber se expressar e passar corretamente suas ideias, muitas vezes, é ainda mais importante do que o próprio conhecimento técnico dos profissionais.

Pensando nisso, a Equipe InfoMoney elaborou, em parceria com a consultora organizacional, Meiry Kamia, 5 elementos a serem observados para que os ruídos na comunicação não atrapalhe o desenvolvimento das atividade e dos projetos.

Antes de mais nada, Meiry destaca que quando estamos nos comunicando com alguém, apenas 7% do que nós dizemos são palavras. Isso mesmo, 38% da comunicação é o tom de voz e 55% é a expressão corporal. Dito isso, entramos na primeira dica:

1.Observar os demais aspectos da comunicação - isso quer dizer, simplesmente, que os profissionais que querem se comunicar da melhor maneira possível deve trabalhar sua expressão facial e corporal. “Esses elementos são mais importantes do que o que você está falando”, diz Meiry.

2.Certifique-se de que o outro entendeu - muitos chefes reclamam de suas equipes enquanto muitas equipes reclamam dos seus chefes. Essa insatisfação, normalmente, é motivada pelo fato de que uma ou outra parte não realizou a tarefa da forma como o outro estava esperando.

Isso, porém, nem sempre acontece porque a equipe é ruim ou o chefe é ruim. Pode estar acontecendo por um motivo muito mais simples, problemas na comunicação. A ideia, portanto, é se certificar de que passou a mensagem corretamente.

“Quando o chefe, por exemplo, termina de passar alguma orientação, ele deve perguntar se a equipe entendeu. Ele tem que pensar em uma maneira de se certificar que a equipe está alinhada, para evitar qualquer desentendimento”, diz Meiry.

3.Delegação de tarefas - na mesma linha do item anterior, quando estiver estabelecendo as diretrizes do projeto, o chefe tem que deixar bem claro quais são as responsabilidades de cada um. “É importante deixar claro quem tem a responsabilidade de quê”, diz Meiry.
Além disso, outro ponto importante é envolver todos os membros da equipe no projeto. “É interessante deixar que todos expressem suas ideias e opiniões, pois, assim, se tornam mais comprometidos com o projeto”.

4.Separar ideias de pessoas - na hora do feedback, é importante deixar claro que as críticas são em relação ao trabalho da pessoas e não em relação a ela. De acordo com Meiry, o ser humano é muito mais emocional do que se pensa. Para evitar problemas pessoais, portanto, deve-se separar pessoal do profissional.

5.Faça reuniões - segundo a consultora, é importante criar um ambiente onde os profissionais saibam que podem falar sobre seus problemas. Através das reuniões, as pessoas vão se tornando mais próximas e mais a vontade para falar.

sábado, 26 de maio de 2012

Brasil ganha espaço na animação mundial

Jacilio Saraiva
Maria, 9 anos, moradora do bairro do Brooklin, em São Paulo, já viu o DVD do filme "A Princesa e o Sapo" 38 vezes. Repete de cor os diálogos dos protagonistas Tiana e Príncipe Naveen, mas não sabe que boa parte do desenho americano, criação dos estúdios Disney, foi finalizada a apenas duas quadras da sua casa, na produtora HGN.

"Fomos selecionados, junto com uma produtora americana e outra canadense, para trabalhar na composição dos desenhos", diz o sócio da empresa, Haroldo Guimarães Neto, que em 32 anos na área de animação já prestou serviços para blockbusters como "A Pequena Sereia" e a série "Aladdin". Na verdade, nos últimos quatro anos, é cada vez maior o interesse de estúdios da Europa e dos Estados Unidos pelos animadores brasileiros.

Além da HGN, a LightStar Studios, sediada em Santos (SP), atuou em títulos como "O Segredo de Kells" e "Chico e Rita", indicados ao Oscar de melhor animação em 2010 e 2011, respectivamente. "Com a mesma qualidade internacional, os grandes estúdios conseguem no Brasil custos até 30% menores, se comparados a orçamentos praticados na Europa e Canadá", explica Eduardo Gurman, da Sumatra Studios, em ritmo de pré-produção de uma nova série do americano David Feiss, o mesmo criador do desenho "A Vaca e o Frango".

À frente da LightStar Studios, Marcelo de Moura resolveu montar a produtora de animação em 2004, depois de morar 12 anos entre a Europa e os Estados Unidos. A temporada estrangeira o ajudou a acumular experiências e conhecer o "who is who" do setor. Em Nova York, foi animador de "A Era do Gelo" e "Mulan".

"No Brasil, nosso primeiro contrato internacional foi fazer 25% da animação e o clean-up de 'Asterix e os Vikings'", diz Moura, que conheceu o diretor do filme, o dinamarquês Jesper Moller, entre um trabalho e outro no exterior. O clean-up tem a função de "limpar" os desenhos e deixá-los com o traço final para a colorização do filme. A operação paulista de "Asterix" contou com mais de 50 pessoas na produção e sete meses de labuta. O longa francês, baseado nas histórias em quadrinhos de Albert Uderzo e René Goscinny, custou cerca de 25 milhões de euros.

Logo depois, Moura reuniria 27 animadores para "O Segredo de Kells", título de baixo orçamento bancado por produtores da Irlanda, França e Bélgica, sobre um garoto que precisa proteger um manuscrito da Idade Média. Dirigido pelo estreante irlandês Tomm Moore, chamou a atenção pelo apuro visual, mas perdeu o Oscar de animação de 2010 para "Up - Altas Aventuras". "Trabalhamos quase um ano no projeto."

O animador estava com a agenda lotada de encomendas quando recebeu mais um convite: participar de "Chico e Rita", produção de 9 milhões de euros dirigida pelos espanhóis Javier Mariscal e Fernando Trueba (de "Sedução", com Penélope Cruz). A história de amor entre uma cantora e um pianista nos anos 1940 é salpicada de músicas de Dizzy Gillespie e Thelonius Monk. "Cheguei a recusar, mas os produtores mandaram contrato e cronograma por e-mail". Na época, Moura despachava desenhos para o estúdio alemão Motionworks e fazia a série de TV "Escola pra Cachorro", coprodução Brasil-Canadá veiculada nos canais Nickelodeon e TV Cultura. A insistência dos produtores valeu a pena.

O indicado ao Oscar "Chico e Rita" reforçou métodos de organização de trabalho e fluxo de produção que o animador viu nos EUA e replicou no negócio do bairro santista da Ponta da Praia. "É essencial para quem precisa cumprir prazos de entrega semanais. Agora, estamos fechando um novo projeto de longa e uma série de TV nacionais."

A LightStar já conseguiu equilibrar contratos brasileiros e pagos em dólar, na proporção de 50% cada. Há um ano, virou o estúdio preferido dos controladores dos personagens de Charlie Brown e sua turma, para finalizar comerciais e teasers. Nos próximos dois anos, quer usar leis nacionais de incentivo para produzir os próprios projetos no país.

Na HGN, essa fase é hoje. O sócio da empresa Haroldo Guimarães Neto está captando recursos para o longa de animação nacional "O Gato de Botas", estimado em R$ 4 milhões. O animador, que também assina o roteiro do filme, já trabalhou com Maurício de Sousa, pai de Mônica e Cebolinha, e estudou na California Institute of the Arts (Cal Arts), a mesma de Tim Burton ("A Noiva Cadáver").

Nos anos 1990, a HGN produziu oito seriados para a Disney, como "Turma do Pateta" e "Aladdin". A chance de ouro veio com "A Princesa e o Sapo", de 2009, na primeira vez em que o conglomerado americano contratava no Brasil parceiros para um longa-metragem de animação. "O trabalho durou quase um ano, com 50 profissionais em São Paulo."

A maior parte da mão de obra usada no filme saiu dos cursos de desenho e animação que a própria HGN oferece desde 1994 e que já formaram mais de 300 pessoas. Além do "Gato de Botas" com sotaque nacional, Neto já planeja a produção de um longa e uma série de TV inspirados na Copa do Mundo no Brasil. "Estamos conversando com investidores."

A janela para o exterior também está aberta na Sumatra Studios, de Eduardo Gurman. A empresa toca a pré-produção de "Tiny Warriors", série infantil de 26 episódios avaliada em US$ 5 milhões, do estúdio americano Toonzone. "Toda a animação será feita no Brasil, com pós-produção nos Estados Unidos e Canadá".

Gurman, que tem mestrado em efeitos especiais para cinema pelo American Film Institute e participou da equipe de animação de "Matrix", conheceu os executivos do Toonzone, em Cannes, há dois anos. Ele participava de uma comitiva da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV (Abpitv) no Mipcom, considerado o maior evento da indústria audiovisual do mundo.

"Há oito anos, a associação executa o projeto Brazilian TV Producers, que viabiliza a participação de produtores brasileiros nos principais eventos do mercado", diz Marco Altberg, presidente da Abpitv, com 203 associados em todo o país - um terço deles produz animação.

De acordo com dados da consultoria StrategicAnalytics, o setor de produtos audiovisuais movimenta US$ 448 bilhões em todo o mundo e a estimativa é de que esse valor bata nos US$ 550 bilhões, até 2013. "Para que a produção nacional aumente, são fundamentais investimentos públicos e privados, por meio de novas linhas de financiamento e acordos de coprodução com outros países." Maria, a nossa amiga do Brooklin, está na torcida.