Pegn
A advogada Adriana Cambrea está à procura de inquilinos para seu escritório em São Paulo. Há seis meses, dispensou a recepcionista, diminuiu pela metade as diárias da faxineira e passou a trabalhar em casa a maior parte do tempo. A mudança foi possível com a contratação dos serviços de um escritório virtual. Por cerca de R$ 550 mensais, ela tem direito a atendimento telefônico, transmissão de recados por e-mail, recepção de correspondência, serviços de motoboy, redirecionamento de chamadas e cerca de 15 horas de uso de sala para atender clientes. Com o esquema, as despesas mensais para manutenção do negócio caíram em R$ 610 - uma economia de quase 50%. A renda da profissional deve aumentar aproximadamente R$ 2.000 por mês com o dinheiro do aluguel do imóvel, logo que achar um locatário.
Nestes tempos de aperto, a estratégia da advogada ganha cada vez mais adeptos. "Muita gente nos procura dizendo que quer cortar custos para enfrentar a crise", diz Ernísio Dias, diretor do VBA Business Center, que foi contratado por Adriana. Tanto é assim que, no último trimestre, a clientela dos escritórios virtuais engrossou cerca de 12% em comparação com o mesmo período de 2007, segundo a associação nacional das empresas do setor, a ANCNev. Atualmente, cerca de 65.000 empresários e profissionais liberais utilizam seus serviços.
Pelo sistema, é possível contratar um pacote básico, que costuma incluir endereço para correspondência, atendimento telefônico realizado por secretárias, transmissão de recados e, em alguns casos, a utilização mensal da sala de reuniões por algumas horas. O preço costuma variar entre R$ 200 e R$ 320 por mês. Na prática, porém, a fatura fica entre 20% e 40% acima da mensalidade mínima, estima o diretor da ANCNev, Paulo Karnas. O acréscimo vem dos serviços cobrados à parte, como, por exemplo, a conta telefônica e a digitalização de documentos.
Alguns clientes preferem ocupar os escritórios por período integral. É o caso do empresário Arthur Freire, de São Paulo. Em agosto passado, ele abriu a agência de marketing esportivo Vibrand. Ele conta que, sem saber qual seria exatamente o futuro do novo negócio, optou pelo centro de negócios Virtual Office para evitar as amarras dos aluguéis convencionais. "Aqui, depois de 90 dias, posso ir embora a qualquer hora só com um mês de aviso prévio." Muitos de seus vizinhos de corredor têm motivação semelhante. "Somos bastante procurados por empresários de outras cidades que preferem experimentar o mercado paulistano com a liberdade de sair quando quiserem", afirma Mari Gradilone, diretora do Virtual Office.
Cosmética News
As marcas globais de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos tiveram uma excelente performance no ranking "Best Global Brands 2009". Organizado pela consultoria Interbrand, a lista elege as 100 mais valiosas marcas globais do mundo.
Entre a sete marcas presentes na edição de 2008, todas ganharam posições no ranking. Além disso, a marca de cosmético de luxo francesa Lancôme (L´Oréal), fez o seu debut no seleto grupo.
Na 13a. posição, a marca Gillette (Procter & Gamble), continua a ser a marca mais valorizada do segmento, avaliada em US$22,84 bilhões, crescimento de 4% em relação à última pesquisa.
A marca alemã Nivea galgou 12 posições do ranlking, saltando da posição No. 98 para a posição No. 86. O valor da marca do pote azul foi estimado pela Interbrand em US$ 3,56 bilhões, 5% acima em relação ao ano anterior.
A marca que mais ganhou valor no ranking de 2009 foi a Johnson & Johnson United States Personal Care, com um crescimento de 7%. Apesar da excelente performace, duas marcas perderam valor em relação à ultima edição da lista. A empresa de venda direta Avon viu a sua marca perder 7% de valor, sendo avaliado em US$ 4,92 bilhões. A marca de lenços descartáveis Kleenex (Kimberly-Clark),foi avaliada em US$ 4,4 bilhões, 5% a menos que em 2008.
Confira abaixo a posição no ranking das empresas de perfumaria e cosméticos:
09 / 08 Marca / Valor(US$) / Var(%)
13 / 14 Gillette / 22,841 / 4%
44 / 51 L´Oréal / 7,748 / 3%
52 / 57 Colgate / 6,550 / 2%
67 / 69 Avon / 4,917 / -7%
71 / 74 Kleenex / 4,404 / -5%
80 / 92 Johnson&Johnson / 3,847 / 7%;
86 / 98 Nivea / 3,557 / 5%
91 / -- Lancôme / 3,235 / --
MANTOVANI, Flavia et
all. O preferido dos paulistanos – Pesquisa Datafolha revela que 37%
dos moradores da cidade têm cachorro em casa; a maioria desses cães é
vira-lata. São Paulo, nº 4, 27 de junho de 2010, pp. 26-34.
TOLEDO, Karina. Parcela de jovens adultos que moram com os
pais dobra em duas décadas – Entre a
chamada geração canguru, composta por homens e mulheres de até 34 anos, maioria
tem alta escolaridade e adia saída de casa por economia e conforto. Para eles,
o conflito de gerações vivido por seus pais passa ao largo na relação familiar.
O Estado de S. Paulo, 18 de abril de 2010, Caderno Vida, p. A24.
CACIOLI, Renan. Quanto vale o futebol brasileiro – Estudo mostra quem são os mais ricos clubes
do país, e os mais endividados e projeta quanto o mercado do futebol deverá
gerar de receitas em 2014, ano em que o Brasil recebe pela segunda vez a Copa
do Mundo. Folha de S. Paulo, 30 de maio de 2010, Caderno Esporte, p. D14.
MURAD, Fernando. Participação no consumo nacional avança –
Economia do interior e litoral de São
Paulo se recupera e ganha terreno ante outras regiões. Meio & Mensagem
Regional: Interior e Litoral de SP, ano XXXII, nº 1410, 24 de maio de 2010, pp.
04-05.
ALONSO, Viviana. Hábitos mutantes – Em entrevista exclusiva, John Quelch, de Harvard, garante que as
preferências dos consumidores mudam com a instabilidade econômica, que pode se
tornar padrão daqui por diante. Ele aponta os quatro novos segmentos e as
quatro novas categorias de produtos decorrentes disso. HSM Management, ano
15, volume 1, nº 78, janeiro-fevereiro de 2010, pp. 88-91.
Tatiana Alcalde
Atualmente, o cartão de crédito pode ser encontrado nas mãos de 22% dos brasileiros de baixa renda, com rendimentos mensais entre 151 e 499 reais, ou seja, 34,1 milhões de pessoas ou 32% da população economicamente ativa. Esse segmento da baixa renda possui 15% dos 79 milhões de cartões em circulação atualmente no país e em 2006 foram responsáveis por 5,6% de todo o volume movimentado por cartões de crédito, atingindo o patamar de 8,7 bilhões de reais.
De acordo com estudo de mercado "O cartão com instrumento de crédito na baixa renda", realizado pelo Banco Itaú, nos últimos dois anos, o volume de transações de cartões de crédito da baixa renda cresceu em ritmo mais acelerado que o mercado total, com avanço de 31,8% em 2005 e 23,6% em 2006.
A pesquisa, que é parte do estudo "Indicadores do mercado de meios eletrônicos de pagamento", realizada mensalmente pela organização financeira, reafirma que a familiaridade do brasileiro com o cartão de crédito ganha espaço.
"Os principais motivos são a substituição de outros meios de pagamento, aumento da rede de aceitação e principalmente as facilidades de prazo e parcelamento que o cartão oferece", explica Fernando Chacon, diretor de marketing de cartões do Itaú.
O cartão de crédito para essa população de baixa renda é o segundo meio de pagamento mais usado e o principal meio de financiamento da baixa renda. Nesse caso, o dinheiro de plástico é responsável por 54% das compras, enquanto o crediário representa 23% e o parcelamento da fatura do cartão, 11%. A baixa renda analisada parcela, em média, R$88,70.
"Poucos no segmento analisado tem mais de um cartão e geralmente o usam para si, para a família e amigos. É o mesmo uso que se fazia do cheque, a grande diferença é que no cartão, ele pode reordenar o pagamento da fatura, parcelando", comentou Chacon.
Sonhos de consumo
Segundo estudo da Latin Panel sobre "O Consumidor na Era Lula (2002–2006)", para a classe D/E, a reforma da casa é o primeiro sonho de consumo (29%), seguido por compras (23%), pagamento de dívidas (15%), poupança (11%) e construção (10%).
Entre os que iriam às compras, se tivessem maior renda, 64% comprariam móveis e 33% eletroeletrônicos. Uma surpresa: 29% comprariam mais comida.
HSM Online
O International Business Report, pesquisa realizada pela Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton, mostra que a inovação dos produtos é vista como a iniciativa mais bem-sucedida para o aumento da rentabilidade e impulso dos negócios entre as empresas privadas de capital fechado.
O estudo ouviu representantes de 7.200 empresas de 36 países, que deveriam identificar a iniciativa mais rentável. A inovação foi citada por 20% dos participantes, seguida da redução de custos (18%) e estratégia de formação de preço de venda (13%). Entre os empresários brasileiros ouvidos na pesquisa (100 de São Paulo, 25 do Rio de Janeiro e 25 de Salvador) o item mais citado foi a redução de custos (23%), seguido da estratégia de investimentos (17%), novo modelo de gestão (16%) e inovação dos produtos (13%).
A inovação dos produtos foi mais citada na Itália (39%), onde atingiu quase o dobro da média global, que foi de 20%, seguida pela China e Países Baixos, ambos com 32%. Na Suécia e na Tailândia esta opção foi a menos citada (9% das respostas).
A redução de custos foi considerada como a melhor iniciativa em Taiwan (28%), Espanha (26%) e Finlândia (24%). Pelo menos 15% das empresas ouvidas citaram a revisão da produtividade e a terceirização de serviços (outsourcing) como suas iniciativas mais importantes - ambas estreitamente relacionadas à redução de custos.
Para Frank Ponsioen, sócio da GTI nos Países Baixos, "durante revisões orçamentárias a inovação é frequentemente atingida por cortes, mas, diante destes resultados, as empresas mostram que buscam cortes menos radicais, em especial na inovação, para se proteger da concorrência no futuro". De acordo com ele, no momento atual a inovação privilegia os procedimentos de fabricação mais eficientes. "Muitas companhias estão tentando trabalhar de uma forma mais inteligente enquanto fazem projetos para o futuro."
Para as empresas que planejam inovar, a Terco Grant Thornton dá os seguintes conselhos:
• Busque oportunidades criadas pelos efeitos da crise econômica
Crie recursos para inovação
• Ofereça produtos e serviços de acordo com as condições econômicas atuais
Esteja aberto a idéias
• Controle cuidadosamente os riscos
• Colabore para que clientes e fornecedores desenvolvam novas idéias
• Examine processos e modelos comerciais inovadores, assim como produtos, para melhorar a sua eficiência.
Considerando que a prioridade de ação dos empresários brasileiros foi a redução de custos, algumas medidas são fundamentais para que isto seja feito com sucesso, conforme explica Roberto Strohschoen de Lacerda, sócio da Terco Grant Thornton que atua na área de consultoria. Assim, ele dá os seguintes conselhos:
• Entenda com profundidade como os custos são gerados;
• Busque economias nas compras e negociação com fornecedores;
• Evite investimentos em estoques, tanto de matérias-primas como de produtos acabados;
• Busque sinergias com empresas parceiras ou complementares;
• Controle com sabedoria o seu caixa;
• Busque terceirizar atividades ou processos que não são chaves para o negócio.