quinta-feira, 29 de março de 2012

Quatro sinais de que sua ideia de negócio é ruim

Priscila Zuini
 
Quase todo empreendedor acredita mesmo que a sua ideia de negócio é perfeita, não tem como ser melhorada e está destinada ao sucesso absoluto. A ilusão empreendedora está também ligada à capacidade destas pessoas de enxergarem projetos e se entusiasmarem tanto a ponto de investirem o próprio dinheiro e tempo nele.

Geralmente, no entanto, as ideias sempre podem ser melhoradas e algumas nem devem sair do papel. Seja por falta de clareza ou mesmo de pesquisa, existem pequenas empresas que não vão adiante e saber disto a tempo pode ajudar a evitar uma decepção e um rombo na conta bancária.

Para David Kallás, professor de Estratégia do Insper, existem quatro perguntas essenciais para medir o quanto a sua ideia é boa. “A primeira é se sua ideia é realmente útil. A segunda é se o seu preço é facilmente acessível para a massa de compradores. A terceira é se você é capaz de cumprir sua meta de custo para lucrar com o preço que definiu e, por fim, como vai fazer para entregar a um custo adequado e ainda ter lucro. Para ser comercialmente viável, precisa ter as quatro coisas”, explica.

Veja a seguir quatro sinais de que uma ideia não tem potencial para virar um negócio de fato.

1. O mercado consumidor é imenso
Se você acha que seu negócio tem um mercado consumidor enorme, já começou mal. O primeiro passo a fazer uma pesquisa séria e não ficar só perguntado o que seus amigos acham sobre o produto. “Precisa testar de uma forma mais objetiva do que simplesmente consultar algumas pessoas”, diz Kallas.

O ideal é que o empreendedor converse com clientes potenciais assim que tiver a ideia, mas profissionalize na hora de investir. “O que vai mostrar se é boa ou não é conseguir vender aquilo. Precisa vender ou não tem dinheiro para nada”, ensina Marcos Simões, diretor de seleção e serviços a empreendedores da Endeavor.

Outro sinal comum de problemas na ideia é quando o seu mercado é muito generalizado. “Coloque como perfil quem realmente enxerga o valor do produto. Precisa pensar qual o tamanho do mercado, para quantos clientes pode vender e é importante que o empreendedor seja muito crítico e específico”, diz Simões.

2. A ideia é tão inovadora que as pessoas nem acreditam
Quando uma ideia é muito inovadora, o empreendedor precisa pensar em mais coisas além de abrir uma empresa. “Ele pode enfrentar resistência das pessoas, de achar que não funciona ou não vai dar certo. São barreiras cognitivas”, explica Kallas. Não conhecer as barreiras de adoção para realizar sua ideia é um sinal grave de que o empresário não está pronto. “A adoção não deve ser só pelo cliente, mas pela equipe. O grande cemitério de derrota de ideias é a própria equipe. Tem que ser bom não só para vender fora, mas dentro de casa”, conclui o professor do Insper.

Outro tipo de barreira diz respeito ao posicionamento da sua empresa no mercado. “Tem outros players com uma proposta e capacidade de execução muito semelhante à sua? Precisa pensar porque o cliente compraria de você e não dele”, diz Simões.

3. O projeto é ótimo, mas precisa de muito capital
Uma boa ideia de negócio precisa também ser projetada para fazer a empresa crescer. É isso o que os especialistas chamam de ideia escalável. “Não basta ter um mercado grande, precisa saber o quão rápido consegue crescer”, explica Simões. Geralmente, uma ideia de negócio é pouco escalável quando o crescimento da empresa está atrelado a um alto investimento em capital ou mão de obra extremamente qualificada. “Se precisa de muita capital para crescer, desacelera o crescimento”, diz o diretor da Endeavor.

4. Ainda não há um modelo de negócio definido
Você já sabe como vai ganhar dinheiro com a sua ideia? Pois o modelo de negócios é parte essencial de um projeto bem sucedido. “Potenciais empreendedores veem todo mundo ganhando com algo e querem entrar também. Não precisa ser a Nasa para construir um negócio que vai dar certo, mas tem que ter certeza que não está fazendo mais do mesmo”, explica Simões.

O modelo de negócioé também a chave para ter sucesso na empresa. O diretor da Endeavor cita o exemplo dos serviços de software na nuvem. “Eles têm o mesmo produto que os concorrentes, mas têm forma diferente de precificar. Ao invés de cobrar um valor enorme para comprar a licença, cobram um valor mensal. Isso se dilui na mensalidade e mais gente fica disposta a comprar”, conta.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Jovens brasileiros têm responsabilidades de adulto e gosto próprio

Supermercado Moderno
 
As informações são da nova pesquisa da Kantar Worldpanel. Ela indica que a maioria dos jovens latinos trabalha e tem responsabilidades similares a de um adulto. Na faixa etária entre 13 e 14 anos, 13% possuem um trabalho, sendo que no Brasil o índice é de 9%. Já na faixa entre 15 e 18 anos, 22% trabalham (no Brasil são 17%). Um dos pontos mais interessantes é que 33% dos brasileiros entre 19 e 24 anos têm filhos, taxa maior que a média de 31% da América Latina.

Ao lado dos peruanos, os brasileiros são os que mais dizem ter um trabalho em tempo integral (41%). Por outro lado, 75% afirmaram prestar algum tipo de serviço voluntário. Ao mesmo tempo em que recebem salário, os jovens ainda pedem ajuda aos pais. O levantamento mostrou que 61% deles pedem dinheiro aos pais e 41% têm salário.

“Boa parte dos jovens brasileiros entra cedo no mercado de trabalho para contribuir com o orçamento familiar e conseguir comprar produtos do seu gosto. São consumidores que já possuem suas preferências e que, ao mesmo tempo, assumem responsabilidades antes da hora”, declarou Fátima Merlin, diretora de varejo da Kantar Worldpanel.

Os jovens brasileiros são os mais vaidosos da América Latina. De acordo com o estudo, para eles o mais importante é: dinheiro, família e cuidados pessoais. Nesse último quesito, a principal preocupação dos jovens é com os dentes, algo citado por 43%. Em seguida aparecem os cuidados com os cabelos, com 36% das menções. Apenas 10% dos entrevistados não levam em conta os cuidados pessoais.

Um em cada dois jovens latinos faz suas próprias compras de cuidado pessoal. A pesquisa constatou ainda que faz parte do "DNA" das mulheres da região  ir às compras. No Brasil, 49% dos jovens compram os produtos de que gostam; 24% usam o que encontram disponível em casa; 19% pedem que os pais comprem o que gostam para higiene pessoal e apenas 8% pedem aos pais que comprem o que acharem melhor.

Ainda na categoria de cuidados pessoas, um dado que chama a atenção é que 81% das jovens latinas usam maquiagem e 61% dos rapazes aplicam creme de barbear. No Rio de Janeiro, por exemplo, o índice é ainda mais alto – 96% das jovens cariocas se maquiam.

terça-feira, 27 de março de 2012

Empresas perdem negócios por falta de comunicação com clientes

Computerworld
 
Companhias perdem oportunidades de negócio pela falta de comunicação com os seus clientes, revela um estudo realizado pela Canon Europa junto a fornecedores de serviços de impressão digital. Ainda que o resultado tenha englobado um setor específico do segmento de TI, a constatação é verdadeira para todos os segmentos da economia, já que a estratégia é capaz de acelerar negócios e ampliar a vantagem competitiva.

O levantamento levou em consideração 420 entrevistas com decisores em 18 países da Europa, nos setores de serviços financeiros, serviços de comunicação e marketing, setor público ou voluntariado e apontou que o suporte ao cliente é vital para uma organização.

O estudo revela ainda que possibilitar “mais informação às companhias que compram serviços poderá aumentar as oportunidades de negócio". Para se ter uma ideia, 36% dos compradores entrevistados não tinham conhecimento da existência da impressão on-demand. 

“Há uma enorme oportunidade para os fornecedores educarem os seus clientes sobre como, por exemplo, a impressão – especialmente a no modeloon-demand – pode ajudá-lo a reforçar a marca e aumentar a eficácia do marketing”, afirma Mark Lawn, diretor de Marketing europeu de Soluções de Impressão Profissional da Canon.

“Os clientes procuram de forma ativa melhorar os seus conhecimentos, perspectivas mais criativas e informação sobre inovações. Por consequência, os fornecedores estão desperdiçando oportunidades significativas de crescimento e, por esse motivo, necessitam estabelecer uma comunicação mais efetiva com seus clientes. Os fornecedores que adotarem uma abordagem mais comunicativa conseguirão expandir os negócios e tornar as relações mais fortes”, explica Lawn.

De fato, as organizações já passam a reconhecer o valor do cliente para um número crescente de áreas estratégicas, incluindo marketing, desenvolvimento de produtos e garantia de qualidade. Na avaliação de Scott Nelson, vice-presidente de gestão do instituto de pesquisas Gartner, os esforços para o aprimoramento da relação com os consumidores devem ser prioridade para qualquer companhia.

“As corporações precisam pensar em investir de forma inteligente e, para isso, é preciso orientar as áreas de negócio sobre formas de melhorar o relacionamento com o cliente, sem gastar nada, apenas otimizando a utilização das ferramentas já adquiridas”, afirma o especialista.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Quanto custa uma consultoria em de marketing ou de comunicação?

Fernando Silva
 
Diversas corporações, desde pequenas até grandes multinacionais, tem investido em consultoria de marketing e comunicação para atingir seus clientes. Mas, durante o planejamento de investimentos surge uma dúvida da empresa: quanto incluir no budget? É viável o investimento para a empresa?

Primeiramente, atualmente toda empresa precisa divulgar e estar na mídia. Não importa o seu tamanho. Uma empresa que conta com um bom planejamento e consultoria de marketing e de comunicação só tem a ganhar.

Facilita a venda e prospecção de seu depto comercial (empresa ou marca desconhecida tem mais dificuldade de vender), trabalha mais focada no custo benefício, não conta com apostas e erros / acertos.

Balanceie os fatores aqui colocados e com certeza você já terá uma boa base do que precisa ser feito.

Esteja antenado com os valores de mercado

Pagar de acordo com os valores de mercado é a maneira mais simples de se determinar quanto se deverá investir para uma consultoria de marketing e comunicação. Uma boa consultoria tem um custo a partir de R$ 1.500,00 / mês dependendo do nível de complexidade, das exigências, mercado e estrutura da agência.

Saliento que contratar uma empresa/agência de consultoria de marketing ou de comunicação (2 áreas distintas) sai muito mais em conta do que contratar um profissional interno.

Um analista de marketing ou comunicação, por exemplo, recebe entre R$ 1.500,00 a R$ 2.500,00. Já um gerente de marketing ou de comunicação recebe um salário de R$ 2.800,00 a R$ 6.000,00.

E olha, que nem citei os encargos de um profissional registrado (férias, impostos, refeição, locomoção, etc). Com certeza o valor aumenta consideralvemente.

Diferente do fee mensal cobrado pela empresa parceira (sem encargos adicionais)

Ao contratar uma empresa especializada, você contará com: a expertise da empresa (eles sempre investem em atualizações). Não utilizará apenas a experiência de um analista de marketing / comunicação (média parecida de salário ao fee da agência) , mas sim de toda a empresa (diretor de arte, criação, planejamento, mídia, etc).

Mas é possível, com menos de R$ 1.000 reais, encontrar empresas que façam o mesmo trabalho. Porém, independente da empresa contratada, sua empresa terá serviços operacionais, com soluções mais previsíveis. E resultados nem sempre esperados.

Conheço o mercado e sei que nenhuma empresa de consultoria de marketing e comunicação tem condições de oferecer um bom trabalho por menos de R$1 mil reais. Pois esta base refere-se de empresas de comunicação com estruturas enxutas. E claro, com custos internos enxutos.

Lembre-se: um investimento pequeno que não traz retorno nenhum é dinheiro jogado no lixo.
Pense nisto!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Pesquisa mapeia consumo feminino

Exclusivo Online         
 
As mulheres brasileiras são grandes consumidoras de calçados. Essa é uma das revelações do dossiê Azimute 720, um estudo focado no mercado calçadista feminino do Brasil realizado pela Focal Pesquisas (Porto Alegre/RS).

A pesquisa é um estudo setorial, realizado anualmente, abrangendo pesquisas nas mais importantes capitais brasileiras para o estudo de consumo e posicionamento de marcas. “O objetivo da pesquisa é fornecer informações sobre o mercado calçadista e sobre o comportamento de compra das mulheres brasileiras”, diz Bárbara Dresch, psicóloga e diretora do Núcleo de Consumo da Focal.

Amostra - Durante os meses de setembro e outubro de 2011, foram realizadas 2,45 mil entrevistas, com mulheres das classes A1 até C2, de 15 a 54 anos de idade, em seis capitais de estados brasileiros: Rio Grande do Sul (Porto Alegre), São Paulo (São Paulo), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Minas Gerais (Belo Horizonte), Distrito Federal (Brasília) e Pernambuco (Recife). A idade média das entrevistadas ficou em 33 anos.

Entre as mulheres entrevistadas, 44,5% possuem o 2º grau completo (ensino médio) e 33,2% possuem superior completo ou incompleto. A grande maioria das mulheres, 75,7%, possui renda própria e 47,4% são casadas ou moram com um companheiro.

Lojas - Tratando-se de lojas preferidas, as multimarcas reinam, com 68,4% de preferência, sendo que este percentual, com pequenas variações, é percebido em todas as faixas etárias. Preferência curiosa, visto o “boom” das lojas monomarcas nos últimos três anos, devido à aceleração de abertura de shoppings centers ou expansões dos existentes, dificuldade de exportação e consequente valorização do mercado interno, reativação de marcas que estavam “hibernadas” no mercado ou criação de novas.

Com apenas 14,9% de preferência encontram-se as lojas monomarcas. Evidentemente que existem algumas variações destes índices, como por exemplo no caso do Rio de Janeiro, onde 35,3% das cariocas preferem as lojas monomarcas, mais do que o dobro da média nacional. Por sua vez, para 49,8% das paulistas, suas lojas de preferência são as de departamento, onde se encontra tudo no mesmo lugar, talvez explicado pela dificuldade de locomoção na cidade.

Gustavo Campos, sócio-fundador da Focal Pesquisas e diretor do Núcleo de Posicionamento, explica que há mais de 5 mil lojas no estudo. “Anos atrás pensouse que as lojas monomarcas iriam acabar, mas isto não se confirma na pesquisa. Vimos que a mulher quer ter escolha, ela gosta disso”, enfatiza.