quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As empresas estão com muita grana, mas investindo pouco

Vicente Vilardaga
09/12/2013

Um paradoxo ronda a economia dos Estados Unidos. Cinco anos após a crise financeira que ameaçou levá-lo à lona, o país ainda se recupera timidamente. O desemprego continua perto de 7% — altíssimo para os padrões americanos. E o PIB avança no máximo 3% ao ano.

Os consumidores continuam assustados. As empresas nunca investiram tão pouco — o que, por sua vez, derruba ainda mais a economia. Mas é aí que surge o paradoxo. A “América corporativa” nunca esteve em melhor forma. As bolsas atingiram recordes em novembro.

O lucro das companhias chegou a 12,5% do produto interno bruto americano, também um recorde. E  sobra dinheiro. Um levantamento da consultoria Economatica revela que o caixa das empresas abertas americanas chegou a 1,5 trilhão de dólares em 2013 — ante 1,1 trilhão de dólares em 2009. O que diabos está acontecendo com a maior economia do mundo?

A “incerteza” em relação ao futuro da economia americana é o culpado mais frequentemente citado para explicar o fenômeno descrito acima. De fato, mudanças abruptas nas regras do jogo econômico, crises e más notícias afetam decisões de investimento. Mas essa sempre pareceu uma explicação capenga para o caso americano.

O temor de uma hecatombe ficou no passado, e a economia, mal ou bem, avança. Mas o investimento teima em não voltar, e as empresas seguem acumulando caixa como se estivessem se preparando para o fim dos tempos. Coube ao economista britânico Andrew Smithers o mérito de trazer mais perspicácia à discussão.

Ele acaba de lançar o livro The Road to Recovery: How and Why Economic Policy Must Change (algo como “O caminho para a recuperação — como e por que a política econômica precisa mudar”). Ele defende que a principal causa da demora na recuperação da economia desde a crise de 2008 é a miopia corporativa que se alastrou pelos países ricos, especialmente Estados Unidos e Inglaterra. A culpa, para resumir, é do bônus.

Os excessos da remuneração variável foram, como se sabe, responsabilizados pelo comportamento desvairado de executivos de bancos que quebraram na crise de 2008. Seu incentivo era fazer apostas pesadas para ganhar uma bolada ao fim do ano. Se desse errado, perderiam no máximo o emprego. Para eles, portanto, o incentivo era arriscar o máximo possível para aproveitar os bons anos.

Smithers é o primeiro a ver nessa lógica a culpa também pela anemia econômica dos últimos anos. Para ele, quanto mais uma empresa paga em bônus atrelados ao desempenho de suas¬ ações, menos interesse seus executivos têm em investir o dinheiro que está no caixa. E mais a economia sofre.

O bônus atrelado à variação das ações surgiu para resolver um problema: executivos e acionistas pensavam diferente, e por razões financeiras. Executivos tinham incentivos para se dar bem no curto prazo, mesmo que, para isso, fosse preciso sacrificar o futuro da empresa e dos acionistas. Pagando em ações, segue a tese, o executivo é obrigado a pensar como acionista. A moda pegou. Até 1970, apenas 1% da remuneração de um executivo era baseada em ações. O percentual chegou a 70%.

No Brasil, a média é de 50%, segundo a consultoria Hay Group. Quanto melhor a empresa for na bolsa, mais dinheiro essa turma ganha. Smithers alega que esse “alinhamento” faz com que a cúpula das companhias abertas se transforme em escrava do curto prazo — e, no fim das contas, tome decisões que prejudicam o acionista no longo prazo. Ou seja, o contrário do que o tal “alinhamento” propunha. 

Recompra de ações

O investimento das empresas em novos projetos acaba se tornando a maior vítima. As companhias americanas nunca gastaram tão pouco na compra de máquinas e equipamentos. Investir em inovação e construir novas fábricas esvazia o caixa e só traz retorno depois de alguns anos. Investir, portanto, é mau negócio para quem está preocupado com o preço da ação hoje. Com o caixa abarrotado, as empresas têm usado parte do dinheiro para recomprar ações — também em escala inédita.

De acordo com Smithers, no início dos anos 70 as empresas devolviam aos acionistas (em forma de dividendos ou recompra de ações) 1 dólar para cada 15 investidos. Hoje, devolvem 1 dólar a cada 2 investidos. A multinacional General Electric, por exemplo, nunca teve tanto dinheiro em caixa — são 130 bilhões de dólares. E seus investimentos caíram todos os anos desde 2009. Em compensação, é uma campeã de recompras.

Em fevereiro de 2012, a empresa anunciou uma ampliação de 10 bilhões em seu programa de recompras para 2013, para 35 bilhões de dólares. A combinação das duas medidas tem como efeito prático a valorização das ações. É bom para o mercado acionário, é bom para os executivos. Mas, como o investimento de hoje é o lucro de amanhã, o efeito desse jogo para o futuro das empresas — e da economia — é deletério.

No Brasil, onde também há uma queda dos investimentos, os possíveis efeitos da cultura do bônus são muito menores. Isso acontece porque a representatividade das empresas de capital aberto é relativamente pequena e há um grande número de empresas familiares e estatais.

Um estudo publicado em 2013 por três pesquisadores das universidades de Nova York e Harvard revela que as empresas fechadas investem, em média, duas vezes mais do que as companhias abertas, justamente porque não têm a preocupação de elevar o valor de suas ações no curto prazo.

Assim, podem investir enquanto as outras colocam o pé no freio. Em tese, é a melhor maneira de gerar o lucro do futuro. As famílias Cargill e MacMil¬lan, que controlam a gigante americana do agronegócio Cargill, reinvestem na empresa 80% de seus dividendos. A companhia tem capital fechado. No Brasil, o  maior exemplo dessa dinâmica tem sido a Odebrecht. Controlada pela família desde a sua fundação, nos anos 40, a empresa vai investir 17 bilhões de reais em 2013, 30% mais que no ano passado.

Recentemente, fez uma aposta de 19 bilhões de reais ao ganhar o leilão de concessão do aeroporto do Galeão (junto com um sócio de Singapura) e também ganhou a concessão da rodovia BR-163. Até 2015 serão 53 bilhões de reais de investimento.

Como conciliar investimentos de longo prazo com o imprescindível papel do mercado de capitais numa economia moderna? É um debate tão antigo quanto insolúvel. Smithers propõe criar novas formas de unir os interesses de acionistas e executivos, incluindo nos critérios para o pagamento de bônus metas de investimento, por exemplo.

O problema será convencer o acionista, eufórico com o atual preço das ações, de que o sucesso de hoje pode significar seu próprio fracasso amanhã. O maior viciado em ganhos de curto prazo, afinal, é ele.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1055/noticias/muita-grana-pouca-acao?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 dez 2013.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fragilidade feminina

Luiz Gonzaga Bertelli
12/12/2013

Março é o mês das mulheres, mas não é preciso esperar até lá para trazer à nota assuntos dedicados ao universo feminino. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar o estudo Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros, trazendo uma revelação preocupante: de cada 10 jovens que não estudam e nem trabalham, 7 são mulheres. Elas pertencem a um grupo que soma 9,6 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, contingente que, pela desocupação, é conhecido como “geração nem-nem”.



Como se vê, as desigualdades de tratamento entre gêneros se reproduzem tanto dentro quanto fora do mercado de trabalho. O IBGE mapeou também o impacto da maternidade na vida das trabalhadoras: 58,4% das mulheres nem-nem têm pelo menos um filho. E nada menos do que 3 de cada 10 jovens com  idades entre 15 e 17 anos já são mães. O percentual cresce para 51,6% na faixa de 18 a 24 anos, e para 74%, entre 25 e 29 anos.



O lançamento da pesquisa coincidiu com um dos mais importantes momentos do CIEE: a formatura anual de integrantes do Aprendiz Legal, programa de forte cunho social voltada à formação profissional de jovens de 14 e 24 anos – a fatia mais grossa da geração nem-nem. A entrega dos certificados àqueles que passaram pela capacitação prática (nas empresas) e teórica (em aulas ministradas por instrutores do CIEE) teve a participação de centenas de ex-aprendizes, representando a turma de 1,3 mil capacitandos na Grande São Paulo, que fogem do cenário traçado pelo mapeamento do IBGE.

Encontravam-se, no lotado Teatro CIEE, ao menos duas jovens mamães que conseguiram driblar as estatísticas. Tifani Barbosa da Silva, de 19 anos, simboliza essa alternativa:  pouco antes de subir ao palco para a foto oficial dos aprendizes, cobrindo o colo com uma leve fralda, amamentava um bebezinho.



Ao longo dos dois últimos anos, milhares de aprendizes como Tifani tiveram estudo e trabalho, e agora, cumprida essa etapa, estão mais preparadas para a vida. Pois, além de transmitir conhecimentos técnicos básicos de uma profissão, o Aprendiz Legal cuida também do lado atitudinal e cidadão, com ações de assistência social e desenvolvimento pessoal, que envolvem também as famílias e, muitas vezes, estendem-se às comunidades, em especial aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade.

Disponível em http://www.portaldapropaganda.com/marketing/2013/12/0001. Acesso em 12 dez 2013.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quanto vale um fã?

Andréa Dietrich
05 DEC 2013
Minha questão nesse post não é falar sobre a quantidade de dados que temos atualmente para mensurar tudo na internet, e o quanto o poder de influência das redes sociais no mercado de consumo aumenta a cada dia. Isso todo mundo sabe. Mas sim uma perspectiva sobre o que realmente devemos olhar desses dados e o quanto esse poder de influência pode “enganar” consumidores.

Claro que já acompanho há algum tempo polêmicas como contas falsas nas redes sociais para gerar audiência a determinados assuntos/perfis, compra de base suja para jogar mais tráfego para um site e aumentar a audiência, mas confesso que esse vídeo que chegou até mim recentemente me estimulou a escrever sobre esse assunto.

Num formato “câmera escondida”, o vídeo ilustra bem até onde podemos ir na busca de mais fãs para uma página. Os chamados Click Farms, ou Fábricas de Clicks, são profissionais contratados para manipular os dados de algum perfil na internet, seja no Facebook, Twitter ou nos views do YouTube. A fábrica gerencia milhões de perfis em cada um desses canais e dependendo de quanto se está disposto a pagar, rapidamente uma página pode chegar a milhões de fãs, views e followers.

Recentemente, inclusive, saiu uma materia no Valor Econômico sobre as contas falsas que inundam o Twitter. A matéria revela o negócio de venda de contas falsas, que opera há mais de seis anos, e chega até a enviar e responder mensagens simulando um perfil de uma pessoa real. Esse tipo de conta, segundo a matéria, representa em torno de 9% da base total do Twitter. Um sistema que evolui rapidamente deixando a vida dos desenvolvedores cada vez mais difícil para detectar o que é ou não falso.

Uma das maiores qualidades de se trabalhar na internet sempre foi a questão de poder mensurar tudo a qualquer momento. Ferramentas cada vez mais sofisticadas de gestão de dados aparecem a cada dia, mas sabemos o que realmente queremos medir?

Frente a esse cenário onde facilmente métricas de sites e redes sociais podem ser manipuladas, precisamos começar a aprofundar nos dados que realmente trazem a qualidade do relacionamento de uma marca no digital, no que realmente essa atuação converte e não somente na quantidade.

Temos que investir não só para ter um número impressionante de seguidores, mas para construir um engajamento de verdade, segmentar para atingir menores, porém, melhores audiências, contribuindo para o sucesso concreto do negócio.

Eu sempre acreditei muito nisso. Mas, enquanto as grandes referências de rankings e reconhecimentos de mercado não mudar, essa indústria vai continuar a operar.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/12/05/Quanto-vale-um-fa.html. Acesso em 12 dez 2013.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Desigualdade nos EUA: é o fim do ‘sonho americano’?

Gustavo Santos Ferreira
11 de dezembro de 2013
 
Para 64% dos residentes nos Estados Unidos consultados pela Bloomberg, a economia americana não oferece as mesmas condições de prosperidade para todos seus cidadãos. O fosso cada vez maior entre ricos e pobres está minando a fé no tal sonho americano, diz a publicação.

O termo (american dream) foi cunhado na década de 1930 pelo historiador James Truslow Adams. Resume o conceito de que no liberalismo americano, de pouca intervenção do governo nos mercados, todos podem enriquecer, bastando apenas trabalhar. Essa ideia colaborou para que a mão de obra nos Estados Unidos se tornasse a mais plural do mundo em termos de nacionalidade.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), vivem por lá hoje 46 milhões de estrangeiros. Isso representa 15% de uma população total de 314 milhões. Nenhum país no mundo recebeu tanta gente de fora como os Estados Unidos em toda a história. Apenas de 1990 para cá, com 23 milhões de novos imigrantes, a chegada média de estrangeiros tem sido de 1 milhão por ano.  Ficam – bem – atrás dos Estados Unidos nas estatísticas Emirados Árabes (7 milhões) e Espanha (6 milhões).

Tecla já batida por este Radar Econômico em outra oportunidade, a desigualdade social é grave nos Estados Unidos. Mais da metade de toda riqueza produzida no país no ano passado foi parar nos bolsos de apenas 10% na população. E essa parcela de pessoas é justamente é a mais rica.

O afastamento entre as classes econômicas americanas uma das grandes preocupações do atual Prêmio Nobel de Economia, Robert Schiller. E entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) os Estados Unidos só não têm pior distribuição de renda que Turquia, México e Chile.



Disponível em http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2013/12/11/desigualdade-nos-eua-e-o-fim-do-sonho-americano/. Acesso em 12 dez 2013.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Os seis mandamentos para fazer promoções e ofertas

Luiz Piovesana
04/12/2013
promocoes 
Se eu ganhasse 1 real para cada email que recebo falando “10% de desconto em…”, com certeza eu não teria que prestar atenção neles para fazer compras.

O problema dessa inundação de descontos é que fica cada vez mais difícil fazer a sua oferta se destacar e, com isso, é muito comum vermos guerras pelo menor preço.

Concentrar a promoção somente no preço acaba trazendo danos não só ao caixa da empresa, mas principalmente à qualidade do serviço/produto entregue e, por consequência, à fidelidade desse cliente.

Claro, se o seu objetivo é simplesmente esvaziar o estoque, talvez até funcione. Mas e depois? Você diminuiu sua margem para fazer a venda, mas não reteve o cliente – ou seja, há o risco de cair num ciclo vicioso onde você depende de ofertas para vender.

Por isso, resolvemos voltar aos fundamentos para ajudar quem quer utilizar promoções e ofertas da melhor maneira possível:

1- Oferecerás um benefício/desconto relevante, não migalha

Não há um número mágico que chame a atenção do cliente – isso depende muito do tipo de produto/serviço ofertado.

Dando um exemplo mais prático, por aqui nós começamos a levar a sério descontos de 10% pra cima. Se virmos algo acima de 20%, com certeza você ganhará nossa total atenção.

Não vou nem comentar sobre aumentar o preço antes pra depois baixar, porque é simplesmente antiético.

Por outro lado, existe também a possibilidade de oferecer um benefício além, como manutenção, garantia ou um serviço/produto adicional coerente com essa compra.

2- Tratarás o cliente sempre da melhor forma possível, independente dele ter comprado na promoção

Empresas que tratavam de maneira diferente clientes da promoção foi algo muito comum quando as compras coletivas explodiram no Brasil.

A empresa investia para levar novos clientes com o objetivo de, depois de uma boa experiência, fidelizá-los. Se a percepção não é boa, por que voltar?

Coloque-se no lugar do cliente promocional: você volta a lugares onde foi maltratado?

3- Manterás relacionamento com o novo cliente adquirido

O bom filho à casa retorna.

Entregar uma boa experiência é um ótimo primeiro passo para ganhar um cliente fiel. Porém, como bom empresário, você não pode depender apenas disso.

Além de manter sua marca no dia-a-dia do cliente, ter uma comunicação constante também incentiva indicações e novas compras.

Existem diversas formas de se comunicar com seu cliente, desde sistemas de CRM, até uma simples lista e-mails ou mesmo as versáteis redes sociais.

4- Não dependerás apenas de ofertas

Na minha opinião, empresas que fazem ofertas em 3 das 4 semanas do mês simplesmente deixaram de nutrir diferenciais e caíram na guerra do menor preço.

Passa a ser “carne de vaca”: a oferta deixou de ser exceção e virou regra.
Empresas que entregam boas experiências de compra e produtos/serviço de qualidade podem utilizar promoções como ações especiais e, assim, atingir ótimos resultados, tanto de vendas, quanto de branding ou captação de novos clientes (que darão retorno no longo prazo).

5- Não comprometerás o funcionamento e qualidade do seu serviço/produto

“Muitos clientes estão aparecendo, não sei mais o que fazer!”

Esse tipo de problema é o que eu chamo de “problema bom”, afinal quem não quer ser inundado por clientes querendo o seu produto?

Porém, no caso de uma promoção, esse aumento de demanda deve ser planejado e, de maneira alguma, o cliente (novo ou velho) pode sentir alguma diferença na qualidade do seu produto/serviço.

Do que adiantaria se encher de clientes, mas mal entregar o que eles querem?

6- Estarás financeiramente planejado

A outra parte de estar bem preparado para uma promoção: reserva financeira que banque o investimento necessário para encher o estoque (ou contratar a mão-de-obra necessária).

No caso de promoção para esvaziar o estoque, como as ofertas ajudarão a criar caixa, lembre-se de planejar com bastante antecedência possíveis contratações para dar conta do aumento da demanda.

Para quem vende serviços e está fazendo uma oferta de pagamento à prazo, além das contratações, lembre-se de criar o capital de giro suficiente para esse período (mais dicas sobre como otimizar o capital de giro).

Ao manter o foco no objetivo da promoção e planejá-la com o mínimo de antecedência, com certeza sua empresa gerará ótimos resultados.

Disponível em http://marketingdeconteudo.com/os-6-mandamentos-para-fazer-promocoes-e-ofertas/. Acesso em 12 dez 2013.