quarta-feira, 30 de abril de 2014

Quem compra cuecas são as mulheres, e os anunciantes sabem disso

Leda Samara
09 de abril de 2014
 
O poder de decisão da mulher sobre as compras domésticas vai além do que muitos imaginam. Até na hora de renovar o seu guarda-roupa o homem deixa a tarefa para a companheira, o que explica o fato de que a maior parte das vendas de cuecas são feitas para o público feminino.

Uma pesquisa recente feita pelo instituto Data Popular revelou que 71% dos homens admite que quem escolhe e compra as suas roupas é a parceira, até mesmo as roupas íntimas.

Não é a toa que grande parte das propagandas de cuecas é direcionada para o publico feminino.  Galãs como Neymar, Cristiano Ronaldo, David Beckham e Marcio Garcia estampam anúncios e exibem corpos esculturais para a principal compradora de cuecas, a mulher.

Segundo o presidente do Data Popular, Renato Meirelles, o motivo não é o fato de que a mulher está cada vez mais escolarizada e inserida no mercado de trabalho, mas sim porque os homens preferem "evitar dor de cabeça". "O homem prefere mudar de ideia a discutir, não vê muita importância nessas decisões domésticas, é folgado", afirma.

Mas, e se um homem comum fizesse propaganda de cueca? Brincando com o ideal físico dos modelos de propaganda de cueca, o jornal britânico The Sun resolveu fotografar homens normais vestindo apenas a roupa de baixo imitando poses de modelos tradicionais. O resultado ficou bem diferente do que estamos acostumados a ver por aí.

A marca de roupas íntimas Lupo, cujo garoto propaganda é o jogador de futebol do Barcelona Neymar Júnior, reconhece que a mulher é a sua principal cliente, pois compra roupas para toda família.

"A mulher ainda é uma importante tomadora de decisão na hora da compra das cuecas.  É ela quem, na maioria das vezes, compra para os filhos, para o pai e para o namorado", confirma Carolina Pires, diretora comercial e marketing da Lupo.

Em uma de suas campanhas, a Lupo brinca com a mania dos rapazes de guardar suas "cueca da sorte". A ideia da empresa é acalmar as mulheres ao afirmar que tais cuecas, dignas da lata de lixo, podem ser trocadas pelas novas peças da linha da sorte da marca, que estampa símbolos de trevos de quatro folhas e ferraduras. Em um dos vídeos, Neymar aparece no início falando diretamente para o público feminino: "Mulheres do nosso Brasil, assistam a este vídeo", diz o jogador.

David Beckham. A rede sueca de fast-fashion H&M também direciona sua publicidade de roupa íntima masculina para o público feminino. O garoto-propaganda da marca é ninguém menos que o ex-jogador de futebol britânico, David Beckham. O galã lançou sua primeira linha exclusiva de cuecas em 2012 e o sucesso foi estrondoso. Um dos filmes da campanha tem mais de 10 milhões de visualização no Youtube. Beckham deve lançar em breve uma nova linha exclusiva, desta vez de roupas de banho masculinas.

Cristiano Ronaldo. No final do ano passado, outro galã famoso do futebol lançou sua linha de cuecas. O português Cristiano Ronaldo, que assim como Beckham já foi garoto-propaganda das roupas íntimas da italiana Armani, lançou a sua própria marca para competir com o britânico no mercado de cuecas.

O jogador do Real Madrid, conhecido pelo sua vaidade, lançou a CR7 Underwear num evento em Madrid com direito a uma foto sua de 19 metros de altura, usando apenas uma das cuecas da sua linha.

Pesquisa. Apesar do apelo de homens bonitos atingir mais o público feminino na hora de comprar cuecas, outro estudo feito pelo Data Popular constatou que 66% das mulheres gostaria que os seus parceiros participassem mais nas decisões domésticas, inclusive na escolha do vestuário.

A pesquisa foi feita em dezembro de 2013, com 2 mil mulheres casadas, de 53 cidades brasileiras. Segundo Carolina Pires, diretora comercial da Lupo, tal mudança na preferência da mulher já vem sendo constatada pelas marcas.

"As mulheres estão preferindo este tipo de homem. O homem pode e deve ser vaidoso, cuidadoso com suas roupas, exigente não só com a qualidade mas também com a beleza do que veste", afirmou.


Disponível em http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,quem-compra-cuecas-sao-as-mulheres-e-os-anunciantes-sabem-disso,181545,0.htm. Acesso em 24 abr 2014.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Como usar o retargeting a favor de seus negócios e de seus clientes

Guilherme Mamede
24/04/2014
Retargeting, remarketing, big data 
O comércio virtual, antes visto como tendência, se torna cada vez mais o padrão de vendas e a maior fonte de renda de marcas varejistas tradicionais. As facilidades do e-commerce ajudam pequenas empresas a se estabelecerem ao ponto de competirem, muitas vezes, com marcas já estabelecidas. O leque de opções e preços disponíveis no comércio online aumenta a concorrência. Consequentemente, vende mais quem consegue chamar a atenção do público, cativar e fidelizar o cliente.

Como a evolução do e-commerce acirra a concorrência na busca do aumento de volume de vendas, surgem estratégias de negócios. Entre elas, uma das mais utilizadas é o retargeting.

Segundo estudo da Convertion Academy, grupo americano dedicado a estudar o consumidor digital, um visitante recorrente tem três vezes mais chances de efetivar a compra. Nesse cenário, o retargeting, técnica que leva em conta o perfil do internauta e permite que uma publicidade seja mostrada exclusivamente a pessoas que de algum modo já interagiram alguma vez com determinados sites e produtos, torna-se um dos recursos mais utilizados para incentivar o cliente a retornar ao carrinho de compras abandonado.

Essa estratégia, porém, deve ser usada com muito cuidado. Se mal feita, pode atrapalhar a conversão e ser negativa para a imagem da empresa. Entenda como funciona e confira algumas dicas para uma campanha de retargeting eficiente:

Identificando possíveis clientes
Quando um possível cliente acessa um produto online, o site visitado marca seu navegador com um pequeno arquivo chamado cookie. Esses cookies, presentes na maioria dos sites de vendas, servem como guia para medir e avaliar os interesses dos clientes.

Usuários por campanha
Os cookies dividem possíveis clientes em subgrupos de usuários que possuem alguma semelhança entre si, seja tempo de permanência no site, páginas visitadas, produtos visualizados, ou quão longe eles chegaram no funil de conversão etc. As campanhas impactam esses subgrupos de formas diferentes, pois são veiculadas de acordo com os interesses de cada audiência, garantindo maior efetividade do anúncio.

Controle de conversões
É muito importante que as conversões sejam atribuídas à campanha de retargeting para uma análise posterior dos resultados. Para que essa marcação seja feita com precisão, um script é colocado na página de conversão do produto. Se o cliente clicou previamente no banner da campanha, atribuímos a venda ao retargeting. Através dele é possível atribuir as conversões aos grupos da base de usuários.

Base de usuários                      
É importante manter uma base de pessoas separadas por perfis de interesse. Esses internautas podem compartilhar os mesmos interesses dos subgrupos que  serão impactados pela campanha de retargeting. Atingir os usuários de determinado núcleo com a mesma campanha pode ser efetivo.

Controle de impactação
Um retargeting mal direcionado pode gerar efeitos colaterais negativos. Possíveis clientes tendem a se aborrecer com anúncios excessivos, diminuindo drasticamente a possibilidade de conversão.  Além disso, é muito importante que o produto oferecido seja condizente com os interesses do público impactado. Se o cliente já comprou uma geladeira, um segundo anúncio de geladeira será ineficiente.

Privacidade
Uma campanha de retargeting contendo informações muito específicas sobre o cliente também pode gerar efeitos negativos. Também nesse caso, o cliente pode se sentir intimidado ao invés de atraído pela campanha.


Disponível em http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/guilherme-mamede/30486/como-usar-o-retargeting-a-favor-de-seus-negocios-e-de-seus-clientes.html. Acesso em 24 abr 2014.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Por que seu currículo já não vale mais nada

Daniel Dal'laqua
26 de novembro de 2013
Você sabia que seu currículo tem cada vez menos valor nesse novo cenário dominado pela internet e pelos meios digitais? Pelo menos, o currículo em seu formato tradicional.

"Como assim?", você deve estar pensando.

Leonardo da Vinci redigiu o primeiro currículo profissional da história em 1482. De lá pra cá a verdade é que o currículo não mudou muito desde que foi inventado. As folhas de papel ou os modelos existentes hoje na web não refletem nosso mundo altamente digital.

Em que o seu currículo difere dos demais? Você pode estar pensando que o que importa realmente é o conteúdo do currículo e não possíveis diferentes formatos. Tem razão. No entanto, não faz sentido olharmos um pouco além de uma folha de papel ou um simples preenchimento de dados pessoais, educação, objetivos e experiências? Quero que você pense um pouco fora da caixa por um momento e veja o universo de possibilidades que você tem para fazer algo diferente na internet.

Os recrutadores "escaneiam" centenas de currículos diariamente buscando pessoas diferenciadas para trazer valor às suas empresas, colaboradores e clientes. Além de sua formação e experiências profissionais, o que você tem feito para se destacar e ter a chance de apresentar suas ideias e habilidades?

Já pensou em fazer uma carta de apresentação em vídeo, por exemplo? Sim, grave um vídeo (curto) falando um pouco mais sobre você e o que pode oferecer e contribuir para a vaga que está buscando. Não é necessário um estúdio e câmeras profissionais, você mesmo pode gravar um vídeo de seu smartphone. Depois de finalizar, faça o upload no Youtube e pronto! Você já está inovando na forma de se mostrar ao mundo. Use a criatividade, pense na vaga ou na empresa em que você mostrará esse vídeo (pode ser para várias empresas), mas capriche no texto e mostre o porquê você deveria ser contratado.

Tenha um perfil completo no Linkedin. As redes sociais são cada vez mais utilizadas por recrutadores e sem dúvida o Linkedin é a primeira rede social a ser analisada. Se você ainda não tem um perfil lá, faça-o agora mesmo e aproveite para entrar em contato com outros profissionais e empresas. Além disso, essa rede social pode lhe trazer maior visibilidade na internet, uma vez que o Google e outros mecanismos de busca tendem a trazer esses resultados em suas primeiras páginas ao digitar o nome de uma pessoa.

Faça uma apresentação pessoal no Slideshare ou no Prezi. O Slideshare e o Prezi são duas ferramentas fantásticas para inovar na maneira de apresentar seu currículo. O Slideshare é uma apresentação na forma de slides que fica disponível na web e também irá lhe ajudar a ganhar maior visibilidade online. Capriche no layout e faça diferente! O Prezi é uma ferramenta inovadora na forma de apresentação, muito mais interativo e dinâmico. Vale a pena conhecer e verificar se faz sentido se apresentar por lá (de acordo com sua área e objetivos profissionais), pois a ferramenta é muito interessante!

Que tal ter um blog ou site pessoal e postar por lá textos, vídeos ou áudios que façam sentido ao seu mercado e que chamem a atenção de pessoas importantes para você (sejam elas recrutadores, empresários, parceiros de trabalho ou até clientes)?

Atualmente é muito simples montar seu blog ou site pessoal, existem tutoriais na internet completos para isso. É claro que haverá outras estratégias após lançá-lo, mas que tal começar? Dê o primeiro passo agora!

E você? Quais outros formatos poderia utilizar para inovar na forma de se apresentar ao mercado? Existem centenas de outras maneiras. Tenho certeza de que você poderá fazer mais do que apenas utilizar o velho e ultrapassado currículo. É claro que o conteúdo de seu currículo deve chamar a atenção dos recrutadores também, mas ao inovar na forma, você tem mais chances de sair na frente.

Você concorda com isso? Se ainda tem dúvidas, faça um teste. Talvez os resultados não apareçam no curtíssimo prazo, mas acredite: eles poderão surpreendê-lo em muito menos tempo do que você espera.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-que-seu-curriculo-ja-nao-vale-mais-nada/74350/. Acesso em 22 abr 2014.

domingo, 27 de abril de 2014

Cinco hábitos de pessoas emocionalmente inteligentes

Administradores
22 de abril de 2014
 
Inteligência emocional é uma das ferramentas mais importantes para o sucesso. Isto é o que dizem especialistas, como o empreendedor Eric Schiffer.

Em recente artigo para a Business Insider, Eric revela que inteligência emocional não está relacionado apenas à relacionamentos românticos, mas negócios também. "Na verdade", diz Schiffer, "as mesmas regras para se dar bem nos negócios, podem ser usadas para o amor".
Confira a lista de 5 hábitos que pessoas com controle sobre suas emoções utilizam para ter sucesso tanto no trabalho como em sua vida pessoal:

1 - Seguir ações ao invés de palavras
"Quando eu contrato alguém, eu não ligo muito para o que suas bocas falam sobre negócios ou trabalho duro. Pelo contrário, eu foco no que elas realmente percorreram: essas pessoas seguem prazos? Realizam chamadas? Fecham acordos? O que elas estão fazendo ao invés de falando?", diz Eric.

Nos assuntos pessoais e no mundo dos negócios, falar é fácil.

2 - Tenha controle sobre si mesmo
Todas as pessoas possuem sentimentos, e às vezes, coisas pequenas tomam forma de bolas de neve e se tornam coisas grandes, sem nenhuma necessidade. Pessoas emocionalmente inteligentes sabem quando estão prontas para entrar em colapso e percebem antes de explodirem.

Alguém interrompeu você durante uma reunião? Schiffer diz que parar para pensar um pouco na situação é sempre a melhor solução. "Não planeje uma vingança imediata ou reclame sobre o que aconteceu, pense que, talvez, a pessoa está distraída por problemas pessoais em casa. Talvez ela se sinta diminuída ou escanteada pelo chefe, e esteja tentando compensar de forma exagerada. Seja superior à situação e dê a todos o benefício da dúvida. Nem sempre é sobre você", diz Eric.

As mesmas regras funcionam na sua vida amorosa e nos seus negócios. "Todos tem dias ruins e todos tem seus problemas. Só porque seu parceiro não está com vontade de dançar, não significa que ele tem vergonha de ser vista com você, ou que você não deveria sair com ele de novo. Não leve um incidente ou um dia ruim como uma verdade universal, e siga em frente", comenta Schiffer.

3 - Foque nos seus objetivos
Para ser bem sucedido na vida e nos negócios, ter a visão focada no objetivo maior é fundamental. "Ou seja", diz Eric, "não se preocupar com todas as pequenas coisas que possam aparecer pelo caminho como se fossem as maiores dificuldades do planeta". Schiffer continua: "Quando você tem o objetivo maior como sua prioridade máxima, é mais fácil de negociar com um cliente difícil, criar parcerias lucrativas para ambos, e focar suas energias no que é mais importante, ao invés de se preocupar com pequenas perturbações".

"Isso serve pra relacionamento também. Se um compromisso longo com seu companheiro é sua principal prioridade, então você está menos sujeito a focar nas coisa insignificantes do dia a dia. Até problemas grandes, como o uso do dinheiro ou a educação dos filhos são negociados de forma mais fácil quando os dois estão focados na colaboração e na convivência".

4 - Limpe-se das impurezas emocionais
Negócios bem sucedidos se alimentam de boas energias, e pessoas negativas podem destruir uma empresa. "Empresários com inteligência emocional sabem que existem pessoas positivas o suficiente no mundo, para que não seja necessário ter que lidar com as pessoas de energia tóxica. Até mesmo pessoas com sucesso no ramo podem cair na qualidade caso sejam manipuladores, combativas ou negativas no ambiente de trabalho", diz Eric.

A regra vale tanto para sua vida amorosa quanto para suas relações de negócio. "Se alguém consome suas energias ou faz você se sentir mal com você mesmo, junte forças e siga em frente. Pessoas emocionalmente inteligentes não têm tolerância para pessoas que não são sinceras, críticas demais, carentes em excesso ou tenha vícios poderosos. Existem pessoas que são melhores fora da sua vida", aconselha Eric.

5 - Mantenha contato
"Só porque um relacionamento chegou ao fim, não significa que a ponte precisa ser destruída. Mesmo que um acordo ou sociedade acabe de forma amarga, pessoas emocionalmente inteligentes se esforçam para manter uma conexão positiva. Nunca se sabe quando você vai encontrar seu ex-sócio, ou pior, necessitar dessa pessoa no futuro", diz Eric.

Um relacionamento não durar a vida inteira, não significa que as duas partes precisam se tornar inimigas com o fim dele. Na maioria das vezes, relacionamentos tem seus fins motivados por diferenças ou circunstâncias. "Quando a ponte ainda está disponível, mais oportunidades para melhorar suas experiências irão aparecer", completa Schiffer.


Disponível em http://administradores.com.br/noticias/carreira/5-habitos-de-pessoas-emocionalmente-inteligentes/87173/. Acesso em 22 abr 2014.

sábado, 26 de abril de 2014

Você já pensou em escrever artigos?

Leandro Vieira
4 de fevereiro de 2013
Na pressa de evoluirmos profissionalmente, estamos sempre em busca de experiências objetivas e específicas que nos ajudem a adquirir determinado conhecimento ou desenvolver certas competências e habilidades. As recomendações são sempre na mesma linha: faça um curso, leia um livro, assista a uma palestra. Pouca gente pratica uma das atividades mais enriquecedoras, prazerosas e - o melhor - com custo zero: escrever artigos.

A melhor forma de começar a escrever é simplesmente começando. Não importa o local, a hora do dia, se você vai escrever no computador, em uma máquina de escrever ou em um caderno: o importante é dar o primeiro passo. Existe algo de mágico na primeira frase, que parece desencadear todo o resto do processo. Não espere a inspiração chegar para poder começar. Como diria Picasso, “a inspiração existe, mas ela deve encontrá-lo trabalhando”.

É fundamental, também, incorporar o hábito de escrever aos seus afazeres. Você deve estabelecer um dia e um horário em que essa atividade será sagrada. Quando adotamos uma rotina para escrever, acabamos adotando outra rotina para ler e estudar, pois só escreve bem quem lê bastante e se atualiza. Os benefícios não param por aí.

Escrever é importante para desenvolver a reflexão e o senso crítico. Não raro, começamos a escrever um artigo com uma visão e terminamos com outra totalmente diferente no fim da página. E mais: a prática ajuda a mente a tornar-se mais fértil e criativa - o que acaba abrindo espaço para o surgimento de novas ideias e de até mesmo alguma inovação revolucionária. É o caminho para fora da caixa.

Escrever nos deixa mais inteligentes. Muito mais inteligentes. Embora seja uma atividade diretamente ligada à inteligência linguística, escrever também é uma atividade que turbina outras inteligências, como a intrapessoal (é praticamente um exercício de autoconhecimento), a interpessoal (nossa capacidade de lidar com os outros), a própria inteligência lógico-matemática, já que a lógica é fiel companheira de um bom texto e, até mesmo, a espacial (afinal, escrevendo muitas vezes criamos imagens e espaços mentais).

Consequentemente, a partir daí você desenvolve a sua capacidade de argumentação, aumenta o seu poder de persuasão, aprende a contar histórias, enfim, amplia drasticamente suas habilidades de se comunicar, o que é essencial na hora de negociar, liderar, falar em público... coisas corriqueiras na vida de um administrador.

Tem outro ponto que pode até parecer um tanto quanto “esotérico”, mas eu passo muito por isso e com certeza você já deve ter passado também, seja escrevendo, praticando outro tipo de arte ou algum esporte. Algo zen acontece quando você escreve. A sensação é de que tudo ao seu redor entra em silêncio e você se conecta com alguma região da mente de onde as palavras simplesmente surgem. Você mergulha e desaparece nessa atividade, envolvendo-se totalmente.

Esse tipo de estado mental de concentração e foco total foi amplamente estudado pelo psicólogo húngaro Mihály Csíkszentmihályi (valendo um prêmio para quem conseguir pronunciar o nome dele). Csíkszentmihályi denominou esse estado como “flow” (fluxo), uma das chaves para a felicidade no trabalho e na vida.

Por fim, quem escreve também aparece. A internet é um grande palco para você exibir o seu talento. Ao publicar seus artigos em sites especializados, você se colocará em contato com incontáveis leitores, receberá feedbacks valiosos sobre o seu trabalho (possibilitando-o evoluir), e também irá ampliar significativamente a sua rede de contatos. Pronto para dar o primeiro passo?


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/voce-ja-pensou-em-escrever-artigos/68643/. Acesso em 22 abr 2014.