terça-feira, 10 de maio de 2011

87% dos e-consumidores satisfeitos recomendam marca comprada

Perla Rossetti
O Brasil terá 27 milhões de internautas até o final de julho, contingente que vem aumentando suas compras online e que em 2010 movimentou R$ 23 milhões.

Para aprimorar as estratégias de profissionais e empresas na nova modalidade de consumo eletrônico, a agência digital CookieWeb e o desenvolvedor VTEX realizaram a primeira edição do E-Commerce Live, versão brasileira da Shop.Org, encontro de multicanais de venda, que reúne especialistas de todo o mundo em Boston (EUA).
No Brasil, o encontro reuniu varejos de vários segmentos para discutir índice de positivação de pedidos, margens e, especialmente, o comportamento desse target diante de "call actions", como são chamados os recursos de ativação e retenção de webconsumidores.
A fidelização, taxa de conversão e a experiência de navegação amigável das homepages partem do reconhecimento do perfil de público. Assim, a Neoassist divulgou dados recentes da DemandWare de que 87% dos e-consumidores recomendam a marca depois de experiência positiva, caso contrário 70% recorrem ao concorrente.

O estudo aponta que 69% dos pesquisados confiam mais em dados da web na hora da compra do que de vendedores em lojas. O quadro só muda quando os vendedores estão conectados de alguma forma à web, para consultas durante a negociação (43%). Além disso, 72% dos e-consummers compartilham suas experiências no meio para seus pares.
Como a base de usuários de e-commerce cresceu exponencialmente com a explosão de sites de compras compartilhadas, a adesão das redes do grande varejo foi massiva no evento, com participação de empresas com operações consolidades de comparação de preços e produtos, como Locaweb, Buscapé, Abril, e de e-commerce como o WalMart e Ultrafarma.
O encontro contou com palestras de Rodrigo Rodrigues, do Google Brasil; Maurício Salvador, da E-Commerce School; Natan Sztamfater, fundados da PortCasa e da agência digital Cookie Web; Alexandre Soncini, da Vtex, entre outras desenvolvedoras de soluções em TI e antifraude.
Componentes de precificação, sistemas de varreduras dos movimentos e estratégias online da concorrência no ambiente web e até modelos de segmentação de públlicos, como o RFM (Recency Frequency Monetary Value) foram apresentados como instrumentos de mensuração e aproveitamento do potencial de negócios.

"O Behavior Targeting que monitora a origem desse cliente e a customização da plataforma exigem das empresas uma ferramenta de análise adequada, um processo de venda, uma operação e logísticas estruturadas em sua categoria de produto", sinalizou  Philip Klien, da consultoria de varejo Predicta.
Como toda estratégia de e-marketing também prevê o gerenciamento de riscos, Luis Henrique Pelizon Loureiro, gerente comercial da FControl, do grupo Buscapé - que elevou para 80% a taxa de conversão, ou seja, efetivação das vendas de bilhetes da companhia área colombiana Avianca -, abordou as fraudes online, que nos Estados Unidos respondem a 60% da perda de vendas transacionadas.

"O Brasil já está entre os 10 primeiros em prejuízos financeiros na internet. Por isso, é importante ter sistemas de automação de regras e normas de análise e monitoramento de riscos", afirmou o executivo.
Potenciais
Em entrevista, um dos organizadores do E-Commerce Live, Natan Sztamfater, comentou que o evento terá edições anuais e regionais para dar suporte as empresas que se interessam pelo enorme potencial de e-commerce no País e que, de fato, segue o modelo de debates e palestras técnicas do Shop.Org.
Alexandre Soncini, da Vtex, empresa que integra a organização do encontro, comentou que a interface entre as plataformas de e-commerce e a campanhas de publicidade e marketing é cada vez maior.
"Pode-se gerar ações associadas às rede sociais com compartilhamento de conteúdos". Sobre os investimentos estruturais, ele explicou que R$ 50 mil é o aporte mínimo necessário para recursos de TI e desenvolvimento para qualquer empreendimento do tipo, e que break even depende do setor que a empresa opera e de um amplo e prévio conhecimento sobre seu mercado, antes de lançar-se em uma experiência no meio web.

"Além de moda e acessórios, vejo como tendência o surgimento de e-commerce para produtos específicos, para nichos, desde que justifiquem a logística envolvida sem comprometer as margens".
Sobre a explosão de sites de compras coletivas brigando pelo mesmo share da rede mundial, Soncini esclareceu que o impacto é positivo, já que tem trazido milhares de novos usuários ao meio digital, aumentando a base de clientes e contribuindo com o aprimoramento da experiência de consumo segmentado. Para acompanhar em real time o evento, acesse sua página no Facebook.

sábado, 7 de maio de 2011

Anote aí 48: Empreender; Rede Social; Jovem; Marcas; Classe C

MELLO, Pedro. Os 9 estilos de empreender Os empreendedores brasileiros de sucesso têm em comum uma visão de mundo abrangente e altruísta, conforme pesquisa do especialista Pedro Mello. Mas existem diferenças entre eles: alguns se levam pela paixão, outros são idealistas e há aqueles que se ancoram na comunicação. Um não é melhor que o outro necessariamente. O fator de sucesso é o autoconhecimento. HSM Management, ano 15, volume 2, nº 85, março/abril de 2011, pp. 112-116. 


BOTTONI, Fernanda. Conversa afiada Quando bem utilizadas, as redes sociais trabalham a favor do marketing e da comunicação das marcas com seus consumidores. Próxxima, nº 26, pp. 34-38.  


PINHO, Flavia. Consumidores do futuro Agências com foco no público jovem mostram quem são, do que gostam e como se comportam os clientes na faixa dos 14 aos 18 anos. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 266, março de 2011, p. 24.  


GALBRAITH, Robert. Marcas precisam ser atalho para a decisão de compra A Interbrand é uma das principais consultorias do mundo na avaliação e elaboração de estratégias para fortalecer empresas a partir de seus ativos intangíveis. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1455, 18 de abril de 2011, pp. 82-83.


FRANÇA, Valeria. Classe C investe em design e decoração Arquitetos conhecidos fecham parcerias com magazines; quanto aos clientes, maior dificuldade está em imaginar ambientes prontos. O Estado de S. Paulo, 24 de abril de 2011, Caderno Metrópole, p. C1.    

Como conhecer os concorrentes da sua empresa?

Priscila Zuini
A identificação e análise da concorrência é uma das principais atividades do planejamento de marketing. É importante conhecer as forças e fraquezas dos seus concorrentes para estimar suas ações futuras e construir uma vantagem competitiva diante deles.

Ao determinar o posicionamento almejado por sua empresa e o seu público-alvo, analise o mercado e identifique as empresas que oferecem produtos com posicionamentos similares e que tenham produtos substitutos, além das que podem vir a entrar no seu mercado no futuro.

Ao fazer essa análise, identifique o seu grupo estratégico, que é o conjunto de empresas que seguem uma linha de estratégia semelhante. Isso pode te ajudar a fazer um redirecionamento estratégico.
Há quatro estágios na análise da concorrência. O primeiro é avaliar os objetivos atuais e futuros da concorrência. Procure identificar o que eles estão tentando conseguir e quais são as razões para isso.
O segundo passo é analisar as estratégias atuais da concorrência para identificar oportunidades e ameaças decorrentes de suas ações. Pergunte-se quais são seus mercados-alvo, seu foco estratégico, seus produtos, como estão precificados, como são distribuídos e comunicados e como é configurada sua estrutura de marketing.
Em seguida, avalie os recursos da concorrência para estimar sua capacidade. Identifique se o concorrente possui cultura de marketing, se tem ativos e recursos de marketing, se tem recursos de produção e operação e se tem recursos financeiros.
Por fim, é preciso prever estratégias futuras da concorrência por meio da combinação das análises anteriores, inclusive estimando como ela pode reagir às ações da sua empresa.
Para ter sucesso, é interessante ter “bons concorrentes”, que desafiem sua empresa a fazer sempre melhor e a continuar inovando, sejam éticos e ajudem a desenvolver o mercado.

Consumidores da classe C podem ser divididos em 2 grupos e 5 perfis

Gladys Ferraz Magalhães
classe C  já equivale a 103 milhões de brasileiros e representa mais de 40% do consumo de bens e serviços. Entretanto, ela não é homogênea e pode ser dividida em dois grupos e cinco perfis.


Ao menos esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Nielsen, na qual apurou-se que a classe C é dividida em dois grupos: C1, com 7,5 milhões de lares e renda familiar de R$ 1.391, e C2, da qual fazem parte 8,6 milhões de lares, com renda familiar de R$ 933.

Além disso, neste nível socioeconômico podem ser encontrados cinco perfis de consumidores: o consciente, o batalhador, o maduro tradicional, o conformado e o maduro bem sucedido.

Perfis

Os dois principais perfis, consciente e o batalhador equivalem, respectivamente, a 47% e 26% dos consumidores da classe C1, e 35% e 32%, nesta ordem, das pessoas do grupo C2.
Abaixo, as principais características de cada perfil:
·         Consciente: tem entre 26 e 50 anos; costuma buscar por promoções; procura por variedade; acha preço importante,;faz compras a cada 15 dias, aos finais de semana, com a família, e gosta de adquirir os produtos de uma vez. A meta é ter uma vida estável e acredita que as propagandas são importantes para conhecer as marcas. 

·         Batalhador: a idade mínima é de 51 anos, costuma buscar por promoções; escolhe marcas por preço e promoção; acredita que preço é determinante e gosta de comprar durante a semana pela manhã, sozinho. Além disso, compra nas lojas da vizinhança, tem como meta a união da família e acredita que as propagandas são mentirosas. 

·         Maduro tradicional: tem 51 anos ou mais, busca por promoções e escolhe sempre as mesmas marcas. Acredita que preço é determinante e tem como hábito comprar a cada 30 dias ou mais, durante a semana pela manhã, sozinho. Assim como o batalhador, este consumidor frequenta as lojas da vizinhança e acredita que as propagandas são mentirosas. Como meta busca viver o dia a dia.

·         Conformado: este grupo engloba os consumidores mais novos, com menos de 30 anos, que busca promoções sempre e em primeiro lugar; escolhe as marcas por promoção e preço, que, aliás, acredita ser determinante. Faz compras sozinho e quase todos os dias, em lojas da vizinhança. Não vê propaganda e tem como meta ter um bom trabalho. 

·         Maduro bem sucedido: possui entre 41 e 50 anos, busca promoções sempre, escolhe marcas habituais e conhecidas e considera o preço um item importante. Ao contrário dos outros consumidores, costuma comprar pela internet e tem como meta qualidade de vida.

domingo, 24 de abril de 2011

Sete dicas para melhorar as finanças da sua empresa

Daniela Moreira
Confira dicas do especialista em finanças, Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers, para administrar melhor as finanças da empresa, multiplicando os lucros:


1. Coloque os números no papel

Planejar o orçamento da empresa é fundamental identificar oportunidades e antecipar desafios. Defina metas claras de despesas e receitas e comunique-as à toda a equipe. Ao longo do ano, faça os ajustes necessários para que o seu orçamento continue atual. Considere fazer um investimento em um software para facilitar o processo.

2. Separe os gastos pessoais das contas da empresa 
Um erro comum entre os pequenos empresários é misturar o orçamento da empresa com os próprios gastos. Tenha contas separadas para a empresa e para as despesas pessoais e defina uma retirada mensal que não comprometa os números da companhia.

3. Defina bem os preços
Errar na estratégia de precificação é outra falha comum que pode colocar em perigo a saúde financeira do negócio. Na hora de fazer a conta, é preciso considerar os custos de produção do produto, despesas fixas, impostos e a margem de lucro esperada. Parece simples, mas são poucos os empresários que fazem esse exercício. Como conseqüência, vários estão vendendo seus produtos e serviços com margens negativas ou com lucro inferior ao que imaginam ter.

4. Corte custos
Há uma série de medidas que podem garantir uma redução de custos em diferentes áreas da companhia. Em primeiro lugar, identifique seus diferentes negócios e considere encerrar os que não estão dando lucro. Em seguida, instale e monitore duramente os orçamentos departamentais. Observar a autorização de despesas também é importante. Negociar com fornecedores é outro caminho possível. Ajustes nas áreas de vendas e recursos humanos também podem ser necessários.

5. Administre bem o capital de giro
falta de capital de giro é um dos grandes entraves para o crescimento de uma empresa. À medida que a empresa se expande, as despesas variáveis – aquelas que derivam diretamente do aumento das vendas ou da produção, como matéria-prima, insumos e comissões – aumentam, levando a uma necessidade de aumento de capital de giro. O aumento da receita, no entanto, não necessariamente acompanha o mesmo ritmo. Isso se deve ao fato de que, muitas vezes, o empreendedor vende a prazo e precisa investir no aumento da produção à vista. 

Quanto maior o prazo que se deixa o produto parado na prateleira e quanto mais prazo se dá para os clientes pagarem, maior a necessidade de capital de giro. De outro lado do “cabo-de-guerra” está o prazo que você tem para pagar seus fornecedores. Conseguindo um bom prazo para pagar, você diminui o “desencaixe” financeiro, ou seja, a necessidade de tomar dinheiro no mercado ou colocar dinheiro pessoal ou, ainda, encontrar investidores para seu negócio.
6. Fuja de empréstimos caros
Se for necessário tomar empréstimos para financiar o crescimento do negócio ou para cobrir dívidas temporárias, busque as linhas de crédito mais vantajosas, como programas de subsídio ou linhas de financiamento específicas do governo. Fuja das alternativas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial.

Na hora de fazer um empréstimo, procure o banco onde está concentrada a sua maior movimentação financeira. Quanto mais receita a empresa dá para o banco – por meio de folha de pagamento, cobrança, aplicações, etc. –, maior é o poder de barganha para conseguir linhas de crédito com juros mais baixos. Na hora de renegociar dívidas, procure concentrar todos os débitos em uma única operação – isso lhe dará vantagens, como abatimentos e prazo maior para a quitação.
7. Avalie a capacidade de pagamento dos clientes
Saber se os clientes vão cumprir seus acordos comerciais não é tarefa fácil. No comércio de algumas regiões, o número de cheques pré-datados sem fundo chega a representar, às vezes, até 10% da receita bruta. Muitos empreendedores acabam optando por receber no cartão de crédito, apesar das altas taxas praticadas pelo mercado.

Antes de concretizar a venda, é importante fazer as consultas padrão de CPFs e CNPJs junto aos órgãos de crédito, estabelecer uma política de crédito com limites para as compras e tomar cuidado especial com clientes que fazem pedidos muito grandes logo de cara - dê prazos de pagamento mais longos para clientes mais antigos e tente vender à vista para quem ainda não conhece.