segunda-feira, 2 de abril de 2012

Três efeitos perversos da burocracia para PME

Carla Aranha
 
Existem fundamentos da gestão que podem dar suporte ao crescimento de uma empresa emergente. Entre esses alicerces estão a gestão financeira, para evitar que a falta de recursos interrompa uma trajetória de expansão, a definição de estratégias, que aponta os caminhos mais promissores, e o apoio de gente experiente, essencial para ajudar o empreendedor a enfrentar os desafios que surgem em cada estágio do negócio.

São aspectos que exigem dos donos de pequenas e médias empresas atenção às estratégias de longo prazo — o que nem sempre é fácil diante das urgências do dia a dia.

Como se não bastasse, há no Brasil um complicador poderoso — o excesso de papelada, regras, leis e normas que abalam esses alicerces. Veja as histórias de três empreendedores que tiveram de lidar com os efeitos funestos da burocracia.

O pilar das finanças 

Não é raro que o empreendedor Hélio Antônio Moreira, de 64 anos, fique aflito com o trabalho dos cinco funcionários do departamento de contabilidade de sua empresa, a paulistana Indutil, fabricante de tintas para sinalização de estradas.

Moreira gostaria que o pessoal da área contábil se dedicasse a produzir informações úteis na gestão do negócio — mas fica desolado ao ver que boa parte do trabalho é coletar dados exigidos pelo Fisco e que pouco o auxiliam a tomar decisões.

"A contabilidade deveria ser uma ferramenta de gestão para as pequenas e médias empresas", diz. "Infelizmente, boa parte do trabalho para prestar contas não ajuda a decidir nada e poderia ser jogada fora." 

O caso da Indutil é um exemplo do duplo esforço a que a legislação submete os empreendedores brasileiros. Boa parte das pequenas e médias empresas precisa ter dois balanços — um para cumprir ¬suas obrigações fiscais, outro para extrair as informações necessárias ao planejamento do negócio.

O tempo gasto com a prestação de contas sobre os tributos rouba energia num momento crucial para a Indutil. Desde 2007, as receitas da empresa dobraram, chegando a 50 milhões de reais no ano passado.

Impulsionado pela expansão das obras de infraestrutura no país, Moreira planeja dobrar novamente o faturamento até 2014. "Precisamos correr para aproveitar o momento do mercado", diz ele. "Há muitas obras em andamento no país e não quero perder a oportunidade."

Para atender à demanda, Moreira planeja iniciar a construção de uma nova fábrica até o final deste ano, para triplicar a capacidade de produção da empresa. Se estivessem livres da burocracia fiscal, os contadores e os técnicos da empresa poderiam trabalhar, por exemplo, em projeções sobre o impacto dos investimentos nas finanças.

Além de recursos próprios para a construção da fábrica, Moreira abriu uma linha de crédito no BNDES para comprar máquinas e equipamentos.

Durante fases de expansão acelerada como a que a Indutil atravessa, ter indicadores financeiros precisos é essencial para um negócio emergente — monitorar variações no fluxo de caixa, alterações na lucratividade ou no nível de endividamento pode ser importante para detectar antecipadamente falhas no planejamento que podem causar problemas nas contas da empresa.

É a esse tipo de trabalho que Moreira esperava que sua equipe de contadores pudesse se dedicar integralmente. O que ocorre hoje, no entanto, é uma inversão de prioridades.

Cada funcionário do setor passa, em média, 1 hora por dia vasculhando os sites da Receita Federal e as páginas do Diário Oficial em busca de novas normas que podem alterar a contabilidade — as reuniões com Moreira para apresentar os indicadores financeiros e avaliar as metas da Indutil duram apenas meia hora por mês.

"Nos últimos anos, houve um enorme esforço para padronizar as demonstrações financeiras das empresas brasileiras aos padrões internacionais", diz  o consultor Tethuo Ogassawara, sócio da consultoria KSI Brasil. "Mas os órgãos de fiscalização tributária brasileiros continuam fazendo exigências que só existem por aqui."

O pilar da estratégia 

H á momentos na vida de um empreendedor que a ajuda de gente mais experiente é fundamental para manter a trajetória de expansão. Em 2008, o engenheiro Rogério Raso, de 58 anos, concluiu que, para ele, essa hora havia chegado. Sua empresa, a fabricante de acessórios para instrumentos musicais e componentes para equipamentos de som Santo Angelo, de Guarulhos, na Grande São Paulo, estava prestes a completar 18 anos.

Raso tinha dúvidas sobre sua capacidade de continuar tomando quase todas as decisões sozinho. "Achei que devia trazer gente de fora para me ajudar na definição das estratégias", diz ele. "Queria que a empresa pudesse dar um novo salto de crescimento."

Havia uma grande ameaça no topo das preocupações do empreendedor. Importadores que traziam da China acessórios e componentes para equipamentos de som a preços mais competitivos estavam ganhando mercado. "Não tinha mais tanta convicção de que a Santo Angelo continuaria crescendo", diz. 

Ele pretendia criar um conselho de administração para reunir consultores, profissionais experientes — e quem sabe até outros empreendedores que tivessem passado por experiências semelhantes às da Santo Angelo — com quem pudesse discutir aspectos estratégicos para o crescimento da empresa.

Mas Raso acabou frustrado com as barreiras que a legislação brasileira coloca à criação desse tipo de conselho nas pequenas e médias companhias. 

O primeiro desses empecilhos é o aumento da papelada que os empreendedores têm de preencher para cumprir as exigências da lei. É preciso, por exemplo, registrar na Junta Comercial todas as atas das reuniões do conselho. Além disso, a empresa deve manter cópias dessas atas num livro-caixa.

Pelas normas brasileiras, os conselheiros podem ser responsabilizados por qualquer problema legal que a empresa venha a ter — desde ações de funcionários na Justiça do Trabalho até problemas com a Receita Federal. Diante das ameaças, os candidatos a conselheiro geralmente se retraem.

"As grandes empresas, que têm mais recursos, costumam pagar seguros para proteger seus conselheiros de prejuízos desse tipo", diz Gilberto Mifano, presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. "É muito difícil convencer alguém a se tornar conselheiro sem oferecer algum tipo de garantia em troca."

Raso sentiu na pele essa dificuldade. Durante mais de seis meses, ele manteve reuniões com mais de dez pessoas que julgava ter potencial para ser conselheiro da Santo Angelo. "Todas recusaram, por medo de se envolver com uma empresa pequena e pouco conhecida”, diz ele. “Parece que a legislação foi feita para atrapalhar."

Parte das dificuldades enfrentadas pelo dono da Santo Angelo decorre da falta de atualização das normas para a criação dos conselhos, que seguem uma legislação criada em 1976 — uma época que esse tipo de estrutura era quase que uma exclusividade das grandes companhias.

Com ajuda de um consultor, Raso aos poucos encontrou caminhos para contornar as exigências legais. Criou uma espécie de comitê formado por três pessoas — um advogado com experiência em direito empresarial, um consultor especializado em finanças para pequenas e médias empresas e um ex-executivo com passagem por grandes empresas. 

Com cada um deles, Raso firmou um contrato de consultoria. Uma vez por mês, ele se reúne com o trio para discutir questões estratégicas da Santo Angelo.

Desses encontros, surgiram caminhos que ajudaram a empresa a retomar o crescimento — como a criação de uma linha de acessórios para som automotivo que em 2011 respondeu por 30% dos 20 milhões de reais em faturamento da Santo Angelo.

Outra sugestão foi terceirizar parte da produção em fábricas asiáticas, algo que Raso pretende pôr em prática até o fim do ano. "Não posso chamá-los de conselheiros", diz. "Eles são consultores da Santo Angelo."

O pilar da rentabilidade

N o começo do ano passado, o empreendedor Antônio Carlos Nasraui, de 45 anos, recebeu uma péssima notícia. Dono da rede de lanchonetes Rei do Mate, Nasraui foi avisado por franqueados de Pernambuco que a Secretaria de Fazenda do estado decidira aumentar de 17% para 30% a alíquota do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços cobrada sobre pães e salgados. 

"A medida afetava produtos que respondem pela metade das receitas”, diz Nasraui. “Foi um golpe duro nos planos de expansão no estado."

A existência de alíquotas diferentes nos impostos torna complicadíssimo o que, por si só, já é um grande desafio para os empreendedores — encontrar a resposta para a equação que permite a uma pequena ou média empresa ter preços competitivos sem abrir mão da rentabilidade.

"Essa é uma distorção grave no sistema tributário brasileiro, que complica a vida de quem precisa criar uma política de formação de preços", afirma Nelson Beltrame, da Felisoni Associados, consultoria especializada em estratégia e gestão financeira. "Para piorar a vida dos empreendedores, estados e municípios costumam alterar as alíquotas de um dia para o outro, sem aviso prévio."

Situações como essa são ainda mais complicadas para pequenos e médios negócios com unidades em vários estados — como é o caso de uma rede de franquias como a Rei do Mate, que no ano passado faturou 145 milhões de reais e tem cerca de 300 lojas em 15 estados brasileiros. Com a diferença das alíquotas, o peso dos tributos nas despesas varia de estado para estado.

"Planejar a expansão se torna muito mais complicado", afirma Nasraui. No ano passado, ele recusou dez candidatos a franqueados em Pernambuco. "Antes, eles seriam bons candidatos", diz. "Agora, como a margem de lucro no estado caiu e o prazo de retorno do investimento aumentou, preciso de franqueados com mais capital para investir e mais bem preparados para administrar."

domingo, 1 de abril de 2012

Como gerar buzz para o seu produto (antes mesmo do seu lançamento)

Mariana Iwakura
 
A terceira geração do iPad começou a chegar às lojas e às casas dos consumidores há alguns dias. Mas já faz meses que estamos ouvindo especulações sobre quando a Apple lançaria o novo produto, quais mudanças ele traria, se seria realmente uma evolução em relação ao iPad 2. Milhares de pessoas acompanharam o lançamento oficial do produto no início do mês. E, agora, milhões correm às lojas para adquirir o seu.

Por que alguns produtos já são um sucesso antes mesmo de estarem disponíveis para venda? Segundo Johnathan Mead, colunista do site do site Young Entrepreneur Council, a Apple se aperfeiçoou na arte de criar o desejo e a ansiedade pelo produto antes mesmo que ele esteja nas lojas. Ou seja, antes que o iPad ou o iPhone povoem as prateleiras, a Apple já fez uma grande “pré-venda” deles.

Claro que empresa californiana é um gigante, mas é possível utilizar esse tipo de estratégia no dia a dia de um negócio. De acordo com Mead, o feedback dos clientes é essencial para direcionar a oferta da empresa. Se ninguém mostra vontade pelo produto ou serviço, não o lance. Veja mais algumas dicas que o colunista propõe:

1. Crie sistemas para os feedbacks. Você pode fazer isso com pesquisas sobre produtos, por exemplo. Acompanhe sempre o pulso das maiores necessidades do seu público-alvo, mas tenha em mente que você terá de interpretar esses dados e tomar as atitudes adequadas. Algumas vezes, as pessoas dizem o que eles querem, mas o que elas querem de verdade é algo diferente.

2. Conte uma história envolvente. Desenvolva uma narrativa sobre a criação e a evolução do seu produto. Toda boa invenção deve ter começo, meio e fim. Você já reparou que, no final de um episódio de série de TV ou de um filme que tenha continuação, sempre tem algo que te deixa curioso pelo que vai acontecer? Sempre que fizer um update sobre a sua empresa, dê aos consumidores um motivo para que queiram saber o que vai acontecer na próxima atualização.

3. Aproveite as recomendações. Demonstre que você se baseou nas demandas das pessoas para criar o seu produto. Quando os clientes veem que há interesse de outros grupos pelo que você vende, eles sentem que estão assumindo menos risco ao fazer a mesma compra.

sábado, 31 de março de 2012

Geração Y: opinião de amigos e parentes influencia na decisão de compra

Fabiana Pimentel
 
Na hora de comprar um produto e escolher pela marca dele, 48% dos jovens da Geração Y levam em consideração a opinião de parentes e amigos, revela pesquisa sobre o comportamento das pessoas de 18 a 30 anos, realizada pela boo-box e a Hello Research.

Outro aspecto importante, e até com mais relevância, é a interação do consumidor com a marca favorita na internet, opção escolhida por 65% dos entrevistados. Já 16% disseram que usam as redes sociais para acompanhar e curtir as marcas e também fazer reclamações. 

“Acreditamos que essa pesquisa traz uma ampla contextualização sobre como o jovem de hoje pensa e age. A partir deste mapeamento comportamental, as empresas poderão entender melhor o que eles precisam e querem atualmente. Esse entendimento é fundamental para o posicionamento das marcas, a gestão de relacionamentos a longo prazo e na elaboração de planos de marketing 2.0”, explica o fundador e CMO da boo-box, Marco Gomes.

Os jovens e a internet

A internet está inserida cada vez mais na vida dos jovens, sendo que 53% deles usam sites de notícias e blogs como principais fontes de informação. Os telejornais são opção de 48% dos jovens.

Enquanto 67% dos jovens das classes A e B rejeitam as revistas e jornais, 53% afirmam confiar em blogs.

Estes jovens passam em média 31 horas por semana navegando na internet, sendo que 74% dos representantes das classes A, B e C realizam o acesso em casa, enquanto os pertencentes às classes D e E frequentam lanhouses.

O Twitter se posicionou como a rede social formadora de opinião dos jovens de classes sociais mais altas, sendo que 76% dos que usam o microblog são da classe A.

A pirataria também foi analisada na pesquisa, sendo que 57% dos jovens afirmaram que fazem downloads piratas com frequência, sendo predominante nas classes A e B.

Para 91% dos jovens, há grande preocupação com a segurança, sendo destaque entre as mulheres. A traição on-line também é frequente, sendo que a maioria dos jovens admitiu trocar mensagens picantes como forma de traição.
Raio X da geração Y

Segundo o levantamento, realizado com 3 mil pessoas, 87% dos jovens de até 25 anos são solteiros, sendo que, de 25 a 30 anos, o percentual de casados passa de 13% para 32%.

O maior percentual dos jovens que têm filhos está na região Nordeste (13%), enquanto o menor percentual é encontrado na região Sul (9%).

De acordo com o estudo, a ideia de liberdade, apesar de valorizada, se contrasta com o desejo de conforto e com a comodidade. A pesquisa mostra que 67% dos entrevistados moram com os pais, proporção que diminui conforme a idade aumenta. “O ponto alto do estudo foi colocar em pauta questões que o senso comum já definia como encerradas sobre essa geração. Com ele, conseguimos perceber que existe mais preconceito sobre o tema do que, propriamente, dados concretos e atuais”, afirma o VP de Planejamento da Hello Research, Davi Bertoncello.

Se considerada a classe social desses jovens, nas mais altas, o índice de jovens que moram com os pais é maior do que nas classes mais baixas. Enquanto 84% dos respondentes da classe A ainda moram com a família, o percentual é reduzido para 47% na classe D.

Profissionalmente, os jovens ainda preferem segurança, ao invés de grandes desafios. Segundo o levantamento, 58% trabalham, sendo que 63% são homens e 52% mulheres.

A escolha do emprego se deve para uma boa parte dos entrevistados (23%) à realização, enquanto 19% escolhem o trabalho pela remuneração.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Seis dicas para pequenos negócios manterem perfil no Facebook

Kim Woodbridge
 
Se você possui uma empresa de pequeno porte, ter uma página no Facebook pode ajudá-lo a alcançar mais de 500 milhões de indivíduos e abre a possibilidade contar com mais pessoas interessados na sua companhia. A interação com a rede social permite aos clientes a sensação de que eles conhecem a empresa, o que pode aumentar a fidelidade e torná-los mais propensos a recomendar os serviços.

No Facebook, é possível adicionar facilmente os mesmos recursos que você teria dificuldades de implementar em seu site. É possível construir uma página personalizada, realizar concursos e promoções e gerenciar uma pequena loja de comércio eletrônico. Além disso, o Facebook é gratuito. Mesmo se você pagar por aplicativos personalizados ou serviços de um desenvolvedor, continua a ser uma forma de publicidade a preço acessível.

O alcance potencial de uma página do Facebook é enorme, já que é acessado por metade de seus usuários todos os dias, o que equivale a cerca de 250 milhões de pessoas. Estudos mostram que as pessoas interagem com suas marcas favoritas no Facebook mais do que em qualquer outra rede social, e são mais propensas a recomendar uma marca depois de se tornarem colegas da companhia na rede social, e são mais inclinados a comprar um produto depois de se tornarem um fã. Além disso, ninguém fora do Facebook pode ver a página na rede social.

Escolha do administrador da página

Antes de criar sua página de fãs no Facebook, você deve estabelecer um perfil pessoal no Facebook. Muitas pessoas ficam apreensivas em misturar informações pessoais com as relacionadas aos negócios. Porém, os dois são conceitualmente distintos. Você irá interagir com a página de negócios como o negócio, separado do perfil pessoal. 

Apenas os administradores e o proprietário da página podem ver e gerenciar a página. Assim, eu, por exemplo, ao interagir na página pessoal do Facebook, posto como empresa e não como Kim Woodbridge. Pessoas que interagem com a minha página da empresa não enxergam meu perfil pessoal.

Se você não for o único que vai trabalhar na página do negócio no Facebook, é preciso selecionar os administradores. Para fazer isso, preencha os dados apropriados na seção "Editar Página". Essas pessoas devem ser seus amigos e identificados pelo endereço de e-mail que usam no Facebook.

As pessoas que que você designar não precisaram de login para acessar a página. Uma vez logados como adminstradores, terão acesso à página de edição. Por exemplo, sou um administrador de uma série de páginas de negócios e posso acessar todas entrando no Facebook, então não preciso dos dados de login de ninguém.

Tenha cuidado, no entanto, para adicionar apenas as pessoas nas quais você confia como administradores, Os administradores podem remover outro, mesmo o dono da página. Se você adicionar um desenvolvedor ou outra pessoa para trabalhar em sua página temporariamente, recomendo removê-la do status de administrador.

Confira seis dicas para criar o perfil da sua empresa no Facebook: 

1- Criação da sua página

Na sua página de perfil no Facebook, clique no cabeçalho “Páginas” na navegação do lado esquerdo. Em seguida, clique no botão “Criar uma página” e selecionar o tipo de página – de empresas, marca ou produto. Você verá campos para preencher, como o tipo de negócio, nome e endereço.

Em seguida, clique no botão "Get Started", e o Facebook irá guiá-lo pelo resto do processo de instalação, passo a passo. Se você pular qualquer uma das etapas, pode preenchê-los mais tarde em uma nova página na seção “Bem-vindo” do Facebook, que somente administradores da página poderão ver.

2- Inclusão de informações 

Se você quiser que o Facebook puxe seus posts automaticamente, uma aplicação como o NetworkedBlogs pode ajudar. Cada vez que você publicar um novo post em seu blog, o NetworkedBlogs irá importar o post e adicioná-lo à sua página do Facebook de negócios.

Entre as aplicações do Facebook, que vem com sua página padrão são Fotos, Links, Eventos, Notas e Vídeo. Você não pode remover os aplicativos padrão, mas pode configurá-los para não aparecerem na página de navegação ao lado esquerdo.

Depois de completar os primeiros passos, é recomendado personalizar a aparência pública da página  na forma mais adequada para a empresa.

3- Escolha o tipo de página 

Ao criar uma página no Facebook personalizada, ela aparece como adicional ao lado esquerdo da tela. Nela, estão incluídos seu texto, imagens, vídeos, newsletter, e assim por diante – todos específicos para o negócio e a marca. Você pode designar uma página personalizada para ser a página padrão.

A página personalizada irá permitir que os negócios se destaquem em relação aos outros. Entre 40% e 50% das pessoas são mais propensas a gostar da página ou de se tornar fã se ela tiver um guia personalizado no lugar da página padrão do Facebook, segundo a BrandGlue, que testou uma página de fãs no Facebook com guia personalizado. A página customizada permite adicionar a marca e aumentar o envolvimento do cliente.

Agora, fica a dúvida: criar a página personalizada ou contratar um profissional? Aqui estão alguns fatores a considerar:
• Você tem tempo para criar uma página personalizada?
• Tem um servidor para hospedar sua página?
• Conhece HTML? Muitos aplicativos de terceiros exigem conhecimento básico de HTML, e você deve conhecê-lo para construir uma página personalizada.

Se a sua resposta para qualquer uma dessas perguntas for 'não', então contrate um profissional. Caso contrário, vá em frente e crie sua página personalizada.

4- Personalização com aplicativo de terceiros

Há vários aplicativos de terceiros disponíveis para a criação de uma página personalizada no Facebook. São úteis se você não conhecer HTML ou não tiver um servidor web.

Algumas dessas ferramentas como o Pagemodo, um editor WYSIWYG simples, permite que criar um layout e editar seções, clicando em cada parte e adicionando o conteúdo. Também é possível mudar fontes e cores facilmente.

Geralmente, os aplicativos de terceiros são fáceis de usar, e permitem criar uma página personalizada rapidamente. Mas nesses aplicativos falta flexibilidade de design de uma página criada com iframes, além de te deixar dependente deles.

O Wildfire é mais conhecido por suas aplicações que permitem executar um concurso ou sorteio no Facebook, mas o serviço também tem uma ferramenta de página personalizada. Hoje, é livre, mas há planos para cobrar por ele no futuro. Aparentemente, os usuários livres serão migrados para a versão paga.

O Involver tem uma suíte de aplicativos para o Facebook. O aplicativo requer o conhecimento de HTML. Você pode usar duas aplicações Involver, que são gratuitas, mas com os adicionais terá de pagar uma taxa.

Já o Iwipa é uma aplicação gratuita para as páginas do Facebook, que não requer qualquer conhecimento de HTML.

5- Ajuda de um profissional

Há uma série de perguntas a serem feitas ao contratar um profissional para criar uma página personalizada no Facebook. Em primeiro lugar, pedir para ver o currículo da pessoa. Mesmo designers que não têm muita experiência devem ter criado algumas páginas para servir como referência.

Você também vai querer saber o custo, formas de pagamento e quanto tempo o projeto levará. Outras perguntas: será que o designer pode hospedar a página ou vou precisar de servidor próprio? O designer vai criar os gráficos ou serei o responsável?

6- Verifique estatísticas

O Facebook fornece estatísticas básicas sobre o tráfego e visitantes de sua página na seção "Insights" da "Página Editar". A seção Insights consiste em três subseções: visão geral, usuários e interações.

O prazo padrão é o mês passado, o que pode ser alterado para a semana passada ou um intervalo de datas personalizado. Você pode exportar esses dados para um arquivo CSV ou Excel.

A seção “Users” fornece informações mais detalhadas sobre os visitantes da página, como gênero, idade, localização etc. 

Em “Insights” são fornecidas estatísticas sobre opiniões, feedbacks, mensagens, classificação de de pontos de vista por mensagem do mês anterior, e atividade na página. Se os visitantes não têm permissão para postar na página, os dados não aparecem na seção de atividade página.

Se você construir uma página personalizada com iframes, pode adicionar código de controlo do Google Analytics ou outro programa de acompanhamento de estatísticas.

Você deve ver os benefícios de ter uma página no Facebook para o seu negócio e ter a informação de que precisa para criar uma página personalizada com marca própria. Certifique-se de que você vai postar regularmente conteúdo útil para manter as pessoas interessadas. Manter uma página no Facebook que não tem atividade e interação é pior do que não ter uma página no Facebook.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quatro sinais de que sua ideia de negócio é ruim

Priscila Zuini
 
Quase todo empreendedor acredita mesmo que a sua ideia de negócio é perfeita, não tem como ser melhorada e está destinada ao sucesso absoluto. A ilusão empreendedora está também ligada à capacidade destas pessoas de enxergarem projetos e se entusiasmarem tanto a ponto de investirem o próprio dinheiro e tempo nele.

Geralmente, no entanto, as ideias sempre podem ser melhoradas e algumas nem devem sair do papel. Seja por falta de clareza ou mesmo de pesquisa, existem pequenas empresas que não vão adiante e saber disto a tempo pode ajudar a evitar uma decepção e um rombo na conta bancária.

Para David Kallás, professor de Estratégia do Insper, existem quatro perguntas essenciais para medir o quanto a sua ideia é boa. “A primeira é se sua ideia é realmente útil. A segunda é se o seu preço é facilmente acessível para a massa de compradores. A terceira é se você é capaz de cumprir sua meta de custo para lucrar com o preço que definiu e, por fim, como vai fazer para entregar a um custo adequado e ainda ter lucro. Para ser comercialmente viável, precisa ter as quatro coisas”, explica.

Veja a seguir quatro sinais de que uma ideia não tem potencial para virar um negócio de fato.

1. O mercado consumidor é imenso
Se você acha que seu negócio tem um mercado consumidor enorme, já começou mal. O primeiro passo a fazer uma pesquisa séria e não ficar só perguntado o que seus amigos acham sobre o produto. “Precisa testar de uma forma mais objetiva do que simplesmente consultar algumas pessoas”, diz Kallas.

O ideal é que o empreendedor converse com clientes potenciais assim que tiver a ideia, mas profissionalize na hora de investir. “O que vai mostrar se é boa ou não é conseguir vender aquilo. Precisa vender ou não tem dinheiro para nada”, ensina Marcos Simões, diretor de seleção e serviços a empreendedores da Endeavor.

Outro sinal comum de problemas na ideia é quando o seu mercado é muito generalizado. “Coloque como perfil quem realmente enxerga o valor do produto. Precisa pensar qual o tamanho do mercado, para quantos clientes pode vender e é importante que o empreendedor seja muito crítico e específico”, diz Simões.

2. A ideia é tão inovadora que as pessoas nem acreditam
Quando uma ideia é muito inovadora, o empreendedor precisa pensar em mais coisas além de abrir uma empresa. “Ele pode enfrentar resistência das pessoas, de achar que não funciona ou não vai dar certo. São barreiras cognitivas”, explica Kallas. Não conhecer as barreiras de adoção para realizar sua ideia é um sinal grave de que o empresário não está pronto. “A adoção não deve ser só pelo cliente, mas pela equipe. O grande cemitério de derrota de ideias é a própria equipe. Tem que ser bom não só para vender fora, mas dentro de casa”, conclui o professor do Insper.

Outro tipo de barreira diz respeito ao posicionamento da sua empresa no mercado. “Tem outros players com uma proposta e capacidade de execução muito semelhante à sua? Precisa pensar porque o cliente compraria de você e não dele”, diz Simões.

3. O projeto é ótimo, mas precisa de muito capital
Uma boa ideia de negócio precisa também ser projetada para fazer a empresa crescer. É isso o que os especialistas chamam de ideia escalável. “Não basta ter um mercado grande, precisa saber o quão rápido consegue crescer”, explica Simões. Geralmente, uma ideia de negócio é pouco escalável quando o crescimento da empresa está atrelado a um alto investimento em capital ou mão de obra extremamente qualificada. “Se precisa de muita capital para crescer, desacelera o crescimento”, diz o diretor da Endeavor.

4. Ainda não há um modelo de negócio definido
Você já sabe como vai ganhar dinheiro com a sua ideia? Pois o modelo de negócios é parte essencial de um projeto bem sucedido. “Potenciais empreendedores veem todo mundo ganhando com algo e querem entrar também. Não precisa ser a Nasa para construir um negócio que vai dar certo, mas tem que ter certeza que não está fazendo mais do mesmo”, explica Simões.

O modelo de negócioé também a chave para ter sucesso na empresa. O diretor da Endeavor cita o exemplo dos serviços de software na nuvem. “Eles têm o mesmo produto que os concorrentes, mas têm forma diferente de precificar. Ao invés de cobrar um valor enorme para comprar a licença, cobram um valor mensal. Isso se dilui na mensalidade e mais gente fica disposta a comprar”, conta.