sábado, 26 de maio de 2012

Brasil ganha espaço na animação mundial

Jacilio Saraiva
Maria, 9 anos, moradora do bairro do Brooklin, em São Paulo, já viu o DVD do filme "A Princesa e o Sapo" 38 vezes. Repete de cor os diálogos dos protagonistas Tiana e Príncipe Naveen, mas não sabe que boa parte do desenho americano, criação dos estúdios Disney, foi finalizada a apenas duas quadras da sua casa, na produtora HGN.

"Fomos selecionados, junto com uma produtora americana e outra canadense, para trabalhar na composição dos desenhos", diz o sócio da empresa, Haroldo Guimarães Neto, que em 32 anos na área de animação já prestou serviços para blockbusters como "A Pequena Sereia" e a série "Aladdin". Na verdade, nos últimos quatro anos, é cada vez maior o interesse de estúdios da Europa e dos Estados Unidos pelos animadores brasileiros.

Além da HGN, a LightStar Studios, sediada em Santos (SP), atuou em títulos como "O Segredo de Kells" e "Chico e Rita", indicados ao Oscar de melhor animação em 2010 e 2011, respectivamente. "Com a mesma qualidade internacional, os grandes estúdios conseguem no Brasil custos até 30% menores, se comparados a orçamentos praticados na Europa e Canadá", explica Eduardo Gurman, da Sumatra Studios, em ritmo de pré-produção de uma nova série do americano David Feiss, o mesmo criador do desenho "A Vaca e o Frango".

À frente da LightStar Studios, Marcelo de Moura resolveu montar a produtora de animação em 2004, depois de morar 12 anos entre a Europa e os Estados Unidos. A temporada estrangeira o ajudou a acumular experiências e conhecer o "who is who" do setor. Em Nova York, foi animador de "A Era do Gelo" e "Mulan".

"No Brasil, nosso primeiro contrato internacional foi fazer 25% da animação e o clean-up de 'Asterix e os Vikings'", diz Moura, que conheceu o diretor do filme, o dinamarquês Jesper Moller, entre um trabalho e outro no exterior. O clean-up tem a função de "limpar" os desenhos e deixá-los com o traço final para a colorização do filme. A operação paulista de "Asterix" contou com mais de 50 pessoas na produção e sete meses de labuta. O longa francês, baseado nas histórias em quadrinhos de Albert Uderzo e René Goscinny, custou cerca de 25 milhões de euros.

Logo depois, Moura reuniria 27 animadores para "O Segredo de Kells", título de baixo orçamento bancado por produtores da Irlanda, França e Bélgica, sobre um garoto que precisa proteger um manuscrito da Idade Média. Dirigido pelo estreante irlandês Tomm Moore, chamou a atenção pelo apuro visual, mas perdeu o Oscar de animação de 2010 para "Up - Altas Aventuras". "Trabalhamos quase um ano no projeto."

O animador estava com a agenda lotada de encomendas quando recebeu mais um convite: participar de "Chico e Rita", produção de 9 milhões de euros dirigida pelos espanhóis Javier Mariscal e Fernando Trueba (de "Sedução", com Penélope Cruz). A história de amor entre uma cantora e um pianista nos anos 1940 é salpicada de músicas de Dizzy Gillespie e Thelonius Monk. "Cheguei a recusar, mas os produtores mandaram contrato e cronograma por e-mail". Na época, Moura despachava desenhos para o estúdio alemão Motionworks e fazia a série de TV "Escola pra Cachorro", coprodução Brasil-Canadá veiculada nos canais Nickelodeon e TV Cultura. A insistência dos produtores valeu a pena.

O indicado ao Oscar "Chico e Rita" reforçou métodos de organização de trabalho e fluxo de produção que o animador viu nos EUA e replicou no negócio do bairro santista da Ponta da Praia. "É essencial para quem precisa cumprir prazos de entrega semanais. Agora, estamos fechando um novo projeto de longa e uma série de TV nacionais."

A LightStar já conseguiu equilibrar contratos brasileiros e pagos em dólar, na proporção de 50% cada. Há um ano, virou o estúdio preferido dos controladores dos personagens de Charlie Brown e sua turma, para finalizar comerciais e teasers. Nos próximos dois anos, quer usar leis nacionais de incentivo para produzir os próprios projetos no país.

Na HGN, essa fase é hoje. O sócio da empresa Haroldo Guimarães Neto está captando recursos para o longa de animação nacional "O Gato de Botas", estimado em R$ 4 milhões. O animador, que também assina o roteiro do filme, já trabalhou com Maurício de Sousa, pai de Mônica e Cebolinha, e estudou na California Institute of the Arts (Cal Arts), a mesma de Tim Burton ("A Noiva Cadáver").

Nos anos 1990, a HGN produziu oito seriados para a Disney, como "Turma do Pateta" e "Aladdin". A chance de ouro veio com "A Princesa e o Sapo", de 2009, na primeira vez em que o conglomerado americano contratava no Brasil parceiros para um longa-metragem de animação. "O trabalho durou quase um ano, com 50 profissionais em São Paulo."

A maior parte da mão de obra usada no filme saiu dos cursos de desenho e animação que a própria HGN oferece desde 1994 e que já formaram mais de 300 pessoas. Além do "Gato de Botas" com sotaque nacional, Neto já planeja a produção de um longa e uma série de TV inspirados na Copa do Mundo no Brasil. "Estamos conversando com investidores."

A janela para o exterior também está aberta na Sumatra Studios, de Eduardo Gurman. A empresa toca a pré-produção de "Tiny Warriors", série infantil de 26 episódios avaliada em US$ 5 milhões, do estúdio americano Toonzone. "Toda a animação será feita no Brasil, com pós-produção nos Estados Unidos e Canadá".

Gurman, que tem mestrado em efeitos especiais para cinema pelo American Film Institute e participou da equipe de animação de "Matrix", conheceu os executivos do Toonzone, em Cannes, há dois anos. Ele participava de uma comitiva da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV (Abpitv) no Mipcom, considerado o maior evento da indústria audiovisual do mundo.

"Há oito anos, a associação executa o projeto Brazilian TV Producers, que viabiliza a participação de produtores brasileiros nos principais eventos do mercado", diz Marco Altberg, presidente da Abpitv, com 203 associados em todo o país - um terço deles produz animação.

De acordo com dados da consultoria StrategicAnalytics, o setor de produtos audiovisuais movimenta US$ 448 bilhões em todo o mundo e a estimativa é de que esse valor bata nos US$ 550 bilhões, até 2013. "Para que a produção nacional aumente, são fundamentais investimentos públicos e privados, por meio de novas linhas de financiamento e acordos de coprodução com outros países." Maria, a nossa amiga do Brooklin, está na torcida.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Reuniões chatas? Livre-se delas em sete passos (e poupe dinheiro)

Tatiana Vaz
No horário marcado, todos se dirigem para a sala de reunião da empresa com suas pastas debaixo do braço e laptops a tira colo. Tomam seus lugares, fazem um breve silêncio, mas antes de começarem a reunião de fato, alguém puxa um assunto sobre algo que tenha visto no caminho. Um assunto sem importância, que acaba levando a outro sobre o final de semana e gostos musicais até que, de repente todos têm palpites a dar sobre melhores seriados e filmes, dicas de culinária, tarô ou qualquer outro assunto que nada tem a ver com o motivo de estarem ali.

E por que é que eles estavam ali mesmo?

Pois é, mesmo que o objetivo das reuniões corporativas muitas vezes não seja claro e tampouco resolvido, a estimativa é que as empresas gastam aproximados 500 mil reais para cada 100 funcionários que desperdiçam tempo em encontros improdutivos. Nos Estados Unidos, onde 11 milhões de reuniões de negócios por dia, uma pesquisa recente da Forbes mostrou que 80% dos executivos estão insatisfeitos com as reuniões que nada resolvem.

“Os líderes de hoje fazem mais reuniões que os de antigamente, porque é uma maneira deles dividirem a responsabilidade das decisões com sua equipe e até de parecerem mais abertos a ideias, mesmo que no fundo sempre a sua palavra final é a que prevaleça”, diz Christian Barbosa, um dos principais especialistas em gestão do tempo no país.

Na opinião de Barbosa, seja lá por qual motivo, uma reunião eficiente de verdade, daquelas que ninguém sai achando que perdeu o mínimo de tempo, teria de ser orquestrada pelo líder com base nos seguintes passos:

Objetivos claros

Só marque reuniões se tiver claro em mente o que deve ser discutido e o que você pretende levar daquele encontro. Também deixe os objetivos bem claros aos demais participantes, se possível por meio de uma pauta enviada previamente.

As pautas estabelecidas serão usadas como um fio condutor durante a reunião, para que ninguém se perca nos assuntos e para que fique claro o que todos devem resolver ali.

Pessoas essenciais

Convocar todas as pessoas envolvidas em um determinado processo, além de seus pares diretos e outros executivos que talvez possam contribuir... quem sabe... sei lá... de repente... é errado. “Quanto menos gente melhor, pois é menor a chance de distração e mais decisões diretas serão tomadas”, diz, Christian.

De acordo com o consultor, três perguntas básicas devem ser feitas pelo líder antes de escolher quem estará na sala de reunião: esse profissional vai decidir alguma ação? Ele vai executar alguma ação que será decidida? Ele me serve como consultor dentro do projeto? Se não, não há motivo para convocá-lo.

Tempo estabelecido

Boas decisões, quando todos estão inteirados e focados no assunto a ser discutido, levam em torno de 30 minutos. “Se assuntos paralelos, comentários e outras dispersões ficarem de fora da sala, o tempo estimado para a condução é esse”, diz Barbosa. Claro que não dá para seguir essa regra à risca, se houver diversos assuntos a serem tratados ou até se cada um deles for muito delicado. “Ainda assim, duas horas é o tempo máximo necessário para se decidir alguma coisa”, afirma o consultor.

Deixe um relógio grande no centro da mesa, bem visível. Assim, você e todos estarão mais conscientes do controle do tempo. Se possível, estabeleça uma meta e compartilhe com os demais.

Fique de pé

A maneira que o líder irá conduzir os encontros é essencial para que ele seja mais (ou menos) eficiente. Christian defende a ideia de que fazer essa condução de pé é melhor para visualizar os participantes de maneira mais direta, direcionar as ideias a serem discutidas com mais facilidade, além de ajudar a controlar melhor o tempo.

Anote tudo

Peça para que alguém faça uma ata, com horário e data, com tudo que foi discutido e resolvido ou não durante a conversa com o intuito de controlar a evolução dos assuntos a cada encontro. As tarefas e metas estabelecidas aos participantes também não podem ser esquecidas. Na próxima reunião, com a ata em mãos, ninguém mais precisará ser lembrado do que já foi discutido ou do status dos desafios já partilhados por todos.

O tempo gasto nos processos de decisão também podem ser controlados com ajuda do documento.

Avalie o processo

Após a reunião, pergunte individualmente aos participantes o que eles acharam do encontro e se há sugestões para tornar o modelo mais ágil. A opinião deles é importante para que você entenda o quanto as pausas para discussões tomam o tempo efetivo deles no trabalho e podem interferir em seus desempenhos.

Escolha o formato

Antigamente, as pessoas preferiam se reunir pessoalmente por acharem que essa era uma maneira de manterem contato visual, facilitar certas negociações e tomadas de decisão. Hoje em dia, em meio a agendas caóticas e rapidez na troca de informações, aliado ao trânsito caótico das grandes capitais, esse hábito não pode ser mais um capricho.

“Depois de cuidar desses itens todos, o líder tem de se perguntar se realmente precisa da presença física da equipe ou não. Se um encontro virtual resolver as questões, o tempo de todos agradece”, diz Christian. 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Canais de atendimento ao cliente mais afugentam do que fidelizam

Thiago Cid
Investir nos canais de atendimento ao cliente é uma prática cada vez mais frequente nas pequenas e médias empresas, na esteira do que acontece com as grandes corporações. A ideia é simples: com várias formas de contatar seu público – call center, atendimento telefônico automático, chat, e-mail –, a empresa obtém ferramentas para “encantar” o cliente e garantir sua fidelização. O atendimento é considerado importante porque um cliente insatisfeito abandona a empresa e se torna seu detrator. É uma lógica correta, mas o oposto não é verdadeiro, diz uma pesquisa da Harvard Business School. O atendimento por si só não garante um consumidor cativo. Pelo contrário, muitas vezes afugenta: o consumidor não quer ser contatado. Ele só quer que o produto ou serviço funcione corretamente, como prometido.

Os produtos e serviços modernos transformaram a experiência do consumidor. Eles são complexos, têm várias etapas, manuseio complicado. Por isso se fala muito em pós-venda, suporte técnico e outras formas de interação que mantêm a relação do cliente com a empresa mesmo depois da aquisição do produto ou da prestação do serviço. Os contatos subsequentes geralmente ocorrem por causa de dúvidas que surgiram, problemas que não foram solucionados ou interesse em adquirir novos produtos, ainda mais complexos.

Nesse contexto, pode fazer sentido a ideia do constante diálogo entre empresa e consumidor. A verdade, porém, é que se o cliente precisar entrar em contato frequentemente com a empresa, ele vai trocá-la por outra. Ele quer que a empresa assuma o compromisso de entregar um produto com poucas margens para problemas, quer que a empresa anteveja as futuras dificuldades e entregue um pacote completo. Um atendente educado e atencioso não acalma a frustração de um serviço insatisfatório. E não adianta tentar agradar o cliente com mimos e cortesias.

“A maioria das empresas não percebe isso e paga caro em termos de investimentos jogados fora e clientes perdidos”, afirma o professor de Harvard Elie Ofek, em um artigo da Harvard Business Review. Ele chegou a duas conclusões bastante simples.

1- Encantar o cliente não produz fidelidade. O que conquista é reduzir seu esforço, o trabalho que ele deve ter para ver o problema resolvido.

2 – Planejar o atendimento com base nesse pensamento, em vez de encher o cliente de ofertas tentadoras, melhora a satisfação do cliente, eleva a qualidade do serviço e derruba os custos com atendimento.

Para aplicar os achados acima, é preciso facilitar as coisas, remover obstáculos. O estudo identificou as três principais queixas ligadas especificamente ao esforço feito pelo cliente. O cliente não gosta de ter de contatar a empresa várias vezes para que o problema seja resolvido. Também não gosta de ter de repetir informações e, principalmente, detesta ter de pular de um canal de serviço para outro (por exemplo, ter de ligar depois de não ter conseguido resolver o problema pelo website).

São conclusões óbvias, mas muitas vezes ignoradas pelos gestores. As grandes empresas prestadoras de serviço, como operadoras de telefonia e companhias aéreas podem se dar ao luxo de tratar mal os clientes, pois não há muitos outros concorrentes para os quais fugir. Mas os pequenos e médios não podem se dar a esse luxo. Abaixo, seguem cinco conselhos do estudo para aumentar a fidelidade do cliente e reduzir custos de atendimento.

1 - Não se limite a resolver o problema presente — previna o seguinte
As empresas estão preparadas para prever e solucionar problemas antecipadamente, mas geralmente não o fazem por causa da obsessão em controlar a duração das chamadas e atender ao maior número de pessoas no menor tempo possível. Só que não importa se o índice de resolução no primeiro contato (RPC) é bom. O estudo constatou que 22% das chamadas repetidas (a segunda ligação do cliente para a empresa) envolvem questões ligadas ao problema que motivou a chamada original — ainda que o problema tenha sido solucionado da primeira vez.

2 - Prepare o pessoal para lidar com o lado emocional do cliente
O estudo apontou que 24% das chamadas repetidas resultavam do atrito emocional entre clientes e atendentes. São situações que todos nós conhecemos: o cliente não gostou da resposta recebida ou teve a impressão de que o funcionário estava se escondendo detrás da política geral da empresa. Com uma orientação básica e boas doses de sinceridade, o atendente pode eliminar desentendimentos e reduzir chamadas repetidas.

3 - Aumente a aderência nos canais de autoatendimento
A pergunta que as empresas se fazem é: como convencer o cliente a usar o site de autoatendimento? O trabalho mostra que, na verdade, muitos clientes já estiveram lá: 57% das chamadas feitas a uma central de atendimento são de pessoas que foram primeiro ao website. É um contra-censo: as empresas querem que o cliente vá para a internet, mas seus sites não têm tecnologia capaz de resolver os problemas. Ou o cliente também pode ficar perdido com a profusão de canais de autoatendimento — resposta de voz interativa, websites, e-mail, chat, comunidades de suporte online, mídias sociais. O consumidor pode fazer um grande esforço pulando de um canal para outro e acabar apelando para o telefone no final.

4 - Use o feedback de clientes contrariados
A melhor forma de evitar problemas é aprender com os clientes insatisfeitos. Muitas empresas pedem a opinião do cliente ao final do atendimento para medir o desempenho interno. É um banco de dados rico, porém muitas vezes subutilizado pelas companhias. Mais do que importunar os clientes satisfeitos com propostas que eles não querem, as empresas devem ter um atendimento estratégico para acompanhar os contrariados. Além de tentar evitar a publicidade ruim, constroem um repertório de soluções que vai melhorar o serviço no futuro.

5 - Capacite a linha de frente a proporcionar uma experiência de baixo esforço
Sistemas de incentivo que valorizam mais a velocidade que a qualidade são os que mais afastam os clientes. No geral, o indicador de avaliação do atendente é o tempo médio dos atendimentos. “Melhor seria se abolissem índices de produtividade que impedem que a experiência do cliente seja facilitada”, diz o estudo. Uma empresa australiana de telecomunicações eliminou todo indicador de produtividade do pessoal na linha de frente. Embora o tempo de atendimento tenha subido ligeiramente, o volume de chamadas repetidas caiu 58%.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cores como ferramenta de marketing

Rafael Pereira Nascimento
Motivação das cores e a resposta. Cores bem trabalhadas, em determinado local, de determinada forma, com o desenho certo. As cores exercem diferentes efeitos fisiológicos sobre o organismo humano e tendem, assim, a produzir vários juízos e sentimentos. As cores têm a capacidade de captar rapidamente e sob um domínio emotivo a atenção do comprador.

As cores podem produzir efeitos tão diretos que se torna difícil acreditar que podem causar tanta influência sobre a mente humana. Porém, cientificamente falando, nada comprova a existência de um processo fisiológico que explique o porquê dessa reação do homem ser estimulado por determinada cor.

Abaixo as cores que podem alavancar suas vendas:

Vermelho: Imagem física. Para esportes, academias, escolas de dança, organizações políticas ou negócios de bens imóveis.

Pink: Imagem feminina. Para modas, cosméticos, igrejas e produtos e serviços de buffet infantil.

Marron: Imagem de gratificação. Para indústria de diversão, vídeo, carros, móveis, jogos e bebidas.

Laranja: Imagem de energia. Para arquitetura, ferramentas e serviços para construção e serviços rápidos.

Pêssego: Imagem de caridade. Para serviços e produtos para crianças, produtos escolares, organizações de caridade.

Amarelo: Comunicação. Todos os produtos e serviços de comunicação e indústrias de entretenimento, especialmente para vendas.

Verde: Saúde, plantas e vegetais. Para loja de comidas naturais, produtos florais e higiene pessoal.

Azul claro: Criatividade. Para indústrias de arte e design, serviços e produtos de informática.

Azul escuro: Execução. Para negócios, educação, serviços financeiros, negócios de alto investimentos que necessitem mostrar confiabilidade - por exemplo: vendas de carros.

Preto: Imagem de autoridade. Para serviços de produtos de segurança e proteção, ou simboliza luxúria com a combinação com dourado e prata.

Branco: Individualidade e imagem de limpeza. Melhor para produtos do que para serviços.

Dourado: Imagem de riqueza e segurança. Para corretores, banqueiros, comerciantes e serviços de alta qualidade e serviços de desenvolvimento pessoal.

Cada pessoa pode ter uma reação diferente de intensidade sobre o significado diferente de cada cor, mais o impacto emocional que exercem sobre cada um, segue um certo padrão que não varia muito de pessoa para pessoa. Assim a cores são estudadas e para tornar mais fácil a transmissão da mensagem.

Aproveite as cores, combine, desenhe, coloque em pratica e saia na frente dos seus concorrentes.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Visual merchandising para vender mais

Lia Nara Bau
Os cinco sentidos podem ser aguçados quando se quer criar vínculos emocionais com o consumidor. É o que pregam o marketing sensorial e visual merchandising, ferramentas que ajudam o lojista a pensar estrategicamente em pontos fundamentais do varejo: mobiliário, iluminação, atendimento, exposição dos produtos, entre outros.

“Através das ações do visual merchandising o lojista mostra que se importa com o cliente, e a compra do produto é consequência desta relação, mas não o único objetivo”, explica Erica Javaroni, docente coordenadora da área de Moda do Senac Jaú/SP. 

Segundo ela, através dessa ferramenta é possível tornar a experiência de compra inesquecível. Erica é formada em Negócios de Moda pela Universidade Anhembi Morumbi, pós-graduada emAdministração e Marketing, com várias especializações em Visual Merchandising e Vitrinismo. Em entrevista ao Jornal Exclusivo, ela fala sobre como esta ferramenta torna o ponto de venda em um ponto de relacionamento.

Jornal Exclusivo - O que é visual merchandising e qual sua importância para o varejo?

Erica Javaroni - O visual merchandising é uma ferramenta do marketing. Para o varejo atual tornou-se um importante diferencial competitivo, fazendo do ato da compra o mais agradável possível, uma experiência de compra inesquecível. Usamos das técnicas do visual merchandising para facilitar ao máximo a compra para nosso consumidor e conquistá-lo nos mínimos detalhes. Compramos pelo desejo de possuir um objeto, muito mais do que pela necessidade deste objeto, desta forma a compra deve ser a conclusão de um desejo bem satisfeito, gerando um novo desejo. O varejo hoje vive a experiência da compra, um varejo humanizado. Saímos da era dos produtos e hoje pensamos em acomodar melhor o ser humano neste espaço mágico da loja realizando os desejos do consumidor.

Jornal Exclusivo - Quais as características do consumidor de hoje e como encantá-lo?

Erica Javaroni - O consumidor hoje é bem informado e exigente, não tem tempo a perder e sabe o que é um bom atendimento. O visual merchandising (VM) aplicado auxilia o colaborador do varejo na excelência do atendimento. O VM deixa claro de maneira inconsciente ao consumidor que ele é especial, que o espaço da loja foi feito para ele. Através das ações do VM o lojista mostra que se importa com o cliente, e a compra do produto é consequência desta relação, mas não o único objetivo.

Jornal Exclusivo - Como deve ser a exposição interna dos produtos na loja?

Erica Javaroni - A exposição interna dos produtos deve ser clara e seguir uma lógica de fácil entendimento para o consumidor.A sinalização dos setores é importantíssima para que o consumidor não se sinta perdido dentro da área de vendas. Os produtos devem ser expostos de maneira que o consumidor tenha acesso fácil ao manuseio dos produtos. Balcões separando os clientes dos produtos formam verdadeiras barreiras para a conclusão da compra. A quantidade de produtos expostos não é sinal de boa venda. Na maioria das vezes é melhor expor menos produtos de forma clara e com acessibilidade acomodando melhor o cliente do que grande quantidade sem qualidade de exposição.

Jornal Exclusivo - Quais são outros elementos que devem ser levados em conta?

Erica Javaroni - A iluminação é fundamental para a área de vendas. Uma loja clara bem iluminada faz toda a diferença. O cliente deve ter uma área de circulação agradável, muitas vezes através de ações do VM, criamos os caminhos onde queremos que os clientes circulem. O cliente deve estar confortável na área de vendas e não preocupado em não derrubar nada. Os equipamentos e mobiliários devem estar em excelente estado de conservação. Preferencialmente seguir um padrão de decoração relacionado diretamente com o produto oferecido e ao público-alvo a ser atingido. A limpeza deve ser impecável. Não basta estar limpo, precisa parecer limpo. A área de vendas organizada e limpa traz credibilidade à empresa.