terça-feira, 9 de julho de 2013

CRM: como deixar seus clientes nas nuvens

Daniel Huallem
05 de Abril de 2012
Muitos ainda repetem a máxima "a propaganda é a alma do negócio". Mas, será que nos dias de hoje, isso ainda é verdade? Afinal, o cliente não é mais aquela pessoa passiva, que recebe a comunicação das empresas, sem questionamentos e base de comparação. Hoje, o consumidor – categoria na qual eu também me incluo – está presente nas mídias sociais e dialoga com as marcas, busca a interação e usa esse retorno como um termômetro para fazer suas escolhas. E mais: o cliente de hoje escolhe e alardeia as suas preferências e frustrações para quem quiser ouvir, criando uma massa crítica que está muito além do poder de manipulação das empresas.

Produto é commodity e todo mundo sabe, já que o consumidor tem sempre muitas outras opções. Os clientes já não escolhem mais apenas pela qualidade ou pelo preço, o diferencial agora é o relacionamento. Além dos tão conhecidos "mandamentos do bom atendimento" – só prometa o que puder cumprir e cumpra o que prometer, respeite prazos, retorne as solicitações – entre tantos outros, o cliente quer, e precisa, ser surpreendido. Um bom relacionamento é o verdadeiro valor agregado que uma empresa, no mundo atual, pode oferecer. O profundo conhecimento do cliente e a capacidade de antecipar suas necessidades fazem a diferença na conquista e na fidelização do cliente.

As empresas precisam ter em mente que é o consumidor quem define quanto valem suas ofertas, avaliando a qualidade a partir do seu ponto de vista. Mas, como fazer para conquistar um cliente definitivamente? Descomoditizar o que é vendido e entregar além do esperado? Essa é uma busca diária, mas que tem que começar com uma base de dados completa e inteligente, capaz de transformar as informações em conhecimento. Capaz de – quase – adivinhar desejos. O bombardeio de informações – e a facilidade com que elas se dissipam – e o maior nível de exigência dos consumidores, exige das empresas uma análise mais profunda, que chega ao "comportamento de consumo".  A tendência do chamado "customer experience" é o que tem ditado a regra do mercado recentemente: seduzir o cliente e permitir que ele experimente, teste e curta o momento é o que diferencia uma empresa das demais. E a tecnologia é uma das ferramentas indicadas para essa tarefa.

São as soluções de CRM (Customer Relationship Management) que oferecem as informações que as companhias precisam para criar essa atmosfera para seus clientes. O CRM coloca nas mãos dos gestores tudo o que eles precisam saber sobre o público com o qual dialoga. O cliente busca exclusividade, quer ser "lembrado". Portanto, o que quero dizer é que não podemos mais aceitar que, na décima vez em que fizermos contato com um call center, por exemplo, todas as informações pessoais precisem ser repetidas. Ou que, ainda, sejamos tratados como um "novo cliente" a cada compra que efetuarmos na agência de viagens que frequentamos há anos. É obrigação da empresa conhecer o seu cliente, assim como ter todo o histórico operacional em mãos para melhor atendê-lo. Esse é o mínimo de cuidado que precisam oferecer.

Assim, uma base completa e unificada, compartilhada entre todos os departamentos, é fundamental, pois o conhecimento precisa ser registrado e transmitido, para que todas as áreas trabalhem em prol de um único interesse – o cliente. A geração Y está ai, dentro das empresas, assumindo cargos de gerência e diretoria, logo a contenção de informações não poderá mais ser justificada. Para eles, a palavra de ordem é compartilhamento, cresceram acostumados com essa troca e isso não será modificado no ambiente de trabalho. Habituados como estão com o mundo web, nada mais natural que as informações que fazem parte do seu dia a dia também migrem para a nuvem.

Para acompanhar essa tendência, o CRM também mudou de endereço e aderiu ao cloud computing. Agora, toda a base de dados de uma companhia pode ser colocada na web, por meio de soluções especializadas, que garantem praticidade e segurança, permitindo o acesso por qualquer pessoa habilitada, de qualquer lugar e dispositivo, sempre que necessário. Afinal, se a premissa de um bom relacionamento é a troca interna de informações, é salutar que esses dados estejam concentrados ao alcance de todos – não importa onde, não importa quando. Seu cliente também é móvel e ele quer ser reconhecido na concessionária de carros da marca X em São Paulo ou na Bahia.

E não espere começar a perder clientes para buscar a melhor solução. O consumidor quer que sua empresa se antecipe, você se lembra? Assim, não transfira a ele a responsabilidade de ser fiel ou não à sua empresa. Seja proativo e mostre que é seu interesse que ele fique e que, sempre – mas sempre mesmo – é uma grande satisfação atendê-lo.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/crm-como-deixar-seus-clientes-nas-nuvens. Acesso em 03 jul 2013.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O ciclo de consumo feminino, afinal o que elas querem?

Gisele Meter
20 de junho de 2013
Esses dias a convite de uma amiga resolvi sair para fazer compras, entre uma vitrine e outra olhamos diversos produtos, os que nos chamavam atenção eram analisados mais criteriosamente. Ao perceber o que fazíamos fiquei pensando como o comportamento da mulher mudou em relação ao processo de compras.

Não somos mais aquelas que consumimos por consumir, mas embasamos muito bem nossas decisões, pensamos e ponderamos antes de decidir, avaliamos custo X benefício e diversos outros fatores, ou seja, viramos, mulheres que decidem muito além do processo de compra, mas que analisam vários fatores para aquisição de um produto.

O consumo está presente em nossa vida e é um processo necessário, mas também está ligado a nossa cultura e a fatores internos de cada pessoa sendo orientado pelo afeto e sobrevivendo através dele ganhando novos significados, comprar então transcende o comportamento de compra, mas envolve fatores biológicos, sociais e psicológicos.

Parece algo complexo, mas se pensarmos que ao comprarmos um produto estamos também comprando uma ideia fica mais fácil de entender.

Compramos sim por necessidade, mas também compramos porque acreditamos em algo e também pelo que somos e se pensarmos como mudamos nos últimos tempos, podemos entender melhor esta transformação do padrão de consumo. Comprar para a mulher ganhou novos significados, quase que uma forma de expressão e de comunicação de suas ideias.

Estamos mais exigentes, mais criteriosas e também mais antenadas, temos nossas próprias aspirações e desejos, necessidades diferentes dentro de um novo ciclo de consumo, estamos mais preocupadas em adquirir produtos que façam sentido, que demonstrem a forma como pensamos e somos, um exemplo disso são as empresas que se preocupam com a sustentabilidade, sendo vista de forma muito positiva por nós mulheres.

Não queremos somente consumir, queremos também conhecer a empresa, sua história, ter mais proximidade e reconhecer afinidades para que a compra tenha sentido.

Gostamos de estudar um produto logo após a paquera, avaliamos preço, vantagens e também as opiniões acerca de uma marca, não ficamos somente na compra por prazer impulsivo, mas na compra por prazer consciente. Hoje mais do que nunca, temos recursos para saber sobre um produto.

Atualmente, além das vias habituais, temos a nosso alcance a tecnologia virtual e usamos não somente como uma via de consumo, mas também como uma via de exposição de ideias e pesquisa, queremos falar e também ouvir novas percepções.

Eu mesma, já comprei diversos produtos após ler um comentário positivo em blogs ou redes sociais, é quase como se fosse uma confirmação dizendo: compre porque vale a pena! No entanto o contrario também já ocorreu, após pesquisar sobre um produto e ler várias criticas negativas acerca de trabalho escravo ou utilização de pele de animais, meu desejo pela compra reduziu a níveis próximos de zero, impactando também no meu reposicionamento frente à marca que fiz questão de deixar expresso em minha rede social.

O que ocorre hoje é que não somos mais consumidoras passivas, somos consumidoras ativas, gostamos de influenciar o comportamento de compra de outras pessoas e utilizamos muito bem as redes sociais para isso, gerando uma repercussão grande em nosso meio.

Engana-se quem pensa que somos um nicho de mercado e não as verdadeiras protagonistas, os dados mostram que hoje controlamos cerca de 70% do consumo brasileiro. Entender isso pode ser a chave para nos conquistar como consumidoras de forma diferente e inovadora e é isso que queremos.


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-ciclo-de-consumo-feminino-afinal-o-que-elas-querem/71343/. Acesso em 03 jul 2013.

domingo, 7 de julho de 2013

Quatro dicas para acertar no estoque da sua empresa

Débora Álvares  
29/03/2012
Quando um empreendedor começa a perder produtos, clientes ou dinheiro é hora de acender uma luz de alerta. O problema pode ser uma má gestão do estoque. Este costuma ser um dos pontos fracos das pequenas empresas. “Observa-se que muitas empresas têm dificuldade de fazer isso de forma profissional. Trabalha-se com estoque alto e desbalanceado”, explica Mauro Sampaio, professor da Business School São Paulo. Segundo ele,  a grande dificuldade está ligada à falta de conhecimento de como proceder o planejamento de produtos.

Um estoque bem organizado é uma das formas de manter clientes fiéis. “Gerenciar bem o estoque significa cumprir os prazos de entrega prometidos, o que  aumenta a confiança dos consumidores, mantém a receita e, consequentemente, o faturamento”, explica Lars Meyer Sanches, professor de Logística do Insper.

Saber a quantidade de produtos que se deve manter evita gastos extras como contratação de funcionários temporários para uma produção não programada ou uma taxa mais alta para uma entrega de última hora. Custos com armazenagem também podem ser reduzidos. “Quanto maior o estoque, maior o lugar para guardar e maior também o seguro”, destaca Sanches.

Além disso, em caso de produtos perecíveis ou que sofrem mudanças rápidas como objetos de moda e tecnologia, um estoque excessivo pode levar o empresário a ficar com peças encalhadas.

Sanches caracteriza estoque como dinheiro parado em mercadorias, que pode consumir parte do capital de giro quando não é bem gerenciado. “Esse dinheiro pode fazer falta em alguma outra coisa e gerar a necessidade de fazer empréstimos”. Ou seja, gerenciar bem os estoques ajuda a liberar recursos que poderiam ser mais bem investidos em áreas estratégicas para a expansão da empresa.

A grande chave para o sucesso é encontrar a quantidade ideal de estoque que não onere custos de armazenagem nem de entrega, de forma a não haver produtos em falta quando o cliente procurar.

1. Calcule a previsão de demanda
Estimar quanto será vendido de cada produto permite que o empresário compre ou produza melhor. “A margem entre a demanda prevista e a real dá uma dimensão do estoque de segurança. Erros maiores vão exigir um estoque de segurança maior", explica Sampaio.

Sanches destaca a importância do chamado estoque de segurança. “Serve para cobrir variações, seja nas vendas ou no suprimento”. Essa previsão é calculada com base em variações de demanda prevista e real, nos tempos de produção e entrega e no nível de serviço prestado. O especialista afirma que, o ideal, é calcular a quantidade de segurança de cada produto.

2. Defina a quantidade de estoque
Para prever a necessidade de cada produto, o professor Lars Meyer Sanchess sugere a aplicação de fórmulas matemáticas específicas para isso. “Há cursos, universidades ou mesmo livros que o pequeno empreendedor pode buscar para aprender isso. Em casos mais simples, o próprio Excel é capaz de ajudar”.

A ideia é escolher alguns itens mais importantes e observar o tempo que demoram para chegar do fornecedor e em que prazo costumam ser vendidos. Essas são as informações básicas para determinar qual é o estoque mínimo de cada item.

3. Escolha o modelo de reposição
Existem reposições contínuas e periódicas. Como explica Sampaio, para produtos com maior valor agregado, normalmente utiliza-se o modelo de reposição contínua, segundo o qual os pedidos são feitos no momento em que o estoque atinge o ponto de reposição. O outro tipo de repor produtos é agendado e, normalmente, utilizado para materiais mais baratos que representam uma parcela menor dos lucros do negócio.

Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas. “Com a reposição contínua, mantém-se o nível de estoque mais baixo e os pedidos são feitos mais constantemente, o que pode onerar custos, mas diminui gastos com armazenagem. Com a reposição periódica, no entanto, consolido pedidos, que são recebidos num tempo determinado, mas assumo um risco de ficar sem o material caso haja uma mudança de hábitos de consumo ou uma estratégia de marketing que alavanque as vendas”, diz Sampaio.

4. Avalie o fornecedor além do preço
A escolha de quem fornece os produtos não deve se basear apenas no preço e da qualidade. Também devem ser considerados a velocidade de entrega e a flexibilidade. “Precisa-se levar em conta o tempo entre o pedido e a entrega. Caso tenha fornecedores mais rápidos e flexíveis, posso manter menos estoque”, explica Sanches.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-dicas-para-acertar-no-estoque-da-sua-empresa?page=1&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed. Acesso em 03 jul 2013.

sábado, 6 de julho de 2013

A ética e a compra de seguidores nas redes sociais

Tom Coelho
01 de julho de 2013


“Ética é coisa para filósofos."
(Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama)

Alguns reais investidos e seu perfil no Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais ganha milhares de seguidores. Este instrumento de marketing de guerrilha, profissionalizado há alguns anos, tem ganhado impulso entre artistas, cantores, políticos e todo tipo de gente que busca se mostrar popular. O intuito é apelar ao efeito manada, princípio da psicologia das massas segundo o qual as pessoas agem em bandos, num autêntico fenômeno grupal. Afinal, se determinada pessoa ou empresa tem tantos seguidores, deve ser por merecimento. Aqui mora o equívoco.

Dia destes recebi um post de um professor brasileiro, que eu não conhecia até então, e ao acessar seu perfil no Facebook descobri que tinha cerca de dez mil seguidores. Um rápido clique sobre a opção “curtir” e a revelação: sua cidade mais popular era Carcóvia, na Ucrânia. Além disso, durante vários dias da semana a adesão de novos seguidores era nula, com picos em determinadas datas.

Recentemente o cantor Luan Santana veio a público demonstrar sua indignação diante de acusações de fraude na audiência de seus vídeos no Youtube.

O fato é que comprar seguidores pode ser uma estratégia interessante para empresas que pretendam difundir seus produtos ou serviços, gerando virais para alcançar a maior amplitude possível, aumentando significativamente o número de pessoas atingidas. Porém, para pessoas, é um ledo engano, simplesmente porque é contraproducente e antiético.

De que adianta ostentar uma legião de pessoas que talvez não tenham qualquer sinergia com suas ideias? Ou, pior, pessoas que simplesmente não existam, pois foram artificialmente criadas apenas para fazer volume. E isso é muito fácil de constatar, pois há perfis constituídos apenas pela foto e meia dúzia de informações, sem histórico de postagens e com vínculo apenas a outros perfis similares.

A verdade é que vivemos tempos de valores fluidos, pouco consistentes. Empresas declaram a integridade como um de seus princípios fundamentais, mas não hesitam em oferecer propinas, gorjetas e favorecimentos de toda ordem para angariar um pedido. Profissionais atropelam colegas de trabalho e mudam de opinião a cada minuto para justificar apoio a um superior hierárquico e, assim, garantir sua escalada na pirâmide organizacional. Os fins justificam os meios.

São tempos de faça o que eu digo, mas não o que eu faço. Tempos de incongruência e ausência de retidão. Meses atrás fui surpreendido com uma “adaptação” de meu conceito sobre qualidade de vida intitulado “Sete Vidas”, desenvolvido em 2003, por uma empresa que apenas mudou descaradamente uma palavra e alterou a sequência lógica propagandeando o lançamento de uma “metodologia única”.

Como escrevi há quase dez anos, vivemos sob a égide do marketing de percepção, em um mundo governado pela ditadura da imagem. O triunfo da estética sobre a moral. Você é tão belo quanto seus trajes e seu último corte de cabelo possam sinalizar. Tão bom quanto a procedência dos diplomas e a fluência em idiomas possam indicar. Tão valorizado quanto a competência ratificada e os resultados apresentados possam parecer.

Afinal, quer pagar quanto?

Disponível em http://adnews.com.br/artigos/a-etica-e-a-compra-de-seguidores-nas-redes-sociais. Acesso em 03 jul 2013.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Os anunciantes na era do Pinterest e Instagram

Chas Edwards
19 de Março de 2012 
Parece que todo este frenesi em torno das fotos é mais do que uma fase passageira. Talvez haja algo incontrolável na afeição humana por belas imagens e não há nada o que possamos fazer quanto a isso.

Como afirmou Antony Young, CEO da Mindshare North America, em uma coluna recente para o Ad Age, estamos vendo uma movimentação do consumidor rumo a uma cultura mais visual propiciada pela tecnologia e as mídias. Aparelhos modernos estão oferecendo mais oportunidades para as pessoas criarem e consumirem conteúdos visuais, enquanto as mídias sociais as encorajam a compartilhar tais conteúdos em plataformas múltiplas.

Pergunte aos executivos e fundadores do Facebook, e eles dirão a mesma coisa. Quando se conversa sobre a curvatura de crescimento da empresa, todos acabam por afirmar algo em torno de “são as fotos, estúpido”. A comunidade do Facebook faz upload de 250 milhões de fotos por dia, e um estudo de Harvard estimou que 70% de todas as atividades na rede social – dos “likes” e comentários sobre conteúdos de amigos às atividades no próprio perfil – se desenvolvem em torno de fotos.

Plataformas relativamente recentes como o Instagram e o Pinterest estão surfando na explosão do interesse pelas imagens, roubando a cena com um crescimento de audiência ainda maior do que o Facebook e o Twitter registraram em seus primórdios. O Instagram alcançou seu primeiro milhão de usuários em dois meses, chegando aos 15 milhões no final de 2011, com seus participantes fazendo o upload de 60 fotos por segundo. Este número teria chegado aos 27 milhões, de acordo com anúncio feito durante o SXSW, na semana passada.

Já o Pinterest saiu da obscuridade para os 10 milhões de pioneiros em seis meses. Há uma explicação implícita neste boom, de acordo com Shawn Graham, da revista Fast Company. “A rápida ascensão do Pinterest à nata das redes sociais realça algo que sabemos desde o dia em que a primeira máquina fotográfica foi inventada, no Século XIX: fotos são relevantes”, diz Graham.

Certamente as fotos são importantes, e, mais do que nunca, nós temos tirado e compartilhado fotos. Dez por cento de todas as fotos feitas pela humanidade foram tiradas nos últimos 12 meses. Os veículos estão notando. Galerias de fotos têm sido fundamentais na experiência de usuários em sites de entretenimento como o OMG, do Yahoo, e o Entertainment Tonight. Mas páginas como as da CBS News e de publicações de negócios, como o The New York Times e o The Business Insider, também aderiram. Os leitores processam melhor informações vindas de imagens do que de texto, e essas imagens também levam a um maior engajamento do que o conteúdo escrito. Hoje em dia, todo mundo tem um estratégia que envolva imagem. E, como em uma estratégia para celulares e tablets ou para mídias sociais, é preciso levar em conta três elementos:

1- Engajamento da audiência - Como as imagens podem aumentar o engajamento entre o meu público?
A maioria das publicações tem feito grandes progressos nessa frente – investindo em imagens grandes e de alta resolução em todas as páginas, e organizando conjuntos delas em galerias. A única “pegadinha” é que, às vezes, as melhores imagens são justamente aquelas que efetivamente despertam o interesse do consumidor, fazendo com que ele abandone a navegação no site da publicação e continue por outras páginas. Suas imagens mais inspiradoras levam os visitantes para o site da Fox Sports, atrás de estatísticas de atletas, para o Wikipedia, em busca de informações biográficas sobre um político, ou para a loja da Macy´s, a fim de comprar a roupa que ela viu certa celebridade usando. Se os seus mais fiéis leitores estão usando suas próprias imagens para abandonar suas páginas, fica difícil convencer que as imagens deveriam ter um papel mais importante na estratégia digital de sua publicação – ainda que seja o formato preferido de seus leitores.

2- Ganho de audiência – Como posso converter engajamento em compartilhamento?
Os botões de Twitter e Facebook são um começo. Alimentar o conteúdo de imagem com o Instagram (assim como o Facebook e o Twitter) é outra forma dos veículos amplificarem seus investimentos em imagens, já que tais plataformas inserem-nos dentro das redes sociais, onde o compartilhamento realmente acontece. De acordo com o Sharaholic, o Pinterest está gerando mais tráfego recomendado que a soma entre o G+, o YouTube, o LindedIn e o Reddit. O Pinterest facilita o armazenamento de imagens dos usuários e a integração com o Facebook acaba por levar novos olhos a estas imagens.

3 – Receitas – Como esta estratégia me ajudará a ganhar mais dinheiro?
Uma abordagem que tem ganhado espaço estre sites pequenos: coloque anúncios abaixo das imagens, criando um espaço equivalente à faixa que corre abaixo dos vídeos do YouTube. Contando que a mensagem publicitária seja condizente com o conteúdo da imagem, esses anúncios sobrepostos são uma abordagem válida. Uma estratégia ainda melhor, eu diria, é a entrega de publicidade atrelada à experiência de conteúdo do usuário. Se uma marca patrocina conteúdos e serviços relevantes que realçam a imagem, é mais provável que o leitor preste atenção neles.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2012/03/19/Os-anunciantes-na-era-do-Pinterest-e-Instagram. Acesso em 03 jul 2013.