sexta-feira, 2 de março de 2012

Quatro competências para um bom atendimento

Débora Martins
Imagine só. No século passado as empresas faziam verdadeiro malabarismo para encontrar pessoas capazes de atender a um simples telefonema. Entretanto, se observarmos bem o século passado terminou em 31 de dezembro de 2000. Então...

Aqui, vemos que o problema continua, não é mesmo?

As questões que envolvem a melhoria na qualidade no atendimento nas empresas brasileiras são bastante abrangentes. Entretanto, refere-se principalmente a competências individuais. Nelas estão todos os atributos, requisitos e fatores que podem ser incluídos no conceito mais amplo de qualidade no atendimento.

Vamos começar por quatro competências básicas:

Técnicas - são de domínio de especialistas. Exemplo: saber como dirigir uma chamada/atendimento conforme o tipo de solicitação. Ter a capacidade de conduzir uma conversa obedecendo à regras/etapas, fazendo uso de cortesia e empatia como o objetivo de levar o cliente a um entendimento/satisfação;

Intelectuais - relacionadas com aplicação de aptidões mentais. Exemplos: ter presença de espírito; ter capacidade de percepção e discernimento das situações. Ou seja, inteligência emocional. Capacidade de separar o lado pessoal de profissional;

Cognitivas - competência que é um nicho de capacidade intelectual com domínio de conhecimento. Exemplos: saber lidar com conceitos e teorias; saber generalizações; saber aplicar terminologia e elaborar classificações. Compreender e se fazer entender;

Relacionais - que envolvem habilidades práticas de relações e interações. Exemplos: saber se relacionar em diversos níveis; saber interagir com diferentes áreas e, sobretudo estar aberto para receber feedback.

Pense nestas quatro competências como um poderoso instrumento de identificação do profissional de atendimento que será incorporado a um sistema maior de gestão de qualidade. O profissional de atendimento deve ser um especialista, sobretudo na gestão dos relacionamentos.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cinco estratégias para ser mais criativo no trabalho

Talita Abrantes 
Para acompanhar a complexidade e o ritmo alucinante do mercado atual, o conceito de inovação virou palavra de ordem dentro de qualquer empresa. Neste contexto, independente da área de atuação, sempre ganha pontos o profissional que der espaço para a criatividade em cada uma de suas tarefas.

E isso não está restrito apenas ao desenvolvimento de novos produtos ou a elaboração de campanhas de marketing bem sucedidas. De uma abordagem diferente para a solução de um problema a uma estratégia diferenciada contam para a carreira.

Mas como se manter criativo o tempo todo? Especialistas consultados por EXAME.com ensinam algumas estratégias básicas para tirar a rotina (e a visão de mundo) de dentro da caixa:

1. Abrir espaço para o absurdo
Primeira regra para matar uma boa ideia? Sufocar todo pensamento absurdo que passar por sua cabeça. Isso mesmo. De acordo com Gisela Kassoy, especialista em criatividade, a base para sair fora da caixa está em deixar o que é inverossímil tomar corpo até chegar a uma proposta palpável para a sua realidade.

“Antes de recusar uma ideia, pergunte-se: por que não?”, afirma. “Se a ideia for realmente bobagem, a pessoa pode modificar a proposta louca até transformá-la em algo viável”.

2. Tirar as algemas do pensamento
Um caminho para a “serendipitade” (tradução do neologismo "serendipity", que significa descobertas feitas por acaso) ou para, digamos, “epifanias” que podem mudar o curso de uma carreira é dar vazão para o pensamento livre, fluído.

“Esse é o tipo de pensamento que aparece quando você está tomando cerveja, correndo ou tomando banho”, diz a especialista. Ou seja, exatamente quando você está fora do foco do problema ou do contexto do trabalho.

Por isso, uma dica é: quando as ideias não fluírem, desligue-se do assunto. “A hipótese é de que ao tirar o foco do problema, você permite que o assunto saia do aspecto racional e seja interpretado com outra dimensão pelo seu cérebro”, diz o consultor Eduardo Ferraz.

Não por acaso, Ferraz adota uma postura de prevenção:não sai para uma corrida sem levar o iPhone. Se pintar uma ideia durante o trajeto, ele logo aciona o gravador do celular e salva o que veio à mente.

3. Expor-se às novidades
Não se restrinja aos mesmos ambientes e modos de pensar. Não custa tanto assim sair da caixa. Uma espiada no que empresas de outros segmentos (bastante diferentes do seu) estão experimentando pode trazer recursos valiosíssimos para o seu próprio contexto. “Procure soluções em outras áreas. Ao fazer esse elo, você vê o problema sob outro ângulo”, diz Ferraz.

Ainda nessa toada, vale também convidar pessoas novas para as reuniões. “Quando um grupo trabalha juntos por muito tempo, fazendo sempre a mesma coisa, acabam com um pensamento muito parecido. Por isso, é bom aceitar gente nova. Isso chacoalha”, diz a Gisela.

No dia-a-dia, a dica é abrir-se para o novo. Invista em relacionamentos com pessoas que não trabalham na mesma área que você, leia livros e revistas que têm pouca relação com seu trabalho, assista filmes e ouça músicas de estilos que nunca viu. Em suma: estimule-se a desbravar o mundo para além daquilo que a sua vista alcança – por enquanto.

4. Pratique brainstorm
O termo até foi banalizado. Mas, de acordo com os especialistas, se feito da maneira certa, rende bons resultados. A estratégia é simples. Chame um grupo de pessoas, descreva o problema em questão com apenas uma palavra. Peça para cada membro do grupo dizer palavras relacionadas (ou não) com o termo em questão.

“Eles irão falar coisas absurdas numa primeira rodada. Mas uma palavra será ponte para outra e, na terceira ou quarta rodada, você enxergará o problema por outro ângulo”, diz o Ferraz.

5. Durma
Pesquisas da Universidade da Califórnia (EUA) apontam que a fase REM, quando acontecem os sonhos durante os sonos, estimula a criatividade mais do que outro período do sono ou quando você está acordado.

Durante os estudos, as pessoas que chegaram a essa fase do sono, tiveram um rendimento 40% melhor em testes de criatividade após o sono do que antes do período.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Anote aí 69: Venda; Estudar; Callcenter; Clique; Classe

GHIURGHI, Flavia. Os segredos da venda assertiva Saiba o que está por trás desse processo e da conseqüente satisfação do cliente. Gestão & Negócios, nº 33, pp. 40-49.

TAUHATA, Sergio. Empresário precisa estudar? Sentar nos bancos da escola ajuda ou atrapalha quem tem ímpeto empreendedor? Para responder essa pergunta, entrevistamos especialistas em todo o mundo e demos a palavra a 50 dos mais bem-sucedidos homens de negócios do país. Nas próximas páginas, você vai descobrir as respostas e também como cada um deles aprendeu – de verdade – a fazer negócios. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 270, julho de 2011, pp. 48-60.

HOPKINS, Michael S.. Como a matemática mudou o callcenter Nesta entrevista, Cameron Hurst conta como a Assurant Solutions recorreu ao trabalho de matemáticos para encontrar a melhor combinação possível entre potenciais clientes e vendedores e quase triplicou a taxa de sucesso do telemarketing. HSM Management, ano 15, volume 4, nº 87, julho/agosto de 2011, pp. 128-132.

BOTTONI, Fernanda. Compras a um clique Sites e comércio eletrônico estão cada vez mais sofisticados, embora para o usuário comum, pareçam cada vez mais simples. Próxxima, nº 30, julho de 2011, pp. 52-55.

DANTAS, Fernando. Nova classe média tem mais jovens e empregos formais Comparado à população total, grupo do meio também se destaca na indústria e no comércio, e já é mais da metade dos brasileiros. O Estado de S. Paulo, 31 de julho de 2011, Caderno Economia, p. B13.   

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A entrevista de emprego começa nas mídias sociais

Martha Gabriel
Com a disseminação das redes sociais, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações em ambientes online. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais frequente a consulta aos perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação; e a entrevista de emprego começa nas mídias sociais.


Portanto, os profissionais devem cada vez mais prestar atenção às informações que postam online, fazendo com que a sua atuação não seja um obstáculo profissional, mas sim um recurso estratégico para suas carreiras.


Os principais problemas do uso de redes sociais estão associados à divulgação de informações ou manifestação de opiniões: exposição da privacidade, comprometimento da imagem profissional e declarações sujeitas a processos legais. Assim, deve-se ter no comportamento online os mesmos cuidados e ética que se tem no comportamento offline, adotando a premissa: não faça ou fale nas mídias sociais o que não faria ou falaria na rua.


As principais plataformas sociais monitoradas pelas empresas em busca de candidatos são o LinkedIn e o Facebook. No entanto, as empresas estendem a sua pesquisa para o ambiente digital como um todo. 


Faça um teste: digite seu nome no Google ou seu e-mail no spokeo.com e veja o resultado; os seus rastros digitais são transformados em um dossiê que revela muito sobre você. 


Da mesma forma que existem riscos, existe também inúmeras oportunidades na divulgação de informações nas mídias sociais. Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, poderá usar os seus perfis em mídias sociais para se tornar referência nessa área por meio da divulgação de informações e dicas. As possibilidades de alcançar um número grande de pessoas interessadas no assunto são muito maiores do que offline. 


Manter um perfil atualizado e bem construído no LinkedIn, publicar vídeos e apresentações no Youtube e Slideshare também pode ser bastante útil.  Empresas procuram colaboradores e parceiros no LinkedIn e o seu conteúdo online nas demais redes pode reforçar a sua expertise.


Portanto, as mídias sociais podem se tornar aliadas ou inimigas da sua carreira profissional. O modo como você lida com elas é que fará toda a diferença.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Classe D emergente tem hábitos próprios

Viviane Sousa
Nas grandes capitais já se desenha a chamada classe D emergente. Trata-se de um grupo menos distante do público C, com renda familiar entre R$ 1.100 e R$ 1.600, e comportamento de consumo peculiar. Eles ainda fazem compra mensal e preferem grandes supermercados para se abastecer, mas devem migrar para a classe média e sofisticar o consumo. A avaliação é de Claudio Silveira, diretor da Quorum, que fez um estudo com 400 paulistanos dessa classe social.

Por que 61% da classe D ascendente ainda prefere fazer compras em grandes supermercados?
A compra do mês ainda tem muito peso na renda dessas famílias. Elas até já estão gastando mais nos supermercados. Quase 30% revelam destinar de R$ 300 a R$ 400 às compras. Um valor alto para uma família com renda de até R$ 1.600. Mas esses consumidores ainda evitam ir a lojas que ofereçam serviços e comodidades, porque sabem que os preços são mais altos. Eles querem mesmo é encontrar preços baixos e melhores ofertas para poder colocar mais produtos no carrinho. E é nas grandes lojas que veem essas oportunidades.

Mais da metade da classe D ascendente opta por compras mensais. Por quê?
Hoje, 61% preferem ir ao supermercado apenas uma vez por mês. Trata-se de uma tática para evitar gastos por impulso. Eles estão dispostos a gastar mais, porém de forma controlada. A maioria tem até o hábito de acompanhar – geralmente pelos tabloides – os dias com o maior número de ofertas e promoções das lojas. Baseados nessa informação, costumam definir o dia em que irão às compras.

Esse público tem na alimentação seu principal gasto. Existe margem para consumir mais alimentos?
Sim, existe. Certamente o consumo irá crescer pelo simples fato de muitas categorias ainda estarem distantes de sua cesta de compras, devido principalmente à falta de hábito de adquiri-las. Caso dos iogurtes, azeites, massas e queijos mais sofisticados. O fato de 8% dos entrevistados ter declarado que pretendem comer melhor também mostra que esse público está disposto a incluir alimentos diferenciados no carrinho.

Com o tempo esse público vai passar a priorizar mais qualidade do que preço?
Não há dúvidas. Acredito que isso poderá acontecer nos próximos três anos, graças a um gradativo aumento de renda. Hoje, eles priorizam a marca. Buscam aquelas em que confiam, mas que tenham bom preço. Por esse motivo, não adianta o supermercado encher as gôndolas de mercadorias baratas, mas de marcas desconhecidas, porque esses consumidores não vão comprá-las. É comum que a qualidade seja priorizada em não alimentos. Por se tratar de bens duráveis, esse público não se importa em pagar um pouco mais, desde que a garantia seja boa.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Anote aí 68: Mimos; Classe C; Digital; Vitrines; Ativos

COLTRI, Gustavo. Pequenas: ligeirinhas, amáveis e unidas Estratégias de empresas de menor porte para enfrentar grandes redes incluem oferecimento de mimos e proximidade com clientes. O Estado de S. Paulo, 14 de agosto de 2011, Caderno Oportunidades, p. 3.   

D’AMORIM, Sheila et al. Classe C eleva lucro de banco, mas toma empréstimo em loja Contas-correntes dobram em oito anos, mas a maioria pede crédito em lojas, mesmo que o juro seja maior. Folha de S. Paulo, 21 de agosto de 2011, Caderno Mercado, p. B9.    

SAAD NETO, José. Mapa do comportamento digital Cada vez mais requisitada pelo mercado corporativo, Netnografia aponta perfil de consumo, comportamento e hábitos digitais de grupos predefinidos. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1476, 12 de setembro de 2011, p. 34.

LESSA, Katia et al. Exibidas Vitrines sofisticam a arte de mostrar seus produtos. Revista São Paulo, n.º 65, 11 de setembro de 2011, pp. 28-33.

GRATÃO, Paulo et al. Os novos ativos das organizações Clientes precisam deixar de ser vistos como passivos das empresas e se transformar em aliados efetivos para o fortalecimento das marcas. Consumidor Moderno, ano 15, nº 161, agosto de 2011, pp. 122-126.