sábado, 28 de setembro de 2013

Seis tipos de posts que você deve evitar fazer no Facebook

Olhar Digital
24/09/2013
Um elefante incomoda muita gente; um post no Facebook pode incomodar muito mais. Todos têm em seu feed de notícias alguma pessoa especialista em atualizar as centenas de amigos sobre absolutamente nada.

Esta pessoa provavelmente incomoda por não contribuir para as conversas na rede social. O Wait But Why fez um longo post explicando que uma boa postagem no Facebook é relevante tanto para quem posta quanto para quem lê. Se ele for humorístico, informativo, divertido ou interessante de alguma forma, ele é válido.

Baseado nisso, o Youpix fez uma lista dos 6 tipos de posts que mais incomodam na rede social, que reproduzimos abaixo. Vale lembrar que não há modo correto de usar o Facebook e você pode continuar fazendo o que faz, caso se encaixe nos perfis abaixo, mas saiba que há pessoas incomodadas com isso.

A frase misteriosa

É aquele post feito sobre a vida pessoal do usuário, sem nenhum tipo de detalhamento, publicado de forma aleatória, de modo que absolutamente ninguém sabe do que se trata. É um desabafo misterioso e deixa vários com a pulga atrás da orelha. Pode ser uma indireta, uma celebração, ou apenas uma reclamação sobre alguma coisa que ninguém nunca vai saber qual é.

Quando o privado vira público

Evite expor momentos privados e pessoais para toda a sua timeline. Quando for chamar algum amigo para sair, converse com ele por Inbox. Quando for agradecer aos companheiros pela companhia em alguma festa, Inbox. Este tipo de informação não acrescenta em nada para quem não tem ligação com o post.

Querido diário

O Facebook não é seu diário. Você não precisa postar tudo o que faz para todos os seus contatos verem, principalmente porque a maioria deles não quer saber o que você fez durante o seu dia. Apenas faça suas coisas, você não precisa divulgar que foi ao banheiro.

Casais felizes

Você não precisa esfregar na cara de todos os seus contatos como você tem um relacionamento feliz com sua namorada ou seu namorado. A maioria, inclusive, preferia que você não fizesse isso. Curtam seus momentos, em vez de ficar publicando desnecessariamente no Facebook. Gabar-se do namoro é desnecessário.

Discurso desnecessário

Nem todos os seus contatos no Facebook são realmente seus amigos. Agradecer a todos por alguma meta atingida sem nem ao menos dizer qual ela é certamente pegará alguns de surpresa. Estas pessoas não te ajudaram, não fizeram questão de te ajudar e, possivelmente, se você pedisse ajuda, elas se recusariam a prestá-la. Guarde agradecimentos para quem realmente foi importante.

Capitão óbvio

Muito simples: se sua opinião é um consenso geral e já foi repetida milhões de vezes em todos os meios possíveis e estabelecida como uma verdade absoluta, por que divulgá-la para os seus contatos? Se for dar algum palpite sobre algum tema cuja opinião geral já é conhecida (corrupção atrasa o país, por exemplo), ao menos se aprofunde no assunto. A lógica é que acrescentar é bom, repetir é ruim.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/6-tipos-de-posts-que-voce-deve-evitar-fazer-no-facebook/37801. Acesso em 25 set 2013.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Durante 'enterro' de Bentley, Chiquinho Scarpa revela ação de marketing

Luiza Belloni Veronesi
20-09-2013

Foto no início desta semana, com a declaração de que iria enterrar seu Bentley (Reprodução/Facebook)

Após causar polêmica nas redes sociais esta semana com o anúncio de que iria enterrar seu carro preferido, um Bentley Continental Flying Spur avaliado em R$ 1,5 milhão, no jardim da sua mansão, o conde Chiquinho Scarpa revelou durante o “enterro” do veículo, a verdadeira intenção para a ação: o lançamento de uma campanha de doação de órgãos.

Na verdade, o conde quis chamar a atenção para a Semana Nacional de Doação de Órgãos, desenvolvida pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), que terá início na próxima segunda-feira (23). Chiquinho foi parceiro da campanha preparada pela agência Leo Burnett Tailor Made, que pretendia causar um grande impacto.

Segundo a agência, "a ideia é despertar as pessoas para o absurdo que é enterrar um órgão saudável que poderia salvar a vida de alguém. Apesar de serem mais valiosos do que qualquer riqueza, as pessoas não se chocam com o desperdício de se enterrar órgãos capazes de salvar várias vidas. É mais fácil se chocar com o enterro de um carro."

No dia marcado para o enterro e com a imprensa reunida para uma coletiva, Chiquinho revelou o anúncio da abertura da Semana Nacional de Doação de Órgãos. "Eu não enterrei meu carro, mas todo mundo achou um absurdo quando eu disse que ia fazer isso. Absurdo é enterrar seus órgãos, que podem salvar muitas vidas. Nada é mais valioso. Seja um doador, avise sua família", disse Scarpa em seu perfil no Facebook, mesma rede social em que tinha anunciado o enterro.

De acordo com a associação, atualmente cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada dez pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. Os interessados em se tornarem doadores podem conferir mais informações no site oficial da ABTO: http://www.abto.org.br/.

Disponível em http://www.infomoney.com.br/negocios/como-vender-mais/noticia/2971371/durante-enterro-bentley-chiquinho-scarpa-revela-acao-marketing?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=nlnegocio . Acesso em 23 set 2013.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Desigualdade entre gêneros é menor nos pequenos negócios

Alessandra Pires
23/09/2013
A diferença salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade no Brasil, mas nos pequenos negócios essa desigualdade é cada vez menor. Nas micro e pequenas empresas – aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano –, homens ganham em média 24% mais do que as mulheres, enquanto nas médias e grandes companhias, os homens ganham 44% a mais do que as mulheres. As mulheres representam quase 40% dos 15,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada em micro e pequenas empresas.

Na última década, a desigualdade caiu dois pontos percentuais nas micro e pequenas empresas ao mesmo tempo em que cresceu seis pontos percentuais nas médias e grandes. Essa amostragem faz parte do estudo elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que analisou as informações dos empreendimentos comandados por homens e mulheres entre 2001 e 2011.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, atribui o porte das empresas a essa diferença salarial. “Nas grandes corporações, a estrutura organizacional é maior e nem sempre as mulheres ocupam cargos mais altos na hierarquia. Já nos pequenos negócios, o acesso às decisões é mais facilitado e a convivência com os donos das empresas, mais próxima”, acredita Barretto. Ainda segundo ele, nas micro e pequenas empresas os funcionários acompanham mais de perto o que acontece nos empreendimentos.

Ainda de acordo com o levantamento, a remuneração média das trabalhadoras das micro e pequenas empresas cresceu mais do que a do público masculino. Entre os anos de 2000 e 2011, o salário médio real das mulheres aumentou 21%, enquanto que entre os homens o crescimento foi de 18%.

Esse é o caso da metalúrgica carioca Maemfe, criada em 1985. A empresa tem no seu quadro funcional alguns exemplos interessantes de funções desempenhadas por homens e mulheres com a mesma qualidade e gratificação. Entre eles está o cargo de soldador e desenhista Cadista (profissional que transpõe um projeto para a linguagem do computador), geralmente desempenhado pelo sexo masculino. De acordo com o sócio Jorge Dobao, “o gênero não entra na avaliação, apenas o currículo”.

A participação na massa salarial também seguiu a mesma tendência. A soma das remunerações femininas aumentou 250% e, dos homens, 194%. O público feminino também entrou mais no mercado de trabalho durante esse mesmo período. A quantidade de trabalhadoras nas micro e pequenas empresas mais do que dobrou – cresceu 108% –, enquanto a de trabalhadores homens aumentou 67%.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/desigualdade-entre-generos-e-menor-nos-pequenos-negocios. Acesso em 25 set 2013.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Seis problemas entre sócios que podem atrapalhar um negócio

Camila Lam
19/07/2012
A falta de empenho de um sócio ou a falta de comunicação entre sócios são problemas comuns quando uma pequena ou média empresa tem mais de um dono. Paulo Melchor, consultor jurídico do Sebrae-SP, diz que a maioria dos empresários começa uma sociedade entusiasmada, mas a escolha da parceria tem que ser feita com cuidado. “A convivência é muito grande e é preciso que eles entendam que passarão por dificuldades”, afirma.

Segundo Antônio Lage Terassovich, professor da FIA, o principal problema é quando a escolha do parceiro de negócio acontece por causa de uma amizade ou porque o outro é membro da família. “Alguns se arrependem porque depois percebem que o amigo não tem a atitude necessária para tocar o negócio”, conta. Ele recomenda que um sócio deve ser escolhido pelas competências que o empreendedor não tem.

Na prática, quando as discussões se tornam constantes, o negócio passa a ficar no segundo plano. “Algumas sociedades permanecem, mas já não existe paixão nenhuma pelo empreendimento. É como quando o casamento acaba, mas o casal fica pelos filhos”, explica Rubens Vinha Junior, professor de gestão de riscos da pós-graduação da FAAP.

Com a ajuda de especialistas Exame.com listou os principais problemas entre sócios que podem acabar com uma empresa.

1. Ausência de comunicação

Antes de ser tomada, qualquer decisão tem que ser analisada por todos os envolvidos no negócio, não é recomendável agir precipitadamente. “Às vezes, por confiar e achar que conhece bastante o outro, um sócio decide primeiro e deixa para falar depois”, explica Junior.
Neste caso, para evitar conflitos o diálogo constante é essencial. “Se você não escuta o seu sócio, a relação passa por questões de controle de poder. Tem que ter respeito e amizade”, afirma Terassovich.

2. Visão de negócios diferente

Para que uma sociedade seja bem resolvida é preciso que exista um alinhamento desde o começo. Segundo Terassovich, quando os empreendedores começam um negócio com visões diferentes como em relação a divisão de lucro, dos critérios que envolvem a empresa, até uma amizade pode chegar ao fim. “É fundamental que os sócios tenham a mesma visão: queremos lucro ou longevidade?”, diz.

E, quando há uma disparidade econômica entre os sócios, decisões que envolvem investimento financeiro, por exemplo, também podem resultar em discussões. “Quando uma quantia para uma parte é um mero investimento e para a outra é metade de seu patrimônio pessoal, isso pode acabar desmontando uma sociedade”, explica Junior.

3. Excesso de desconfiança

Para que o desgaste por conta do negócio seja evitado, é preciso persistência e confiança. Dificuldades financeiras acontecem, pois o retorno do negócio, em determinadas situações não chega no tempo planejado. “Um ficará cuidando da parte financeira mais que o outro, e é preciso ficar confortável com isso”, explica Junior.

Ao se deparar com problemas na empresa, reflita antes de acusar o sócio. “Não ataque a pessoa e sim o problema”, diz Terassovich.

4. Falta de engajamento

Se um sócio está na zona de conforto e não se esforça para que a empresa cresça, o outro pode se sentir sobrecarregado e desmotivado. “Se não tem empenho dos sócios, a empresa perde espaço no mercado e acaba entrando na rotina”, diz Junior.

Uma empresa precisa ser movida por paixão, se um gosta é do dinheiro do empreendimento, as chances dos envolvidos brigarem aumentam.

5. Cobrança excessiva

A dedicação ao negócio tem que ser igual. Quando uma parte sente que está dedicando mais que a outra, a cobrança não é uma solução. “Como os sócios são os donos do negócio e não há chefe para resolver a questão, às vezes é preciso do auxilio de uma terceira pessoa”, recomenda Terassovich.

Para ele, é preciso encarar o seu parceiro de negócio como um patrão e ao mesmo tempo como funcionário. É recomendável que a cobrança seja equilibrada, para que um não fique rotulado como “mandão” resultando em uma situação de conflito na empresa.

6. Não preparar um contrato

Um bom contrato prevê o que acontecerá com as partes caso a sociedade seja desfeita. Além de evitar discussões de quem adquiriu os equipamentos e quais bens ficarão com quem, por exemplo, o documento é uma proteção para as partes envolvidas e para a empresa. De acordo com Junior, essa atitude pode evitar uma briga judicial posterior.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/6-problemas-entre-socios-que-podem-atrapalhar-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 25 set 2013.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Três dicas essenciais para pensar de forma estratégica

Universia Brasil
20/04/2012
 
Embora a inovação seja o principal requisito para um profissional atualmente, muitas pessoas ainda pensam de maneira “engessada” e antiga. Isso faz com que você não tenha nada de novo para oferecer aos seus superiores, te mantendo sempre na mesma posição, sem perspectivas de crescimento.

Para se destacar, é necessário pensar de forma estratégica. O pensamento estratégico requer dedicação e percepção do ambiente no qual você está envolvido. Mas como fazer isso? Confira os 3 passos essenciais para desenvolver o pensamento estratégico:

Para pensar de maneira estratégica: 1. Avalie sua empresa

Faça pesquisas e descubra quais são as alternativas e recursos dos quais a companhia dispõe. Depois disso, você vai precisar “ligar os pontos”, ou seja, entender de que forma esses recursos podem ser úteis para alcançar o seu objetivo – tanto dentro da empresa quanto para o desenvolvimento da sua carreira. Mantenha em mente que esse processo pode levar algum tempo, então não se desespere. Tenha calma ao avaliar as suas chances, leve um tempo para refletir sobre as suas descobertas.

Para pensar de maneira estratégica: 2. Separe estratégia de execução

Depois de entender quais são as suas chances, trace uma espécie de mapa com a sua estratégia. Isso pode ser feito até mesmo no modelo de uma check-list. Esse mapa deve ser uma descrição de cada passo que você deverá tomar para chegar onde pretende. Depois de estabelecida a estratégia, comunique isso à sua equipe e lembre-se de que é importante ser flexível. Aceite as opiniões das outras pessoas do seu time. No entanto, isso não significa ficar parado, esperando que as coisas aconteçam. Aja de maneira rápida. Quando vir uma oportunidade, seja pró-ativo.

Para pensar de maneira estratégica: 3. Gerencie os seus recursos

Não aqueles recursos materiais, que você já identificou que estão disponíveis, e sim aqueles que dependem de você. Aprenda a confiar nos seus sentidos quando for tomar uma decisão. Tente organizar as suas necessidades em ordem de importância, saiba como identificar e dar prioridade ao que é mais urgente. Outra característica importante para quem quer pensar de forma estratégica é saber delegar funções. Por mais que seu projeto tenha significado pessoal, você deve aprender a contar com a sua equipe. Identifique os pontos fortes de cada um e delegue funções nas quais você sabe que poderá confiar neles.

Disponível em http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/04/20/924772/3-dicas-essenciais-pensar-forma-estrategica.html. Acesso em 24 set 2013.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Brasileiro demora 99 dias a mais para abrir empresa ao comparar com outros países

Luiza Belloni Veronesi

19-09-2013


Um estudo realizado pela consultoria EY (antiga Ernst & Young) revelou os países do G20 com os melhores ambientes para o empreendedorismo. A pesquisa analisou o acesso ao financiamento, cultura empreendedora, impostos e regulamentação, educação e capacitação e apoio coordenado.

Para os empreendedores brasileiros, impostos e regulamentação foram considerados as principais barreiras para o crescimento dos negócios. O tempo médio para abrir uma empresa é de 119 dias, contra uma média de 20 dias nos demais países do G20. Além disso, o tempo gasto no Brasil para resolver questões tributárias é de 2.600 horas, enquanto nos demais países, a média não ultrapassa 347 horas. No ranking dos países, ele ficou na 17ª posição, atrás apenas da Itália, Índia e Argentina.

O estudo "G20 Entrepreneurship Barometer" baseia-se em entrevistas com 1,5 mil empreendedores e dados sobre as condições e melhores práticas para o empreendedorismo nos países do G20. Ele dividiu em grupos de cinco os países com os melhores ambientes para o empreendedorismo. No primeiro grupo do G20, e considerado o melhor ambiente, aparecem Austrália, Canadá, Estados Unidos, Coreia do Sul e Reino Unido. O Brasil está no 3º grupo, junto a China, México, Rússia e Arábia Saudita.

Os Estados Unidos lideram em quesitos como acesso a financiamento e cultura empreendedora, enquanto a França apresenta o melhor cenário em educação e capacitação. Porém, o levantamento mostra que os países emergentes estão reduzindo a distância e sendo mais rápidos para fazer as reformas necessárias para melhorar o “ecossistema” para o empreendedorismo. A Arábia Saudita é o país mais atrativo do ponto de vista dos impostos incidentes sobre o empreendedorismo e da regulamentação simples para o setor. No último quesito, apoio coordenado, o que inclui tutoria empresarial e rede de contatos, a Rússia está no topo, seguida por México e Brasil.

Posições

Acesso ao    financiamento
Cultura empreendedora
Impostos e regulamentações
Educação e capacidade
Apoio coordenado
1
EUA
EUA
Arábia Saudita
França
Rússia
2
Reino Unido
Coreia do Sul
Canadá
Austrália
México
3
China
Canadá
Coreia do Sul
EUA
Brasil
4
Canadá
Japão
Reino Unido
Coreia do Sul
Indonésia
5
Austrália
Austrália
África do Sul
União Europeia
Índia
Brasil
9.ª posição
12.ª posição
17.ª posição
10.ª posição
-
G20 – Entrepreneurship Barometer

Emprego

Segundo o estudo da YE, os empreendedores já são responsáveis por dois terços dos empregos nos países do G20 e representam uma força essencial para a criação de ainda mais vagas, inclusive entre os jovens. Na União Europeia, os empreendedores criaram 67% dos novos empregos em 2012; na China, a proporção de empregos gerados por empreendedores no mesmo período chega a 75%.

Acesso a financiamento

O acesso a financiamento é citado como principal ponto para ação por 70% dos empreendedores ouvidos pela EY, os quais afirmam que conseguir fontes de financiamento continua sendo uma tarefa complicada mesmo com o crescimento dos negócios. Enquanto nos Estados Unidos apenas 15% dos empreendedores apontam que é difícil conquistar financiamento, o índice sobe para quase a metade no Brasil. Por outro lado, 80% dos empreendedores brasileiro percebem melhoria no amparo do empreendedorismo nos últimos três anos por meio de programas governamentais e de associações, contra 53% com a mesma opinião nos demais países do G20.

Disponível em http://www.infomoney.com.br/negocios/noticia/2967447/brasileiro-demora-dias-mais-para-abrir-empresa-comparar-com-outros?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=nlnegocio. Acesso em 23 set 2013.

domingo, 22 de setembro de 2013

Como atrair fãs para sua marca no Facebook

Carolina Dall'Olio
28/05/2013
A estudante paulista de biomedicina Marina Portanova, de 20 anos, costumava ler diversos blogs de moda para ficar por dentro das tendências de cada estação. Há pouco mais de um ano, quando passou a acompanhar a página do Facebook da MyGloss, rede paulista de lojas que vendem acessórios como bolsas e bijuterias, os blogs deixaram de ser sua principal fonte de informação sobre o assunto.

Em sua fan page, a MyGloss tira dúvidas que seus seguidores postam sobre como compor um figurino perfeito. "Gostei tanto que comprei vários produtos da MyGloss e os recomendei às minhas amigas", afirma Marina.

No ano passado, a empresa selecionou uma de suas fãs para ser modelo do catálogo de inverno — a vencedora ganharia 2.000 reais em produtos. Entre 6.200 candidatas, Marina foi escolhida. "Eu sabia que tinha chance de ganhar, pois sou muito bonita", diz ela. "Já era fã e agora sou garota-propaganda da marca."

Criar uma identificação forte dos consumidores com a marca, como a que aconteceu entre Marina e a MyGloss, e contar com um canal direto de comunicação com eles está no início da lista de tarefas dos empreendedores que precisam levar seus negócios ao crescimento.

"O Facebook tem se mostrado uma ferramenta bastante eficaz para atingir esses objetivos", diz Paula Bellizia, diretora do Facebook para pequenos e médios negócios no Brasil. "Os 67 milhões de brasileiros conectados ao Facebook o usam cada vez mais para se informar sobre a reputação de uma empresa, compartilhar opiniões sobre produtos e serviços e divulgar suas marcas preferidas."

O que uma pequena ou média empresa pode fazer para se destacar no Facebook? Como usar sua página para ganhar novos clientes? O que é preciso para reforçar os laços com o consumidor? Para procurar as respostas para essas questões, a consultoria mineira Dito, credenciada pelo Facebook como desenvolvedora oficial de aplicativos, fez um estudo exclusivo para os leitores de Exame PME.

De dezembro a fevereiro, os perfis institucionais de mais de 800 empresas (todas de redes de franquias) que estão no Facebook foram monitorados diariamente. O levantamento resultou em quatro rankings — marcas com maior número de fãs, marcas com mais comentários, marcas com mais compartilhamentos e as que foram mais curtidas.

A MyGloss foi uma das que mais se destacaram. Com apenas dez lojas e faturamento anual de 9 milhões de reais, a marca tinha, em 28 de fevereiro, quase 1,2 milhão de seguidores, ocupando a oitava posição no ranking de fãs, atrás apenas de grandes empresas, como Havaianas e O Boticário. 

"Nossa página faz sucesso porque não nos limitamos a divulgar nossos produtos", diz Rodrigo Stocco, de 33 anos, dono da MyGloss. "O que fazemos é ajudar uma mulher a desenvolver seu próprio estilo."

Para André Fonseca, sócio da Dito, as marcas que ocuparam as melhores posições nos quatro rankings, como a MyGloss, seguiram o mesmo mandamento — divulgar apenas informações relevantes para seus públicos. "Essas empresas não usam as fan pages como se fossem um panfleto", diz Fonseca. "Elas prestam um serviço."

A seguir, veja como as empresas que se destacaram no estudo conseguiram conquistar a admiração de seus consumidores.

O que dizer e quando postar as mensagens

O principal indicador de que a marca está em sintonia com os consumidores é o compartilhamento de informações. "Ao compartilhar um post, o cliente está dizendo que gostou tanto do conteúdo que ele quer que todos os amigos também vejam", diz Fonseca.

Boa parte dos compartilhamentos feitos no Facebook acontece porque o consumidor encontrou naquele post alguma informação que ele não viu em outros lugares. "Empresas que trabalham em nichos têm aí um bom campo para atuar", diz Fonseca.

Uma das empresas que brilharam no ranking de compartilhamentos é a rede de docerias Amor aos Pedaços, que tem sede em São Paulo e um faturamento anual de 56 milhões de reais. A marca é a terceira colocada, atrás somente da Cacau Show e de O Boticário. As postagens mais frequentes trazem informações sobre as linhas diet e sem glúten.

Elas costumam ser acompanhadas de recomendações como "Fulano, esse doce você pode provar", dirigidas a algum amigo. "Quem tem conhecidos com restrições alimentares ajuda a divulgar esses produtos, pois sabe que não é nada fácil encontrar doces feitos para eles", afirma Silvana Marmonti, de 47 anos, sócia da Amor aos Pedaços.

Parte dos posts é reservada a algo que os seguidores de uma marca no Facebook adoram — expressar-se, simplesmente. Um exemplo: os clientes são convidados a enviar fotos de momentos divertidos em que estão comendo um doce — não necessariamente comprado na Amor aos Pedaços. As imagens são colocadas na página da rede para que sejam vistas por todo mundo.

Com o tempo, e o exercício diário de observar o cliente, vão surgindo ideias do que pode movimentar a página — e os negócios. A maioria dos consumidores da Amor aos Pedaços costuma frequentar as docerias depois do almoço, à procura de uma sobremesa, ou na hora do café da tarde.

Como muitos clientes moram ou trabalham perto das unidades da rede, a empresa usa a fan page para estimular o consumo nesses horários. "Publicamos um post por volta das 11h30 e outro às 16h30, apresentando um novo produto ou simplesmente colocando uma foto de um bolo com bastante saída", diz Fernanda Oruê, gerente de marketing da empresa.

À noite, por volta das 20 horas, quando a loja virtual recebe um grande número de encomendas, é feito mais um post. "Hoje, a maioria dos clientes chega ao site porque acabou de ver a foto de um salgado ou um doce nosso no Facebook", diz Fernanda.

Isso significa que as empresas devem fazer seus posts preferencialmente à noite? Como quase tudo no Facebook, a resposta é sim e não. "Nosso horário nobre de fato vai das 20 às 23 horas", diz Paula, do Facebook.

"Mas é preciso acompanhar os índices de audiência da página para entender em que momentos as pessoas estão mais propensas a receber as informações que a marca tem a passar", afirma Paula.

Quantos posts colocar por dia? "Algumas estatísticas mostram que mais do que três pode cansar", diz Paula. "Mas as marcas que têm muito conteúdo relevante podem postar o dia todo, como fazem as empresas de mídia."

Como administrar a página

A catarinense Jeane Moura, de 35 anos, dona da rede de restaurantes DNA Natural, com sede em Florianópolis, mantém um perfil pessoal no Facebook há quase cinco anos e está em várias outras redes, como Twitter, Instagram e Pinterest.

Há dois anos, quando percebeu que as primeiras páginas de marcas começavam a despertar algum interesse, ela criou uma fan page de sua empresa no Facebook. Jeane começou postando fotos de pratos e dicas de nutrição.

"Já é minha função obter esse tipo de conhecimento para passar aos franqueados", diz Jeane. "Quis divulgá-lo também para nossos clientes que estão no Facebook." 

Com 39 lojas e faturamento anual de 11 milhões de reais, a DNA Natural pode ser considerada muito ativa no Facebook. No período da pesquisa, cada fã compartilhou, em média, quatro posts. Um dos mais compartilhados falava de uma pesquisa com oito alimentos que parecem ajudar a modelar as curvas do corpo. Alguns nutricionistas fizeram comentários e recomendaram a página da DNA Natural aos pacientes.

É Jeane quem escreve todos os posts e responde cada comentário dos fãs — o que gera mais e mais comentários que ela tem de responder. "São cerca de 50 por dia", afirma ela. "Dedico 3 horas a isso e me sinto como se estivesse sentada numa mesa conversando com meus clientes."

Vale a pena todo esse trabalho? Jeane acha que sim. "Metade das decisões que tomo é baseada no que nossos seguidores escrevem na nossa fan page", diz. Recentemente, ela decidiu que os restaurantes da rede voltarão a vender omeletes porque muitos clientes postaram reclamações por não encontrar mais o prato no cardápio.

A pessoa que administra a página de uma empresa deve, assim como Jeane, conhecer bem o perfil da marca e o perfil do cliente — se é mais jovem ou mais velho, se está interessado em esportes ou em livros, e assim por diante. E não é porque o Facebook é um ambiente informal que vale tudo — fotografias de má qualidade, por exemplo, afugentam as pessoas. Textos longos têm tudo para não ser lidos.

O empreendedor que decide ter uma fan page da empresa deve ter em mente que o Facebook é um ambiente em que reina a impaciência. Demorar a responder os comentários, ignorá-los ou — muito pior — apagá-los é um caminho ótimo para obter o efeito inverso ao desejado.

"Se for para fazer malfeito é melhor não fazer nada", diz Guilherme Stoll, da Tiki Webmonsters, agência especializada em mídia digital.

Como divulgar a marca

Há 15 milhões de fan pages em todo o mundo — o Facebook não divulga quantas são de empresas brasileiras. "À medida que cresce o número de usuários, é natural que mais empresas se interessem em ter sua fan page", diz Paula, do Facebook.

A recifense Amanda Lima, de 33 anos, que está há dois anos e meio no Facebook, percebeu que as fan pages de empresas brasileiras estão se espalhando rapidamente. "Quando criei meu perfil, muitas marcas de que gosto não estavam no Facebook", afirma. "A rede servia só para falar com os amigos."

Amanda diz que passa o dia todo conectada ao Facebook, mesmo quando está no trabalho. "Fico procurando promoções." Só na página da rede catarinense de lojas de objetos de decoração e presentes Uatt?, Amanda já participou de seis concursos.

Num deles, o desafio era achar sete diferenças entre duas imagens — o prêmio, uma caixa de chocolates, chegou pelo correio. "Não ligo tanto para os prêmios”, diz Amanda. “Gosto mesmo é de me divertir com as brincadeiras."

O empreendedor Rafael Biasotto, de 37 anos, dono da Uatt?, diz que jogos e charadas na página da empresa são uma forma lúdica de apresentar os produtos. "Já propusemos decifrar charadas e completar palavras cruzadas", diz Biasotto. "Dá bastante resultado porque muita gente compartilha os joguinhos."

A Uatt?, que faturou 102 milhões de reais em 2012, está na nona posição no ranking de comentários. Um dos posts mais comentados pedia aos fãs que encontrassem os sete erros da imagem de dois quindins — a ideia era divulgar uma linha de almofadas com estampas de doces.

Vencia quem escrevesse sete comentários consecutivos com as respostas sem ser interrompido por outro participante. Mesmo sem oferecer nenhum prêmio a quem acertasse, a publicação teve mais de 3.000 comentários.

"Deu resultado. Vendemos muitas almofadas de doce", diz Carlos Eduardo Machado, gerente de mídias eletrônicas da empresa. "As empresas que não estão no Facebook estão perdendo a chance de ter esse tipo de contato com os clientes."

O que fazer com os comentários

Pouco adianta oferecer um conteúdo interessante aos fãs, fazer com que as mensagens da marca cheguem a um grande número de consumidores e estimular as pessoas a manifestar sua opinião sobre produtos e serviços se, no fim das contas, o que os clientes falarem for ignorado.

No Boticário, que ocupa o primeiro lugar no ranking de comentários, alguns clientes reclamaram que a tampa de um dos cremes era difícil de abrir. A embalagem foi modificada. A Amor aos Pedaços usa a localização dos fãs para planejar a abertura de novas unidades — cidades com muitos fãs e nenhuma loja ganham prioridade na expansão.

"Estamos de olho em alguns municípios do interior de São Paulo, pois descobrimos que há muitas pessoas que conhecem a marca", diz Silvana, dona da rede.

Em setembro do ano passado, a rede de chocolates Cacau Show, campeã em compartilhamentos, divulgou, apenas no Facebook, uma campanha para lançar cinco sabores de trufa — doce de leite, floresta negra, suflê de chocolate, torta de limão e torta de maçã.

Os fãs deveriam votar na versão preferida e a trufa vencedora seria a única a continuar no cardápio até dezembro — as demais sairiam das lojas em outubro. Ganhou a versão floresta negra. “A venda de trufas aumentou 30% em relação a 2011”, diz Cida Torres, gerente de relacionamento da Cacau Show. "Vimos que os comentários são um ótimo termômetro."

Hoje, na Cacau Show, há uma reunião semanal para definir os principais posts que serão feitos e avaliar o que foi dito pelos clientes nos dias anteriores. Participam funcionários que cuidam do marketing, da comunicação, do desenvolvimento de produtos e do relacionamento com os clientes.

"A ideia é aproveitar esse canal de comunicação com os clientes para melhorar os produtos e o atendimento, além de divulgar os lançamentos", diz Cida.

A rede de lojas de roupas femininas Enjoy, que tem sede no Rio de Janeiro e faturou 91 milhões de reais no ano passado, também costuma consultar suas fãs para saber que peças têm mais chance de agradá-las. É comum a empresa colocar fotos de dois manequins vestidos com roupas da grife e pedir às clientes para que votem na produção preferida.

"Avisamos os franqueados que as roupas mais votadas podem ser mais procuradas, e eles reforçam o estoque dessas peças para não faltar", diz Julio Dahis, dono da Enjoy. Depois que uma bata divulgada pelo Facebook sumiu das prateleiras em poucas horas, tamanha foi a procura, os lojistas perceberam que tinham de levar a sério a recomendação.

"Também colocamos fotos das vitrines das lojas para testar sua aceitação." Os resultados são avaliados pelos departamentos de marketing e também pelos estilistas da marca.

A carioca Sonia Barreto, de 67 anos, é uma das clientes que não perdem a chance de opinar sobre as roupas da Enjoy. "Entro no Facebook todo dia para saber se chegaram peças novas nas lojas", afirma Sonia. "Quando gosto de alguma coisa, escrevo um comentário dizendo que adorei e já aviso minhas amigas, para não comprarmos roupas repetidas."

Sonia visita uma loja da Enjoy pelo menos uma vez por semana — e nunca sai de mãos vazias. "Já tenho mais de 150 blusas da Enjoy", afirma ela. "E pretendo comprar ainda mais."

Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0060/noticias/como-atrair-fas-para-sua-marca?page=1. Acesso em 22 set 2013.