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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cinco coisas que os comerciantes nunca lhe dirão

Ana Torres Pereira
27 Novembro 2013
 
Aumentar o ar condicionado, colocar uma música agradável ou ter uma loja perfumada são apenas algumas das técnicas utilizadas pelas marcas para convencer os consumidores a comprarem mais. O neuromarketing ou o marketing sensorial são duas ferramentas que já fazem parte de qualquer manual de gestão de consumo.

"A Neurociência do Consumidor veio trazer novas possibilidades às marcas, por via do seu contributo na produção de dados que permitam complementar ou aprofundar os processos de investigação relacionados com inovação e desenvolvimento de novos conceitos, subjacentes à criação de novos produtos", como refere André Zeferino, numa análise publicada na Netsonda. O marketing sensorial, como o próprio nome indica, quer estimular os vários sentidos. Esta estratégia que arrancou no Reino Unido já começa a ter alguma penetração nalguns mercados. Contudo ele não se aplica a todo o tipo de lojas ou de produtos.

De todas as técnicas, a focada na promoção e no desconto ainda é a rainha. Compre um e leve dois, receba desconto de 25% a 50% na compra do segundo artigo, acumule 50% do preço em cartão e volte cá para comprar de novo. E mais recentemente a aquisição de "vouchers" nos mais diferentes sites de descontos que "oferecem" não só produtos a preços mais baratos, como valores de dois ou mais serviços por metade do preço.

Para ser um consumidor consciente e só comprar o que precisa, é preciso ter os sentidos muito mais apurados, porque todos o vão querer convencer a comprar mais.

Preços: a tática do 99 dá ilusão de barato

As técnicas aplicadas ao preço podem dar a ilusão de que os artigos são mais baratos do que efetivamente são. A mais utilizada é a de não arredondar o valor, ou seja, um artigo que custa 9,99 euros dá a ilusão que é muito mais barato do que um que custe 10 euros e, no fundo, o que os separa é apenas um cêntimo.

Outra das tácticas utilizadas é não colocar a moeda, esta pouco utilizada em Portugal. No entanto, um produto que custa 30 é percepcionado de forma diferente se for colocado o preço de 30 euros. Ainda neste campo, colocar as letras mais pequenas na etiqueta ou no placar onde está fixado também poderá causar ilusão ao consumidor.

Olfato: uma loja perfumada

O uso de fragrâncias é bastante utilizado por marcas de automóveis e roupas, porém, um crescente número de empresas de diversos ramos já tem utilizado esse recurso do "branding" sensorial. De acordo com algumas análises de neuromarketing, um perfume traz lembranças e deixa o consumidor mais emotivo.

Segundo uma pesquisa alemã, perfumar o ambiente aumenta em até 15% a probabilidade de uma venda. Segundo a directora da empresa especializada em marketing olfactivo, Soluquim, Fernanda Menghatho, a estratégia tem a finalidade de sugestionar o consumidor pelas sensações que os aromas proporcionam. "A memória olfactiva é muito maior do que a memória visual", diz.

Restaurantes: as crianças é que mandam

Oferecer brindes ou colocar os chocolates e rebuçados perto da caixa de pagamento são algumas das técnicas utilizadas, principalmente em supermercados. Nos restaurantes de "fastfood", uma das técnicas mais utilizadas é oferecer brinquedos num dos menus infantis. Mas, mesmo noutro tipo de restaurantes o menu infantil poderá incluir, por exemplo, uma caderneta ou um livro para pintar.

Ainda na parte da restauração, algumas das técnicas passam por utilizar cores: por exemplo, o vermelho estimula o apetite. O consumidor fica com mais fome e come mais rápido, abrindo espaço para outros clientes poderem consumir.

Provadores: dar mais espaço e espelhos maiores

Numa loja de pronto-a-vestir quanto maior for o provador da roupa, mais à vontade o consumidor vai ficar. Isso poderá fazer com que ele passe mais tempo a experimentar vários modelos, aumentando assim a possibilidade de compra. Ainda dentro do provador, ter um espelho maior também poderá melhorar a experiência. No interior da loja, o pé direito e a amplitude do espaço poder-se-á tornar mais confortável para uma decisão de compra.

Alguns espaços também utilizam a técnica de aumentar a temperatura do ar condicionado, para apelar à compra. No caso de haver escadas rolantes, estas estão posicionadas de forma que tenha de percorrer vários sectores da loja.

Espaço: sentido inverso aos ponteiros do relógio

De uma forma espontânea quando entra num espaço comercial o mais habitual é seguir uma orientação no sentido dos ponteiros do relógio. Várias análises indicam que os clientes gastam 7% mais quando andam no sentido inverso, apesar de isso também causar desconforto e poder afastá-los das lojas. Desta forma, há locais dedicados ao consumo que procuram organizar--se para distribuir os produtos de forma a estimular o caminho natural e a prolongar a estada.

Quanto à música, um estudo no Reino Unido revelou que uma música agradável faz com que o consumidor possa ficar mais tempo na loja e ter vontade de voltar ou recomendar a outros.


Disponível em http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/coisas_que_os_comerciantes_nunca_lhe_dirao.html. Acesso em 09 fev 2014.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O impacto dos protestos no varejo

Meio e Mensagem
24 de Junho de 2013
Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira, 24, pela Bloomberg, os varejistas brasileiros já podem ter perdido o equivalente a R$ 1 bilhão em vendas, nas duas últimas semanas, por conta dos protestos por melhorias na mobilidade urbana nas cidades (e outras causas que a esta se somaram).

A ação de grupos que se aproveitaram do movimento para promover vandalismo e saques às lojas fez muitos comerciantes baixarem as portas mais cedo. Por outro lado, muitos consumidores também preferiram ficar em casa até a tensão social baixar. E a conjunção dos dois fatores levou à estimativa do prejuízo bilionário, feita pelo professor Daniel Pla, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro.

Foram destacados os casos de depredações e saques sofridos por lojas do Magazine Luiza e da Marisa, na capital paulista. No Rio, dois shoppings da rede Multiplan fecharam mais cedo dia 21 de junho (e quem não se lembra das cenas de destruição envolvendo uma das concessionárias da Hyundai, na mesma cidade?).

A reportagem da Bloomberg também ressalta que esses acontecimentos se somaram a um cenário de crescimento modesto da economia e alta nos preços dos alimentos, transporte e moradia.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/06/24/O-impacto-dos-protestos-no-varejo.html. Acesso em 25 jun 2013.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como fazer um fluxo de caixa perfeito

Priscila Zuini
A expressão “fechar o caixa” faz parte do vocabulário de quase todo comerciante. Antes de baixar as portas e ir para casa, é preciso conferir tudo que foi pago e recebido e checar com o dinheiro do caixa.

Sendo de comércio ou não, toda pequena empresa deve seguir a mesma premissa e ter o fluxo de caixa como companheiro do final do expediente. “O controle de caixa é o registro das transações financeiras de um negócio”, define Maurício Galhardo, especialista em finanças e sócio-diretor da consultoria Praxis Education.

Aparentemente simples, esta ferramenta é indispensável para quem quer manter as contas em ordem. Uma planilha (veja modelo de Planilha de Fluxo de Caixa fornecido pelo Sebrae/SP) pode ajudar na tarefa cotidiana de checar as contas. “O fluxo de caixa é o melhor instrumento de controle da empresa”, diz Ricardo Curado, consultor financeiro do Sebrae/SP.
Entre saídas e entradas de dinheiro, todo empreendedor precisa saber o que estes números significam. “O diagnóstico que o fluxo de caixa dá é apenas da situação financeira da empresa e não a situação econômica. Não é possível saber se a empresa tem lucro ou prejuízo, por exemplo”, ensina Adriano Gomes, professor de finanças da ESPM.

Como fazer

Um fluxo de caixa perfeito é aquele que leva dedicação e disciplina dos empresários. O primeiro passo é separar as saídas de dinheiro em pelo menos três categorias: fornecedores, despesas e outras saídas.

Dentro dos pagamentos com despesas, os especialistas sugerem a divisão em outras três categorias. “As despesas podem ser administrativas, como papelaria, correio, telefone, internet e salários, comerciais, onde entram gastos com marketing e comissões de vendedores, e financeiras, como juros, multas e IOF”, explica Gomes. Em “outras saídas”, coloque o que a empresa pagou para amortização de empréstimos, pagamento de tributos e investimentos.

Do outro lado do fluxo, ficam as entradas, que costumam vir principalmente do que a empresa recebe das vendas. “A venda de um ativo ou um novo aporte também devem entrar neste quesito”, afirma o professor da ESPM.

Esta operação deve ser feita diariamente e depois de calcular o valor das entradas menos o das saídas, somando ao saldo inicial, o empresário tem acesso ao saldo final do dia. Este número deve bater com o que há nas contas bancárias. “Se não bater, o que está errado é o fluxo de caixa. O banco nunca erra”, brinca Galhardo.

Atenção: saldo negativo não significa prejuízo. Os especialistas alertam para a diferença entre saldo e lucro ou prejuízo. “A empresa ficou em déficit de caixa. Prejuízo ou lucro é resultado de vendas menos custos e despesas”, diz Gomes.

Por outro lado, se o saldo for negativo com frequência, vale prestar atenção nas movimentações financeiras da empresa. “Normalmente, significa que está saindo mais dinheiro do que entrando. Tem que fazer o demonstrativo de resultados”, ensina Curado.

Fluxo de caixa projetado

Com cada vez mais crédito circulando e mais gente pagando a prazo, as empresas são capazes de fazer projeções com a ajuda do fluxo de caixa. Isto significa que é possível colocar na planilha em qual data – mesmo no futuro – deve entrar ou sair dinheiro. “É como ter a bola de cristal para prever o futuro financeiro do negócio e tomar decisões hoje”, compara Galhardo.

Se você já sabe que daqui 30 dias vai precisar pagar as contas do fornecedor, pode se programar e deixar de gastar ou investir para poupar e não precisar apelar para os bancos. As empresas que praticam o controle do caixa há mais tempo já têm uma curva de caixa e sabem como é o movimento mês a mês, facilitando o planejamento. “O fluxo serve como uma grande bússola financeira para indicar as melhores datas para receber e pagar”, define Gomes.

Esta projeção serve para mostrar se existe um descasamento das operações, ou seja, entre pagar o fornecedor e receber do cliente há um período muito longo e não dá tempo do dinheiro entrar. Para resolver este problema, os especialistas indicam uma boa gestão de estoque, uma negociação maior com os fornecedores e menos prazo para os clientes pagarem.

O fluxo de caixa é uma ferramenta para avaliar a gestão financeira da sua empresa e colocar o dono no comando das finanças. Por isso, a orientação é dedicar um pouco de tempo todos os dias para fazer estas contas. “Não encerre o dia ou vá embora sem fechar o caixa”, ensina Curado.

Para Galhardo, fazer um fluxo de caixa “mais ou menos” gera resultados medíocres e não ajuda na hora de tomar decisões. “Faça o fluxo de caixa de centavos, até contas de papelaria tem que buscar. Se der diferença, entra no detalhe e esgota até saber de onde vem a diferença”, ensina. Segundo ele, esta é a melhor forma de saber se existe algum tipo de desvio ou se os processos estão mal feitos.