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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Brasil é 8.º país com mais potencial no comércio eletrônico

João Pedro Caleiro
18/11/2013
O Brasil é o 8.º país do mundo com maior potencial no varejo on-line, segundo o Índice de E-Commerce de Varejo Global criado pela A.T. Kearney e divulgado hoje.

A consultoria avaliou 186 países em nove variáveis separadas em quatro dimensões fundamentais: atratividade do mercado on-line, comportamento do consumidor, infraestrutura e potencial de crescimento.

A partir daí, 30 países receberam notas em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais alto no ranking, maior o potencial de retorno sobre o investimento (ROI) a curto prazo em varejo on-line naquele país.

Com exceção da China, todos que estão na frente do Brasil são países desenvolvidos pertencentes ao G8.

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China, Brasil e Rússia lideram os mercados da próxima geração, onde também estão países como Itália e Chile. Em cada um deles falta alguma dessas capacidades: acesso à Internet, sistemas financeiros ou infraestrutura logística.

No nosso caso, é a última: "As principais deficiências do Brasil continuam sendo relacionadas aos investimentos em infraestrutura logística, que não tem acompanhado o crescimento do mercado online.", aponta Esteban Bowles, sócio da A.T. Kearney no Brasil e líder da prática de Varejo e Bens de Consumo na América do Sul.

Ele cita a menor densidade urbana como outra variável ruim para mercado brasileiro de comércio eletrônico, cuja receita é de 11 bilhões de dólares por ano. Já a força das redes sociais no Brasil é vista como vantagem.

O crescimento anual de 27% do varejo on-line na América Latina nos últimos 5 anos supera a média mundial (17%) e da região Ásia-Pacífico (25%).

"Os consumidores nos mercados em desenvolvimento estão adotando rapidamente comportamentos similares àqueles dos países mais desenvolvidos". nota Mike Moriarty, sócio da A.T. Kearney e co-autor do estudo.

"O número de telefones celulares per capita na Rússia (1,8) e Emirados Árabes Unidos (1,7) é muito maior do que muitos mercados desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos (1,0) e França (1,0), por exemplo", completa.

Austrália, Canadá, Estados Unidos e países nórdicos e da Europa Ocidental entram na classificação da consultoria como "Mercados estabelecidos e em crescimento".

Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Nova Zelândia são os "Mercados de DNA digital", onde o crescimento deve ser mais lento a partir de agora justamente pelo seu já avançado grau de maturidade.


Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-8o-pais-com-mais-potencial-no-comercio-eletronico?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 20 nov 2013.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Mercado paga salário 36,11% menor a negros, apura Dieese

Estadão
13 Novembro 2013
Um trabalhador negro recebe em média um salário 36,11% menor que um trabalhador não negro, de acordo com o estudo "Os Negros no Mercado de Trabalho", divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Os negros recebem menos em qualquer comparação que se faça, seja por setores de atividades, seja por escolaridade", disse a economista Lúcia Garcia, coordenadora de pesquisa sobre emprego e desemprego do Dieese.

As informações analisadas foram apuradas pelo Sistema Pesquisa Emprego e Desemprego (Sistema PED), realizado por meio do convênio entre o Dieese, a Fundação Seade, o Ministério do Trabalho e parceiros regionais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

Segundo a pesquisa, no biênio 2011-2012, nas regiões metropolitanas acompanhadas pelo Sistema PED, praticamente a metade dos ocupados eram negros (48,2%), porém suas remunerações por hora, em média, ficavam limitadas a 63,89% do ganho-hora dos não negros. "E o leque da desigualdade se abre mais quanto maior é a escolaridade", afirmou Lucia.

O rendimento médio real por hora dos não negros ocupados na Indústria de Transformação no biênio 2011-2012, por exemplo, foi de R$ 29,03 para aqueles que têm ensino superior, enquanto o de negros na mesma condição foi de R$ 17,39. A diferença era menor, embora desvantajosa sempre para os negros, no caso daqueles que tinham ensino médio (R$ 9,56 para não negros e R$ 7,13 para negros), fundamental completo (R$ 6,76 contra R$ 5,77) e fundamental incompleto (R$ 6,46 contra R$ 5,27).

Além disso, os negros têm mais dificuldades de chegar a cargos de direção e planejamento. No caso de São Paulo, por exemplo, apenas 5,7% dos negros ocupavam esses cargos no biênio 2011-2012 ante 18,1% dos não negros. Os negros, porém, eram 61,1% em cargos de execução e 24,7% nos de apoio, na comparação com 52,1% e 23,3% dos não negros, respectivamente. "O negro não só enfrenta seletividade no trabalho como enfrenta obstáculos que o direcionam para empregos de menor qualificação", disse Lucia.


Disponível em http://www.dcomercio.com.br/index.php/economia/sub-menu-economia/117897-mercado-paga-salario-3611-menor-a-negros-apura-dieese. Acesso em 13 nov 2013.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cinco bons motivos para você não abrir um negócio

Priscila Zuini
12/11/2013
Empreender virou moda. Essa é a opinião de boa parte dos especialistas em empreendedorismo no país. Com um ambiente de negócios mais amigável, muita gente escolhe esse caminho como carreira. O que pode ser muito bom para a economia nem sempre vale a pena para o empreendedor.

Além das características comuns aos empreendedores, como senso de oportunidade e capacidade de execução, fazer um negócio dar certo exige muito tempo e dedicação. Por isso, quem pensa em abrir um negócio para “descansar” da rotina do trabalho pode cair em uma grande armadilha.

A pedido de Exame.com, os professores Alessandro Saade, da Business School São Paulo, e João Bonomo, do Ibmec/MG, listaram alguns bons motivos que indicam que pode ser uma roubada virar dono do próprio negócio.

1. Se você busca tranquilidade

Se você busca mais tranquilidade e tempo com a família, abrir um negócio pode ser uma má ideia. “Normalmente as pessoas procuram a carreira empreendedora querendo certa tranquilidade, ser donas do próprio horário, montar seu cronograma do jeito que acredita que vai ter mais autonomia, mas a gente sabe que pelo menos nos primeiros 60 meses elas tendem a trabalhar mais do que qualquer trabalhador comum”, explica Bonomo.

É verdade que ser empreendedor traz mais autonomia, mas é um engano pensar que isso significa ter menos trabalho.

2. Se você pensa em copiar alguma moda

De vez em quando, muitos empreendedores investem em negócios que prometem explodir. Compras coletivas, frozen yogurt e outros são exemplos disso. Virar empreendedor só porque um setor promete crescer muito ou apostando em uma modinha pode ser um erro grave. “Entrar num mercado oferecendo a mesma coisa que a concorrência é suicídio. Ou oferece algo novo, ou nem tente entrar”, sugere Saade.

Segundo Bonomo, acreditar que vai dar certo apenas copiar outra empresa é muito comum ainda. “Não adianta acreditar que vai dar certo só de olhar o negócio alheio e fazer uma coisa semelhante. Isso tende a enganar os sonhadores, que se espelham no sucesso alheio sem acreditar que precisam conhecer mais, achando que é só replicar a técnica que o negócio vai dar certo”, indica. Entrar em um mercado em crescimento pode dar certo, mas exige preparação, um diferencial e capital.

3. Se você é teimoso demais para ver os erros

Ser empreendedor significa ter autonomia para tomar decisões. Enquanto isso pode ser bom na hora de pensar em horários, por exemplo, é bastante complexo quando é preciso decidir o caminho do negócio. Por isso, se você acredita que basta ter dinheiro ou conhecimento, pode fracassar no seu negócio. “Você precisa ver outros elementos, por exemplo, como está o mercado, como a cadeia produtiva tem se posicionado. Na carreira empreendedora, um dos pontos mais importantes é conseguir fazer uma autoanaálise da sua capacidade e dos seus conhecimentos e verificar as atitudes necessárias para o desenvolvimento daquele determinado tipo de empreendimento”, diz Bonomo.

Se você é teimoso demais para reconhecer seus erros rapidamente e corrigi-los, pode levar muito tempo até conseguir ganhar dinheiro com um negócio próprio.

4. Se você não conhece o mercado

Além da falta de capacidades empreendedoras, quem quer abrir um negócio sem conhecer nada do mercado pode estar destinado a fracassar. Para Bonomo, não conhecer o mercado e não ter um bom capital para uma pesquisa podem ser fatores impeditivos para o desenvolvimento do negócio. “As pessoas se apegam muito ou por terem atitude ou capital ou conhecimento sobre as operações, mas não conhecimento sobre o mercado em si e não acompanham o mercado no passado recente nem as tendências futuras”, indica o professor.

O primeiro passo é entender que o mercado ainda tem longevidade. “Começar agora um serviço de manutenção de tablets parece um bom negócio. Em 2016, o número de tablets vendidos no país será maior que o de notebooks. Agora, criar o mesmo serviço para manutenção de desktops não me parece ser um mercado em crescimento ou durador”, exemplifica Saade.

Além disso, ele lembra da importância de dominar o processo do negócio como um todo. “Montar uma empresa onde o dono não sabe como o seu negócio funciona é imperdoável. Não se monta um negócio sobre o conhecimento dos outros, a não ser que ele seja seu sócio”, sugere.

5. Se tudo depende apenas de você

Um negócio que concentre absolutamente tudo no dono pode ter os dias contados. “Dentistas, chaveiros e artesãos, por exemplo, sofrem do risco de escalabilidade. O crescimento do negócio está diretamente vinculado à capacidade de trabalho individual desses profissionais. O faturamento total é igual a capacidade máxima de produção de cada um deles”, indica Saade.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-bons-motivos-para-voce-nao-abrir-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 nov 2013.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Badoo: quer teclar comigo?

Sergio Damasceno
08 de Março de 2012
Com tripla nacionalidade – americana, brasileira e italiana – Alice Bonasio, a diretora de marketing e comunicação do Badoo no Brasil é escritora, pesquisadora e relações públicas. É formada em Jornalismo e Letras com pós-graduação em Estudos dos Meios de Comunicação em Empresas de Entretenimento e Criatividade.

Sob o seu comando está a operação nacional, do Badoo, uma das sensações da internet brasileira, que já conta com mais de dez milhões de usuários no País. A rede social de social dating (encontros sociais) se define como ponto de encontro para o usuário e o conecta a atividades de lazer. Confira a entrevista:

MEIO & MENSAGEM ››  Como está estruturada a operação brasileira do Badoo?
ALICE BONASIO ›› O site tem operação global e nós ainda não temos um escritório no Brasil. Tudo é centralizado no escritório em Londres, onde está o serviço ao consumidor e de suporte técnico, em que temos brasileiros. Se os usuários têm qualquer problema, podem resolver pelo site, em português, pois falam com os brasileiros, mas não estamos efetivamente no Brasil. Nos planos futuros, com certeza, pensamos sobre isso. Não temos data ainda porque até agora não temos nenhum escritório além de Londres e Rússia. A sede do Badoo fica em Londres porque é um bom lugar dentro da Europa. Mas o nosso principal mercado é o Brasil.

MEIO & MENSAGEM ›› O Badoo tem 138 milhões de usuários...
ALICE BONASIO ›› ... número que muda a todo instante. Temos uma média de 125 mil novos usuários cadastrados por dia.

MEIO & MENSAGEM ›› O Brasil é o maior mercado. Que outros são importantes para a rede?
ALICE BONASIO ›› Nós não temos o detalhamento dos mercados e, portanto, não temos os números de usuários por países. Mas, a cada mês, dez milhões de brasileiros usam o site. O México também é um mercado muito bom. Na Europa, França, Espanha e Itália são os nossos maiores mercados. No momento, estamos em expansão nos mercados anglo-saxões como EUA, Reino Unido e Alemanha. Na Ásia, por enquanto, não temos nada. Porque é um mercado muito diferente. Consideramos as estratégias para entrar na região.  

MEIO & MENSAGEM ›› Quais são os modelos de negócios que sustentam o site?
ALICE BONASIO ›› O modelo de negócio é chamado de “freemium”. A maior parte dos serviços que o Badoo oferece é gratuita. E a maior parte dos usuários usa os serviços gratuitos. Mas existe a possibilidade de pagar para ter uma funcionalidade maior. Se você pagar um pacote de assinatura mensal — e muitos optam por isso —, você passa a ter “superpoderes”. Pode ver mais detalhes do perfil de uma pessoa, olhar o perfil de outro usuário sem que ele saiba que você o tenha visitado e daí por diante. Outra fonte de renda são os micropagamentos. Quando você se registra, vai automaticamente para o topo das listas de buscas porque é um usuário novo. Contudo, como 125 mil pessoas se registram por dia, não existe a possibilidade de ficar no topo por muito tempo. Assim, se a pessoa quer se promover e ficar no topo da lista, pode fazer um micropagamento (uns R$ 2, R$ 3), vai para o topo da lista e recebe mais mensagens, mais pessoas veem o perfil. Paga para ter visibilidade. Portanto, temos essa renda de micropagamentos também. Pode-se comprar presentes virtuais para as pessoas como um buquê virtual, para chamar a atenção de alguém que você quer conversar. Entre 5% e 10% dos nossos usuários fazem isso, o que é suficiente para manter a operação.

MEIO & MENSAGEM ›› E a publicidade na rede?
ALICE BONASIO ›› Exatamente pelo motivo de o modelo ser tão bem-sucedido, até o momento não vemos necessidade de publicidade. Portanto, podemos oferecer ao usuário um site sem nenhuma publicidade.

MEIO & MENSAGEM ›› Como se dá a expansão do Badoo?
ALICE BONASIO ›› A maioria dos usuários chega por recomendação ou convite de amigos. É muito viral. Você tem a opção, como em outras redes sociais, de convidar os seus contatos para entrar no Badoo. A maior parte dos usuários entra assim, de maneira natural, sem grandes campanhas de marketing. Temos o nosso aplicativo dentro do Facebook. Nossos usuários geralmente têm perfil no Facebook e também no Badoo.

MEIO & MENSAGEM ›› Vocês têm algum tipo de restrição?
ALICE BONASIO ›› Não restringimos nada. Porque não é apenas um site de relacionamento. As pessoas podem estar no site à procura de amizades, para ir ao cinema etc. É um site para adultos. Temos condições de filtrar para permitir que somente adultos possam se registrar, com monitoramento. As fotos são todas moderadas. Temos centenas de moderadores que olham as fotos do perfil para ter certeza que não há nada inconveniente. Dentro do perfil, ao contrário, você pode compartilhar seus álbuns particulares com outras pessoas. Mas tem que dar autorização, não é público. Todas as fotos públicas são moderadas.

MEIO & MENSAGEM ›› Qual é o perfil do usuário do Badoo?
ALICE BONASIO ›› A faixa etária, na maior parte, está entre os 25 anos e 35 anos. Tem mais homem do que mulher, numa proporção mundial de 55 homens para 45 mulheres. O usuário quer conversar (chats), encontrar novos amigos e também quer algum tipo de relacionamento. É uma interatividade mais aberta. Você começa com uma amizade e vê o que acontece depois. Não é do tipo “quero encontrar um marido”. A maioria não entra no Badoo pensando nisso seriamente.

MEIO & MENSAGEM ›› Qual é o diferencial do Badoo em relação a sites de relacionamento como o eHarmony e o Par Perfeito?
ALICE BONASIO ›› Nesses sites é preciso preencher formulários, pensar no que quer, como quer se representar para as outras pessoas. Tem algo mais artificial. Os relacionamentos no Badoo tendem a ser mais honestos porque a pessoa se coloca e depois vai querer conhecer a pessoa no mundo real. É como ir ao bar, ao clube.

MEIO & MENSAGEM ›› E vocês conseguem saber o que se viabiliza no mundo real entre as pessoas?
ALICE BONASIO ›› Entre as nossas pesquisas, perguntamos a milhares de usuários se eles conheciam as pessoas. A média mundial que conhece os usuários pessoalmente é de mais de 50%, ou seja, mais da metade dos encontros que acontecem no Badoo se transforma em encontros reais. Entre duas pessoas, uma se conhece no mundo real. No Brasil, essa média é ainda mais alta, de 70%. Acho que é por causa da sociabilidade maior do brasileiro.

MEIO & MENSAGEM ›› É a primeira vez que o Badoo vem a público ao Brasil (a entrevistada participou de seminário na Social Media Week)?
ALICE BONASIO ›› É a primeira vez que participamos de um evento desse tipo. Nossa única grande iniciativa foi em 2008, quando participamos do Carnaval da Bahia com a cantora Daniela Mercury, que criou um perfil no Badoo. Fizemos promoções para as pessoas concorrerem a abadás. No futuro, poderemos fazer outros eventos.

MEIO & MENSAGEM ›› Alguns especialistas falam sobre a eventual saturação das redes sociais, assim como aconteceu com outras bolhas de internet antes. O que você acha?
ALICE BONASIO ›› Certos aspectos da bolha de internet aconteceram mais por causa do modelo. Ninguém tinha um modelo de negócios. Só se pensava em atrair mais usuários. Agora, até o Facebook, por mais usuários que tenha, começa a pensar num modelo. Pelo fato de termos um modelo totalmente sustentável — já faz mais de dois anos que estamos no lucro — e considerando que a empresa começou só em 2006 e apenas em 2008 chegou a esse formato atual, percebe-se que o modelo é muito bem-sucedido. No nosso caso, certamente, não é uma bolha. E outras empresas como o LinkedIn funcionam no modelo freemium também. O Facebook vai mais para o lado da publicidade. Tem várias coisas a se considerar quando começa a fazer essa publicidade mais personalizada, porque tem a questão da privacidade, de usar os dados do usuário. E se eu não quero ser um advogado da marca? É assim que você paga o uso do Facebook. No nosso caso, o usuário que não paga é sustentado pelos outros usuários que pagam. Todo mundo fica contente porque não exigimos nada do usuário a não ser fazer parte da rede. Os usuários não pagos fazem a rede mais interessante para os usuários pagos porque tem toda aquela gente que está no Badoo.

MEIO & MENSAGEM ›› Existe um trabalho em cima da base?
ALICE BONASIO ›› Nós sempre tentamos engajar o usuário. Estimulamos o usuário a se reengajar com o produto se ele não está ativo. É óbvio que, num site de relacionamento, quando você é bem-sucedido, você perde o seu usuário. Lógico que tem usuário que não quer mais porque entrou na rede para ter um relacionamento e, quando está num relacionamento, não permanece. Tem muitos usuários que continuam porque estão mais abertos. Não é só porque você está num relacionamento que você não quer conhecer outras pessoas por amizade.

MEIO & MENSAGEM ›› As redes sociais, em geral, exercem um forte apelo sobre o usuário brasileiro. Antes o Orkut, depois o Twitter e agora o Facebook. Em função disso, o Badoo oferece alguma coisa especial para o usuário brasileiro?
ALICE BONASIO ››  A internet cresce rapidamente no Brasil e também as redes sociais. Cerca de 90% dos brasileiros que usam a internet estão nas redes sociais. Os brasileiros têm mais amigos nas redes sociais do que outras nacionalidades. A média brasileira é de 66 amigos enquanto a média mundial é de 41 amigos. Tem essa sociabilidade maior. No Brasil, já existe essa afinidade natural. É casual, do tipo “vamos ver o que rola”, bem amigável, aventureiro.

MEIO & MENSAGEM ›› Como o Badoo foi construído?
ALICE BONASIO ›› O fundador, Andrey Andreev, é russo. Mas saiu da Rússia há vários anos e morou na Espanha. E foi lá que começou o Badoo. O primeiro mercado do Badoo foi a Espanha e, de certa forma, isso influenciou o crescimento pela Espanha, Itália e França. E pela afinidade linguística e cultural com a da Espanha se espalhou para a América Latina, organicamente. De 2006 a 2008, o Badoo tinha um formato um pouco diferente. Era mais na esteira do Facebook, onde você procurava amigos que já conhecia e usava as ferramentas do Badoo para interagir com as pessoas¬ que já conhecia. O Andrey estava passeando em São Petersburgo e viu um bar que se chamava Telefone Café, no qual as pessoas ficavam nas mesas com telefones e olhavam ao redor. Se você gostasse de alguém, tinha um jeito bem divertido de contatar as pessoas que estavam perto de você. Foi quando teve a ideia, usando a geolocalização, de transferir esse conceito para a internet. Porque você está perto das pessoas e tem como se aproximar delas sem nenhum medo de rejeição. Você se utiliza da tecnologia para socializar no mundo real. É algo tão simples, mas, ao mesmo tempo, muda toda essa área de redes sociais. Foi aí realmente que explodiu, quando os números começaram a crescer de maneira que está hoje.

MEIO & MENSAGEM ›› O que deve vir de novidades do Badoo, em particular, para o Brasil, em médio prazo?
ALICE BONASIO ›› Em médio prazo, os planos são continuar a expansão e engajar os nossos usuários. No Social Media Week (SMW), convidamos alguns usuários para conversar e saber o que gostam e o que não gostam. E você tem tantas ideias boas somente por usar o Badoo. Esse negócio de engajar o usuário, ver o que a gente pode melhorar no produto e ver o que podemos fazer de divertido e ter mais presença no Brasil, mesmo antes de pensar num escritório. Ter mais uma presença.

MEIO & MENSAGEM ›› Em 2008, o Badoo participou do Carnaval da Bahia. Existe mais alguma iniciativa desse tipo para o futuro? 
ALICE BONASIO ›› Num futuro não muito distante, estaremos olhando para essas possibilidades de novo. É mais interessante fazer eventos como a SMW, em que podemos conversar com os representantes das outras empresas, dos formadores de opinião. Acho que isso é interessante. A publicidade tradicional não faz parte da nossa estratégia no momento.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2012/03/08/Badoo-Quer-teclar-comigo. Acesso em 05 nov 2013.

sábado, 2 de novembro de 2013

Aporte em decoração sobe para atrair clientes

DCI
28 Out 2013
As administradoras de shopping centers devem gastar até 30% a mais em decoração natalina este ano. A ação busca reverter as expectativas menores de incremento nas vendas no Natal este ano. Entre as apostas dos grupos, estão ações em rede social e antecipação da decoração dos empreendimentos para incrementar a ida dos consumidores aos malls.

Segundo Bruno Donato, empresário à frente da Innova Natal - empresa especializada em decoração natalina fundada há mais de 10 anos -, a interatividade com os consumidores foi o mote de alguns shoppings de São Paulo. "Para o shopping Pátio Paulista desenvolvemos a campanha 'um Natal para compartilhar' com a qual o consumidor poderá tirar e compartilhar sua foto em um dos oito tronos espalhados pelo shopping com a hashtag #natalpatiopaulista". O cliente que o fizer, ganhará a sua imagem impressa via Printgram, uma espécie de Polaroid. O diferencial, além da ação on-line, é que os tronos do Papai Noel que estarão no shopping foram customizados por artistas plásticos como: Reynaldo Berto, Eduardo Kobra, Wânia Rodrigues e outros.

O Pátio Paulista investiu quase R$ 1 milhão para as ações de Natal e o executivo da Innova afirmou que com o uso da rede social o empreendimento conseguirá mensurar a efetividade da iniciativa. "Como serão usadas hashtag e o nome do shopping, eles conseguirão medir o alcance e traçar as novas estratégias de marketing baseado nesses resultados", disse ele, lembrando que a perspectiva é de incremento em 7% nas vendas e 8% em fluxo de pessoas.
A estratégia do Shopping Ibirapuera foi pensada para o microblog Twitter. 'Noeletes' vão circular pelo shopping e incentivarão os consumidores que usam o Twitter a mandar mensagens para o Papai Noel e seus amigos. "O consumidor não quer ver mais aquelas interações antigas com bonecos que falam", explicou Donato. Na iniciativa, o Ibirapuera investiu quase R$ 800 mil.

Na opinião do especialista em shopping center e varejo e diretor da Make it Work, Michel Cutait, fazer com que o consumidor se surpreenda é a forma mais eficaz de fidelização e garantia que o mesmo retornará para fazer suas compras em um shopping. "Hoje temos um consumidor mais atento e exigente. Mais que a experiência de compra, esse cliente quer ser surpreendido com as decorações de Natal", explicou.

Cutait afirmou também que de alguns anos para cá, os empreendimentos têm adiantado a inauguração de suas decorações de Natal para que o consumidor antecipe suas compras. "Isso é um fator observado no País. Os shoppings tentam fazer com que o consumidor não deixe para fazer suas compras de fim de ano na última hora. Isso garante também que ele vá mais de uma vez ao espaço", explicou.

Na opinião do gerente de marketing do Continental Shopping, Rodrigo Rufino, por mais que as decorações natalinas fiquem prontas no final de outubro e começo de novembro, o consumidor nem sempre adianta as aquisições para o Natal. "Pode ser que inaugurar o espaço com bastante antecedência dê certo em shoppings mais periféricos, aqui no Continental isso não acontece", argumentou, complementando: "Tentamos fazer com que o consumidor vá ao shopping sem ter transtornos, como corredores lotados, mas não adianta, o maior fluxo de clientes que compram e trocam seus cupons para participar dos sorteios de prêmios ocorre no dia 24 de dezembro."

Os cupons mencionados por Rufino referem-se a outro chamariz utilizado pelo Continental - e tantos outros shoppings - que sorteia um carro. Além do automóvel, a cada R$ 400 em compras o consumidor poderá trocar por panetones, limitado a três unidades.

O executivo afirmou, em entrevista ao DCI, que o investimento nas ações do Natal 2013 tiveram incremento de 30%. "Este ano decidimos investir mais no Natal para atrair o consumidor por conta da conjuntura econômica", explicou. O maior fluxo de clientes - 60% superior a um dia normal - é esperado para a segunda quinzena de novembro, "quando o consumidor começa a receber o décimo terceiro", disse. Com todas as estratégias, Rufino espera que as vendas do Continental sejam 100% superiores aos meses anteriores. "Espero que as vendas dobrem na data". Outro ponto ressaltado por Rufino foi que as decorações que são entregues com muita antecedência ao período de Natal ficam comerciais demais, e isso pode ter efeito contrário nas vendas. "O Natal não é só uma data comercial", concluiu o executivo.

Já para a superintendente do Shopping Interlagos, Carla Bordon Gomes, inaugurar a decoração de Natal em outubro é tradição e o consumidor do empreendimento já está acostumado. "Desde que inauguramos, há 25 anos, decoramos o shopping no final de outubro", disse. Segundo a superintendente, este ano foram investidos R$ 2 milhões - enfeites e campanha promocional -, montante esse 10% superior ao do ano passado, para um esperado incremento nas vendas de 15% na data comemorativa.

Carla explicou que, devido à importância do período, o shopping começa a se programar entre janeiro e fevereiro para que tudo fique pronto entre outubro e novembro. "Como é um projeto que demanda tempo para ser estruturado, nos preparamos com quase um ano de antecedência", disse.

A preocupação com a data deve-se ao pequeno número de empresas que prestam esse tipo de serviço no País.

Com investimentos 20% a 25% superior a 2012, o Shopping Taboão tentará atrair o consumidor ao empreendimento com a sua fábrica de panetones. "Vamos levar aos clientes todos os passos na produção de um dos maiores símbolos do Natal, o panetone. Tudo será interativo e o cliente sentirá o aroma do panetone saindo do forno", argumenta a superintendente do Taboão, Carla Mautone.

A executiva informou ao DCI que a decoração do empreendimento será inaugurada no dia 10 de novembro, junto com a chegada do Papai Noel ao shopping. "Este ano investimos R$ 1 milhão e esperamos que o fluxo de clientes cresça 40% enquanto o de nossas vendas, cerca de 30%", argumentou Carla.

Disponível em http://www.gsmd.com.br/pt/noticias/shopping-centers/aporte-em-decoracao-sobe-para-atrair-clientes. Aceso em 29 out 2013.

domingo, 13 de outubro de 2013

Marketing de fornecedores exige uma abordagem diferenciada

Portal Terra
16 de Maio de 2012
Públicos diferentes exigem estratégias diferenciadas. Fornecer para empresas demanda uma abordagem de marketing e vendas completamente diversa daquela empregada para se atingir o consumidor final. Gastos com compra de publicidade em veículos de comunicação de massa, como televisão, rádio e na maior parte da mídia impressa, são inviáveis e sem sentido num terreno em que o corpo a corpo, o histórico da empresa e a reputação valem muito mais.

A convite do Terra, a professora de marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sócia-diretora da Amplia Consultoria Eliane Bernardino fala sobre algumas fórmulas de marketing para ajudar um fornecedor a conquistar e manter seu público.

Tenha um portfólio de clientes satisfeitos

Manter um portfólio bem organizado serve como referência e pode ser o diferencial entre a empresa vencedora e a perdedora quando ambas oferecerem serviços similares. "Os clientes anteriores serão boas referências no futuro", diz Eliane. Ela explica que um cliente potencial pode ligar para um antigo em busca de informações. Por isso, é importante mantê-los sempre satisfeitos.

Construa uma rede de contatos

O valor de ser indicado ou referendado por alguém é inestimável. "Redes pessoais surgem naturalmente com pessoas com quem estudamos, que frequentam os mesmos lugares que nós ou que participam de associações de classe", diz Eliane. Neste último caso, ela explica que é importante procurar não gastar tempo em excesso. "Participar de muitas associações toma um tempo incrível", diz.

Participe de feiras do setor

Participar de feiras é outra forma de um fornecedor ampliar a rede de contatos da empresa. Mas eventos têm um preço e nem todos valem a pena. Eliane recomenda que se tenha certeza de que empresas interessantes participarão do encontro. "É importante ter um estande de bom gosto, com bom material e gente para atender aos interessados. Isso só deve ser feito se não consumir recursos que poderiam ser investidos em outras prioridades", ressalta.

Construa um bom site

Grandes compradores dificilmente têm tempo para conhecer candidatos a fornecedor pessoalmente. Um site pode ser o melhor cartão de visitas da empresa. Eles têm um preço relativamente baixo e, quando bem construídos, passam também credibilidade e confiança para os possíveis compradores.
Cadastre seu negócio em sites de cotações

Um serviço cada vez mais popular é o de cotações pela internet. Grandes empresas chegam a contratar fornecedores pela primeira vez por meio de portais de intermediação, chamados de e-procurement

"Sites como o Mercado Eletrônico permitem que qualquer um se cadastre e fique à disposição de empresas maiores", conta Eliane.

Apresente-se pessoalmente

Nada substitui o contato pessoal numa relação de negócios business-to-business.

Como grandes empresas têm tempo geralmente escasso, é importante que o fornecedor tenha a iniciativa de criar um primeiro contato, tomando cuidado para ser objetivo. "Olhar uma pessoa no olho, ver que ela é simpática, séria e que não tomou tempo demais, isso faz toda a diferença", avalia Eliane. Deixar amostras para que tomadores de decisão possam ter acesso ao produto também é uma possibilidade.

Saiba quando enviar brindes

Brindes de baixa qualidade e no momento errado podem trabalhar contra a empresa. "Eu nunca começaria uma relação profissional com um brinde. Ele se encaixa no pós-venda", diz Eliana. Ela ressalta que muitas empresas têm políticas rígidas em relação a presentes e recomenda que se foque em itens de bom gosto, porém baixo custo, como vinhos, canecas e agendas.


Disponível em http://economia.terra.com.br/marketing-de-fornecedores-exige-uma-abordagem-diferenciada,4718c655e276b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em 08 out 2013.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sebrae-SP dá dicas para lojista vender melhor no Dia das Crianças

Cristiani Dias
07 Outubro 2013
Segundo estudos, o conceito de segmentação de mercado por faixa etária auxilia o lojista a entender os desafios na hora de atender o público infantil

“Aumentar suas vendas pode se tornar uma brincadeira de criança”. É com este mote que o Sebrae-SP elaborou sua nova cartilha – Venda Melhor Dias das Crianças – para auxiliar os empresários a aumentarem suas vendas nesta data comemorativa. O Dia das Crianças e o Natal são as datas mais importantes do ano para o varejo de brinquedos e demais segmentos voltados ao público infantil. A cartilha está disponível na internet. Para acessá-la, o empreendedor deve se cadastrar no site ou ir pessoalmente até um escritório do Sebrae-SP.

Detalhado, o material explica como devem ser montadas as vitrines de acordo com a idade da criança. Segundo apontam estudos, o conceito de segmentação de mercado por faixa etária auxilia o lojista a entender os desafios na hora de atender o público infantil. Produtos dispostos na altura da visão dos pequeninos, cores fortes e balões ajudam a atrair a atenção da garotada e podem refletir positivamente no faturamento da loja.

“O Dia das Crianças é uma excelente oportunidade para os varejistas divulgarem seus produtos e serviços de forma mais incisiva. Nesta data, a porcentagem de vendas fica distribuída entre brinquedos, vestuário infantil e novos aparelhos tecnológicos. A data sempre vem acompanhada de expectativa de boas vendas”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Além disso, a cartilha ensina valiosas dicas a respeito do ambiente propício para atender a criança e seus familiares. Além da ótima vitrine, o ambiente deve oferecer instalações funcionais, conforto, e equipe acolhedora, além de um clima festivo e envolvente: uma boa alternativa pode ser a contratação de carrinho de pipoca ou algodão doce; também vale expor cartazes chamativos com o preço dos produtos mais em conta, bem como utilizar motivos com identidade visual proposta ao público infantil.

Dicas para não errar nesta data

1 – Fantasia: criança não é adulto em miniatura, então, vá além do atendimento e encante pela experiência, permita a brincadeira e a ousadia da criançada;

2 – Produtos: oferte logo na entrada itens com valores mais em conta, de marcas ou modelos pouco procurados;

3 – Ambiente: propicie um ambiente acolhedor à criança: lembre-se que ela é propensa a irritações;

4 – Motivos: de folders a sacolinhas, crie imagem e linguagem que se comuniquem diretamente com o público infantil.


Disponível em http://www.portalnovarejo.com.br/index.php/vendas/item/7661-sebrae-sp-da-dicas-para-lojista-vender-melhor-no-dia-das-criancas. Acesso em 09 out 2013.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O que é afinal o demarketing?

Susana Silva
31 de Maio de 2012
Cada vez mais as empresas têm de estar preparadas para responder às necessidades dos consumidores e perceber novas tendências antecipando-se ao próprio mercado.

É isto que faz o marketing e o que fazem as empresas: procuram aumentar a procura de determinados produtos, bens e serviços, com o objectivo primário de gerar vendas e lucros e com isso satisfazer as nossas necessidades sob a forma de benefício entregue.

Mas nem todos temos as mesmas necessidades nem respondemos da mesma maneira aos estímulos para a satisfação das diferentes necessidades. O que para uns ainda estimula, satisfaz e complementa, para outros está já ultrapassado.

É neste seguimento que faz sentido falar de demarketing, que pode ser visto como uma forma de diminuir a procura de determinados produtos, bens e serviços, de modo temporário ou não. A procura excessiva de determinados produtos pode levar à criação de mecanismos de demarketing como forma de limitar ou diminuir a sua procura. Muitas vezes as empresas não têm capacidade produtiva ou interesse estratégico em ter uma maior procura dos seus produtos, pelo que se obrigam a desencorajar os seus consumidores a comprarem. É também uma forma de segmentar o mercado ou de procurar mercados mais rentáveis ou ainda uma forma de equilibrar a oferta com a procura.

Técnicas

Demarketing pode ser também uma estratégia utilizada quando uma determinada empresa pretende substituir um produto que se encontra já numa fase de declínio por um produto novo, um produto “Ponto de Interrogação”, de que se espera que venha a ser um produto “Estrela”. 

Pode necessitar, para isso, de limitar ou condicionar a procura do produto ´”velho”, dirigindo-a para a procura do novo produto. Isto pode conseguir-se via aumento do preço do produto antigo, via oferta de uma menor quantidade desse artigo e, pode chegar mesmo ao não preenchimento da totalidade do linear de uma loja, dando assim a sensação ao consumidor de que o produto está quase sempre esgotado, de modo a que seja este a tomar a iniciativa de o trocar pelo novo.

Existem alguns bons exemplos de demarketing. As autoridades de saúde, por exemplo, alertam constantemente dos riscos para a saúde do consumo de tabaco com campanhas que procuram diminuir a procura deste tipo de produtos. Um bom exemplo de iniciativa privada é o da Ferrero, em particular da Mon Chéri, que todos os anos, sazonalmente, desincentiva a procura dos seus produtos durante o período do Verão. A empresa prefere perder vendas num determinado período do ano, optando por se diferenciar pela qualidade dos produtos que coloca à disposição. É uma questão de imagem da marca e de notoriedade.

Exemplos

O demarketing não procura sempre acabar com a procura mas antes, numa parte significativa dos casos, adaptá-la às necessidades de uma empresa, de uma marca, num determinado período no tempo, num determinado mercado.

A Mini e a Apple fazem um bom trabalho de demarketing para segmentarem o mercado. A Mini usa o automóvel num anúncio, usando imagens de um carro jovem, com garra, que se desdobra em muitos outros, que ultrapassa os obstáculos do dia-a-dia de uma cidade com facilidade, com uma imagem irreverente, para um público mais jovem e com algum poder de compra. Está assim a afastar nitidamente elementos de outros segmentos. A Apple usa o preço como uma ferramenta estratégica para manter os produtos num segmento de mercado alto e específico, diferenciando-se da concorrência e deliberadamente seleccionando o mercado que lhe interessa e que não lhe interessa servir.

Podemos então dizer que as estratégias de demarketing se servem de alterações de preço, da quebra de stocks e da redução das actividades de promoção e de publicidade de um determinado produto ou marca, com o objectivo de estimular a procura noutros produtos ou em períodos subsequentes.

Disponível em http://www.hipersuper.pt/2012/05/31/o-que-e-afinal-o-demarketing-por-susana-silva-e-bernardo-pavia-catolica-porto/. Acesso em 08 out 2013.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Três estratégias para conseguir grandes clientes

Priscila Zuini
04/04/2012
Elas atendem grandes empresas, tem poucos anos de vida e crescem mais do que a concorrência. Os empresários Marcos Frederico, proprietário da Ekotex, Otavio Henrique Ilha Campos, presidente Pifer, e Fernando Mota, diretor-executivo da Carbo Gás contaram aos empreendedores suas experiências e como crescer cada dia mais.

1. Cuidado com os grandes

Os três empresários tem um relação muito próxima com grandes empresas. A Carbo Gás é fornecedora de gás Coca-Cola, a Ekotek fornece produtos químicos para indústria têxteis como a Malwee e a Pifer faz a parte interna de trens e agora está investindo em bancos de plástico para os estádios de futebol. Para eles, todo cuidado é pouco na hora de lidar com clientes gigantes como esses. “Apesar de ser pequeno, a gente é muito exigido. Isso é saudável, é ótimo. Você tem que evoluir bastante e, da mesma forma, nós temos que exigir dos nossos fornecedores”, diz

Para Mota, todo cliente deve ser tratado com “c maiúsculo”. “Não tem essa coisa de cliente grande ou pequeno. Todos devem ser grandes clientes”, diz. Ao mesmo tempo em que vira uma referência e confere credibilidade à empresa, um cliente grande pode também acabar com o fornecedor pequeno. “Se não tiver um caixa muito bem estruturado, o cliente grande pode fazer a pequena empresa quebrar”, diz Frederico.

2. Conquiste os clientes

Para conseguir uma grande empresa como cliente, os empresários destacam a importância de estar bem ligado no mercado e, claro, ter contatos. “Eu tive um facilitador que eu estou no mercado desde 1090. Cada indivíduo é uma empresa. Eu já trabalhava no segmento e isso foi um facilitador. Quando eu fui empreender, eu já tinha essa carteira de clientes que já me conheciam e me deram esse voto de confiança”, ilustra Frederico, da Ekotex.

Mesmo que sua empresa não esteja totalmente inserida no mercado que atende, é preciso ter algum conhecimento da área e falar com precisão para conquistar o cliente. “Você tem que conquistar o cliente falando com consistência. Não tem outra forma de fazer vendas se não ir lá, falar com o cliente, até que ele adquira essa confiança de que o que você está dizendo é verdade”, diz Mota.

3. Profissionalize-se

Antes de se empolgar muito com a chegada de um cliente importante, os empreendedores precisam estar prontos para se adaptar e colocar na ponta do lápis se vale a pena aceitar as exigências dessas empresas. Mota, da Carbo Gás, conta que para virar fornecedor da Coca-Cola precisou até trocar o secador de mãos dos banheiros da empresa. “Eu tenho que olhar muito o cliente não pelo tamanho que ele compra, mas pelo tamanho que ele deve. O cuidado maior deve ser com o recebimento. Você não pode se deslumbrar com o cliente grande. Isso é uma grande ilusão”, diz Mota.

No caso da Pifer, desde o começo a empresa atendeu grandes clientes e precisou se adaptar. “Desde o começo, fomos pressionados a ter ISSO 9001, somos auditados todo ano e temos uma gestão integrada de contabilidade”, explica.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/3-estrategias-para-conseguir-grandes-clientes?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter. Acesso em 18 set 2013.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Catadora de material reciclável passa em prova e entra na USP

Folha Online
11/03/2012

Laíssa Sobral, 19, trabalhava como catadora de material reciclável na cooperativa Granja Julieta (zona sul de São Paulo) e nunca gostou muito de estudar, mas percebeu que, com um diploma, teria mais chance de lutar pela cooperativa. Hoje, cursa gestão ambiental na USP.
       
A jovem teve pouco incentivo na vida escolar, mas estudou e entrou no curso de gestão ambiental da FMU em 2011. Mas a vida era difícil. Faculdade particular: R$ 515 por mês. Transporte: R$ 250. Renda na cooperativa: R$ 800.

Laíssa resolveu, então, transferir a faculdade para a USP. Sem dinheiro para comprar os livros, recebeu ajuda de uma amiga, que fez campanha num blog. Livros começaram a chegar. "Veio até via Sedex", lembra.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1060218-catadora-de-material-reciclavel-passa-em-prova-e-entra-na-usp.shtml. Acesso em 06 ago 2013.