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domingo, 13 de maio de 2012

Classe média é mercado importante para PMEs

Mariana Flores
Responsável por movimentar R$ 1 trilhão na economia brasileira em 2011, a classe C consome quase metade do que é vendido em alimentos e bebidas no país e possui metade dos cartões de crédito em operação. As pessoas da classe de renda intermediária correspondem a um universo de 105 milhões de consumidores que podem se tornar compradores dos produtos e serviços das micro e pequenas empresas (MPE).

Com o objetivo de entender esse universo e as possibilidades de negócio que surgem com a ascensão de mais de 40 milhões de pessoas à classe média entre 2003 e 2011, o Sebrae promoveu, nesta quinta-feira (19), um debate dentro da programação do Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios, que será realizado até esta sexta-feira (20), em São Paulo.

A classe C, segundo explicou o Chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, Ph.D. em Economia, engloba as famílias que têm renda mensal entre R$ 1.734 e R$ 7.475. Até 2013, segundo sua projeção, mais 13 milhões de pessoas vão migrar para essa faixa.

Uma das possibilidades para ganhar essa clientela potencial é investir no setor de serviços, aconselhou Renato Meireles, sócio-diretor do Data Popular, consultoria com foco no mercado popular. Segundo um levantamento desse instituto, atualmente de cada R$ 100 gastos pela classe média, R$ 65,20 são desembolsados para a contratação de serviços e R$ 34,80 para compras de bens. “Um caminho seguro para ter sucesso no empreendedorismo é atender bem em serviços. Temos, como exemplo, o turismo e os serviços de beleza”, disse Meireles.

Para a classe C, segundo Renato Meireles, o consumo não significa a mesma coisa que para a elite e, por isso, as empresas devem ficar atentas aos seus anseios. “Diferente das classes A e B, que algumas vezes querem ostentar, a classe C vê o consumo como um investimento. É o caso de quando compra um computador para o filho estudar ou uma moto para economizar tempo na hora de ir ao trabalho. Eles não se importam, por exemplo, de pagar duas vezes mais por um bem devido aos juros”, ressaltou.

E-commerce

Dos 31 milhões de brasileiros que fizeram compras pela internet em 2011, 56% estão nas classes C, D e E. O mercado de comércio eletrônico faturou R$ 18,7 bilhões no ano passado. Quem quer ganhar o público da classe média não deve ficar de fora da rede. A internet, como destacou o sócio-fundador do site Buscapé, Romero Rodrigues, dá aos proprietários de pequenos negócios chances reais de competir com grandes empresas.

“O pequeno varejo consegue construir e manter uma imagem na internet. E tem vantagens como fazer marketing mais barato e contar com vários lugares gratuitos para anunciar, como sites de comparação de preços, páginas amarelas e classificados. Facilitar a interação social traz cada vez mais resultado”, afirmou Rodrigues.

Os próprios emergentes que passaram a compor a classe média podem ser futuros empreendedores. Um estudo feito pelo Data Popular mostra que seis em cada dez pessoas da classe C querem abrir a própria empresa em algum momento da vida. “O emprego formal nos trouxe até aqui, mas é o empreendedorismo que vai nos levar adiante. A carteira assinada e o concurso público deixam de ser vistos como fim. A classe C os vê apenas como trampolim para chegar ao ponto de abrir o próprio negócio”, enfatizou Meireles.

A maior parte, no entanto, não se sente apta para empreender. A pesquisa do Data Popular mostra que apenas um terço se considera preparado para abrir o próprio negócio. “Muitas dessas pessoas querem empreender. O desafio é como dar asas sustentáveis a esse público. É preciso oferecer assessoria mercadológica, capacitação profissional, cooperativismo, microcrédito, entre outros”, finalizou Neri, da FGV.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Saiba avaliar se é a hora de desistir do seu negócio

Portal Terra
Decidir empreender não é fácil. Mais complicado ainda é escolher entre persistir em um negócio que não está dando certo ou desistir dele, para abrir um novo. A decisão é, em primeiro lugar, extremamente pessoal, avaliam Evaldo Alves, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, e Denis Mello, diretor-presidente da FBDE - consultoria de marketing, vendas e gestão. Mas, além da motivação pessoal, existem informações objetivas que podem ajudar na tomada de decisão. 

Mello aconselha as empresas de qualquer porte a realizarem, pelo menos uma vez por ano, dois tipos de diagnóstico: um da parte operacional e outro, estratégico. O primeiro serve para controlar itens como fluxo de caixa e planejamento orçamentário. Já o segundo tem por objetivo avaliar o mercado e os concorrentes. Para isso, vale a pena ler livros e publicações especializadas, conversar com clientes e outras empresas do setor e ir a congressos e feiras. É nessa etapa que o empreendedor será capaz de detectar as tendências do mercado. 

Com essas informações em mãos, o empreendedor deverá tomar a sua decisão. "O bom empresário é aquele que nunca é pego de surpresa. Mesmo quando o negócio vai mal, ele sabe disso de antemão", salienta Mello. A saída, se ele decidir continuar, pode ser alterar o portfólio, apostar em tecnologia ou fazer uma reestruturação interna. "Se ele perceber que não terá forças para competir, se o mercado em que atua está retraindo-se e ele não está disposto a lutar por espaço, aconselho que descontinue a empresa", afirma. 

Já o professor da FVG garante que o grau de insucesso é algo tangível - e, portanto, não é preciso desespero quando algo sai do controle momentaneamente. Ele explica que enquanto o empreendedor cobrir gastos fixos (aluguel, impostos, contas), mesmo que não dê conta de parte dos custos variáveis (folha de pagamento, por exemplo), existem chances de a empresa se recuperar. 

Quando o cenário é esse, Alves afirma que a saída é fazer ajustes nos produtos ou serviços. Outro ponto é investir ainda mais no negócio. Vale buscar financiamentos ou mesmo empenhar parte das economias pessoais. 

Outro caso, mais grave, é quando o segmento de atuação como um todo está encolhendo-se. Ou, então, quando o empreendedor não é capaz nem mesmo de cobrir os gastos fixos. Se mesmo assim ele decidir continuar, os riscos são maiores. E os possíveis aportes financeiros para reestruturação, também. 

Aposta na inovação 

Os dois especialistas são categóricos ao afirmar que as empresas que fecham as portas seguem um padrão: não inovam. Permanecem paradas no tempo e veem a concorrência decolar. 

Segundo o professor da FGV, é a inovação que traz competitividade e agrega valou ao produto ou serviço. Para isso, completa Mello, é extramente importante estar atento às "micro e macro tendências", como ele define. Ou seja, é preciso ficar de olho em algo que pode ser a saída para decolar, mesmo que o setor como um todo não vá bem. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Seis passos essenciais para garantir o futuro da sua empresa

Débora Álvares  
Promessa para emagrecer, parar de fumar ou largar o trabalho. Quase todo mundo usa este período do ano para rever suas prioridades e tentar melhorar. O mesmo vale para os empreendedores. A expectativa de desaceleração no crescimento das pequenas e médias empresas no próximo ano intensifica a necessidade de pensar no futuro.

Para José Eduardo Balian, professor de Economia da ESPM , traçar estratégias é fundamental, em especial para a pequena empresa. “Sempre é tudo mais difícil para o micro empresário. Por isso, é preciso fazer um planejamento estratégico”.

O plano é fundamental para que as empresas tenham visão de futuro, ou seja, saibam como e onde querem chegar. Com isso, é possível identificar os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades, bem como a importância da implantação de um processo de melhoria contínua.

O consultor do Sebrae/SP Reinaldo Messias compartilha dessa ideia e destaca quatro passos a serem pensados: clareza no propósito da empresa, processos a serem implementados para colocar a ação em prática, estar atento à mão-de-obra e estabelecer parcerias duradouras com fornecedores, clientes e até mesmo concorrentes. “É muito importante definir as características que as pessoas devem agregar para trabalhar no empreendimento. Além dos sócios, a definição envolve funcionários”, destaca Messias.

Para o superintendente-geral da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Jairo Martins, mais do que avaliar metas, é importante pensar em flexibilidade. “De uns tempos para cá, tornou-se fundamental adaptar os objetivos da empresa às mudanças que afetam um mundo complexo, como o crescimento de mercados emergentes e o fluxo global de produtos, informações e capital”. Confira a seguir seis passos para preparar sua empresa para o futuro.

1. Analise os ambientes externo e interno
É essencial avaliar o que está à volta e pode influenciar a empresa. “Para identificar esses fatores, é importante conhecer três tipos de ambientes: o macroambiente, que inclui os cenários político, legal, econômico, social e tecnológico em que a empresa está inserida; o ambiente operacional ou setor de atuação, que envolvem os comportamentos dos clientes, fornecedores, concorrentes e mercado-alvo; e, por fim, o ambiente interno, que determina as forças e fraquezas da organização”, explica Martins.

2. Defina a visão da empresa
A intenção é deixar claro que o se espera da empresa de forma a nortear o planejamento estratégico. Segundo o superintendente-geral da FNQ, comunicar a visão aos colaboradores contribui para que todos compartilhem e persigam os mesmos ideais, potencializando a colaboração de cada um dentro da organização. É o que o consultor do Sebrae/SP Reinaldo Messias chamou de propósito. “É a declaração do que é fundamental oferecer ao mercado buscando satisfazer expectativas e necessidades dos clientes em prol da continuidade lucrativa”, ressalta Messias.

3. Estabeleça estratégias
As estratégias precisam levar em conta informações sobre clientes, mercados, fornecedores, colaboradores, bem como a capacidade de prestar serviços, produzir e vender. “Isso ajuda a posicionar a organização de forma competitiva e garantir a sua continuidade”, ressalta Martins. Tão importante quanto definir as estratégias é comunicá-las internamente, o que ajuda no engajamento das pessoas na causa comum. Os comunicados podem ser enviados, também, a outras partes interessadas de forma a alinhar interesses e prevenir problemas de relacionamento comercial e institucional. A informação pode ser transmitida em diversos meios como quadros de aviso, folders, intranet, boletins informativos e memorandos internos.

4. Crie indicadores e metas
A criação de indicadores e metas permite avaliar e mensurar, por meio de resultados quantitativos, se a empresa tem alcançado suas estratégias. O executivo da FNQ aponta que o estabelecimento de metas de curto e longo. Tanto os indicadores quanto as metas precisam ser disseminados para todos os colaboradores.

5. Desenvolva planos de ação
“De modo geral, os planos de ação são estabelecidos para realizar aquilo que a empresa precisa fazer para que sua estratégia seja bem-sucedida. Devem incluir a definição de responsáveis, prazos e recursos necessários para a execução das ações”, afirma Martins. Mas defini-los, somente, não basta. É preciso acompanhar, por meio de reuniões periódicas, todas as etapas para garantir que seja seguido o planejamento para atingir o sucesso desejado.

6. Revise estratégias
Novos cenários e mudanças nos ambientes externos e internos surgem constantemente no mercado. As revisões periódicas ajudam a empresa a se antecipar a riscos do planejamento, que pode se inviabilizar por conta de alterações inesperadas ou imprevistas no ambiente ao redor da organização.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Anote aí 66: Games; Idosos; Empreendedorismo; Celebridade; Mídias Sociais

YURI, Debora. Eu jogo, tu jogas, todo mundo joga Gameficação é a palavra do momento: entenda o que é gameficar, como colocar o conceito em prática, conheça cases de sucesso e descubra por que, afinal, tudo está convergindo para isso. Próxxima, nº 33, outubro de 2011, pp. 32-40.

STEFANO, Fabiane. Mais velho e mais rico Os brasileiros entre 50 e 70 anos de idade estão se tornando mais numerosos. Mesmo com mais gastos de previdência, isso é mais uma oportunidade para a economia do país. Exame, ano 45, edição 1003, nº 21, pp. 70-72.

PARENTE, Milena. Preparado para empreender? O sonho de abrir o próprio negócio faz parte dos desejos de muitos brasileiros. Mas, nem sempre, a vontade, o capital, a determinação e o preparo emocional são suficientes se utilizados separadamente. Acompanhe dicas de profissionais e identifique-se com algumas estórias de quem empreendeu e ‘deu certo’. Gestão & Negócios, nº 35, pp. 38-48.

PINHO, Flavio. Quanto custa contratar uma celebridade? Quem são e quanto cobram os famosos mais procurados para movimentar os eventos corporativos – e o que esperar deles. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 274, novembro de 2011, p. 18.

TEIXEIRA, Rafael. O poder da multidão As mídias sociais impuseram uma nova ordem nas empresas. Mais poderosos, os consumidores passaram a circular à vontade pelo mundo virtual, com a capacidade de influenciar a opinião pública e construir (ou destruir) a reputação de uma marca. Descubra como cair nas redes e mobilizar um universo de fãs para seu negócio. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 273, outubro de 2011, pp. 38-52. 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Anota aí 56: Vendas; Restaurantes; Relacionamento; Pet; Tamanho Grande

TEIXEIRA, Rafael Farias. Como montar uma estratégia de vendas nas redes sociais? Facebook, Twitter ou Foursquare: descubra aqui qual a melhor alternativa para aproximar a sua empresa dos consumidores. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 269, junho de 2011, pp. 100-102.


ZARA, André. Menu para empreender sem engasgar Taxa de mortalidade de restaurantes e bares é de 35% já no primeiro ano e supera o índice das micro e pequenas empresas em geral. O Estado de S. Paulo, 19 de junho de 2011, Caderno Oportunidades, p. 3.   


LOPES, Rose Mary Almeida. Será que de fato fazemos marketing de relacionamento? E os estragos para a nossa imagem podem ter proporções inesperadas, dado que, quando irritados, nós mesmos, então no papel de clientes, fazemos questão de disseminar para muito mais pessoas o evento que nos deixou insatisfeitos e a empresa, marca ou produto que causou a insatisfação. Gestão & Negócios, nº 31, p. 60.


NAVARRO, José Gabriel. O negócio da petmania As rações concentram 65% do varejo especializado, mas os acessórios e serviços têm cada vez mais peso na hora de mimar os 98 milhões de cães e gatos do País. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1462, 06 de junho de 2011, p. 27.


COLTRI, Gustavo. ‘Plus size’ tem espaço, mas impõe desafios Segmento é mal conhecido, segundo especialista. Não há dados de varejo ou de produção específicos para o mercado de tamanho grande. O Estado de S. Paulo, 26 de junho de 2011, Caderno Oportunidades, p. 3.   

terça-feira, 14 de junho de 2011

Anote aí 53: Conteúdo; Pet Shop; Delegação; Feminino; Cliente

SACCHITIELLO, Barbara. Conteúdo vale mais Pesquisa F/Radar mostra hábitos do internauta a partir dos 12 anos de idade. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1459, 16 de maio de 2011, p. 45.


ARAUJO, Anna Gabriela. Marketing bom pra cachorro! Os melhores amigos do homem representam uma população de 29 milhões de cães e 10 milhões de gatos no Brasil. Juntos, esses bichinhos de estimação já movimentam um mercado de R$ 9 bilhões por ano, que engloba desde marcas de rações e vacinas até aqueles lucrativos serviços de luxo, como salão de beleza, SPA, fisioterapia ou ainda moda animal! Marketing, ano 44, nº 460, maio de 2011, pp. 26-29.


PECHI, Daniele. Hora de delegar Concentrar a operação na figura de um líder pode representar sérios riscos ao crescimento das empresas. Conheça as principais medidas a serem tomadas no processo de distribuição de funções. Distribuição, ano 19, nº 220, maio de 2011, pp. 40-42.


MACHADO, Patrícia et al. Olhar feminino Eventos, palestras e pesquisas analisam as conquistas recentes das mulheres empreendedoras no Brasil, além de identificar as principais características que as diferem dos empresários do sexo masculino. Pequenas Empresas Grandes Negócios, nº 269, junho de 2011, pp. 28-29.


SANT’IAGO, Marcelo. Como perder um cliente antes mesmo de conquistá-lo Não adianta investir em campanhas, embalagem e exposição do produto, se suas operadoras de telemarketing não sabem como tratar, vender e resolver. Próxxima, nº 29, junho de 2011, p. 84.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Você sabe fazer negócio e reconhecer o mercado?

Daniela Maimone
É importante saber que a principal razão das empresas falharem não é a falta de capital – é a falta de conhecimento.

Dito isto, um dos maiores erros que a maioria dos candidatos a empresários fazem é entrar no negócio com base no “achismo” do que as pessoas devem comprar, em vez do que as pessoas realmente querem ou realmente precisam e podem comprar.
Pesquisas mostram que um cliente insatisfeito gera pelo menos 11 possíveis insatisfeitos. Evite que isso acontece logo de início. Conheça seu negócio: planejamento e execução são aliados poderosos. Significa a diferença entre um bom e um grande negócio, bem como seu sucesso ou fracasso.

Um exemplo simples: loja de sapatos

As pessoas compram sapatos e é possível facilmente colocar um número sobre o tamanho do mercado de calçados.
Além disso, nossa população mundial cresce a cada dia, o que nos dá a certeza do mercado potencial para os comerciantes e que acima de tudo seu mercado continuará a crescer – e as pessoas continuarão a comprar vários pares de sapatos nos próximos anos.
Talvez este seja um exemplo extremamente simples, mas os mais inexperientes certamente optariam por ele.
É preciso cuidado na hora de analisar um mercado potencial, o qual não se consegue medir ou identificar. Sem falar que quando mal executado a confusão acontecerá e se refletirá no seu depósito cheio de material, dos quais não poderá sequer se desfazer. Como evitar esta armadilha em seu próprio negócio?
Aqui estão quatro simples e baratas tarefas que você pode fazer antes de entrar nesta empreitada e se certificar de que há mercado viável, sustentável e crescente para o seu negócio.
1. Identifique seu mercado
Quão grande – em termos reais – é o mercado atual de seu produto ou serviço? É um novo mercado ou maduro? Você será uma nova categoria?
Muitas destas questões podem ser respondidas com poucas horas de pesquisas online ou off-line.
Ir a uma associação da indústria e checar pessoalmente números de seu mercado e sua categoria. Outra boa tática é ir a uma feira ou exposição e olhar para os seus clientes potenciais, bem como a sua concorrência. Qual é o seu potencial cliente, o que ele realmente quer? Quem são? O ciclo de vendas será longo ou curto?
As respostas a esses tipos de perguntas lhe darão uma grande vantagem para lidar com as oportunidades dentro de um mercado, e se suas suposições iniciais sobre se seu produto ou serviço são realmente verdadeiras.
2. Identifique o seu cliente
Desenvolva listas que possam auxiliá-lo a desvendar o perfil do “cliente ideal” para o produto ou serviço que você quer vender.
Sua lista deve consistir no máximo de 50 perguntas e deve incluir itens como:
·         Será para o público masculino ou feminino?
·         Quantos anos eles têm?
·         Eles estão casados?
Bem como questões mais profundas como:
·         Qual foi sua principal motivação de compra um determinado produto ou serviço?
Mas por que tudo isso é tão importante? Tais conhecimentos possibilitarão esclarecimentos adicionais sobre como o processo de vendas deve ser estruturado.
Além disso irão ajudá-lo operacionalmente a adaptar seu produto ou oferta de serviços para melhor atender seu público.
Por exemplo, no caso da loja de sapatos, você pode descobrir que há um desejo ou necessidade de uma prestação de serviços de alto nível para os clientes em sua área. Feito isso, você pode será capaz de reorientar a sua distribuição e seus sistemas para atender a uma demanda ainda não atendida.
3. Teste e demanda medida
Grandes empresas gastam muitos recursos em campanhas de publicidade e grupos de foco de contratação, mas você pode realizar uma investigação mais eficaz simplesmente começando em pequena escala e em seguida, testar e medir tudo que você já fez.
E se você acha que é caro para pouco ou nenhum retorno, imagine gastar 10 a 100 vezes essa quantia sem gerar vendas ou receitas, simplesmente porque você está vendendo algo que ninguém – ou muito pouca gente – quer comprar.
4. Inicie sua lista de contatos
Neste ponto de arranque ou em fase de planejamento, você pode ter uma lista de fabricantes, fornecedores ou mesmo clientes potenciais.
Se assim for, ótimo. Continue a construir essa lista e comece a desenvolver uma estratégia de comunicação para se manter em contato permanente; é sem dúvida uma excelente estratégia, pois contatos de hoje serão os clientes de amanhã.
Mais importante: eles têm acesso a redes inteiras de pessoas que podem querer ou precisar do seu produto ou serviço. O objetivo real do trabalho em rede não é fazer uma venda para o contato direto, mas criar uma relação com esse contato que leva a referências e, de boca em boca, estar sempre no caminho.
Faça o que fizer, você precisa manter o controle de sua lista. Certifique-se em protegê-la e tratá-lo como ouro. Para a maioria das empresas a base de contatos muitas vezes torna-se o bem mais valioso.
No final, não existe uma fórmula à prova de falhas para o sucesso empresarial, embora as pessoas estejam sempre à procura desta resposta. O melhor indicador é um mercado comprovado com espaço para crescimento, habitado por pessoas dispostas e capazes de pagar por algo exclusivo ou diferente e que ajuda a tornar sua vida melhor, mais fácil ou mais feliz de alguma maneira.
Afinal, o negócio não é apenas fazer o habitual, original ou diferente , mas estar apto a ganhar clientes e estimulá-los a voltar sempre.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Como começar um negócio sem dinheiro

Daniela Moreira

De boas ideias, o mundo do empreendedorismo está cheio. O grande desafio é tirá-las do papel. E o maior vilão desta equação costuma ser sempre o mesmo: a falta de dinheiro. Mas é possível abrir um negócio com nenhum (ou quase nenhum) dinheiro? A melhor resposta é: sim e não. A prática mostra que não é impossível, mas é muito difícil.
“É possível abrir qualquer negócio com praticamente nenhum dinheiro, mas as possibilidades de ser um bom negócio são mais reduzidas”, opina Marcelo Aidar, co-responsável pelo Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV. “Quanto maior a barreira de entrada, maior a possibilidade de crescimento do negócio. Se é fácil entrar, você inevitavelmente terá muitos concorrentes”, justifica o professor.
Por outro lado, a escassez de recursos pode ser um importante combustível para a inovação. “Excesso de recurso nunca foi muito bom, porque não deixa a criatividade florescer”, pondera Aidar.
Confira a seguir algumas dicas para quem quer se arriscar em uma empreitada com pouco dinheiro:

1. Prepare-se para empreender
Antes de embarcar em um projeto de alto risco, esteja certo de que você tem recursos suficientes para manter ao menos suas despesas pessoais até que o negócio vingue. Se você não tem um a boa poupança, comece desenvolver sua ideia em paralelo ao emprego atual. Além disso, certifique-se de que o seu negócio realmente tem potencial para dar certo. Pesquise muito bem o segmento, converse com outros empresários do ramo e identifique o seu potencial diferencial. “Você tem que compensar a falta de recursos de outras maneiras. Tem que ser um negócio que você conhece muito bem ou algo muito inovador”, destaca Aidar.
2. Empreenda com o dinheiro dos outros
Se você tem uma ideia realmente boa, o primeiro passo é tentar vendê-la para alguém. “Transforme a oportunidade que você identificou em um discurso de venda adequado para atrair pessoas que tenham dinheiro”, aconselha José Dornelas, especialista em empreendedorismo e autor do livro “Empreenda (quase) sem dinheiro”, da Editora Saraiva. Se sua ideia é realmente inovadora, você pode buscar recursos de subvenção econômica do governo ou mesmo ir atrás de um investidor. Se o negócio não é disruptivo, mas tem um bom potencial de lucro, encontrar um sócio entre pessoas do seu convívio – amigos, parentes e até conhecidos – pode ser uma saída.
“Sempre procure capital de terceiros. Se você não encontrar, é um sinal de que talvez o seu negócio não seja tão bom”, recomenda Evandro Paes dos Reis, professor de Empreendedorismo e Inovação da BSP (Business School São Paulo). Seja qual for o modelo de sociedade escolhido, é importante criar regras claras quanto à participação de cada sócio tanto na distribuição dos lucros futuros quanto no dia-a-dia do negócio para não sair perdendo no final. “O empreendedor não pode virar um empregado de luxo do investidor”, destaca Reis.
3. Faça parcerias estratégicas
Se sua idéia é realmente boa, você pode convencer fornecedores e clientes a apostarem nela junto com você. Mais uma vez, seu discurso de venda terá que ser matador. Convença seus fornecedores e colaboradores a correr riscos junto com você – se eles enxergarem potencial de sucesso na sua ideia, podem concordar em receber o pagamento mais para frente ou até trocar seus serviços por uma participação no negócio. A lógica é a mesma para o cliente. “Além de preços diferenciados, a possibilidade de ter exclusividade em um determinado serviço ou produto pode ser um atrativo”, ressalta Aidar.
4. Exercite o networking
Ter uma boa rede de contatos e usá-la da maneira certa é fundamental. Suas conexões podem ajudá-lo a encontrar potenciais parceiros, oportunidades de negócio e promover seu produto usando o bom e velho boca-a-boca – recurso fundamental para quem quer construir uma boa reputação em qualquer negócio, especialmente sem dinheiro.
5. Tire proveito das circunstâncias
Aproveitar as oportunidades que aparecem à sua frente também é crucial. Seja flexível, adapte seu negócio às circunstâncias. “Imagine que você gosta de cozinhar e quer abrir um restaurante, mas não tem dinheiro. Então você fica sabendo que o amigo de um amigo tem um café e está procurando um fornecedor de comidas prontas. Você vai lá, oferece uns quiches e o negócio dá certo. De repente você descobre que talvez valha mais a pena abrir uma pequena indústria de comidas premium do que um restaurante”, exemplifica Álvaro Cardoso Armond, professor do Insper.. “É preciso estar em estado permanente de alerta, porque as oportunidades vão atravessar o seu caminho e você tem que estar atento para tirar proveito delas”, acrescenta ele.
6. Tenha um plano de ação
Ser adaptável não significa abrir mão do planejamento. Quanto mais escassos os recursos de uma empresa, melhor eles devem ser administrados, afinal de contas, qualquer deslize pode ser fatal. “Defina metas e procure aprender aquilo que você não sabe sobre o negócio”, aconselha Dornelas. Elabore um bom plano de negócios e faça as adaptações necessárias no dia-a-dia. Ser capaz de colocar a ideia no papel é um passo importante para que você se sinta seguro de que realmente tem um negócio sólido nas mãos.

domingo, 18 de julho de 2010

Anota aí 11: academia; marcas; estratégia; liderança; competitividade

ROSA, André. Busca de saúde e bem-estar faz aumentar procura por academia Com 14 mil unidades, Brasil ocupa segunda colocação no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Diário de S. Paulo, 9 de maio de 2010, Caderno Negócios, p. 6.

SENA, Raquel. Vida nova às marcas Para não perder o vínculo com o consumidor, é preciso estar atento às alterações nos valores e desejos dele, e nas mudanças no mercado, a fim de manter a marca sempre atual e relevante. Consumidor Moderno, ano 15, nº 145, março de 2010, pp. 176-180.

DITOLVO, Mariana. Redes sociais crescem em importância estratégica Pesquisa aponta para crescimento desses canais nos planos de comunicação, mas ressalta desconhecimento do mercado. Meio & Mensagem, ano XXXII, 28 de junho de 2010, nº 1415, pp. 38-39.

HASHIMOTO, Marcos. Liderança empreendedora: o novo papel dos gestores em organizações inovadoras O tema empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões relacionadas com inovação nas organizações. As empresas estão começando a perceber que o espectro da inovação pode e deve ir além do desenvolvimento de novos produtos com alta tecnologia para o mercado. Revista da ESPM, ano 16, volume 17, nº 3, maio-junho de 2010, pp. 118-123.

AGUILHAR, Ligia. Empresas ganham competitividade com troca-troca Uma das mais antigas práticas de negociação, escambo ajuda a viabilizar investimentos e a ganhar clientes sem gastar um centavo. O Estado de S. Paulo, 18 de julho de 2010, Caderno Oportunidades, p. 3.

sábado, 3 de julho de 2010

A turma que não quer ter chefe

Renata Betti

As universidades brasileiras estão despejando no mercado de trabalho um grupo de jovens cujas angústias e ambições já não são as mesmas do típico recém-formado: no lugar de um emprego fixo numa grande empresa, eles preferem aventurar-se num negócio próprio, ainda que essa opção traga mais riscos e incertezas. Em apenas cinco anos, esse grupo ficou 30% maior, de acordo com um novo estudo do instituto internacional Global Entrepreneurship Monitor. Já são 3 milhões os brasileiros entre 18 e 24 anos que, com o diploma na mão ou prestes a obtê-lo, estão à frente da própria companhia. Eles vislumbram a possibilidade de alcançar sucesso mais rapidamente – mas também desejam usufruir a liberdade de quem não está sob as asas de um chefe. Outro aspecto captado pela pesquisa diz respeito à visão otimista que têm da economia brasileira. "Eles enxergam espaço para a inovação – e isso é um estímulo decisivo para que tentem a vida por conta própria", diz Simara Greco, coordenadora do estudo. Está-se falando de gente como Pedro Valiati, 27 anos, que ainda cursava engenharia ambiental na USP quando, junto com dois colegas, teve a ideia de abrir uma empresa numa área até então inexplorada: a de softwares para racionalizar o uso da água. Emprego? "Era o sonho dos meus pais, nunca foi o meu."

Mais da metade desses novos negócios se concentra no setor de tecnologia, muitos deles na área de TI, um mercado em expansão e passível de ser explorado sem grandes investimentos iniciais – vantagem determinante para profissionais que, em início de carreira, não contam com capital e começam sua empresa até dentro de casa. "Trabalho no meu quarto, em frente a um único computador", diz o cientista da computação Thiago Ventura, de 23 anos. Em 2007, ele e dois amigos de faculdade selaram sociedade num negócio voltado para o desenvolvimento de games educativos, em Cuiabá. Já com uma dezena de clientes fixos no país inteiro, cogitam agora recrutar mais gente e, enfim, abrir um escritório. Esse modelo de negócio só foi possível porque, nos últimos dois anos, os rapazes estiveram sob a guarida dos pais, que os sustentavam em casa enquanto eles acumulavam dinheiro. A mesma fórmula tem ajudado outros jovens no país a dar o pontapé inicial em sua empresa, e é reflexo de uma mudança de comportamento. Os brasileiros estão postergando a decisão de morar longe dos pais: 62% dos jovens só começam a pensar nisso quando já passaram dos 30 anos, segundo mostra o IBGE. Até lá, vão se capitalizando. Conclui o economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas: "Esse padrão é determinante para explicar o aumento do empreendedorismo entre os jovens com ensino superior no Brasil".

Ao tomarem a decisão de montar uma empresa, os jovens pesam também o fato de que, desse modo, terão mais liberdade para ditar os rumos do negócio e tomar conta do próprio tempo. É verdade que isso sempre impulsionou, em algum grau, a opção pelo empreendedorismo – mas foi mais recentemente que se tornou um fator decisivo. Fruto de uma educação mais liberal, dada por pais que viram de perto a ascensão dos movimentos estudantis e da contracultura, os jovens de hoje são menos afeitos à noção de hierarquia. "Criados com liberdade, eles resistem mais à ideia de responder a chefes e dar satisfação sobre o que fazem", diz a educadora Tania Zagury. É natural que vejam o empreendedorismo como uma alternativa. Ao segui-la, também buscam chegar ao sucesso mais rápido – o que, evidentemente, nem todos conseguem. A ideia de que se pode obter o sucesso, contudo, é reforçada pela ascensão-relâmpago de figuras como Larry Page e Sergey Brin, os fundadores do Google, ou de Mark Zuckerberg, o criador do site de relacionamentos Facebook. O jovem trio, que antes dos 30 amealhou fortunas na casa dos bilhões de dólares, chega a ser venerado pela nova geração de empreendedores brasileiros.

Outro impulso para o empreendedorismo vem do próprio mercado de trabalho, que está mudando em ritmo veloz no Brasil. Enquanto os empregos formais entre os que ganham menos aumentam, no topo da pirâmide eles se estão reduzindo. Segundo um levantamento da consultoria LCA, desde 2003 surgiram no país 700 000 postos formais de trabalho para quem ganha acima de 3 500 reais – o que é bom, porém insuficiente para absorver os 2,5 milhões de novos profissionais com diploma que, no mesmo período, saíram à procura de emprego. Nesse meio tempo, as grandes empresas no Brasil passaram por uma transformação espelhada numa tendência mundial: terceirizaram vários dos setores que não tinham relação direta com suas atividades-fim, como o de recursos humanos, o jurídico e a área de TI. Isso abriu um novo campo para quem trabalha por conta própria, como bem ilustra o caso das publicitárias Patrícia Moreno, 27 anos, e Ana Carolina Patrício, 28. Tão logo saíram da faculdade, em 2005, elas decidiram abrir uma consultoria. Hoje, trabalham para quinze empresas. "Somos o setor de marketing delas", explicam as moças.

O aumento do número de jovens empreendedores é desejável para qualquer país. "Recém-saídos da universidade, eles estão atualizados sobre sua área – e têm grande capacidade de inovar", diz o especialista Marcos Hashimoto, do Insper. Inovação é hoje, afinal, o que mais enriquece um país. Num cenário em que 83% dos donos de negócio brasileiros nem sequer pisaram numa universidade, esses jovens com diploma têm, também, infinitamente mais chances de prosperar. Para se ter uma ideia, apenas 7% das empresas abertas por brasileiros com ensino superior fecham antes de completar um ano de vida, um quarto da média nacional. O Brasil sempre registrou altos índices de empreendedorismo. Entre os jovens, 15% dos brasileiros já estão à frente de um negócio próprio, mais do que americanos (14%) ou indianos (12%) – ambos tradicionalmente empreendedores. A boa novidade, no entanto, é que nunca se viu tanta gente qualificada. Em 2007, aos 20 anos e com um empurrão financeiro dos pais, o administrador de empresas Rafael Soares decidiu se tornar dono de uma loja de material de construção, em São Paulo. Só fez isso depois de estar convicto de que o momento era bom e de inventar para o negócio um diferencial: junto com o material, ele vende serviços de empreiteiro. "Trabalho obcecadamente dia e noite", resume. A tão sonhada liberdade, ele não tem. Mas, a exemplo de tantos outros de sua geração, tem tudo para fazer seu negócio vingar.

As crenças de sua empresa empolgam?

Época Negócios

De uma década para cá, uma palavra ganhou nova acepção entre os norte-americanos. É "evangelizador". O sentido religioso original, diga-se, só subsiste no ardor que move os evangelizadores atuais, pois a palavra migrou para o marketing - a defesa apaixonada de empresas, produtos e marcas. Um caso clássico da nova evangelização é o da legião de fãs da Apple: consumidores fiéis de produtos como MacBook, iPhone ou iPod. Sempre dispostos a falar bem deles. E a falar mal de quem os critica. O evangelizador nato era visto como um consumidor. Isso é uma meia verdade.

Recentemente, a especialista britânica Lynda Gratton e a executiva Shelly Lazarus, chairman da agência de publicidade Ogilvy & Mather (O&M) em Nova York, constataram que outro público pode igualmente ser uma arma poderosa de evangelização. Só que do outro lado do balcão. Sim, ele mesmo: o funcionário. "O segmento mais negligenciado na construção de marcas é o da audiência interna - todos os empregados de uma empresa", diz Shelly Lazarus, publicitária apaixonada por marcas que entrou para a O&M em 1971. "É incrível, mas são poucos os que, no alto escalão das empresas, se dão conta de que o funcionário está à solta no mundo, se relacionando com outras pessoas, envolvido em sites como o Second Life e o Facebook, interagindo com dezenas, centenas ou milhares de pessoas todos os dias. Será que não existe aí um gigantesco potencial de construção de marca desperdiçado?", indagou Shelly numa entrevista à revista BizEd, voltada à educação executiva.

A paixão, numa empresa, surge do ambiente criativo, que nasce do desejo de quem dirige

Um dos problemas que chamam atenção nas empresas, de acordo com Shelly, é a falta de educação corporativa. Boa parte dos funcionários de virtualmente qualquer empresa nos Estados Unidos não tem informação suficiente sobre a empresa em que trabalha. "Pegue-se o Wal-Mart", exemplifica. "Não seria inteligente que a empresa se certificasse de que seus funcionários entenderam qual a atitude do supermercado em relação às mercadorias e em relação ao serviço ao consumidor? Todo funcionário do Wal-Mart deveria saber quais são os princípios que regem a empresa." Para Shelly, esse tipo de preocupação, antes restrita ao campo da gestão interna, vai ter de migrar para a seara do marketing. Em tempos de "marketing 360º" - expressão usada para designar as companhias que não deixam de pensar um único segundo no impacto que suas marcas podem estar causando em sua interação com o público, do anúncio impresso à pintura do logotipo no caminhão -, o funcionário é, também, um profissional de marketing. E um potencial evangelizador.

É claro que o tão propalado trabalho de evangelização de marca será infrutífero se o funcionário não tiver um grande apreço por aquilo que faz, e pelo lugar onde trabalha. Shelly reconhece isso. Na própria definição original de evangelização, que consta nos dicionários, isso está implícito: o trabalho de disseminar o ensinamento dos evangelhos é fruto de um grande entusiasmo - para dizer pouco. Como gerar na equipe o mesmo grau de empolgação pela firma que o registrado entre donos de iPods?

Para responder à questão, Lynda Gratton, professora de práticas gerenciais na London Business School, escreveu um livro intitulado Hot Spots - Why Some Teams, Workplaces and Organizations Buzz with Energy, and Others Don't ("Lugares quentes - por que algumas empresas transpiram energia, e outras não"). De acordo com Lynda, o entusiasmo nasce do ambiente de criatividade. Porém, o ambiente que "transborda energia", para usar palavras da autora, não é criação espontânea, mas sim fruto de um trabalho iniciado nos escalões de cima da empresa. "É vital que haja um grupo de executivos seniores que trabalhem num ambiente de cooperação. Isso é inspirador. Aliás, é a própria fonte de inspiração", diz ela. O contrário também é verdadeiro. Empresas cujos diretores trabalham num ambiente de intrigas vêem o seu potencial de inspiração corroído. "Nós nos sentimos inspirados por uns 15% do nosso tempo. Não seria maravilhoso aumentar o índice para 40%?".

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em busca do cliente perdido

Pegn
Mudanças bruscas no mercado, empresas com produtos e processos antigos e a entrada de novos e inesperados concorrentes podem levar hordas de clientes corredeira abaixo e colocar muitas empresas sob o risco de fechar as portas. A dificuldade desses empreendedores para manter o ritmo dos negócios fica ainda maior na hora de traçar uma estratégia para recuperar o fôlego e muitos não sabem se devem reconquistar seus antigos consumidores ou partir para a busca de novos. 

O consultor de marketing e professor da Faculdade Cásper Líbero e da Fundação Getulio Vargas, Marcelo Miyashita, dá algumas dicas de como dar a volta por cima e recuperar o espaço perdido. 

Abordagem comercial e promocional 

Não espere que os clientes venham até você. Desenvolva propostas em algumas áreas específicas. No caso de uma gráfica, por exemplo, é possível apresentar aos clientes projetos de cartões de visita, agendas e cadernos ou até de folhetos promocionais para supermercados. Se tiver recursos disponíveis, vale divulgar a empresa em classificados, páginas amarelas ou na internet. 

Qualidade de atendimento 

Fique atento à maneira como sua empresa atende seus compradores e compare com o atendimento dado pelos seus concorrentes. Aproveite para identificar pontos a serem melhorados. 

Mercado e concorrência 

Pesquise o mercado, conheça as tendências e as novidades. Analise seus concorrentes, o que fazem bem-feito e os motivos de seu sucesso. Faça uma simulação de compra junto aos concorrentes, como se você fosse um consumidor. Também pergunte aos seus clientes mais próximos quais são os pontos fortes dos concorrentes. 

Inovação 

É fundamental inovar para alcançar resultados em prazo mais curto. "Ouça sua equipe e fique aberto a idéias e propostas", afirma o consultor. Nas mudanças, tenha sempre em mente as necessidades da clientela. 

Clientes 

Comunicar-se com novos compradores é mais difícil e caro, por isso, aproveite o reconhecimento que os clientes atuais têm do seu trabalho para apresentar novos serviços e produtos. Como você já os conhece, faça ações personalizadas: telefone, marque uma visita, ofereça uma solução adequada às necessidades de cada um deles. Para reaver clientes inativos, identifique quais deles podem gerar novos negócios e divida-os em grupos de acordo com o tipo de serviço contratado. "É a chamada personalização em massa. Faça materiais de venda direcionados para cada grupo, mas lembre-se de que é preciso ter alguma novidade para conseguir recuperar o cliente.