Alessandra Pires
10.07.2013
A cada cem empresas criadas no Brasil, 76
sobrevivem aos dois primeiros anos de vida. É o que demonstra o estudo
Sobrevivência das Empresas, divulgado pelo Sebrae. Essa
taxa, em crescimento nos últimos anos, mostra uma melhor capacidade das micro e
pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos do negócio.
Nesse período inicial, a empresa ainda não é conhecida no mercado, não possui
carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca
experiência em gestão.
“A taxa de sobrevivência é muito alta e se deve
principalmente a três fatores: legislação favorável, aumento da escolaridade e
mercado fortalecido”, analisa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “O
Supersimples – que reduz impostos e unifica os tributos em um só boleto – deu
tratamento diferenciado e melhores condições aos pequenos negócios. A
escolaridade aumentou no Brasil como um todo e também beneficiou as empresas,
porque um empreendedor mais preparado se planeja melhor. E, por fim, a força do
mercado interno, com mais de cem milhões de consumidores, impulsiona os
pequenos negócios”, destaca Barretto.
Segundo estudo do Sebrae, a região com maior número de
empresas que vencem a barreira dos dois anos de vida é a Sudeste, onde também
se concentra a maior quantidade de pequenos negócios. Nessa região, o índice de
sobrevivência atingiu 78%. Em seguida está o Sul do país, com taxa de 75,3%,
depois o Centro–Oeste (74%), Nordeste (71,3%) e Norte (68,9%).
“Empreender sempre envolve risco, por isso é natural ter um
percentual de empresas que não avançam. Mas qualquer taxa acima de 70% já é
considerada bastante positiva, inclusive como parâmetro internacional”, avalia
o presidente do Sebrae.
Tomando como referência o estudo de sobrevivência das
empresas feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) junto a 15 países, a taxa mais alta é da Eslovênia, com 78%. Ao atingir
76%, o Brasil supera países como o Canadá (74%), Áustria (71%), Espanha (69%),
Itália (68%), Portugal (51%) e Holanda (50%), entre outros. O estudo da OCDE é
o que mais se assemelha ao do Sebrae, no entanto considera ativa a empresa que
tem ao menos um funcionário. Já o censo feito pelo Sebrae considera ativa a
empresa que está em dia com a declaração fiscal junto à Receita Federal.
Preparar a entrada no mundo dos negócios é o primeiro passo
para ter sucesso com uma empresa. De acordo com o Sebrae, elaborar um plano de
negócios, avaliar sua capacidade financeira e não misturar as contas pessoais
com as da empresa são algumas das principais dicas.
Em todo o Brasil, o Sebrae oferece consultorias,
treinamentos, palestras, seminários, eventos, publicações, entre outros
serviços, muitos deles gratuitos. O atendimento pode ser feito presencialmente
em um dos mais 700 pontos de atendimento no país ou ainda pela internet
(www.sebrae.com.br) ou pelo telefone (0800 570 0800).
Veja dez dicas para a sobrevivência da empresa:
1) Planeje-se sempre;
2) Respeite sua capacidade financeira;
3) Não misture as finanças da empresa com as pessoais;
4) Fique de olho na concorrência;
5) Prospecte novos fornecedores;
6) Tenha controle do seu estoque;
7) Marketing não se resume a anúncio, invista em outras
estratégias;
8) Inove, mesmo que seja um produto/serviço de sucesso;
9) Invista sempre na formação empresarial;
10) Seja fiel aos seus valores e ao do seu negócio .
Disponível em
http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/21004564/ultimas-noticias/sobrevivencia-das-empresas-atinge-76-no-brasil/.
Acesso em 10 jul 2013.