Millor Machado
21 de dezembro de 2011
Observem bem um diálogo que tive há alguns anos com meu
ex-colega de quarto, o qual vamos dar um nome fictício de “Rafael Coelho
Guimarães de Oliveira”.
Eu: Cara, estou pensando em trocar de operadora de celular.
Você que já passou por várias, qual recomenda?
Rafael: Olha, todas são muito parecidas. A diferença são as
vantagens e desvantagens de cada.
Será que algumas vezes você não dá uma de “Rafael” com o seu
cliente, dando pra ele 3,479 milhões de opções mas sem de fato facilitar a vida
dele?
Opções demais não tornam o cliente mais feliz
Quando existem muitas opções, a análise é mais complexa e
consequentemente mais difícil, o que nos faz ficar enrolando sobre ela.
O custo de oportunidade causa infelicidade
Se você tem 926 opções, não importa quão boa for sua
escolha, sempre ficará na sua cabeça a ideia de que ela poderia ter sido
melhor. Ou seja, por incrível que pareça, quanto mais escolhas você tem, maior
a chance de se arrepender depois.
Altas expectativas são o caminho para a frustração
Aliado ao custo de oportunidade está o fato de que se você
tem muitas opções você pensa “Se existem tantas opções, uma delas tem que ser
perfeita!”. Daí se sua escolha não é perfeita (nunca vai ser!), você se
incomoda pois poderia ter conseguido algo melhor dentro das milhares de opções.
Transferência da responsabilidade para o cliente
Se seu médico te manda tomar um remédio e algo dá errado,
você ficará com raiva do médico, mas não necessariamente se sentirá infeliz. Se
o médico ao invés de recomendar um remédio te dá um leque de opções e você
escolhe o remédio errado, a culpa passa a ser sua e você fica infeliz.
Conclusão
Se você é especialista em algo, seu trabalho é resolver o
problema do cliente, não simplesmente colocar as cartas na mesa. Tenha isso em
mente e você ganhará automaticamente 41 pontos de moral, em comparação com seus
concorrentes.
Disponível em http://www.saiadolugar.com.br/marketing/seu-cliente-merece-recomendacoes-nao-apenas-opcoes/.
Acesso em 12 ago 2013.