Mostrando postagens com marcador velhice. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador velhice. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Planejamento financeiro deve ser parte do projeto de vida

Renato Bernhoeft
27/04/2012
A preocupação com o próprio futuro e o dos familiares independe de estabilidade financeira ou de crise no mercado. E como resposta a esse comportamento, é natural que haja um aumento da oferta por especialistas em investimentos pessoais ou em grupo.

A gama de produtos é a mais variada possível. Desde recursos para manter a renda em uma previsível aposentadoria, financiar os estudos dos filhos, criação de reservas para futuros desfrutes ou até um seguro de vida para reduzir o baque financeiro dos familiares na eventual falta por falecimento ou incapacidade. Todos são produtos importantes e com forte conotação preventiva. Mas nenhum deles relaciona a necessária tranquilidade financeira no futuro a um projeto de vida correspondente a essas reservas.

Além de ter claro qual o rendimento que minhas aplicações irão me proporcionar ao atingir os 50, 60 ou 70 anos de idade, por exemplo, também devo pensar sobre o que aspiro ser, parecer, fazer, pensar e transmitir quando essas fases chegarem.

Ao perder a identidade que a empresa me emprestou enquanto estive empregado, com que “sobrenome” vou me apresentar depois de aposentado? O que farei com o tempo livre? Como será meu relacionamento como cônjuge, familiar e amigo? Ainda estaremos juntos como casal? Estarei morando no mesmo lugar?  Como vou manter minha autoestima e amor pela vida? Quais os cuidados que devo ter em relação à saúde? Qual é o padrão de vida que pretendo manter?

E uma pergunta crucial: Desejo continuar mantendo minha autonomia financeira e afetiva, ou espero que os filhos me cuidem na velhice? Em relação aos que se preocupam em criar reservas financeiras para os filhos, seja no sentido de financiar seus estudos ou proporcionar alguma tranquilidade material para o início da vida adulta, as recomendações também são importantes.

Poupar, investir e buscar melhores alternativas visando um futuro confortável para os dependentes é algo que os pais podem fazer sem consultá-los. Mas a experiência tem demonstrado que filhos que recebem recursos e facilidades financeiras sem uma efetiva participação, esforço e sacrifício apresentam como tendência um comportamento de desperdício.

Envolva seus filhos, desde muito cedo, em planos, compromissos e consciência no seu relacionamento com o dinheiro. Crianças e adolescentes que nunca transacionaram nada na sua infância tendem a desconhecer o valor relativo dos bens materiais. Para muitos, o preço de um automóvel não difere muito do custo de uma bicicleta. Afinal, tudo sempre lhe foi muito facilitado.

Desse modo, é importante não omitir informações procurando “poupá-los” das dificuldades da vida. Inclua nas conversas com a família os planos futuros de cada um, vinculados a uma adequada educação financeira.

Disponível em http://www.valor.com.br/carreira/2636320/planejamento-financeiro-deve-ser-parte-do-projeto-de-vida. Acesso em 28 ago 2013.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Apenas 7% dos idosos brasileiros reservaram dinheiro para a velhice

Gladys Ferraz Magalhães


Apenas 7% dos brasileiros reservaram algum dinheiro para velhice, segundo revela estudo realizado pela Bupa Health Pulse. De acordo com o levantamento, no Brasil, 64% das pessoas não se preparam para a velhice em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio, sendo que 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.

A pesquisa revelou ainda que 53% dos 1005 entrevistados no Brasil nem sequer começaram a pensar na velhice, sendo que 46% dos brasileiros não se preocupam em envelhecer. Ao todo, o estudo ouviu 12.262 pessoas em 12 países.

“É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e acolhem bem a chegada da velhice, mas as pessoas não podem ficar despreocupadas com o envelhecimento. O Brasil, assim como muitos países, vem enfrentando uma crise na assistência médica e social. Muitos pensam que seus parentes estarão prontos para cuidar deles, mas nossas estruturas familiares estão mudando e as pessoas precisam começar a planejar e conversar o quanto antes sobre a futura assistência que terão”, disse o diretor-médico da Bupa International, Dr. Sneh Khmka.

Outros dados

Ainda de acordo com o relatório, os brasileiros são os mais otimistas quanto à terceira idade (17%) contra a média global de 3%, sendo que 95% dos brasileiros com 54 anos ou mais não se consideram velhos.

Apesar de 84% dos entrevistados no País dizerem que o padrão de assistência ao idoso  no Brasil é pobre e 96% acharem que a assistência governamental precisa melhorar, 42% dos brasileiros acreditam que o Estado deve bancar a assistência ao idoso, enquanto que 39% pensam que a assistência do governo deve ser apenas para pessoas de baixa renda.

Por outro lado, de fato, apenas 3% dos brasileiros pensam que o governo cuidará deles quando envelhecer, com 35% das pessoas planejando usar as próprias economias e investimentos quando chegarem na velhice.