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quinta-feira, 27 de março de 2014

Seis dicas para quem quer sair da faculdade realmente preparado para o mercado

Administradores
7 de março de 2014
Com a grande demanda por profissionais qualificados, apenas as boas notas não são mais garantias suficientes para classificar o estudante para o seu primeiro emprego. Por isso, a consultoria Robert Half listou seis dicas para quem pretende se qualificar durante o período universitário:

1 . Procure estágios – Busque o responsável por estágios na sua faculdade, procure empregadores de seu interesse e mantenha contato com os diretores de ensino e professores para conquistar um estágio.

2 . Pense além dos cifrões – Estágios remunerados são atraentes, mas não pense apenas no dinheiro. As oportunidades valiosas são as que proporcionarão a você o máximo de exposição, experiências e conexões.

3 . Seja um voluntário - Busque trabalhos voluntários que possam reforçar suas competências e habilidades.

4 . Explore todas as suas opções - Oportunidades temporárias permitem ganhar experiência no mundo real. Algumas tarefas de contabilidade e finanças temporárias podem resultar em ofertas de trabalho permanente.

5 . Agarre as oportunidades - Não se veja como "apenas um estagiário", "voluntário" ou  “temporário". Trate cada oportunidade como um trabalho real, adotando a mentalidade de um funcionário permanente. Observe como os outros colaboradores interagem e adapte o seu estilo de trabalho e comportamento..

6 . Fique em contato - Depois de um estágio ou de um trabalho temporário, escreva uma carta de agradecimento para quem te ajudou ou orientou. E mantenha contato durante todo o seu período universitário. Dessa forma, suas chances de garantir ligações de trabalho, recomendações ou até mesmo uma oferta de emprego aumentam.


Disponível em http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/6-dicas-para-quem-quer-sair-da-faculdade-realmente-preparado-para-o-mercado/85491/. Acesso em 23 mar 2014.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Emprego: como se relacionar com recrutadores

New Trade
23-01-2014
Em um mundo perfeito, os recrutadores responderiam a todos os requerimentos que recebessem e forneceriam respostas sobre o progresso de cada candidato a emprego. Infelizmente, esse comportamento raramente acontece. Embora eu não possa eliminar todas as frustrações do sistema de recrutamento neste texto, posso armá-lo com informações para você aproveitar ao máximo a situação. Aqui estão cinco dicas para ajudar você a trabalhar efetivamente com os recrutadores.

Torne isso pessoal - Identifique recrutadores específicos para chegar diretamente a eles, em vez de publicar o seu currículo no site da agência. Há mais incentivo para um recrutador falar com você quando você não está no banco de dados da agência. Sempre que possível, localize o endereço de e-mail do recrutador no site da empresa ou por seu perfil profissional on-line para que você possa enviar sua mensagem e anexar seu currículo. Sua mensagem deve indicar claramente qual  tipo de posição você está almejando e como você pode agregar valor a uma organização.

Arrisque-se, mas permaneça focado no alvo - Tenha em mente que alcançar o recrutador certo é um jogo de números. Chegue pelo menos a cinco novos recrutadores a cada semana, e acompanhe uma semana depois. Faça uma pesquisa online por listas de recrutadores. Além disso, procure por recrutadores ou agências que rotineiramente aparecem em resultados da sua pesquisa quando você está procurando por vagas de emprego on-line. Se você já trabalhou com um recrutador no passado ou tem um colega de confiança que já trabalhou, não tenha medo de se reconectar ou pedir uma introdução.

Ajude os recrutadores a encontrarem você - Construa uma forte presença on-line para que os recrutadores o encontrem. Isto inclui carregar a versão mais atual de seu currículo para todos os quadros de empregos segmentados que você usa e manter um perfil profissional on-line que esteja alinhado com o seu currículo. Participe ativamente de grupos-alvo no LinkedIn e associações de membros específicos do setor. Poste comentários, participe de reuniões e eventos, e compartilhe artigos relevantes – recrutadores são notórios por vasculharem esses grupos para procurarem os potenciais candidatos .

Explicite suas qualificações - Só se candidate a cargos para os quais você atenda muito bem às exigências necessárias. Candidatar-se a um papel para o qual você está desqualificado não é apenas um desperdício de seu tempo e do recrutador, mas também mostra ao recrutador que você não leu a descrição do trabalho com cuidado. Os recrutadores são extremamente ocupados – gastam uma média de 6 segundos olhando o seu currículo antes de decidir se ele se encaixa. Faça isso ser o mais fácil possível para eles, explicitando as suas qualificações em seu currículo e incorporando palavras-chave da descrição do trabalho em seu currículo.

Torne-se um recurso - Se um recrutador te enviar um trabalho que não é adequado, faça referência a amigos e colegas talentosos que podem se encaixar melhor na posição. Isso dá a você a chance de ajudar outra pessoa e manter o seu nome na mente do recrutador. Você também estará ajudando a esclarecer seu perfil e metas de trabalho para o recrutador, para que quando a oportunidade certa aparecer, você seja chamado.


Disponível em http://www.newtrade.com.br/noticia/emprego-como-se-relacionar-com-recrutadores. Acesso em 23 jan 2014.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mão de obra vira principal dor de cabeça dos executivos

Valor Econômico
A preocupação com a mão de obra chegou ao topo da lista de temores dos executivos que comandam grandes empresas brasileiras, presentes à cerimônia de entrega da 12 ª edição do prêmio Executivo de Valor. Em uma lista de seis itens de "preocupações imediatas" - demanda fraca, mão de obra, inflação, câmbio, custo do crédito e inadimplência dos clientes - a disponibilidade, o custo de pessoal e sua qualificação receberam as notas máximas (de oito a dez), seja na indústria, no varejo ou em serviços. A nota para essa preocupação ficou acima da inflação, revertendo inquietações de 2011. No ano passado, no mesmo evento, executivos relataram que "velhas" preocupações com aumento de custos de insumos haviam retornado para sua agenda.

Além da mão de obra, demanda fraca e câmbio apareceram como fortes preocupações de curto prazo. Para esses itens, os temores foram mais fortes entre as companhias muito ligadas ao comércio exterior, mas também apareceram entre diferentes produtores de bens de consumo, como automóveis, vestuário e bebidas.

O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, explica que não há "uma preocupação somente com qualificação, mas também com disponibilidade de mão de obra. A disputa por funcionários acaba inflacionando os salários e, em alguns casos, as opções de contratação são muito poucas", diz o executivo. Renato Alves Vale, presidente da CCR, acrescenta à disponibilidade outra preocupação: a formação. "Nossa preocupação é ter pessoal preparado para garantir sucesso em um ambiente de crescimento, com aumento de demanda." Essa preparação, salienta, também envolve a capacidade de gerar lideranças para guiar a empresa.

"A formação de mão de obra no médio prazo é o principal motivo de preocupação para a Totvs, afirma Laércio Cosentino, executivo-chefe da maior companhia de software de capital nacional. "O setor de tecnologia da informação demanda mão de obra em larga escala e a velocidade da formação de técnicos nos próximos anos será inferior à necessidade das empresas", diz Cosentino. Para ele, demanda fraca, crédito, inflação, inadimplência dos clientes e câmbio mereceram notas muito baixas - de dois a três.

A mão de obra também está entre as maiores preocupações da farmacêutica francesa Sanofi-Aventis, controladora do laboratório Medley, maior de genéricos do Brasil, presidida no país por Heraldo Marchezini. Esse item recebeu nota oito. Na petroquímica Braskem, o projeto de crescimento e internacionalização fez a mão de obra subir ao topo dos temores. Carlos Fadigas, presidente da companhia, diz que esse fator já seria crítico em qualquer circunstância. "Como vivemos uma época de pleno emprego, a disputa natural entre as empresas pelos melhores talentos do mercado torna-se mais acirrada e pressiona os salários para cima, o que torna a questão dos recursos humanos ainda mais relevante", diz ele. Por isso, o executivo sugere que o governo siga desonerando o custo da mão de obra.

Fabio Schvartsman, diretor-geral da Klabin, acrescenta demanda fraca e inadimplência à preocupação com mão de obra. Schvartsman diz que o conjunto de medidas tomadas pelo governo para fortalecimento da economia, seja de incentivo às indústrias, sejam as ações da política monetária de redução de juros, ainda não se traduziram em recuperação importante na economia. Outro setor, bem diferente, tem preocupação semelhante. A demanda fraca e o custo do crédito são as maiores preocupações para Jayme Garfynkel, presidente da Porto Seguro. Quanto ao custo do crédito, seu maior temor recai sobre o financiamento de veículos, que, segundo ele, já afeta o mercado de seguros.

Já para o presidente do grupo São Martinho, Fábio Venturelli, o câmbio está no topo das preocupações. A estabilidade do moeda, diz ele, é essencial para as atividades da companhia por conta de seu "expressivo volume de exportações". Em um segmento com características semelhantes, o presidente da BRF - Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, também relacionou a mão de obra como principal preocupação. "Trabalhamos em um setor em que a mão de obra é muito intensiva e temos dificuldade para contratar", disse ele, citando os cerca de 2 mil postos de trabalho abertos que a BRF não conseguiu preencher.

Ainda no agronegócio, o presidente da JBS, Wesley Batista, também elencou mão de obra como sua principal inquietação. "Para fazer frente ao crescimento do Brasil, precisamos de mão de obra qualificada", sendo necessário maior "investimento em educação".

Em outro setor, e procurando outro perfil de profissional, o presidente da operadora de telefonia Telefônica/Vivo, Antônio Carlos Valente, fez coro aos empresários do agronegócio. "Trata-se de um tema que, devido ao desempenho econômico dos anos recentes, pode trazer algumas dificuldades para companhias dos mais variados segmentos, em especial para aquelas com alto nível de especialização como o nosso", diz Valente. Ainda no setor de serviços, a retenção dos empregados é uma preocupação. O presidente do Cinemark, Marcelo Bertini, diz que a empresa trabalha muito com primeiro emprego e salário mínimo, onde o mercado é muito competitivo, dificultando a manutenção dos funcionários na empresa.

Câmbio, mão de obra, demanda fraca e inadimplência ocupam, cada um, a mesma nota de preocupação do presidente da Fiat, Cledorvino Belini. Marcando oito para cada um desses itens, ele aposta que a redução dos juros trará uma reversão do quadro de retração que marcou o primeiro trimestre.

A demanda também está entre as preocupações de outro setor ligado ao consumo. Apesar dos bons resultados da companhia nos últimos trimestres, o presidente da Hering, Fabio Hering, nota desaceleração da demanda. "Não sei se esse movimento está relacionado com o endividamento grande, principalmente da classe média. Porque a gente não vê nada em termos de emprego e renda", observa o executivo.

A dificuldade em entender o que está acontecendo com a demanda é partilhada pelo presidente da Ambev, João Castro Neves. Ele disse que a demanda é uma preocupação "importante" da companhia. Ele diz que o segmento em que a companhia atua passou por forte crescimento em 2009 e 2010, e desde 2011 está vivendo um processo de desaceleração. No primeiro trimestre do ano, o volume de vendas da companhia cresceu, mas por conta de ganho de participação de mercado, e não por conta da expansão do segmento. "A preocupação com essa retração ou desaceleração, como se queira chamar, não está restrita ao nosso setor nem à nossa companhia, mas ao mercado como um todo".

Mostrando que as preocupações de curto prazo são as mesmas que marcam uma visão de longo prazo, a questão tributária, um tema que vem atormentando a companhia nos últimos meses, é a principal preocupação do presidente da Vale, Murilo Ferreira. "Isso gera uma incerteza na precificação das ações da empresa e causa receio para os investidores e para a companhia", afirmou. A essa questão ele atribuiu nota oito. Em seguida, ele elenca a mão de obra (sete) e o câmbio.

Ferreira não ficou sozinho. O que mais preocupa Alessandro Carlucci, presidente da empresa de venda direta de cosméticos Natura, neste momento, é o "arcabouço tributário do Brasil", que, segundo ele, dificulta o planejamento das empresas. Entre os itens levantados pelo Valor, a dificuldade de mão de obra está entre os assuntos que mais afligem o executivo, que atribui um grau de preocupação entre cinco e seis ao tema. "A busca por talentos vai ficar cada vez mais desafiadora, porque a capacidade do Brasil de desenvolver pessoas não é na mesma velocidade com a qual a economia cresce", diz.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Serviços: mão de obra é problema para maioria dos empresários, diz Cebrasse

Eliane Quinalia
A ausência de mão de obra  é considerada um problema para o desenvolvimento dos negócios para a maioria dos empresários brasileiros. De acordo com um recente estudo realizado pela Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços), 91% dos empresários consideram o item um dificultador para o crescimento das empresas.


O problema é considerado maior, inclusive, que a carga tributária e as leis trabalhistas, que receberam 84,6% e 73,8% das indicações, respectivamente.


Desafios internos


O estudo apontou ainda que a situação é pior, ao mensurar os principais desafios internos em médio em longo prazo para as empresas manterem seu crescimento. Segundo o levantamento, 81,5% dos entrevistados indicam a atração e retenção de profissionais bem qualificados um problema.


“Em março do ano passado, um quarto dos entrevistados já citava essa questão. Agora, o tema é pontuado por 81,5% deles”, avalia o presidente da Cebrasse, Paulo Lofreta.


O quadro se agrava também, diante da necessidade de manter custos de serviços mais competitivos - situação apontada como a segunda maior preocupação nas decisões internas das empresas. “A questão era mencionada por um quarto dos entrevistados no último ano e agora por 66,2% deles”, diz Lofreta.


Desocupação em massa


Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa é que existam cerca de 1,440 milhão de pessoas desocupadas nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.


Destas, 488 mil pessoas possuem entre 18 e 24 anos e 713 mil apresentam entre 25 e 49 anos de idade. “Elas se somam a outras 114 mil entre 15 e 17 anos e às 126 mil na faixa acima de 50 anos”, informa o levantamento – o que torna a situação ainda mais preocupante.


“Não há saída a não ser a união do mercado e do governo para tratarmos de soluções urgentes para isso ou em alguns meses precisaremos importar pessoas para empregar”, diz o presidente da entidade, inconformado com a realidade retratada nos dados do IBGE sobre o contingente de pessoas desocupadas no Brasil.


A pesquisa


Os dados foram coletados com 65 entidades representativas e empresas de várias atividades de prestação de serviços em todas as regiões brasileiras: 73,8% do Sudeste, 33,8% do Sul, 18,5% do Centro-Oeste e entre 6% e 12% do Norte, Nordeste e Brasília.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Baixa qualificação faz com que empresas invistam na educação de profissionais


InfoMoney
No Brasil, 16% dos trabalhadores têm alguma qualificação profissional, sendo que em países como México, Chile e Argentina esse índice chega a 30%.

Segundo o diretor de Conhecimento de Educação da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Luiz Edmundo Rosa, essa realidade exige que as empresas assumam programas que formem e qualifiquem os funcionários.

Investimentos

De acordo com a presidente da ABRH-Nacional, Leyla Nascimento, as empresas qualificarão melhor as equipes de trabalho e, por essa razão, os investimentos em educação corporativa no Brasil crescerão nos próximos anos.

"A palavra-chave é educação e as áreas de Recursos Humanos das empresas devem se preparar para buscar maior diálogo com universidades e escolas técnicas, a fim de que estas qualifiquem e capacitem seus profissionais para atender as novas demandas de crescimento e expansão", afirmou a presidente.

Segundo Leyla, os resultados econômicos apontam o Brasil como um dos países que mais receberão investimentos no setor de educação.

Aprimoramento

Segundo o diretor de Conhecimento, os ambientes de trabalho estão mais complexos, em razão disso os profissionais que atuam na empresa devem ser aprimorados.

"O conceito de equipe passou a abranger não só os efetivos de uma organização, mas todos que atuam em sua cadeia produtiva, que tanto podem ser terceirizados, temporários, consultores e fornecedores, entre muitas outras possibilidades", disse Rosa.

"O desafio é criar as condições adequadas de trabalho para todos, apoiada por uma gestão moderna de pessoas que valorize a responsabilidade, a meritocracia e os resultados. Estes, para serem sustentáveis, dependem que essa grande equipe trabalhe alinhada aos mesmos valores, visão e compromissos, algo que só processos educacionais podem proporcionar", completa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Marca, a característica da diferenciação

Carlos Ferreirinha

O que seria de nós, consumidores, se não existissem marcas? O que seria de nós, se na fase final da tomada de decisão do consumo, não existissem as marcas para nos ajudar? Afinal, para que servem as marcas?

Sempre gosto de recorrer às reflexões mais simples e práticas para que o entendimento seja claro e objetivo. Desta forma, é imperativo constatar: são as marcas que realmente geram a segurança no consumo! Quando tomamos decisões por este ou aquele determinado produto ou serviço, são as marcas que equilibram.

E agora vem a primeira pergunta: mas, nem todos têm marcas fortes e nem todos os produtos e/ou serviços excelentes possuem marcas fortes por detrás? Verdade. Entretanto, estes são os casos que a ausência de marcas determinantes geram obstáculos – dúvidas – incertezas para o consumidor no momento mais importante de sua decisão: o consumo. Ou seja, quem tem produtos e/ou serviços especiais e que possui segurança desta diferenciação de qualificação, é importante que também fortalecem as marcas ou que criem. Em algum momento, isso pesará na decisão do consumidor.

Não há como imaginarmos, no atual mercado, a ausência de marcas. Em uma era onde já não se discute mais a qualidade e as caratetísticas técnicas dos produtos e serviços, nós consumidores temos a expectativa de que esta fase já foi ultrapassada e, por isso, são as experiências que nos posicionam e nos levam à um novo patamar de observação e exigência. E são as marcas que muitas vezes criam em nós os reais sentidos e interpretações.

Imaginem se uma determinada escola de administração abrisse uma operação no interior do Rio de Janeiro, com um nome desconhecido, em uma área até então muito pouco explorada pela educação e por escolas influentes. De imediato, apenas esta informação nos traz muito pouca informação qualitativa e de diferenciação. Vamos agora considerar que esta nova escola pautasse toda a comunicação pela excelência do ensino, pelo alto nível técnico dos professores, pela intercânbio e parceria internacional. Esta informação de alguma forma já é melhor, mas ainda é muito pouco.

Vamos, portanto, ler esta suposição de outra forma: a renomada escola de Administração Fundação Getúlio Vargas abre uma nova operação, localizada na zona norte do Rio de Janeiro. Com esta informação, faz-se necessário dizer também que o nível de professores é ótimo e que a escola tem um excelente nível de ensino? Não mais. A marca FGV é determinante. O mesmo poderia ser para qualquer outra marca em qualquer outra atividade.

Quando compramos carros, computadores, leite, iogurte, escova de dente, sandália de dedo, cimento, azulejo, lâmpadas... o que for, são as marcas que exercem a força na tomada de decisão final. Arriscar no novo, nas novas idéias, na tecnologia de ponta, nas novas experiências, nas novas marcas... tomam tempo e, nestas horas, é muito importante que algo realmente forte de diferenciação exista.

Podemos nos deparar com um quiosque em um determinado supermercado com o lançamento de uma nova lâmpada que consome muito menos energia. Somos de imediato impactados pela inovação e novidade. Entretanto, se este lançamento for da Ösran, além de sermos impactados, nosso nível de segurança para arriscar na novidade entra em um nível de conforto. Mas o que acontecem com as novas empresas com novas marcas ou vice-versa?

É importante salientar a importância de criação de marca, no investimento de marca e no gerenciamento de marca. Imaginem se o iPod, ao invés de ser da Apple, tivesse sido lançado por uma empresa Africana de nome também desconhecido? Mudaria a tecnologia? Uma empresa Africana não poderia lançar produtos como o IPod? Claro que sim. Mas, a marca Apple transforma rapidamente a inovação (neste caso, também diferenciação tecnológica) em desejo de consumo mundial mas, o mais importante a marca Apple já nos traz uma série de interpretações e na maioria das vezes, positivas.

Imaginem se o carro mais popular e barato do mundo, da empresa Indiana Tata Motors, tivesse sido lançado pela GM – General Motors. Em qual das duas opções este novo carro passaria a ter a imediata curiosidade transformada em compra? A Tata conseguirá, mas precisará investir mais e durante mais tempo, para fortalecer sua marca com atributos e características que gerem conforto e segurança nos consumidores.

Assim também é no momento que nos matriculamos em escolas. É assim também que acontece quando pedimos indicações de profissionais na área de saúde – determinados nomes nos geram segurança. O filme pode ser o pior dos tempos, mas se Fernanda Montenegro estiver nele, de imediato existirá a intenção de assistí-lo. Esta atriz já é uma marca de reconhecimento.

Não importa se a marca tem reconhecimento nacional, regional, internacional ou apenas reconhecimento na cidade ou no bairro de uma determinada região. Não importa o tamanho da marca e nem quanto você tem para investir. O que realmente importa é o fato da marca existir. Marcas são o registro de DNA. São as marcas que trazem consigo os atributos e características tão necessárias para o consumo.

Quando entramos no campo da atividade do Luxo, as marcas exercem fascínio e seduzem os consumidores. As marcas do Luxo são impregnadas de histórias e tradição; e ao final, nós consumidores, compramos histórias e não produtos. Acessamos serviços pela vontade da experiência. Muitas das marcas do Luxo, despertam o desejo da exclusividade.

A gestão de marcas se tornou um princípio essencial no sucesso empresarial no século XXI. Em períodos de mercados massificados e globalizados, produção excessiva, saturação de mercado para alguns produtos, descontos e tantas outras equações do mercado altamente competitivo, os consumidores buscam cada vez mais credibilidade, estabilidade e serem surpreendidos.

As marcas, quando bem construídas e mantidas, podem fornecer tudo isso. Marcas fortes não são mais apenas resultados de boas criações de logos. Elas geram comprometimento e apresentam características que fazem com o que os consumidores se identifiquem. São as marcas que diferenciam os produtos e os serviços, estes cada vez mais parecidos na entrega.

Uma pesquisa recente da consultoria Booz Allen Hamilton and Wolff Olins apontou que as empresas que possuem marcas fortes focadas são mais bem sucedidas e geralmente a lucratividade é maior do que as demais marcas no mesmo setor de atividade.

Geralmente digo que marcas fortes ajudam as empresas em momentos de crise! As marcas neutralizam as percepções dos consumidores. Você tem vendido produtos/serviços ou apresentado ao mercado uma marca forte de um determinado produto e/ou serviço?