Eric Santos
Com a ascensão das mídias sociais e seu uso para o
marketing, alguns “experts” começaram a questionar a utilidade de se continuar
pensando em e-mail como um canal importante do marketing digital.
Não há dúvidas de que as mídias sociais revolucionaram (para
o bem!) boa parte do marketing. Somos grandes proponentes do seu uso, mesmo
para negócios mais tradicionais. No entanto, e-mail marketing está mais vivo do
que nunca. Seus resultados continuam justificando a atenção e recursos
dispendidos com esse canal.
Abaixo, indico 5 razões para sua empresa continuar dedicando
recursos para fazer e-mail marketing de uma forma séria e assertiva.
Todo mundo tem e-mail
Principalmente para negócios B2B, é comum que alguma parcela
dos seus clientes/prospects não use ativamente as mídias sociais para o
trabalho. Por mais que sejamos um dos países líderes no uso do Twitter ou
Linkedin - que em geral são as redes de uso mais profissional – a proporção
ainda é um pouco baixa se comparada com o tamanho da população online.
No entanto, todo mundo tem e lê e-mail com frequência. Faz
parte do nosso dia a dia há anos.
Além disso, por mais bizarro que seja, ainda há empresas que
bloqueiam as mídias sociais no ambiente de trabalho. Por conta disso, a única
forma do seu conteúdo alcançar essas pessoas no horário comercial é através do
e-mail.
Mídias sociais são como um rio
O stream de atualizações de uma rede social é como um rio:
se você não está lá na hora da publicação, a chance é grande de que não verá
mais o conteúdo (até por isso sugerimos que se automatize a republicação nas
redes).
Por outro lado, o e-mail é assíncrono e não se perde. É
muito comum dispararmos uma campanha e ainda termos aberturas e cliques vários
dias depois.
(Ps. em tempos de barulho pelo anúncio de fechamento do
Google Reader, também é por isso que as empresas devem incentivar seus leitores
a assinar seu blog por e-mail, assim como fazem os principais blogs do mundo)
E-mail: um relacionamento mais profundo
Nas mídias sociais, as barreiras de entrada e saída são mais
baixas. Ao mesmo tempo em que é fácil começarmos a seguir uma empresa no
Twitter ou curtir sua página no Facebook, é bastante comum não clicarmos nos
links ou mesmo parar de seguir sem uma razão evidente.
Por e-mail o compromisso é maior. Somos mais relutantes em
nos inscrever para alguma lista, mas em compensação investimos mais atenção nos
e-mails que recebemos. Por isso, de uma forma geral, os cliques de uma campanha
de e-mail ficam entre 10x a 50x mais altos do que os cliques em um post em
mídia social (para um mesmo tamanho de base de assinantes).
Lista de e-mails é um ativo próprio e estável
Por mais que tenhamos que nos apoiar em um software para
fazer e-mail marketing da forma certa, temos controle total sobre a lista de
assinantes. Esse é sem dúvida um ativo próprio de longo prazo para a empresa.
Nas mídias sociais também temos esse ativo, mas estamos
submetidos às regras de terceiros e que podem mudar significativamente em pouco
tempo. Um exemplo é o Facebook, que apertou os critérios do seualgoritmo para
incentivar as empresas a gastar mais com seus Promoted Posts e, com isso,
conseguir fazer suas publicações apareçam nas timelines da maioria dos seus
fãs.
Com e-mail, é possível automatizar parte do marketing
digital
Isso é conseguido com uma prática mais avançada de marketing
digital, chamada Nutrição de Leads. Simplificando bastante, é o disparo de uma
sequência de e-mails de forma automatizada a partir de ações tomadas pelo
usuário e/ou seu perfil demográfico (cargo, tamanho da empresa, tipo de
negócio, etc.).
Apesar de haver experiências de automação via mídias
sociais, essa automação hoje só é possível de ser feita em escala e de forma
confiável através de e-mail.
Disponível em
http://www.endeavor.org.br/artigos/marketing-vendas/e-mail-marketing/e-mail-marketing-ainda-vale-a-pena.
Acesso em 10 jun 2013.