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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

No amor e nos negócios, a inteligência emocional é o mais importante

PEGN
18/04/2014
 
Manter um negócio demanda tanto esforço quanto manter um relacionamento. A comparação pode parecer estranha, mas é o que defende o americano Eric Schiffer. Empreendedor em série, ele é o atual presidente da 99¢ Only Stores (que é como uma versão americana das lojas de R$ 1,99). Em sua última coluna no site da Entrepreneur, o empresário defende que o componente mais importante para manter tanto a sua empresa como o seu relacionamento de pé é a inteligência emocional. "Na verdade, as regras para alcançar seus objetivos nos negócios são as mesmas para o amor", diz.

Schiffer listou cinco dicas que podem ajudar empreendedores a alcançar o sucesso no trabalho e na vida pessoal. Veja abaixo:  

1. Considere as ações e não as palavras
Ações importam mais do que palavras. Na hora de contratar um novo funcionário, preste mais atenção ao histórico dos candidatos do que em seu discurso. O mais indicado é tentar conversar com alguém que já tenha trabalhado com o potencial contratado e perguntar como é seu perfil em uma equipe: ele cumpre prazos? Tem um bom relacionamento com as pessoas? É esforçado?

No amor, vale a mesma regra. Falar é fácil. Difícil mesmo é cumprir o que se diz.

2. Não leve tudo para o pessoal
Evite transformar coisas pequenas em grandes dramas. Pessoas com inteligência emocional sabem que, de vez em quando, é preciso se afastar e analisar a situação de maneira fria antes de tirar conclusões drásticas. Se você ficou incomodado com alguém que o interrompeu durante uma reunião, por exemplo, o melhor é considerar o que pode ter feito a pessoa se comportar dessa maneira em vez de traçar um plano de vingança contra ela. Se esforce para sentir empatia e se colocar no lugar dos outros - e não leve tudo para o pessoal. Cada um vive em seu próprio mundo e, na maior parte das vezes, você não sabe o que está acontecendo por lá.

As mesmas regras se aplicam às relações românticas. Todo mundo tem dias ruins e todo mundo tem suas manias e esquisitices. Não é porque seu par não está com vontade de dançar que ele tem vergonha de ser visto com você. Pare de criar teorias mirabolantes e aceite as coisas exatamente como são. E o mais importante: não deixe bobagens te empacarem. Siga em frente. Sempre.

3. Mantenha o foco no todo
Pessoas bem sucedidas na vida e nos negócios levam o todo em consideração. Isso significa deixar detalhes de lado e encarar o caminho focando no destino final. Quando você mantém uma meta clara na cabeça, fica mais fácil negociar com clientes, criar parcerias bem sucedidas e concentrar suas energias no que é mais importante - sem se deixar desviar por pequenos aborrecimentos no meio do caminho.

O mesmo conselho vale para os relacionamentos. Se a sua prioridade é o seu parceiro, então você deve ligar menos para os pequenos desentendimentos do dia a dia que perturbam tantos casais - a toalha molhada em cima da cama, a pasta de dente sem tampa. Até mesmo situações mais importantes, como a administração do dinheiro ou a educação dos filhos, devem ser analisadas com uma coisa em mente: vocês estão fazendo tudo isso juntos.

4. Limpe as toxinas
Bons negócios se alimentam de boas energias. Muitas vezes, mesmo os funcionários mais eficientes, trazem cargas negativas que podem prejudicar a empresa. Evite contratar pessoas manipuladoras ou que agem sempre na defensiva. Essas características acabam contaminando o escritório e os outros empregados.

O mesmo vale para seus relacionamentos. Se alguém faz você se sentir mal sobre si mesmo, tenha foças para superá-lo e seguir em frente. Pessoas com inteligência emocional têm pouca tolerância a parceiros mentirosos, críticos ou carentes. Alguns indivíduos simplesmente são melhores fora da sua vida.

5. Não se desespere, nem perca o contato
Não é porque um relacionamento acabou que você deve se atirar da ponte mais próxima. Da mesma maneira, o fim de um acordo ou uma parceria que era boa para sua empresa não é o fim do mundo. Quem tem inteligência emocional se esforça para se manter positivo e voltar à estrada. Não é porque um relacionamento ou uma parceria terminou que você deve se separar da pessoa como se fossem inimigos.

Na maior parte das vezes, compromissos acabam por causa de diferenças e circunstâncias sobre as quais nenhum dos dois têm controle. Acontece, mas é raro relacionamentos terminarem por um deslize de uma das partes. Se esse não for o caso, não perca o contato com o ex-parceiro ou com o ex-sócio. O mundo gira e você nunca sabe quando caminhos podem voltar a se cruzar.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/04/no-amor-e-nos-negocios-inteligencia-emocional-e-o-mais-importante.html. Acesso em 24 ago 2014.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As empresas estão com muita grana, mas investindo pouco

Vicente Vilardaga
09/12/2013

Um paradoxo ronda a economia dos Estados Unidos. Cinco anos após a crise financeira que ameaçou levá-lo à lona, o país ainda se recupera timidamente. O desemprego continua perto de 7% — altíssimo para os padrões americanos. E o PIB avança no máximo 3% ao ano.

Os consumidores continuam assustados. As empresas nunca investiram tão pouco — o que, por sua vez, derruba ainda mais a economia. Mas é aí que surge o paradoxo. A “América corporativa” nunca esteve em melhor forma. As bolsas atingiram recordes em novembro.

O lucro das companhias chegou a 12,5% do produto interno bruto americano, também um recorde. E  sobra dinheiro. Um levantamento da consultoria Economatica revela que o caixa das empresas abertas americanas chegou a 1,5 trilhão de dólares em 2013 — ante 1,1 trilhão de dólares em 2009. O que diabos está acontecendo com a maior economia do mundo?

A “incerteza” em relação ao futuro da economia americana é o culpado mais frequentemente citado para explicar o fenômeno descrito acima. De fato, mudanças abruptas nas regras do jogo econômico, crises e más notícias afetam decisões de investimento. Mas essa sempre pareceu uma explicação capenga para o caso americano.

O temor de uma hecatombe ficou no passado, e a economia, mal ou bem, avança. Mas o investimento teima em não voltar, e as empresas seguem acumulando caixa como se estivessem se preparando para o fim dos tempos. Coube ao economista britânico Andrew Smithers o mérito de trazer mais perspicácia à discussão.

Ele acaba de lançar o livro The Road to Recovery: How and Why Economic Policy Must Change (algo como “O caminho para a recuperação — como e por que a política econômica precisa mudar”). Ele defende que a principal causa da demora na recuperação da economia desde a crise de 2008 é a miopia corporativa que se alastrou pelos países ricos, especialmente Estados Unidos e Inglaterra. A culpa, para resumir, é do bônus.

Os excessos da remuneração variável foram, como se sabe, responsabilizados pelo comportamento desvairado de executivos de bancos que quebraram na crise de 2008. Seu incentivo era fazer apostas pesadas para ganhar uma bolada ao fim do ano. Se desse errado, perderiam no máximo o emprego. Para eles, portanto, o incentivo era arriscar o máximo possível para aproveitar os bons anos.

Smithers é o primeiro a ver nessa lógica a culpa também pela anemia econômica dos últimos anos. Para ele, quanto mais uma empresa paga em bônus atrelados ao desempenho de suas¬ ações, menos interesse seus executivos têm em investir o dinheiro que está no caixa. E mais a economia sofre.

O bônus atrelado à variação das ações surgiu para resolver um problema: executivos e acionistas pensavam diferente, e por razões financeiras. Executivos tinham incentivos para se dar bem no curto prazo, mesmo que, para isso, fosse preciso sacrificar o futuro da empresa e dos acionistas. Pagando em ações, segue a tese, o executivo é obrigado a pensar como acionista. A moda pegou. Até 1970, apenas 1% da remuneração de um executivo era baseada em ações. O percentual chegou a 70%.

No Brasil, a média é de 50%, segundo a consultoria Hay Group. Quanto melhor a empresa for na bolsa, mais dinheiro essa turma ganha. Smithers alega que esse “alinhamento” faz com que a cúpula das companhias abertas se transforme em escrava do curto prazo — e, no fim das contas, tome decisões que prejudicam o acionista no longo prazo. Ou seja, o contrário do que o tal “alinhamento” propunha. 

Recompra de ações

O investimento das empresas em novos projetos acaba se tornando a maior vítima. As companhias americanas nunca gastaram tão pouco na compra de máquinas e equipamentos. Investir em inovação e construir novas fábricas esvazia o caixa e só traz retorno depois de alguns anos. Investir, portanto, é mau negócio para quem está preocupado com o preço da ação hoje. Com o caixa abarrotado, as empresas têm usado parte do dinheiro para recomprar ações — também em escala inédita.

De acordo com Smithers, no início dos anos 70 as empresas devolviam aos acionistas (em forma de dividendos ou recompra de ações) 1 dólar para cada 15 investidos. Hoje, devolvem 1 dólar a cada 2 investidos. A multinacional General Electric, por exemplo, nunca teve tanto dinheiro em caixa — são 130 bilhões de dólares. E seus investimentos caíram todos os anos desde 2009. Em compensação, é uma campeã de recompras.

Em fevereiro de 2012, a empresa anunciou uma ampliação de 10 bilhões em seu programa de recompras para 2013, para 35 bilhões de dólares. A combinação das duas medidas tem como efeito prático a valorização das ações. É bom para o mercado acionário, é bom para os executivos. Mas, como o investimento de hoje é o lucro de amanhã, o efeito desse jogo para o futuro das empresas — e da economia — é deletério.

No Brasil, onde também há uma queda dos investimentos, os possíveis efeitos da cultura do bônus são muito menores. Isso acontece porque a representatividade das empresas de capital aberto é relativamente pequena e há um grande número de empresas familiares e estatais.

Um estudo publicado em 2013 por três pesquisadores das universidades de Nova York e Harvard revela que as empresas fechadas investem, em média, duas vezes mais do que as companhias abertas, justamente porque não têm a preocupação de elevar o valor de suas ações no curto prazo.

Assim, podem investir enquanto as outras colocam o pé no freio. Em tese, é a melhor maneira de gerar o lucro do futuro. As famílias Cargill e MacMil¬lan, que controlam a gigante americana do agronegócio Cargill, reinvestem na empresa 80% de seus dividendos. A companhia tem capital fechado. No Brasil, o  maior exemplo dessa dinâmica tem sido a Odebrecht. Controlada pela família desde a sua fundação, nos anos 40, a empresa vai investir 17 bilhões de reais em 2013, 30% mais que no ano passado.

Recentemente, fez uma aposta de 19 bilhões de reais ao ganhar o leilão de concessão do aeroporto do Galeão (junto com um sócio de Singapura) e também ganhou a concessão da rodovia BR-163. Até 2015 serão 53 bilhões de reais de investimento.

Como conciliar investimentos de longo prazo com o imprescindível papel do mercado de capitais numa economia moderna? É um debate tão antigo quanto insolúvel. Smithers propõe criar novas formas de unir os interesses de acionistas e executivos, incluindo nos critérios para o pagamento de bônus metas de investimento, por exemplo.

O problema será convencer o acionista, eufórico com o atual preço das ações, de que o sucesso de hoje pode significar seu próprio fracasso amanhã. O maior viciado em ganhos de curto prazo, afinal, é ele.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1055/noticias/muita-grana-pouca-acao?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 dez 2013.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Marketing no varejo: ações planejadas

Lia Nara Bau
Conhecer o público-alvo e ter vendedores de fato capacitados para o processo de vender são alguns ‘segredos’ para o sucesso de uma loja. Além disso, o atendimento é a ferramenta-chave para vencer a concorrência e alcançar o que todos desejam: destaque no mercado. “Observo muitas empresas que investem muito em marketing, propaganda, mas na hora de atender o cliente se apresentam com um funcionário despreparado ou até desmotivado. E esse contato, lá na ponta, põe a perder tudo que foi investido antes”, salienta Valquíria Garske, consultora especializada em ações de marketing de relacionamento, com mais de 15 anos de experiência e atuação no mercado brasileiro e da América Latina.


Valquíria, que tem formação em administração de empresas, durante sua carreira atuou como gestora de operações em grandes empresas de serviços e atualmente dirige a Neo Sales Soluções em Atendimento e Televendas (Porto Alegre/ RS). Em entrevista ao Jornal Exclusivo, ela fala sobre as ferramentas de marketing e a profissionalização do varejo.

Jornal Exclusivo –O consumidor mudou muito nos últimos anos. Quais são hoje as ferramentas marketing para esse novo consumidor?

Valquíria Garske - A tendência tão comentada com marketing ‘one to one’ na década passada agora é fato. Telemarketing, e-mail marketing e mala direta são algumas ferramentas que podemos usar para chegar cada consumidor com uma comunicação dirigida. O novo marketing precisa de banco de dados, CRM, informações pessoais de seus clientes para fazer comunicação diferenciada.

Jornal Exclusivo - Qual o maior desafio para o varejo na atualidade?

Valquíria Garske - Coletar dados: quem são seus clientes (nome, idade, sexo, moradia), o que eles compram, com que frequência mais compram, qualquer ação de marketing direto necessita dessas informações. E essas informações estão vivas dentro da loja, todo dia. São fáceis de coletar. Mas o varejo pouco se utiliza desse recurso.

Jornal Exclusivo - Como é possível vencer a concorrência e se destacar no mercado?

Valquíria Garske - Primeiro é pela personalização no atendimento, desde que o cliente chega na sua loja até o pós-venda. A maioria dos clientes acaba não se sentindo conectado com uma loja especificamente, salvo raríssimas exceções que já mantêm contato através dos cartões com bandeira própria, por exemplo. Mas é pouco recurso para um mercado tão competitivo. A indústria tem usado o telemarketing ativo com eficácia para atender seus clientes, mas o varejo ainda não aprendeu como tirar proveito disso.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Aumenta percepção dos consumidores com ações no PDV


No Varejo

A pesquisa “Comportamento do Consumidor em Super e Hipermercados”, encomendada pelo POPAI Brasil e realizada pelo Ibope Inteligência revelou que aumentou de 42% para 52% a percepção dos compradores com relação aos materiais ou ação promocional nos pontos de venda (PDV). 
“Notamos que o consumidor continua comprando por impulso, quando está de frente e em contato direto com o produto, sendo que esta compra é muitas vezes estimulada por peças posicionadas de forma estratégica no PDV, como displays, cintas clip strip, cross merchandising e ilhas promocionais, entre outros”, diz Christiany Zanotto de Sena, diretora comercial da AZ4.
Outro ponto positivo na visão da gestora foi o fato de o estudo ter apontado que o esforço de comunicação na loja tem se mostrado melhor sucedido, se comparado a anos anteriores. Na visão de Christiany, a comunicação no PDV está tão sofisticada que muitas vezes o consumidor enxerga o display como uma extensão da gôndola.
“Cada vez mais os profissionais de marketing têm lapidado suas técnicas de estímulo e exposição do produto para levar o indivíduo a aumentar seu ticket médio de consumo ou, até mesmo, comprar o que não precisa”, afirma.
“Hoje, a briga acirrada no ponto-de-venda está ocasionando uma grande demanda por projetos especiais, displays, ambientações ou qualquer material promocional que evidencie uma marca e chame a atenção do consumidor diante dos produtos da concorrência. A ordem é impactar, gerando a compra”, acrescenta Christiany.
Além disso, a pesquisa apontou ainda que o número de itens comprados chega a ser 125% superior ao que havia sido planejado. O resultado não causou espanto para a diretora comercial da AZ4. “Há um crescimento cada vez mais expressivo de displays na área de check-out supermercados, sobretudo o “papa-fila”, um corredor formado por sequência de expositores com produtos, induzindo consumidor a uma fila forçada que influencia diretamente na compra por impulso. Este conceito, introduzido pela Lasa (Lojas Americanas), virou espelho para muitas redes de supermercados”, explica a executiva. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Anote aí 31: Medição; Moda; Redes Sociais; Preço; Ações

PAIONI, Marco. Diga-me: quantos são? Medir audiência de sites é necessidade urgente, mas a rápida evolução da web dificulta definição de metodologia. Negócios da Comunicação, ano VII, nº 41, pp. 42-44.


FARIA, Juliana de. O vale-tudo da moda Ninguém é de ninguém no mundo fashion. Vale copiar roupa, roubar modelo de bolsa e até ganhar dinheiro com a idéia dos outros. E é isso que faz da moda um dos negócios mais criativos do mundo. Superinteressante, nº 284, novembro de 2010, pp. 82-87.


HAGE, Kamila El. O poder das redes sociais As redes sociais on-line conquistaram um papel determinante no mercado atual, que não deve ser ignorado pelos empreendedores. Meu Próprio Negócio, ano 9. nº 93, pp. 20-22.


McKINSEY QUARTELY. A ameaça do baixo custo: reagir ou não? Todos os competidores Premium estão sob ataque de concorrentes que oferecem preço inferior, mostra Adrian Ryans, do IMD. Subestimá-los é o pior dos erros. HSM Management, ano 14, volume 6, nº 83, novembro/dezembro de 2010, pp. 118-122.


CASAGRANDE, Marcelo. A união que faz a força Ações em conjunto dos departamentos de marketing e recursos humanos podem trazer resultados que agradam colaboradores, clientes e empresa. Gestão & Negócios, nº 26, pp. 64-65.

sábado, 3 de julho de 2010

Eventos normais

Fernando Adas

Semanas atrás pudemos acompanhar inúmeras entrevistas dos atores Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres promovendo o filme "Os Normais 2 – A noite mais maluca de todas", de José Alvarenga. Em um dos depoimentos, Guimarães disse que são atores de comédia física. “Não somos humoristas de contar piada, ganhamos a vida aparecendo no cinema de calcinha, sutiã e cueca", explicou ele.

Fiquei pensando o que seria uma comédia física, bem como por que dois atores tão talentosos e de reconhecida fama internacional ganham a vida em trajes sumários? Será que a atratividade do talento está cada vez mais promocional e as iscas de captura do público cada vez mais físicas e materiais?

Na mesma semana do filme estreamos uma ação de RSVP para um de nossos clientes. No briefing, a exigência era bem clara: “Queremos duzentos participantes no evento”. Fato que me levou a resgatar “Os Normais” e a imaginar: “Serão necessários recursos físicos e sumários para atrairmos os convidados?”

Eventos sempre foram uma das grandes ferramentas de apresentação da marca e de conquista de clientes. Mesmo o evento mais promocional e varejista gera mídia, atrai atenções e causa efeitos residuais capazes de criar ou elevar o “share of mind” da empresa patrocinadora. Temos percebido eventos cada vez mais segmentados, focados em determinado público. O fato não impede que os esforços de convite sejam superestimados. Para confirmar a presença de cinquenta executivos em um café da manhã, chegamos a partir de um esforço inicial junto a mil nomes.

Muitas vezes, o tema do evento não é atrativo. Fazer uma palestra, um meeting, um happening para comunicar o lançamento de um produto, de um projeto ou de um serviço interessa cada vez menos. Sempre que nos consultam sobre a atratividade da oferta, alertamos o cliente para que se evite a “Síndrome do Batismo”. Batizado é festa de família; evento íntimo focado na criança, cheio de cerimoniais que todos praticam, mas poucos entendem. O motivo do batismo é a criança. Não as pessoas.

Alguns eventos assemelham-se ao batizado. Um produto novo nasce e o departamento de marketing já elege as mil maiores empresas do Brasil para serem convidadas ao ritual da benção. Para elevar a atratividade, entram em cena os tais sutiãs e cuecas que iniciaram esse texto. Sorteios, um ator conhecido ou um almoço bacana procuram compensar a eventual ausência de um apelo de presença mais ligado aos convidados. O segredo de um evento bem-sucedido está no tripé: MAILING OFERTA SCRIPT. Simples e complexo assim.

Sobre o mailing muito se fala e pouco se pratica. Além da questão quantitativa de buscar e estimular grandes números de registros, torna-se importante uma abordagem mais qualitativa, capaz de garantir a atualização dos dados e a segmentação do perfil.

Sobre a oferta, o exercício da pertinência e da relevância é necessário e fundamental ao sucesso do projeto. Por que alguém deveria ir ao seu evento? Estaria interessado na lingerie ou nas ideias da sua empresa? Que benefício do evento será capaz de atrair (sem trair) interessados?

E por último, temos o script. Como abordar o convidado? Aqui, o cardápio de ações é cada vez maior. Entretanto, nada substitui a abordagem “sanduíche”, composta por:

 Atualização cadastral anterior ao convite

 Envio do convite

 RSVP posterior ao convite

Alguns cases de presença pública em eventos acontecem mediante a composição acima e adotam o telefone como ferramenta nas etapas 1 e 3, além do e-mail como ação convite.

Tudo isto tem o objetivo de resgatar ao evento, suas reais possibilidades de conquista e retenção de clientes, elevando o seu status dentro do budget de marketing nas empresas. Afinal de contas, o grande destaque das ações de marketing deve ser a sua marca, capaz de divertir e satisfazer o mercado, sem a necessidade de apelos sumários ou bênçãos com água e sal.