Simone Terra
16/01/2014
Aproveito essa primeira postagem de 2014 para falar do poder
de encantamento dos shoppings centers, pois realizei alguns campos em um
recente trabalho estratégico, para o Pantanal Shopping, da rede ANCAR e estou
vivenciando shoppings em todos os meus sentidos.
Já havíamos comentado aqui no blog sobre a nova missão do
shopping center, dentro de um cenário cada vez mais competitivo, de encantar o
shopper para que ele queira vir até esse local de compra de produtos e
serviços, por causa de uma relação prazerosa, fazendo com que, acima de todos
os estímulos promocionais imagináveis, ele tenha como preferência o shopping
que toca o seu coração.
Dentro dessa realidade de expansão do segmento, percebemos
os shoppings centers cada vez mais segmentados e direcionados a públicos e
perfis distintos, reconhecendo mais os valores regionais, adequando o seu mix
de lojas e comunicação ao seu posicionamento. Entretanto, não podemos deixar de
ressaltar que apesar dos avanços, muita coisa ainda pode e deve ser feita para
a evolução do segmento. Não é à toa que temos visto alguns estabelecimentos
longe de sua curva ideal de frequência de clientes, fazendo vizinhança com
outros abarrotados de gente, gerando total desconforto para seus usuários.
Neste movimento de evolução, foi um prazer enorme trabalhar
com os executivos visionários do Pantanal Shopping e ajudá-los em seu objetivo
de gerar diferenciação 360°, envolvendo desde capacitação e motivação de suas
equipes internas para o desenvolvimento de melhores práticas de atendimento em
serviço ao usuário, mobilizando os lojistas, seus vitrinistas e vendedores na
arte de como encantar seus clientes e usuários do shopping e, sobretudo, por
seu visionário desejo de inovação e diferenciação que os levem a se manter como
maior e melhor shopping de Cuiabá.
Parabéns à equipe executiva pela ousadia em fazer diferente,
preocupando-se com todos os envolvidos da sua cadeia comercial, e sua estrutura
comercial e operacional e por ter uma equipe que prima pela qualidade e o
desejo de buscar um modelo de atuação que surpreenda e saia da caixa do óbvio.
Esta semana, quando tive que andar por vários shoppings
desenvolvendo um trabalho para a área comercial da Divisão de Luxo da L’Oréal,
percebi o quão óbvio e sem criatividade anda o segmento. Afinal de contas, os
shoppings estão todos limpos, arrumados e cheios de lojas, mas sinceramente,
não têm nada que me surpreenda ou que me faça desejar emocionalmente estar mais
num deles do que o outro, a não ser o simples fato da localização que me faz
frequentar o shopping que eu frequento, por falta de opção.
Isso porque acredito que os shoppings ainda não entenderam
sua missão de encantar o shopper, pois num cenário de maior demanda do que a
oferta, as preocupações sempre estão voltadas para a entrega do básico, que
normalmente é o operacional e promocional nas grandes datas comemorativas do
calendário ou algumas ações pontuais de geração de tráfego em meses mais
fracos. Entretanto, com todo o desenvolvimento do mercado, provavelmente os
shoppings caminharão no sentido de interagir e envolver o consumidor que o
frequenta, criando relacionamento e vínculos, tanto com o seu cliente lojista
quanto com o seu consumidor final.
Andei questionando nessa coluna os shoppings centers que se
direcionam para a classe alta com uma frieza quase absoluta, não conseguiram me
surpreender em absolutamente quase nada, a não ser pelo agradável serviço de
estacionamento e pelos corredores mais tranquilos e vazios, o que para os
responsáveis pelos shoppings não é necessariamente o ponto forte, pois
certamente seria melhor se o movimento já estivesse maior.
Para encantar e surpreender os usuários, que são indivíduos
que sonham, se inspiram, se preocupam, interagem, se informam e gostam de
contar histórias, o shopping precisa ir além, com o desejo de fazer com que os
olhos brilhem e o sorriso apareça. Em breve falaremos um pouco mais dessa nossa
rota pelos shoppings centers do Brasil!
Disponível em
http://www.mundodomarketing.com.br/blogs/shopper-view/29705/o-poder-de-encantamento-dos-shoppings-centers.html.
Acesso em 16 jan 2014.