Sueli Brusco
24 de maio de 2012
Motivar equipes não é algo novo, tampouco reconhecer e
premiar talentos. O que muda constantemente são as nossas reflexões sobre as
gerações, os jovens que estamos motivando. Eles mudam tudo, representam novas
linguagens, comportamentos e influenciam diretamente nossas empresas, e
consequentemente, a idealização das campanhas de incentivo.
Se essa chamada geração "Y" já mudou a percepção
das estratégias comerciais e de mercado, certamente elas foram afetadas,
anteriormente, pelas gerações anteriores. Os primeiros a conquistarem o direito
da juventude, inventando um novo jeito de viver, vestir e se apresentar foram
os Baby Boomers, nascidos após a II Guerra Mundial, entre as décadas de 40 e
50. Eles receberam as chaves da internacionalização das empresas e romperam as
barreiras físicas. Deixaram nossos escritórios mais descontraídos e revolucionários.
Por causa disso, influenciam ainda hoje as nossas decisões.
Já a geração X, dos nascidos entre os anos 60 e 70, chegou
com os direitos conquistados e promoveram a liberdade de expressão influenciada
pelo avanço do marketing e da publicidade. No meio corporativo, trouxeram a
competitividade, o que libertou a criatividade que antes era permitida somente
nas escolas. E essas transformações continuam refletindo na nossa forma de
gerenciar pessoas e, por conseguinte, em como as motivamos e buscamos melhores
resultados. De anos para cá, inúmeros fatores representaram mudanças na gestão,
nas estruturas hierárquicas e, portanto, nas aspirações profissionais de cada
indivíduo. O sentimento que cada um carrega também não é imune ao progresso. É
esse desejo, único e individual, que nos interessa, que instiga escolhas e nos
mobiliza a superar desafios.
Atualmente, falamos de equipes interligadas, a primeira
geração completamente globalizada por uma rede que ampliou e aproximou pessoas,
lugares e companhias. É o acesso total. Não só o comportamento evoluiu, como as
relações de negócio já não são as mesmas. Na era industrial, por exemplo, quem
tinha o conhecimento, detinha o poder. Hoje, as administrações são
participativas, o conhecimento é partilhado, multiplicado, e o poder segue a
mesma relação.
Se hoje as mudanças do comportamento humano são orgânicas,
são elas também que determinam o direcionamento das estratégias a serem
adotadas nas campanhas de incentivo. Estamos falando de uma era, a mais
pluralista da história comportamental, em que reconhecer as diferenças e as
particularidades é um gesto natural. É orgânico, e nos permite mostrar que onde
houver pessoas e objetivos a serem alcançados, uma campanha pode fazer a
diferença. E o que vai garantir o sucesso delas é o pragmatismo, o realismo e a
proximidade da campanha com o alvo.
A tendência para o setor de incentivo é um aumento dessa
conscientização que depende de capacitação, motivação e bem-estar das equipes,
para que possam desenvolver o melhor de suas performances. Se sua empresa
consegue entender esses movimentos e toma parte disso, ela está no caminho
certo. Do contrário, a conformidade puxará uma estagnação geral. No início,
pode parecer duvidoso, mas no final as grandes perguntas desses jovens se
tornarão nossas ações, que cada vez mais estão conscientes e sustentáveis em
todos os sentidos. Mais do que nunca, para entender empresas e pessoas é
preciso compreender o que as motivam, desde seus clientes, distribuidores,
fornecedores e colaboradores, que são os catalisadores das próximas mudanças,
dos resultados e da realização profissional.
Disponível em http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/novas-estrategias-para-novos-comportamentos/55523/.
Acesso em 28 ago 2013.