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sábado, 10 de julho de 2010

Jovens da geração Y podem ser divididos em quatro tipos de profissionais


Gladys Ferraz Magalhães
Quando o assunto é trabalho, os jovens da chamada geração Y (nascidos depois de 1980) podem ser divididos em quatro tipos de profissionais. Ao menos, é o que revela a pesquisa “O que os jovens buscam no mercado de trabalho?” realizada pela professora e coordenadora adjunta de graduação em Administração do Ibmec/RJ, Lucia Oliveira.

De acordo com o estudo, os jovens profissionais podem ser agrupados como Engajados, Preocupados, Céticos e Desapegados, sendo os primeiros os mais ambiciosos da lista, já que desejam status, prestígio, poder, conhecimento e auto-realização.

Além disso, os engajados são os que mais aceitam as condições do mercado de trabalho, sem muito questionamento, e confiam plenamente que, com o grau de qualificação que alcançaram, conseguirão conquistar uma posição privilegiada no mercado de trabalho.

Para este perfil, a carreira é importante, o que faz com que este profissional invista tempo e dinheiro em sua qualificação. No mais, eles são caracterizados pela posse de capitais econômico, cultural e social, o que, por consequência, na maior parte das vezes, leva-os a ocuparem posições de prestígio em empresas privadas grandes e renomadas.

Preocupados

Os Preocupados, por sua vez, são assim chamados por sentirem-se preocupados em relação à sua capacidade de encontrar uma posição condizente com suas expectativas, construídas a partir do momento em que ingressaram em uma boa faculdade.

Este receio, de acordo com o levantamento, origina-se, em grande parte, na percepção de que lhes falta o capital cultural e social exigidos pelo mercado, carência esta decorrente de sua origem socioeconômica.

Assim como os engajados, estes profissionais consideram o trabalho e a carreira muito importantes e aceitam as condições do mercado de trabalho, que eles enxergam, porém, como competitivo e exigente.

No que diz respeito às metas, eles querem sair de cargos operacionais e trabalhar com algo que gostam, preferencialmente, em empresas privadas. Contudo, não descartam a carreira pública, sobretudo por conta da pressão familiar.

Céticos e desapegados

Quanto aos Céticos e Desapegados, estes são os que menos se preocupam com a carreira. Em comum, têm ainda a predileção por trabalharem em cargos públicos, sendo que, no primeiro caso, também há o desejo de trabalhar em organizações não-governamentais.
Quanto às ambições, os Céticos esperam realização, enquanto os Desapegados buscam poder conciliar vida profissional e pessoal.

Os Céticos são assim chamados por serem críticos em relação às condições do mercado de trabalho, que acreditam serem nocivas para os trabalhadores, por conta da competição exagerada. Já os Desapegados não possuem uma percepção elaborada do mercado.