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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Brasil é o lugar mais caro do mundo para comprar roupas

Raphael Sparvoli
15th abril, 2014 
roupa
O Brasil é o lugar mais caro do mundo para se comprar roupas. As peças adquiridas pelos brasileiros saem em média por 21,5% a mais do que as disponíveis no mercado americano. A constatação é do Índice Zara de preços de vestuário, produzido pelo banco BTG Pactual. O levantamento leva em consideração os valores praticados em 22 dos 87 países e que a marca Zara está presente.

A pesquisa segue os mesmos moldes de outros índices já conhecidos como Big Mac, iPhone e Play Station, em que produtos considerados globais têm seu preço final comparado em diferentes mercados. O relatório avaliou 14 itens vendidos na rede de lojas que vão de blazers até sapatos.

Um vestido que custa US$ 55,10 na Espanha, onde fica a matriz da empresa, chega a US$ 79,00 nos EUA e US$ 171,60 no Brasil. A peça do exemplo chega ao país com preço US$ 81 mais alto do que o praticado na Suíça, que foi apontada como o segundo mercado mais caro para o setor. A tendência se repete em casacos, blusas e calças.

Sapatos são exceção

Uma exceção aparece nos sapatos, esses produtos podem apresentar preços mais baixos no Brasil do que em outros mercados. O par que custa US$ 55,10 na Espanha, sai por US$ 79,90 nos Estados Unidos e chega às araras brasileiras por US$ 72,70.

Em outras marcas de moda as diferenças de preços são igualmente elevadas. Um moletom da GAP custa no mercado brasileiro cerca de US$ 169,00, enquanto nos EUA a peça é vendida a US$ 44,95. Na Forever 21 do Brasil, um blazer sai a US$ 111,90, enquanto nos EUA a US$ 29,80. Apesar da diferença de mais de US$ 82,00 na peça adquirida aqui, a chegada da marca no país gerou filas de até três horas de espera para entrar nas duas lojas localizadas em São Paulo e Rio de Janeiro.

Quando a influência cambial nos preços é descontada, a distância entre o poder de compra dos brasileiros e dos americanos aumenta ainda mais. Neste caso, os produtos comprados aqui são 49,4% mais caros do que os vendidos nos EUA. De acordo com a pesquisa, entre as principais dificuldades competitivas do mercado brasileiro estão os impostos de importação, que chegam a 35%, a adequação às regulamentações e os preços dos impostos nacionais, além da diferença climática em relação ao hemisfério norte e das dificuldades de produção em território nacional.


Disponível em http://varejo.espm.br/10927/brasil-e-o-lugar-mais-caro-do-mundo-para-comprar-roupas. Acesso em 15 abr 2014.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O consumidor está disposto a comprar roupas da Fiat e Coca-Cola?

Lilian Calmon
17/10/2013
Calçar um chinelo da Coca-Cola ou uma sapatilha do Fiat 500 é um indicativo de uma relação mais forte entre o consumidor e estas marcas. Mais do que retorno financeiro, as empresas que oferecem ao público roupas, acessórios e itens de decoração relacionados aos seus respectivos universos buscam transferir toda a sua bagagem simbólica para outros momentos da vida das pessoas. Este tipo de abordagem cria maior conexão com o usuário e tende a fortalecer ainda mais a sua preferência por um determinado produto. E cada vez mais, os brasileiros se mostram dispostos a experimentarem novas formas de relacionamento com as marcas com as quais se identificam.

Embora 52,5% das pessoas nunca tenham comprado um produto de uso pessoal relacionado a uma marca de consumo, 64,3% viriam a adquirir algo desse universo, de acordo com o levantamento do Mundo do Marketing e da LeadPix. As camisas são os itens mais escolhidos com 17% da preferência, seguidos por tênis com 16,2%. E, entre aqueles que admitem a possibilidade de compra, as camisas também aparecem em primeiro com 14,9%, tênis com 13,3%, copos e utensílios para a casa com 13,07%, e acessórios com 12,1%. A pesquisa conduzida em setembro foi respondida por 960 consumidores em todo o país, sendo 40,4% mulheres e 59,6% homens. A faixa etária variou entre 35 e 59 anos.

No exterior, as fanstores com itens de moda e colecionáveis ligados a grandes marcas são mais comuns do que no Brasil. Quando viaja para Nova Iorque, nos Estados Unidos, a médica Paula Cabral sempre visita a loja de três andares da M&M's na Times Square. Algumas vezes, ela não compra nada e apenas se diverte com o ambiente do lugar. “Vejo as pessoas saindo carregadas de sacolas, mas nem costumo fazer compras lá. Gosto de passear, me sinto no filme A Fantástica Fábrica de Chocolate”, compara.  A atmosfera da marca e a série de experiências que o consumidor vivencia numa loja desta natureza potencializam o desejo de aquisição de uma “lembrancinha”, segundo Andrei Scheiner, Consultor de Marketing e branding.

Fiat tem mais de 150 itens no seu Fiat Fashion

Para ir além da relação carro e motorista, a Fiat lançou há sete anos a plataforma Fashion Innovation Attitude, que trata de moda, comportamento, arte e cultura, buscando traduzir os atributos da marca como design e tecnologia. Umas das suas áreas de atuação é a Fiat Fashion, que comercializa mais de 150 produtos como roupas, bolsas, brinquedos, papelaria e itens colecionáveis baseados nos carros e em estilos de vida. “A Fiat patrocinou o São Paulo Fashion Week por cinco edições e lá apresentamos coleções em parceria com Alexandre Herchcovitch e com O Estudio, que foram vendidas em lojas multimarcas”, conta Rosália Andrade, Coordenadora de Projetos Especiais de Brand da Fiat, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A partir dessa experiência no mundo da moda, a marca italiana decidiu levar a plataforma para um número maior de pessoas. Em 2011, foi criado o e-commerce da Fiat Fashion, hoje seu principal canal de venda. A montadora também comercializa seus produtos na própria fábrica, em mais de 160 concessionárias e também nos eventos em que participa como o Salão do Automóvel de São Paulo. Em setembro, o site foi reformulado e ganhou um blog, alcançando uma média mensal de 300 compras.

Atualmente, o seu público é composto tanto por proprietários de carro da marca como por pessoas que não são donas de veículos, mas que compram os produtos por seu estilo e qualidade. Sem trabalhar com coleções tradicionais como Outono-Inverno e Primavera-Verão, a marca planeja relançar até o final do ano a linha inspirada no Fiat 500, considerada muito bem aceita ao ser lançada em 2011. Com design clean e sofisticação, a sapatilha do Fiat 500 foi uma das peças campeãs de venda e custava R$ 129,00. “Não é só fazer uma camiseta que tem a marca do Punto, por exemplo, mas buscar uma lavagem diferenciada, uma estampa exclusiva, uma modelagem confortável e de alta qualidade. Nos preocupamos com isso”, destaca Rosália Andrade.

Coca-Cola Clothing

A Coca-Cola Clothing é um exemplo de extensão de uma marca com boa aceitação no mundo fashion. A grife conta hoje com mais de 760 pontos de venda em todo o país. Antes, o comércio era exclusividade das lojas Colcci. Além da qualidade dos produtos, a atenção com o ambiente em que uma loja é construída também contribui para uma experiência positiva no momento de compra e, de imediato, ajuda a despertar a curiosidade das pessoas.

Foi o que aconteceu com Marcela Andrade quando viu pela primeira vez uma loja dentro de um contêiner. Surpresa com a novidade e interessada em investir no ramo, ela procurou a Container Ecology Store e hoje é uma franqueada da Coca-Cola Clothing. Há um ano e três meses com a unidade em Recife, em Pernambuco, Marcela conta que muitos consumidores ficam curiosos, entram na loja e querem tirar fotos no local, que reflete a identidade jovem, urbana e sustentável da marca. “O contêiner acaba sendo um cartão de visita, chama a atenção e é diferente das demais lojas em shopping”, conta. Com o negócio ainda em fase de maturação, ela espera uma melhoria nas vendas para os meses de novembro e dezembro.

Em geral, as empresas que investem em outros produtos relacionados às suas marcas são aquelas que possuem mais tempo de mercado e uma reputação consolidada. Na visão da Harley-Davidson do Brasil, a venda de roupas e acessórios faz parte do mesmo mundo que suas motos, porque os clientes desejam o “pacote completo”: moto, vestuário e grupo de amigos. Assim, a companhia que comercializa “motorclothes” há mais de 100 anos, não vê isso como risco e considera os itens como a maneira mais fácil de uma pessoa se aproximar da marca e vivenciar seu estilo de vida sem ter, necessariamente, uma moto.

Motorclothes

Muitas vezes, os produtos são usados por quem não é motociclista, mas que deseja compartilhar ideais universais de aventura, criatividade e irmandade num estilo norte-americano. No país e no restante do mundo, a compra pode ser feita nas concessionárias da marca.  Para 2014, a estratégia é atrair os clientes mais jovens com o lançamento de coleções com corte diferenciado e um visual que remete à rebeldia característica desse universo.

Embora o risco seja pequeno, o problema pode girar em torno de como as marcas trabalham a questão do preço em cada país.  Como a Coca-Cola é um produto de massa, o consumidor talvez não queira pagar R$ 100,00 numa camiseta vendida num quiosque de um shopping no Rio de Janeiro. “O brand equity da Coca é tão forte que permite trabalhar preços mais caros nessa extensão de linha, mas a questão é saber se o consumidor brasileiro vai comprar essa ideia”, avalia Andrei Scheiner, Consultor de Marketing e branding, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A situação é diferente quando se trata de uma jaqueta da Harley-Davidson, que custa muito mais caro do que uma Coca-Cola. Como o valor da moto é ainda mais alto, a compra de uma roupa da marca pode ser uma maneira mais barata de se aproximar dela. No levantamento do Mundo do Marketing e da LeadPix, 55% dos entrevistados estariam dispostos a pagar entre R$ 10,00 e R$ 60,00 num produto pessoal de uma marca de consumo. “Você pode comprar um copo da Coca-Cola numa loja varejista no Brasil. Então, entende-se que aquilo foi licenciado pela Coca e você pode ter produtos mais em conta. Não sei se a Coca-Cola está se posicionando de maneira mais premium em suas lojas no país”, pondera Andrei Scheiner.


Disponível em http://www.mundodomarketing.com.br/reportagens/marca/28967/o-consumidor-esta-disposto-a-comprar-roupas-da-fiat-e-coca-cola-.html. Acesso em 17 out 2013.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Varejo investe para vender roupa na web

Valor Econômico
16/04/2012
 
Grandes varejistas de moda, como Renner, Inbrands e Hering, ainda não têm muito claro como se dará a expansão do comércio de roupas pela internet, mas estão investindo para aprimorar suas plataformas e facilitar as vendas.

A holding de moda Inbrands, dona de 12 marcas (Ellus e Richards, entre elas) e controlada pelo fundo Pactual Capital Partners (PCP), já tem cinco lojas na web e se prepara para lançar, ainda este ano, mais cinco. Flávio Nijs, diretor de internet da Inbrands, prevê que as vendas online deverão responder por um cerca de 15% do seu faturamento global da holding até o final de 2015. "Posso estar sendo conservador nessa estimativa", diz.

A aposta da empresa na decolagem das operações na internet se inspira nos bons resultados que ela vem obtendo com a marca Richards. Segundo Nijs, as vendas online da marca este ano já superam em 20 % a da loja do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

Nijs calcula que o e-commerce da companhia, que respondeu por apenas um 1% da receita da Inbrands em 2011, deve fechar o ano representando uma fatia de entre 4% e 5%. Isso inclui a performance das lojas virtuais já existentes (Richards, Salinas, Bintang, Ellus e VR) e as que estão previstas para serem lançadas este ano (2nd Floor, VR Kids, Mandi, Alexandre Herchcovitch e Bob Store).

Em mercados mais maduros, como nos Estados Unidos, as lojas virtuais chegam a responder por mais de 25% do faturamento de uma grife de vestuário. No Brasil, explica Nijs, há um gargalo logístico. "Há um vácuo no mercado de empresas que façam esse trabalho com eficiência", afirma.

Por causa disso, a Inbrands, que enfrentou falhas de implementação de um sistema terceirizado de gerenciamento dos estoques em 2010, está desenvolvendo uma plataforma interna própria, com investimento de R$ 2 milhões. O sistema deve ficar pronto em junho e vai permitir, dentre outras coisas, integrar a gestão de todas as "webstores" da holding. "O diferencial da nova plataforma é estabilidade, confiabilidade das informações e muita flexibilidade em alterar conteúdo", explica Nijs.

Para Leandro Balbinot, diretor de TI da Renner, o canal de e-commerce sempre pode surpreender e por isso é difícil fazer projeções hoje. A companhia começou a operar uma loja virtual no ano passado. As vendas dos primeiros meses deste ano, segundo Balbinot, estão cerca de 80% acima das realizadas no mesmo período em 2011 e já equivalem ao faturamento de uma loja média da companhia.

A taxa de conversão (a relação entre vendas e visitas ao site), diz ele, subiu de 0,6% para entre 0,8 e 1%, que "no setor de vestuário, é uma taxa boa". Para ampliar esse indicador, a Renner tem apostado na melhoria da interação com seus consumidores, como o lançamento da tabela de medidas em novembro, e inauguração de coleções exclusivas para e-commerce, como a de tamanhos especiais.

Representando menos de 1% das vendas totais, a loja da Hering na internet já é a maior loja da empresa. Por causa disso, no ano passado, a companhia investiu na construção de um centro de distribuição exclusivo para o canal. Nos próximos dias, a empresa lançará uma nova "webstore", com novidades como um provador virtual. "Não sabemos exatamente até onde o canal chega, mas é o que mais cresce", diz o presidente da Hering, Fábio Hering. No ano passado, as vendas online da Hering cresceram 124,8% em relação a 2010.

A C&A teve uma loja na web de 2000 a 2004. Relançada em 2009, a loja agora é ativada apenas para venda antecipada de coleções especiais, como as assinadas pela estilista Maria Filó e pela modelo Gisele Bündchen, em março deste ano.


Disponível em http://www.valor.com.br/empresas/2616840/varejo-investe-para-vender-roupa-na-web?utm_source=newsletter_tarde&utm_medium=16042012&utm_term=varejo+investe+para+vender+roupa+na+web&utm_campaign=informativo&NewsNid=2615682. Acesso em 24 ago 2013.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Anota aí 25: Virtual; Perdas; Familiar; Textil; Crise


GHIURGHI, Flavia. Interação total Empresas aderem às comunidades virtuais para garantir proximidade com o público e otimizar produtos e serviços. Gestão & Negócios, nº 23, pp. 64-67.


BRUNO, Adriana. Perdas mínimas Em um setor onde as margens são apertadas, investir em um programa de redução de desperdício é uma questão de sobrevivência e de melhoria da eficiência no varejo. Abastecimento, ano 4, nº 22, julho/agosto de 2010, pp. 42-45.


NAJJAR, Eduardo Rienzo et all. Berço de empreendedores: a verdade sobre a empresa familiar O tema Sucessão e Governança está sendo analisado pelo mundo corporativo com mais atenção, nós últimos anos, com especial interesse no segmento das empresas familiares. Revista da ESPM, ano 16, volume 17, nº 3, maio-junho de 2010, pp. 84-89.


ROSA, André. Por trás de cada peça de roupa, diversas oficinas de costura Cadeira produtiva das confecções envolve o trabalho de várias pequenas empresas prestadoras de serviço. Diário de S. Paulo, 27 de junho de 2010, Caderno Negócios, p. 6.


MURAD, Fernando. Crise, desafio da comunicação Apesar de mais atentas à questão, companhias ainda sofrem prejuízos financeiros e de reputação por falta de estrutura e transparência para lidar com situações adversas. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1.421, 09 de agosto de 2010, pp. 38-39.