Mostrando postagens com marcador crédito. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crédito. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de março de 2014

Estudo exibe as várias faces da classe média

Roseani Rocha
19 de Fevereiro de 2014
A classe média, até então vista de forma homogênea foi segmentada por estudo da Serasa Experian e Instituto Data Popular 
Após um ano de estudos em conjunto, a Serasa Experian e o instituto Data Popular, especializado na classe C, avaliaram esta população em detalhe para determinar perfis que possam colaborar com ações mais segmentadas para este público, até então visto de maneira homogênea por anunciantes, agências de marketing e mesmo pelo poder público.

As empresas afirmam que a chamada nova classe média é composta por 108 milhões de pessoas que consumiram o equivalente a mais de R$ 1,17 trilhão em 2013, sendo responsável, ainda, por 58% do crédito movimentado no País. O estudo Faces da Classe Média avaliou essa faixa social sob 400 variáveis, considerando aspectos geográficos, demográficos, creditícios e comportamentais.

O resultado foram quatro grandes perfis: Batalhadores, Experientes, Empreendedores e Promissores. Confira abaixo o resumo de cada um deles:

Batalhadores – Representam a maior fatia da população da classe C (39% ou 30,3 milhões de pessoas), têm em média 40 anos e 48% deles concluíram o ensino fundamental. Os solteiros predominam: são 72%, sendo que 49% deles trabalham com carteira assinada e 41% usam a internet. Para os Batalhadores, o emprego é visto como fonte de estabilidade e meio para a realização de sonhos e desejos. Também veem o estudo como fonte de ascensão social. Este grupo, que consome R$ 388,9 bilhões, é um dos grandes usuários do crédito, para itens como a aquisição da casa própria ou reforma. Seus produtos e serviços de desejo em 2014 são viagens de avião nacionais, móveis, máquina de lavar, TV (plasma, LCD ou LED), imóvel e carro.

Experientes – Têm idade média de 65 anos e representam 26% da classe média (20,5 milhões de pessoas). Aqui, 36% são profissionais autônomos, 41% são viúvos e só 7% acessam a internet; 59% têm ensino fundamental e 31% não receberam educação formal. Temendo depressão e preconceito dos mais jovens e para manter seu padrão de consumo, esse grupo busca manter-se no mercado de trabalho. Eles movimentam R$ 274 bilhões e têm como alvo para este ano a aquisição de viagem de avião nacional, móveis, geladeira, máquina de lavar e TV (plasma, LCD ou LED).

Empreendedores – O menor e mais arrojado grupo dentro do escopo da pesquisa; representa 16% da população analisada (11,6 milhões de pessoas), consome média de R$ 276 bilhões. Trata-se de uma faixa social mais escolarizada – 42% estão cursando ou já concluíram o ensino médio e 19%, o superior. Com idade média de 43 anos, 43% têm carteira assinada e 60% utilizam a internet. Este grupo busca conciliar o trabalho como sustento ao gosto pela atividade que exercem. Entre seus planos para 2014 são destaques viagem ao exterior, móveis, notebook, tablet, TV (plasma, LCD ou LED) e carro.

Promissores – São 19% dos pesquisados (14,7 milhões) e jovens com idade média de 22 anos; 95% são solteiros, 59% concluíram ensino médio e 57% têm emprego com carteira assinada. A maioria (72%) usa a internet, mas ao que indica o estudo, não para pesquisas sobre finanças pessoais: 51% admitiram se descontrolar financeiramente, já tendo enfrentado apertos e endividamento. Seu consumo é de R$ 230,8 bilhões e para este ano pretendem gastar com academia de ginástica, faculdade, cursos profissionalizantes, móveis, notebook, smartphones, carros e motos.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2014/02/19/Estudo-exibe-as-varias-faces-da-classe-media.html. Acesso em 01 mar 2014.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Brasileiro já compra até pastel na feira com cartão de crédito

Diário do Comércio
29 Outubro 2013
É cada vez mais raro receber balas de troco ao comprar qualquer coisa no Brasil. As máquinas de cartão de débito e crédito estão em franca proliferação no comércio. Entre 2006 e o primeiro semestre deste ano, cresceu em 127% o número de aparelhos no País, aponta a Associação de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Há mais de 4,2 milhões de maquininhas. E, caso se confirmem os cerca de R$ 800 bilhões estimados em 2013, o valor transacionado nos aparelhos terá crescido pelo menos 276% em apenas sete anos.

O presidente da Abecs, Marcelo Noronha, atribui esse avanço no uso dos cartões, principalmente, à tecnologia. É ela quem permite, por exemplo, que um entregador de pizzas cobre pela redonda no cartão de débito ou crédito na porta da casa do cliente.

Outro ponto destacado pelo executivo é a expansão do número da massa de consumidores no Brasil. Mais de 40 milhões de cidadãos subiram da classe D à C nos últimos anos. E o afrouxamento do crédito explica em parte o fenômeno. Em 2007, a quantidade de crédito na praça em relação ao PIB (produção de bens e serviços) no País era de 35,5%. Atualmente, essa proporção pulou para 55,5%.


Disponível em http://www.dcomercio.com.br/index.php/economia/sub-menu-comercio/117256-brasileiro-ja-compra-ate-pastel-na-feira-com-cartao-de-credito. Acesso em 29 out 2013.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Consumindo e valorizando consciência

Marcelo Brandão
22 de outubro de 2013
 
Entre valores tangíveis e intangíveis, hoje, a empresa que melhor apresentar um portfólio de produtos e serviços coeso e aderente a estes conceitos, facilmente ganhará a preferência do consumidor. Com o foco na “valorização de pessoas”, a Losango é uma dessas companhias que se destaca no segmento de crédito direto ao consumidor

Hoje, no momento de comprar um produto ou serviço o consumidor não se apega somente ao preço. Para uma empresa moderna e atenta, valores intangíveis, como transparência, relacionamento, bom atendimento tornarem-se novos condutores na busca pela satisfação e fidelização deste novo consumidor.

Seja em mercados maduros ou emergentes, a equação entre valores tangíveis e intangíveis já se misturam e, como resultado, a empresa que melhor apresentar um portfólio de produtos e serviços coeso e aderente a estes conceitos, facilmente ganhará a preferência do consumidor.

Para tanto, ela passa a ser não só mais um player no mercado, mas uma “empresa cidadã”, aquela que oferece excelência no atendimento, qualidade no seu produto ou serviço, um pós-venda ativo, investimento no social e, acima de tudo, transparência no relacionamento.

Cumprir leis e desenvolver ações de responsabilidade socioambiental já não basta. É preciso agregar valores humanos ao negócio. Gastos milionários com propaganda também já não convencem e já não são mais necessários. A mensagem deve ter um conteúdo inteligente, simples, direto  - e se possível, bem humorado. A valorização do produto pela propaganda deve ser moderna e aderente às expectativas plurais e estratificadas do novo consumidor. O contato diário, tão valorizado em outras épocas e em pequenos negócios, retorna através de novos canais e o valor entre organizações e clientes passa a ser trabalhado e reconstruído diariamente. É  através destes conceitos e com base no respeito ao consumidor, que percebemos um movimento crescente em corporações atentas, e uma nova mentalidade de consumo começa a ser desenhada - e por que não, de negócios.

Porém, mesmo com todas estas evidências, ainda sim há casos que legitimam o alto volume de reclamações em órgãos de defesa do consumidor, judiciário e simultaneamente nas redes sociais – novas janelas para o diálogo e reclamações.

Mas, onde estará o erro, ou a saída para algumas empresas? Como seus gestores enxergam e identificam o seu maior valor? Deve-se valorizar o volume de vendas – arcando com o seu ônus – ou é melhor estar à margem da competição predatória, de resultados a curto prazo, e como apontam alguns especialistas, começar a produzir e a construir valor de verdade?

No Brasil, assim como em mercados internacionais, temos estes dois exemplos de conduta de negócios, mas, indiscutivelmente, todos hoje estão preocupados com uma questão primordial: a sobrevivência neste meio. Para tanto, criar valores que vão além do menor preço tornou-se um processo irreversível e necessário para aqueles que buscam a longevidade em seus negócios.

Neste ponto chegamos a um coeficiente: a utilização da consciência. Sim, porque consumidor feliz é aquele que hoje compra com consciência e empresa de sucesso é aquela que oferta e protege valores através do uso consciente de suas competências.

Diante desta afirmação, nada melhor do que um CEO brasileiro para debater esta postura. Conversamos com Hilgo Gonçalves, um líder de sucesso que ao longo de 6 anos de atuação à frente da Losango, maior fornecedora de soluções financeiras no segmento de crédito direto ao consumidor, viu sua companhia tomar a dianteira deste mercado, fidelizar clientes e stakeholders e ainda abocanhar diversos prêmios.

Recentemente ela foi reconhecida pela 7ª vez consecutiva como uma das melhores empresas para se trabalhar no país - segundo resultados de uma pesquisa nacional. A empresa conquistou também o título de 8ª Melhor Empresa para Trabalhar do Brasil, através de outra pesquisa de um importante Instituto, no qual a Losango já figura há seis anos consecutivos. Recentemente sua matriz no Rio de Janeiro também foi escolhida como a MELHOR Empresa do Estado, pelo mesmo Instituto.

Parafraseando o pensador e filósofo chinês, Confúcio, o segredo do sucesso estaria então em “contribuir para a felicidade do outro, e assim alcançar a própria felicidade?” Como atingir esta excelência? Qual é o segredo? Onde reside o material bruto que faz da Losango um exemplo de empresa que produz e protege valor para o seu negócio?

Em uma rápida entrevista com Hilgo Gonçalves tentamos extrair algumas explicações deste sucesso. Mas, como todo bom líder ele não ensina, apenas mostra o caminho.

Consumidor Moderno - Fale resumidamente o que faz da Losango líder de mercado e eleita por diversos anos como a melhor empresa para se trabalhar no Brasil?

Hilgo Gonçalves - Se eu pudesse resumir em duas palavras o que tem levado a Losango ao sucesso ao longo dos seus 42 anos, essas palavras seriam: Pessoas e Resultados. Todas as iniciativas, projetos, enfim, todas as decisões contam sempre com um grande envolvimento dos Colaboradores, que são os grandes responsáveis pela longevidade e progresso de nossa Empresa.

Temos um ambiente de trabalho aberto e de alta confiança, conectado e confiável e isto só é possível em uma empresa de alta confiança e de respeito às pessoas, tanto Colaboradores quanto Clientes, o que contribui significativamente para manter a saúde dos negócios. E este respeito aos Clientes é reforçado dia a dia na Losango. Tanto que, quando algum colaborador é perguntado sobre que dia é hoje, a resposta é uma só: hoje é dia do Cliente. É através desta premissa que a Losango atua, e também através da postura “é comigo mesmo”, em que nossos colaboradores são incentivados a assumirem a postura resolvedora, garantindo a satisfação do Cliente.

A Losango tem paixão pelo Varejo, é líder de mercado no segmento de crédito direto ao consumidor (CDC) e está presente em mais de 2 mil municípios. Nosso compromisso é estimular e ajudar os nossos parceiros a construírem cada vez mais um ambiente de consumo consciente e de crédito sustentável e, consequentemente, ajudamos o país a crescer com qualidade.

CM - Qual é o maior valor da companhia: o seu colaborador ou o seu cliente?

HG - O maior valor da Losango são as pessoas, tanto Colaboradores quanto Clientes, fornecedores, acionistas e todos os envolvidos. Temos uma crença de que “Antes de Cliente tem um ser humano, antes de um colaborador tem um ser humano”. Por isto, sempre tratamos as relações de forma transparente, objetiva e clara. O respeito às pessoas é fundamental para qualquer tipo de relacionamento na Losango. Para os Colaboradores, trabalhamos com a meritocracia, desenvolvemos inúmeras ações e campanhas internas de reconhecimento e mantemos com nossos Clientes o compromisso de atendê-los sempre com sorriso no rosto e na voz e resolvendo as suas questões no primeiro contato, ouvindo cada necessidade. Recentemente divulgamos para todos os nossos Clientes a "Carta Losango ao Varejo"*, em que mostramos que estamos conectadas ao mercado e à sociedade, preocupados com o crescimento do país de maneira sustentável e consciente. Além disto, lançamos também uma Cartilha de Crédito Sustentável e temos a campanha interna "Atitude – Toda a Losango focada em melhorar a experiência do cliente", que tem como objetivo manter a qualidade no atendimento.

CM - Percebemos que o consumidor tem se tornado mais seletivo, exigente e informado. Como a Losango tem acompanhado essa evolução e de que forma a empresa tem refletido isso para a melhoria do seu negócio?

HG - Temos como propósito levar soluções sustentáveis para o varejo. Fazemos isto através da venda consciente, em que cada consumidor é orientado, seja em uma das nossas unidades ou através de nossos mais de 20 mil lojas parceiras, a adquirir o produto adequado a sua necessidade. Para que uma compra seja concluída, antes disso o cliente deve saber exatamente o que está comprando, os atributos de cada produto para que esta compra seja consciente.

Visando acompanhar às necessidades dos nossos Clientes, criamos um portal de orientação financeira (www.vocefazacontecer.com.br), em que geramos conteúdo educativo e divulgamos dicas e orientações sobre como usar melhor o dinheiro sem comprometer o orçamento, inclusive através de matérias com um consultor financeiro especializado. Além disso, temos um perfil institucional no Facebook e no Twitter, que atendem os clientes e um portal de treinamento, em que preparamos a força de vendas dos nossos lojistas parceiros. Para atender todos os clientes, a Losango oferece conexão de canais de atendimento, seja por telefone, redes sociais, e-mail, para que todas as suas dúvidas sejam atendidas.

CM - Hoje o aculturamento e a educação do consumidor estão em evidência. Como a Losango trabalha estes pontos com seus clientes?

HG - Temos mantido o investimento na orientação financeira, desde 2009, contamos com um Portal de Treinamento de Crédito Sustentável, nele, orientamos os colaboradores dos nossos lojistas a atenderem adequadamente os clientes. Vale ressaltar que, até o momento, já atingimos 60 mil ações de treinamento. Para reforçar a nossa preocupação com o crédito com qualidade, a Losango dá total suporte aos Clientes através dos nossos canais de atendimento, dos nossos consultores de vendas, que fazem o acompanhamento próximo do parceiro, garantindo que todas as suas necessidades sejam atendidas, a fim de que levemos para o Cliente final o crédito com qualidade.

CM - Se levarmos em conta que valor para uma empresa pode ser tangível (resultados financeiros de curto prazo, por exemplo) e intangível (reputação, solidez econômica a longo prazo...) de que forma a Losango equaliza estes conceitos para o seu sucesso do seu negócio?

HG - Tendo cada vez mais eficiência sustentável e levando valor agregado a todos os stakeholders. Queremos contribuir para que o consumidor possa realizar a compra de um bem de seu desejo dentro da sua capacidade de pagamento.

Estimulamos sempre o Crédito Sustentável, ou seja, caso o consumidor tenha recursos para comprar à vista, deve fazê-lo e caso precise de crédito, deve tomá-lo de forma consciente. Prezamos por uma relação de qualidade, durável e sustentável, já que esse cliente voltará a consumir e consequentemente movimentará a economia. A Losango procura sempre valorizar as pessoas e suas necessidades, por isso a importância da orientação financeira e do crédito sustentável. Prezamos por uma relação de qualidade, durável e sustentável, que movimente a economia. A nossa estratégia é proximidade e alinhamento com a nossa gente.

Acreditamos no que chamamos de Círculo Virtuoso, ou seja, com equipes preparadas para oferecer o produto mais adequado para cada perfil, teremos consumidores aptos para escolher a opção de crédito mais adequada e realizar uma compra consciente.


Disponível em http://consumidormoderno.uol.com.br/negocios-marcas/consumindo-e-valorizando-consciencia. Acesso em 24 out 2013.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cinco dicas para organizar melhor seu fluxo de caixa

PEGN



Desde 1992, a empresária Teresinha de Paula, dona do bufê Teras, de São Paulo, atualiza diariamente seu fluxo de caixa com projeções para os 90 dias seguintes. "Se acompanho de perto as receitas e despesas, calculo melhor os custos e o volume das compras para não acabar no banco, atrás de crédito para capital de giro", diz. Segundo ela, o controle minucioso das entradas e saídas foi essencial para que sua empresa ganhasse fôlego para trocar a cozinha de casa por uma sede independente. "É preciso um fluxo de caixa estruturado para crescer", diz ela. E é mesmo. Afinal, o acompanhamento das contas a pagar e a receber é fundamental não só para calcular o capital de giro como também para definir, da melhor forma possível, as datas adequadas para pagamentos, recebimentos, retirada de lucros e pró-labore e realização de promoções para desova de estoques.
Você pode montar o fluxo de caixa com planilhas de Excel, softwares de gestão financeira ou até manualmente. Seja qual for a forma escolhida, é importante ficar atento a alguns procedimentos. Confira:
1 - Projete seu fluxo de caixa para um período mínimo de três meses. Para cada dia você registra o saldo inicial (valor em caixa registrado na data), entradas, saídas, saldo operacional (valor das entradas menos as saídas na respectiva data) e saldo final (soma do saldo inicial e do operacional).
2 - Registre separadamente as entradas e saídas previstas e efetivas, discriminando a origem das receitas e o destino das despesas. Nas entradas de caixa, faça a distinção das diversas formas de recebimento, como dinheiro, cheque pré-datado, duplicatas e cartão de crédito. Nas saídas, leve em conta itens como impostos, pagamentos a fornecedores, pró-labore, salários, comissões a vendedores, encargos sobre a folha de pagamento, contas de água, luz e telefone, gastos com propaganda e marketing, despesas bancárias, aluguel, honorários do contador, pagamento de outros serviços, despesas com veículos, material de escritório, equipamento e financiamentos. Isso permite controlar cada centavo gasto, assim como tudo o que entra no caixa.
3 - Na sua previsão de três meses, de nada adianta se munir de um fluxo de caixa se você não alimentá-lo com números realistas. "Um dos erros mais comuns é a estimativa exagerada das vendas", diz o consultor financeiro Ari Rosollem, do Sebrae São Paulo. Para não cair na armadilha, é importante analisar com cuidado a carteira de clientes, o histórico do caixa da empresa, fatores sazonais e dados do mercado.
4 - Dê bastante atenção aos extratos bancários para não contabilizar como dinheiro em conta cheques devolvidos ou pagamentos não realizados. A medida tem outra vantagem: só com acompanhamento detalhado das contas a receber é possível agilizar a cobrança dos clientes em atraso para minimizar a necessidade de capital de giro.
5 - Embora algumas empresas calculem o fluxo de caixa em períodos semanais, especialistas recomendam a apuração diária. "O período semanal pode esconder saldos negativos em determinados dias no decorrer da semana", diz o consultor Rosollem. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Classes D e E são as que se sentem mais desconfortáveis ao usar cartão de crédito

Camila F. de Mendonça
cartão  de crédito é uma facilidade para muitos consumidores. Mas, entre os de baixa renda, o plástico traz mais desconforto do que entre os consumidores de renda maior, aponta levantamento feito pelo instituto de pesquisas Data Popular.


Segundo os dados, 38,4% dos consumidores da classe E e 32,1% dos consumidores da classe D se sentem no mínimo desconfortáveis quando utilizam o cartão de crédito. 
Entre os consumidores das classes A, B e mesmo da C, o percentual daqueles que se sentem muito ou apenas desconfortáveis por usar a moeda de plástico é bem menor, como mostra a tabela abaixo:

Como se sente quando usa um cartão de crédito? 
  Classe   
   Muito Confortável  
   Confortável  
  Indiferente 
   Desconfortável   
   Muito Desconfortável   
A
19%
46,6%
15,5%
17,2%
1,7%
B
14,3%
40,1%
25,9%
15%
4,8%
C
8,1%
44,2%
22,3%
17,7%
7,8%
D
11,4%
33,7%
16,6%
33,2%
5,2%
E
5,9%
42,9%
19,2%
22,2%
9,9%
Fonte: Data Popular

Desconhecimento
Para o consultor e sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, o motivo do maior desconforto entre os consumidores de baixa renda é o desconhecimento. “Esse consumidor ainda não está familiarizado com essa forma de pagamento”, explica.

Segundo ele, os consumidores das classes D e E estão entrando no universo do consumo e ainda desconhecem os mecanismos que regem esse mercado.

Tanto é assim que os dados revelam que, entre esses consumidores, é maior o número daqueles que emprestam o cartão de crédito para compras de parentes ou amigos – prática desaconselhada por bancos, financeiras e órgãos de defesa do consumidor.

Nos últimos seis meses, 25% dos consumidores da classe D emprestaram a moeda de plástico, ao passo que, entre os consumidores das classes A e B, o percentual é de apenas 3%. Esse comportamento também é frequente entre os consumidores da classe C. Embora eles estejam mais familiarizados com o universo do consumo, 22% emprestam o cartão de crédito.

Empréstimo
O desconforto da baixa renda também é maior, na comparação com outros segmentos de renda, quando o assunto é empréstimo. Os dados revelam que 82,8% dos consumidores da classe E e 80,8% dos consumidores da classe D se sentem desconfortáveis ou muito desconfortáveis quando pedem dinheiro a uma financeira.

Entre os consumidores dos outros segmentos, o desconforto nesses casos também é grande e atinge 75,9% da classe A, 68,1% da classe B e 78,4% da classe C, como mostra a tabela abaixo:

Como se sente quando pede dinheiro para uma financeira? 
  Classe   
   Muito Confortável  
   Confortável  
   Indiferente 
   Desconfortável   
   Muito Desconfortável   
A
1,7%
1,7%
20,7%
50%
25,9%
B
-
9,5%
22,4%
49,7%
18,4%
C
-
7,8%
13,8%
55,8%
22,6%
D
-
7,8%
11,4%
71%
9,8%
E
0,5%
4,9%
11,8%
60,6%
22,2%
Fonte: Data Popular

sábado, 3 de julho de 2010

Dinheiro de plástico

Tatiana Alcalde

Atualmente, o cartão de crédito pode ser encontrado nas mãos de 22% dos brasileiros de baixa renda, com rendimentos mensais entre 151 e 499 reais, ou seja, 34,1 milhões de pessoas ou 32% da população economicamente ativa. Esse segmento da baixa renda possui 15% dos 79 milhões de cartões em circulação atualmente no país e em 2006 foram responsáveis por 5,6% de todo o volume movimentado por cartões de crédito, atingindo o patamar de 8,7 bilhões de reais.

De acordo com estudo de mercado "O cartão com instrumento de crédito na baixa renda", realizado pelo Banco Itaú, nos últimos dois anos, o volume de transações de cartões de crédito da baixa renda cresceu em ritmo mais acelerado que o mercado total, com avanço de 31,8% em 2005 e 23,6% em 2006.

A pesquisa, que é parte do estudo "Indicadores do mercado de meios eletrônicos de pagamento", realizada mensalmente pela organização financeira, reafirma que a familiaridade do brasileiro com o cartão de crédito ganha espaço.

"Os principais motivos são a substituição de outros meios de pagamento, aumento da rede de aceitação e principalmente as facilidades de prazo e parcelamento que o cartão oferece", explica Fernando Chacon, diretor de marketing de cartões do Itaú.

O cartão de crédito para essa população de baixa renda é o segundo meio de pagamento mais usado e o principal meio de financiamento da baixa renda. Nesse caso, o dinheiro de plástico é responsável por 54% das compras, enquanto o crediário representa 23% e o parcelamento da fatura do cartão, 11%. A baixa renda analisada parcela, em média, R$88,70.

"Poucos no segmento analisado tem mais de um cartão e geralmente o usam para si, para a família e amigos. É o mesmo uso que se fazia do cheque, a grande diferença é que no cartão, ele pode reordenar o pagamento da fatura, parcelando", comentou Chacon.

Sonhos de consumo

Segundo estudo da Latin Panel sobre "O Consumidor na Era Lula (2002–2006)", para a classe D/E, a reforma da casa é o primeiro sonho de consumo (29%), seguido por compras (23%), pagamento de dívidas (15%), poupança (11%) e construção (10%).

Entre os que iriam às compras, se tivessem maior renda, 64% comprariam móveis e 33% eletroeletrônicos. Uma surpresa: 29% comprariam mais comida.

domingo, 27 de junho de 2010

Pequenas pagam mais taxas em operações com cartão

Agência Sebrae

As taxas de desconto para operações com cartão de crédito variam de acordo com o segmento de mercado e, dentro de um mesmo segmento, ela é inversamente proporcional ao porte do estabelecimento.

Ou seja, quanto maior o porte do estabelecimento, maior a taxa de desconto que lhe é aplicável, de acordo com estudo feito em convênio com o Banco Central, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda.

Segundo o técnico do Sebrae André Dantas, isso acontece devido ao corporativismo e o alto poder de negociação das grandes empresas.

Para compor o estudo, foram entrevistados 500 empresários das cinco regiões do País, com base no Cadastro Central de Empresas (CEM-PRE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Participaram empresas do setor de supermercados, vestuário, varejo em geral, restaurante, posto de gasolina e outros serviços.

Uma última estratificação realizada foi por porte das empresas, adotando o critério do Sebrae. As empresas selecionadas foram classificadas como micro (46,7%), pequena (40,4%), média (6,8%) e grande (6,1%).

Hoje, os cartões Visa e Mastercard, juntamente com suas credenciadoras Visanet e Redecard, respectivamente, representam 91% dos 66,6 milhões de cartões de crédito (crédito e débito) ativos no Brasil.

Cartão de crédito e mercado

O diagnóstico identificou a baixa concorrência e a alta lucratividade por parte das bandeiras de cartão de crédito e, principalmente, por suas credenciadoras. Pelo estudo percebeu-se que o lucro dessas empresas credenciadas para operar no setor cresceu mais de 300% no intervalo de quatro anos.

Em reais, o lucro evoluiu da casa de R$ 572,2 milhões, em 2003, para R$ 2,3 bilhões, em 2007. O estudo também constatou que o negócio de aluguel de POS é por si só, rentável. Em 2007, a receita auferida pela Visanet e pela Redecard com as maquinetas seria mais do que suficiente para comprar todo o respectivo imobiliário.

Em resposta a pergunta aberta, a bandeira Visa foi citada como sendo utilizada por 98,4% (492 empresários) dos estabelecimentos pesquisados. A bandeira MasterCard foi citada por 95,4% dos estabelecimentos.

Entre as outras bandeiras citadas, estão a American Express (33%), a Hipercard (22,4%), a Diners Club (10,2%) e a Goodcard (5,2%). Nesta parte do questionário percebeu-se que das respostas constavam, além de bandeiras, nomes de produtos e de credenciadores, evidenciando certa confusão por parte do estabelecimento na identificação dos papéis praticados por cada agente no mercado.

Um ponto do estudo demonstra que a taxa de desconto média praticada pelas bandeiras de cartão de crédito foi de 2,9% para o quarto trimestre de 2007. A maior taxa média cobrada chegou a 5,14% e a menor taxa cobrada foi 1,8% no mesmo período.

Já no que se refere a cartão de débito a taxa de desconto média foi de 1,59% para o quarto trimestre de 2007. Nessa modalidade a taxa mínima chegou a 0,5% e a máxima 5,0%. “Diante desses números é recomendável que as micro e pequenas empresas se insiram no mercado de comércio eletrônico a partir da oferta do serviço de cartão de débito, tendo em vista as maiores taxas de descontos”, explica André Dantas.

Com relação ao número de bandeiras aceitas, 95% dos estabelecimentos pesquisados relataram aceitar duas ou mais bandeiras. Quanto ao motivo para aceitar as bandeiras com as quais operam, os empresários disseram aceitar os cartões por motivos ligados a efeito rede, isto é, associado à quantidade de portadores.

Ao serem perguntados sobre os fatores mais importantes levados em consideração na escolha das bandeiras, os empresários demonstraram que o tempo de crédito de valor da compra (7,28%) teve importância maior que o valor da taxa de desconto (5,58%).

O fato de a taxa de desconto ter sido o fator menos importante na escolha da bandeira pode refletir a baixa elasticidade-preço da demanda no lado dos estabelecimentos ou ainda a pouca diferença em termos de taxas cobradas pelos credenciadores.